Pessach e a Hagada
Shalom! O primeiro Seder é nesta segunda-feira à noite, 2 de Abril. O segundo Seder é na noite seguinte, dia 3. Desejo a si e à sua família que possam celebrar Pessach com muita alegria!
Precisa de ler toda a Hagadá ou pode pular as partes ‘chatas’?
A leitura da Hagadá é a forma pela qual cumprimos a mitsvá de relatar a saída do Povo Judeu do Egipto na noite de Pessach. Para captar todo o benefício desta mitsvá, precisa-se ler e entender todo o texto da Hagadá. Isto significa que se você não entende hebraico, não deve lê-la em hebraico.
Isto também implica que deve esforçar-se para entender os profundos significados e mensagens da Hagadá.
Encare a coisa desta forma: Imagine que ao mexer numa mala de canfora, encontra um velho e empoeirado manuscrito do seu bisavô. Você não ficaria curioso de ver o que ele escreveu? E se estivesse escrito nas primeiras linhas: “Às minhas queridas crianças: este é o livro mais importante que jamais leram. É sobre a vida judaica e a sabedoria de viver, escrito por um Judeu que dedicou a sua vida à procura da sabedoria. Incontáveis horas foram empregues para escolher e
escrever as palavras e os pensamentos que, creio eu, servirão como um guia fiel para a vida e como uma chave para a sua liberdade...”
As páginas amareladas daquele manuscrito são as tradicionais folhas da Hagadá. Aquele bisavô é a sabedoria colectiva dos nossos grandes Sábios. Você é o herdeiro a quem se dirigem aquelas palavras e o legado da liberdade é seu para explorá-lo. Ao invés de colocá-la de lado ou pular as partes ‘chatas’, por que não passar algum tempo lendo uma Hagadá com comentários que você consiga entender, recolhendo as profundas sabedorias que aguardam ser reveladas a você e à sua família?!
O que é Sefirat HaÓmer?
No segundo dia de Pessach, a oferenda do Ómer (da nova colheita de cevada) era trazida ao Templo Sagrado, em Jerusalém. Aí se iniciava um período de contagem e preparação para Shavuót, o aniversário do recebimento da Torá e da celebração anual da re-aceitação da Torá pelo Povo Judeu. Este período é chamado Sefirat HaÓmer, a contagem do Ómer.
Quarenta e nove dias são contados e o quinquagésimo dia é Shavuót, o Yom Tov que comemora a outorga da Torá. Hoje em dia praticamos esta mitsvá depois de Arvit, a prece noturna.
Este é um período de semi-luto Judaico (não se realizam casamentos, nem mesmo cortes de cabelo). Foi durante este período que 24.000 alunos de Rabi Akiva morreram por não demonstrarem o devido respeito um ao outro. É um tempo para reflectirmos sobre como encaramos e tratamos o nosso semelhante e sobre as tragédias que nos atingiram por causa do ódio infundado. É um óptimo período para fazermos um acto extra de bondade, ajudando a trazer a perfeição ao mundo e a unidade entre os Judeus.
Estes 50 dias também correspondem às sete semanas depois do Êxodo do Egipto, quando o Povo Judeu se preparou para receber a Torá no Monte Sinai. Quando partimos do Egipto, estávamos no 49º nível de Tumá (degradação espiritual). A cada dia escalamos um degrau em espiritualidade e santidade. Muitas pessoas estudam os “48 Caminhos da Sabedoria” (Pirkêi Avót, 6:6) durante estes dias.
Pensamento da Semana:
“A simhá (alegria) é o ingrediente básico para o sucesso na vida e o meio pelo qual os pais transmitem a herança de uma vida Judaica aos seus filhos.
Que D'us abençoe cada um de nós com uma vida repleta de simhá!”
Rabino Avraham Yaácov Pam Z”tl (EUA, 1913-2001)
Porção Semanal da Torá: Tsav
Vaikrá (Levíticus) 06:01 - 08:36
Esta porção semanal inclui as leis das oferendas diárias, oferendas de alimentos, oferendas ao Sumo Sacerdote, oferendas por algum Pecado cometido, oferendas por alguma culpa e oferendas de Paz. Ela conclui com as oferendas de Paz reservadas aos sacerdotes (Cohanim) e com a cerimônia de consagração do Cohen para servir no Santuário.
Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin A Torá declara: “Esta é a Lei da Oferenda por Transgressões: no local onde é abatido o animal oferecido como Olá (um tipo de oferenda onde o animal era totalmente consumido pelo fogo) deve ser abatido o animal trazido como Oferenda por Transgressões, ante D’us; este é o mais sagrado de todos” (Vaikrá 6:18). Por que a Torá enfatiza que a Oferenda por Transgressões deve ser abatida no mesmo local da Oferenda de Olá? O Talmud (Yerushálmi Yevamót 8:3) explica que ambas as oferendas eram abatidas no mesmo local do Santuário para não envergonhar aquela pessoa que estava trazendo um korbán (oferenda) por ter cometido alguma transgressão, para ajudar a perdoar seu pecado. Desta forma, alguém que estivesse presente no abate dos animais não saberia diferenciar se se tratava de um animal oferecido como doação ao Santuário (Olá) ou como perdão por uma transgressão.
A nossa lição: Devemos ser muito cuidadosos em não causar embaraço ou vergonha às pessoas, relembrando algum erro do passado pelo qual já se arrependeu. Nunca relembre alguém de seus erros passados. Faça sempre tudo o que puder para proteger as pessoas do embaraço e da vergonha!
Pessah e Chametz (1)
Por: Rabino Hayim Halevy Donin Z'L
Pessach comemora a libertação dos Filhos de Israel depois de mais de dois séculos de escravidão egípcia e recorda o êxodo em massa do Egito, há cerca de 3300 anos atrás. A história da servidão e do sofrimento crescente, da missão confiada por D-us a Moisés e seu irmão Aarão, seus infatigáveis esforços para conseguir a libertação de seu povo, a resistência teimosa do Faraó egípcio, a série de catástrofes, mandadas por D-us, que acabaram por causar uma mudança temporária no comportamento de Faraó, e a saída do Povo de Israel – tudo isto está relatado no Livro Êxodo, capítulos 1-15. Este acontecimento se tornou o ponto central da história judaica e marcou o nascimento do povo livre de Israel. Ademais, as lições que a experiência da escravidão egípcia e a redenção nos ensinaram, proporcionaram uma sólida base para muitos conceitos da fé e ética judaica.
A Torá chama Pessach a “Festa do pão ázimo” (“Chag haMatsot”), que é o preceito que mais distintamente caracteriza esta Festa. No Livro de rezas é designado também como “a Época da nossa Libertação” (“Zeman Cheruteinu”), que constitui seu aspecto principal.
Contudo o seu nome mais usado é “Chad haPessach” – a “Festa de Pessach”. Pessach é uma referência à oferenda pascal, ofertada na véspera da Festa, e que recorda a promessa Divina “e passarei por cima de vós e não haverá entre vós praga para destruir-vos...” (Ex. 12,13). O nome de Pessach é o mais usado na Mishná e em toda a literatura rabínica.
O significado agrícola de Pessach é que marca a primeira safra, na Terra de Israel. A safra da cevada foi assinalada pela oferenda especial do Ómer, no segundo dia de Pessach.
As leis de chamets e Matsá
“Sete dias comereis pães ázimos” (Êx. 12,15).
“Não comereis nenhuma coisa levedada; em todas as vossas habitações comereis pães ázimos”. (Êx. 12,20).
A característica especial de Pessach é o pão ázimo (Matsá) e a absoluta proibição de comer ou de possuir qualquer pão levedado ou de qualquer alimento que contenha chamets.
Esses preceitos estavam entre os transmitidos aos Filhos de Israel por Moisés, antes de sua partida do Egito e sua libertação da escravidão. “E guardai a festa dos pães ázimos... guardai este dia nas vossas gerações, como estatuto perpétuo” (Ex. 12,17).
É proibido possuir chamets, mesmo que se deixe de comê-lo. “Não seja visto levedado contigo e nenhum fermento seja visto em todo teu território” (Ex. 13,7). E “não se ache nenhum fermento em vossas casas...” (Êx. 12,19).
Estas proibições (não ser visto e não ser encontrado) não se referem ao chamets que pertence a um não judeu. Um não judeu que está de visita, trabalha ou aluga recintos de um judeu, não está proibido de trazer chamets a esses lugares. Contudo, o chamets do não judeu deve ficar restrito à sua própria área ou deixado separado, para não ser tomado, inadvertidamente, pelo judeu.
É também proibido obter qualquer benefício, lucro ou vantagem do chamets durante esta semana, mesmo se for chamets de um não judeu.
Na Diáspora – todos os países fora de Israel – as leis relativas ao chamets vigoram por mais um dia, e Pessach é o observado durante oito dias.
O que é chamets - Chamets é qualquer um dos cinco cereais – trigo, centeio, cevada, aveia e espelta – que tenha permanecido em contato com água durante, ao menos, 18 minutos. Neste caso, considera-se que o cereal tenha iniciado o processo de fermentação.
- Chamets é qualquer comida ou bebida feita de qualquer um desses cereais, ou nas quais haja um dos ingredientes, mesmo que seja em quantidade mínima. Matsá é a única exceção, que é o pão ázimo estatutário, e na confecção do qual se tomam precauções especiais. Quando estas precauções não são tomadas devidamente, para prevenir o início do processo de fermentação, a Matsá se torna chamets. É por isso que Matsot feitas para o consumo durante o ano, estão marcadas na sua embalagem “impróprio para o consumo em Pessach”.
- É proibido o uso de pratos, panelas e utensílios de cozinha em geral que tenham absorvido partículas, mesmo que minúsculas, de chamets, a não ser que se possa tornar os utensílios kasher para Pessach e se isto for feito antes da Festa.
É costume entre judeus ashkenazim não comer os seguintes produtos em Pessach: arroz, milho, amendoim e legumes que frutificam em vagens (cápsulas). Esses produtos são tratados como se fossem chamets;
O que não é chametz?
Todo o mais é permitido, se não tiver sido preparado em utensílios de chamets ou misturado com ingredientes de chamets, o que tornaria todo o produto chamets. Os seguintes tipos de alimentos não são, em si, chamets:
- Carne, aves e peixes,
- Todas as frutas,
- Todas as verduras e legumes (exceto os citados para os judeus ashkenazim),
- Todas as especiarias,
- Laticínios
Para ter certeza que alimentos industrializados não contém ingredientes que os tornariam proibidos em Pessach, o certo é comprar somente os produtos que foram feitos sob supervisão de autoridades rabínicas. Alimentos crus, das primeiras quatro categorias acima, não precisam de nenhum endosso.
Produtos derivados de chamets, que não são comestíveis e são impróprios para o consumo humano e animal, não são considerados chamets no que concerne à sua possessão, seu uso e à obtenção deles de benefícios, lucros ou vantagens. A proibição bíblica relativa ao chamets refere-se somente a produtos comestíveis para seres humanos ou para animais.
O que é Matsá?
Matsá é uma bolacha que não fermentou, feita de água e farinha, de um dos cinco cereais – trigo, centeio, cevada, aveia e espelta. Esses cereais e suas farinhas precisam ser supervisionados cuidadosamente, para se evitar contato prematuro com água ou qualquer agente de fermentação. Todo processo de confecção da Matsá, desde a mistura da água com a farinha até a entrada da massa no forno não passa de dezoito minutos. A maior parte das Matsot são, hoje em dia, feitos à maquina. No entanto, há ainda pessoas que preferem Matsot feitas à mão. A evolução do maquinário moderno para a mistura da massa etc., não apenas possibilita a confecção de Matsot de qualidade e padrão uniformes, como também garante maior velocidade do processo, reduzindo assim, o perigo de fermentação.
A forma da Matsá não tem importância alguma, ela tanto pode ser redonda como quadrada.
Uma vez assada, a Matsá não mais está sujeita à fermentação. Por conseguinte, diversos produtos são feitos da Matsá pronta, que é triturada ou moída e transformada em “farfel”, sêmola ou farinha de Matsá.
O que é Matsá Shemurá?
Shemurá quer dizer observada ou guardada. A sua origem está no versículo (Ex. 12,17) que diz: “e guardai (a Festa) das Matsot”, que inclui a conotação de “e guardai as Matsot” (de se tornarem chamets). Segundo opinião da maioria das autoridades – e esta é a halachá – tal supervisão é necessária apenas a partir da moagem do trigo. Sendo que toda Matsá produzida para Pessach é assim supervisionada, logo tecnicamente toda Matsá que é kasher para Pessach, é Matsá Shemurá.
Porém, em vista do fato que alguns sábios expressam a opinião de que é necessário supervisionar a Matsá desde o corte do trigo, a fim de evitar qualquer contato do trigo com a água, os que são especialmente escrupulosos em tais assuntos fazem um esforço especial para comer somente Matsot que foram submetidas a esta medida extra de vigilância (shemirá). Há os que comem este tipo de Matsá durante todo Pessach e há os que usam Matsá Shemurá somente na(s) noite(s) do Seder. O termo “Matsá Shemurá” é usado para as Matsot supervisionadas desde o corte do trigo.
Pessach e Chamêts
BOM DIA! Pessach inicia-se ao pôr-do-sol do dia 2 de abril (segunda-feira) e os dois Seders serão na noite da segunda-feira e também na de terça-feira (dia 3 de abril). O que precisamos saber para nos prepararmos para Pessach? Com certeza muito mais do que posso compartilhar com vocês nas duas próximas semanas. Por isto, além da leitura do Meór HaShabat, recomendo-lhes a nossa espectacular homepage em www.aishbrasil.com.br/new/artigo_pessach.asp.
Clique também em www.simchatyechiel.org/pesach.html para conferir algumas novas ideias para o seu Seder, especialmente para as crianças: jogos, perguntas, charadas, bingo de marshmelow, etc.
Porque se da Ênfase a Chamêts? Em Pessach, somos proibidos de possuir Chamêts (praticamente todo o produto feito de trigo, cevada, centeio, aveia ou espelta, não produzido especialmente para Pessach) ou tê-lo em nossas propriedades. Na noite anterior a Pessach, procedemos a uma rigorosa procura pelo Chamêts em casa.
O Chamêts representa a arrogância. Pessach é tempo de liberdade --liberdade espiritual – e é a essência do porquê o Todo Poderoso nos tirou do Egipto. Como mencionei anteriormente, a única coisa que se interpõe entre si e D'us ... é você. Para se aproximar do Todo Poderoso, que é a meta e a essência da nossa vida (e esta oportunidade se apresenta ao cumprirmos cada Mitsvá e/ou Festa religiosa), cada um precisa remover a sua própria arrogância. Esta é a lição que aprendemos ao remover o Chamêts das nossas posses.
Liberdade significa possuirmos a capacidade de usar o nosso livre-arbítrio para crescer e nos desenvolvermos. Muitas pessoas pensam que são livres, quando na verdade são ‘escravas’ das novidades e modismos da sociedade. Escravidão é tomar uma atitude não pensada, seguindo os desejos e impulsos do corpo. O nosso trabalho em Pessach é sairmos desta escravidão para a verdadeira liberdade.
Uma das liberdades a serem trabalhadas durante Pessach é a ‘liberdade da boca (ou seja, da fala)’. Os nossos sábios encaram a boca como um das partes mais perigosas do corpo. É o único órgão que pode causar problemas em ambas as direcções -no que entra (comida e bebida) e no que sai (a conversa). De tão perigoso, é o único órgão humano que tem duas ‘trancas’: os dentes e os lábios. Alguns de nós são escravos da sua boca, tanto no que comem quanto sobre o que falam.
Na noite do Seder corrigimos estes problemas. Temos a mitsvá de relatar a saída do Povo Judeu do Egipto (para refinar as nossas conversas) e a mitsvá de comer Matsá e beber 4 copos de vinho (para enobrecer o que comemos e bebemos).
A estrutura da língua hebraica, por si só, sinaliza na direcção da ‘Liberdade da Boca’. A palavra Pessach pode ser dividida em duas: Peh e Sach, que significa ‘boca falando’ -nós temos a obrigação de contar sobre o Êxodo do Egipto durante toda a noite. A palavra hebraica Paró (o Faraó, que era o perseguidor dos Judeus na história de Pessach) pode ser dividida em duas: Pé e Ráh, uma ‘má boca’. A nossa aflição durante a escravidão no Egipto era caracterizada como Pérach (trabalho duro), que pode ser lido em 2 palavras: Pé e Rach, uma ‘boca solta’, sem responsabilidade com o que fala.
Possamos nós, neste Pessach, libertarmo-nos da ‘má boca’ e nos livrarmos da ‘boca solta’, onde muito de comida e bebida erradas entram e muitas palavras inapropriadas escorregam para fora.
Pensamento da Semana
“Por cada minuto que fica nervoso, você perde 60 segundos de felicidades!”
Porção Semanal da Torá: Vaikrá
Vaikrá (Levíticus) 01:01 -05:26
O Livro de Vaikrá trata, basicamente, do que é comumente chamado de ‘oferendas’ ou ‘sacrifícios’. De acordo com o Rabino Samson Raphael Hirsh, que viveu na Alemanha no século 19 (1808-1888), ‘sacrifício’ implica dar algo que é de valor para si próprio, para o benefício de outro. Já uma ‘oferenda’ pressupõe um presente que satisfaz àquele que o recebe. O Todo-Poderoso não precisa dos nossos presentes, não tem necessidade deles. A palavra em Hebraico é corbán, que é mais bem traduzida como um meio para estreitar nossa relação com o Criador. As oferendas de corbanót (plural de corbán) eram somente para o nosso benefício, para nos aproximarmos de D’us.
Rambam, o conhecido Rabino espanhol Maimônides (1135-1204), que viveu na Espanha e no Egipto, explicou que, vendo a experiência que sofria o animal ofertado como corbán, o transgressor dava conta da seriedade da sua transgressão. Isto ajudava-o no processo de Teshuvá --corrigir os seus caminhos.
Esta porção semanal contém os detalhes de vários tipos de corbanót: o que era totalmente consumido pelo fogo, o de farinha, o de primícias da colheita de grãos, o de paz, outro por algum pecado (particular ou comunal), outro por ser culpado de alguma transgressão, corbán por se apropriar inadvertidamente de algo consagrado a D’us e, também, para ajudar na expiação de algum acto desonesto após tê-lo reparado.
Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin A Torá declara:“Toda oferenda de farinha que você ofertar ao Todo-Poderoso, não a faça Chamêts (fermentada). Não coloque fermento ou mel em nenhuma oferenda ao Todo-Poderoso. Em todas as suas oferendas deve haver sal (Vaikrá 2:11-13)”.
Fermento e mel não eram permitidos nas oferendas trazidas ao altar. O fermento faz a massa crescer, mas é um aditivo externo. O mel faz as coisas doces, mas também é um aditivo externo. O sal, por sua vez, ressalta o sabor do alimento, mas apenas o sabor que já está lá. Falou o Rabino Mordechai Gifter (EUA, 1915-1991), ex-diretor da Yeshivá de Cleveland, Ohio: isto simboliza um princípio básico em assuntos espirituais.
Ao servirmos o Todo-Poderoso, devemos seguir o modelo do sal. Ou seja: utilizar todas as nossas capacidades e talentos para servi-Lo. Não sejamos como o fermento que causa um ‘inchaço’ nos locais onde é colocado (‘inchando’ a massa) e nem como o mel, que apesar de ser doce, é um produto externo à nossa pessoa.
Seja você mesmo, mas faça todos os esforços para ser tudo o que pode ser.
Informação
Pessach
3-10 de abril
15 Nissan - 22 Nissan
Yom HaShoah
15 de abril
26 Nissan
Yom HaZikaron
22 de abril
2 de Iyar
Yom Haatzmaut
23 de abril
3 de Iyar
Pessach Sheni
2 de maio
14 de Iyar
Lag B'Omer
6 de maio
18 de Iyar
Yom Yerushalaim
16 de maio
28 de Iyar
Shavuot
23-34 de maio
6 e 7 de Sivan
Três Semanas de Luto antes de Tishá B'Av
3-24 de julho
17 Tamuz - 9 Av
Tishá b'Av
24 de julho
9 de Av
Rosh Hashaná
13 e 14 de setembro
1 e 2 de Tishrê
Yom Kippur
22 de setembro
10 de Tishrê
Sucót
27 e 28 de setembro
15 e 21 de Tishrê
Hoshaná Rabá
3 de outubro
21 de Tishrê
Shemini Atséret
4 de outubro
22 de Tishrê
Simchat Torá
5 de outubro
23 de Tishrê
Chanucá
5 - 12 de dezembro (ao anoitecer)
25 de Kislêv - 2 de Tevêt
QUE SE ABRAN LAS PUERTAS DEL CIELO
HACE MAS DE 2500 AÑOS EL REZO CONJUNTO DE TODOS LOS JUDIOS "EN ESPECIAL EL DE LOS NIÑOS"
LOGRO CAMBIAR EL DECRETO DIVINO QUE SE HABIA DICTADO SOBRE NUESTRO PUEBLO EN LOS MUNDOS
SUPERIORES Y DE ESA MANERA HAMAN Y SUS DESCENDIENTES FUERON EXTERMINADOS Y NO NOSOTROS. DESDE ESE ENTONCES GRACIAS A D-OS PODEMOS REVIVIR PURIM CADA AÑO CON UNA INMENSA ALEGRIA.
AHORA, LA HISTORIA SE REPITE, COMO SIEMPRE EN NUESTRO PUEBLO Y ES NUESTRA OBLIGACION REZAR
TODOS UNIDOS "EN ESPECIAL LOS NIÑOS YA QUE SON ALMAS PURAS", PARA QUE LOS PRESIDENTES DE
IRAN Y SIRIA NO CONSIGAN LOGRAR SU ANHELO DE EXTERMINARNOS.
POR ESTO PEDIMOS QUE TODOS LOS JUDIOS DEL MUNDO REZEMOS LOS TEHILIM (SALMOS) 36, 60, 70, 79,
83, 100, 110 y 121, LOS DIAS ANTERIORES A PESAJ 9, 10 Y 11 DE NISAN (28, 29 y 30 de Marzo) QUE ES
CUANDO SE RENUEVAN LAS ENERGIAS DEL MILAGRO DIVINO DE NUESTRA SALIDA DE EGIPTO Y DE ESTE
MODO LOGREMOS UNIDOS QUE SE ABRAN LAS PUERTAS DEL CIELO Y QUE NUESTROS PATRIARCAS NOS
AYUDEN A CAMBIAR ESTE NUEVO DECRETO QUE PESA SOBRE NOSOTROS.
QUE D-OS NOS ACOMPAÑE Y SE APIADE DE NUESTRAS SUPLICAS, AMEN.
"EL REZO ES UN INSTRUMENTO MUY SANTO CON EL QUE SE PUEDEN HACER MARAVILLAS. CON EL PODRAS
TRANSFORMAR UN CORAZON DE PIEDRA EN UN CORAZON DE CARNE".
DE LA INTRODUCCION DEL LIBRO "MINJAT YERUSHALAIM"
COMUNIDAD JUDIA JAREDI SHUVA, NAHARIYA, ISRAEL, 01 DE NISAN 5767 (ROSH JODESH NISAN)
Pessach = Pascoa judaica
BOM DIA! O primeiro Seder de Pessach será na noite de 2 de abril, segunda-feira, cerca de duas semanas a partir de hoje! É hora de pensar em como fazer um Seder mais agradável e efectivo, criando uma experiência familiar entusiasmante. Muitos pais gostariam que os seus filhos se sentissem felizes em ser Judeus. Entretanto, não podemos transferir os nossos sentimentos por osmose. O que sim podemos é criar uma atmosfera e uma oportunidade que gerem sentimentos positivos. Todos com quem conversei, que adoram e se orgulham de ser Judeus, relembraram o seu avô na ponta da mesa de Shabat ou de sua avó acendendo as velas de Shabat... e do Seder. Todos nós somos um elo nesta corrente!
Como tornar o meu Seder mais Agradável, Criativo e Significativo? Como tudo que fazemos na vida com a intenção de ter sucesso, precisamos estabelecer um plano e ter a disciplina de segui-lo. Quanto mais nos prepararmos e entendermos o que estamos fazendo, maior será o benefício e a alegria durante o Seder, alem da oportunidade de ajudarmos os demais participantes a crescerem com esta experiência.
O primeiro passo é investirmos tempo antes do Seder. Troque a sua Hagadá simples por outra com comentários de nossos Sábios. E, então: leia-a! Veja o que lhe intriga. Procure nos comentários passagens interessantes para compartilhar com os seus familiares e convidados. Leia tudo que puder sobre Pessach, para torná-la mais interessante para você, seus familiares e convidados. Informe-se!
Fixemos um tempo para estudar a Hagadá diariamente. Não deixe isto para depois, pois duas semanas passam muito rápido! Quanto maior o preparo, maiores os dividendos para a sua família.
O segundo passo é tornar esta empreitada um ‘caso de família’. Peça a cada uma das pessoas que participarão do seu Seder, que preparem um pequeno trecho da Hagadá (não esqueça de enviar-lhes uma Hagadá ou uma cópia do trecho solicitado). Isto dará mais motivação aos participantes e os transformará de meros espectadores em activos membros do Seder!
Outro ponto muito importante: Lembre-se que o Seder é para as crianças, para transmitir a nossa história e a nossa abordagem da vida. Temos de fazê-lo de uma forma interessante e intrigante, para que as crianças perguntem e se interessem. Se alguém faz uma pergunta, já está inclinado a ouvir a resposta! A única maneira de transmitir o nosso amor e sentimento pelo judaísmo é compartilhando experiências agradáveis.
Os pais devem apenas três coisas aos seus filhos: exemplo, exemplo e exemplo! Que exemplo gostaríamos de imprimir na alma das nossas crianças? O de pais que amam Pessach e que se envolvem em cada aspecto dos seus preparativos, ou a de pais que se esquivam dizendo: ‘Não sei o que significa, estou sinto-me incomodado e deslocado – vamos acabar depressa com isto e comer de seguida!’?
Conta-se a história de um garoto que ouviu falar sobre um ‘rabino milagroso’, que conseguia ajudar as profundezas da alma e fazer milagres. Decidido a expor o rabino como uma farsa, o garoto pensou num plano: traria um pássaro na sua mão, com a mão atrás das costas, e perguntaria ao rabino ‘O que tenho em minha mão?’ Se o rabino adivinhasse correctamente que era um pássaro, o garoto perguntaria ‘E esta’ vivo ou não?’ Se
o rabino respondesse ‘vivo’, ele mataria o pássaro e o atiraria na frente do rabino. Se dissesse ‘morto’, abriria as mãos e deixaria o pássaro voar.
Trazido perante o rabino, o garoto perguntou: ‘O que tenho em minha mão?’ ‘Um pássaro’, respondeu o rabino. E o garoto continuou: ‘Vivo ou morto?’ O rabino olhou nos olhos do garoto e ficou em silêncio por alguns segundos. Então respondeu: ‘Isto depende de você, meu jovem. A decisão está nas suas mãos!’
Que tipo de Seder desejamos para este ano? A resposta depende de nós. A decisão está nas nossas mãos!
Pensamento da Semana:
“As duas maiores coisas que podemos dar às crianças são as raízes e umas asas!”
Porção Semanal: Vayachel / Pekudé
“E Moshé congregou toda a comunidade dos Filhos de Israel...” (Shemot 35:1)
Assim começa a parashá desta semana, na qual Moshé depois da aberração que o povo cometeu com a construção do bezerro de ouro e o perdão do Todopoderoso, dirige-se a eles dizendo-lhes: “Estas são as coisas que o Eterno ordenou que se fizessem: durante seis dias, fareis todos os vossos trabalhos e ao sétimo dia, será sagrado para vós...”. Moshé Rabenu declara como pilar da crença judia: “o Shabat”. A este respeito disseram os nossos Sábios: mais do que o Povo de Israel guardou o Shabat, o Shabat guardou o Povo de Israel”. O grande Rabino Israel Meir HaCohen, popularmente conhecido como Chafetz Chaim, autor da Misná Berurá, comentário sobre o Shulchan Aruch, na sua introdução às halachot de Shabat, disse: O Shabat é considerado a fonte e raiz da Fé Judaica no reconhecimento de que o universo foi criado, pelo que existe um Criador, razão de tudo o que foi criado. Por isso advertiu-nos a Torá doze vezes sobre a obrigação de guardar o Shabat, ao qual os nossos Sábios disseram: Todo aquele que respeita o Shabat é considerado também respeitador de toda a Torá e considera-se que, todo aquele que profana o Shabat é como tivesse profanasse toda a Torá. Quantos preceitos nos pareceriam muito mais importantes que o Shabat, tanto pela sua dificuldade em cumpri-lo como pela profundidade do seu conteúdo. Assim por exemplo considera-se equivocadamente que o dia de Kipur é o mais sagrado por excelência no nosso calendário mas contudo estamos muito errados em relação a este conceito. Nenhum preceito se pode considerar tão amplo como são o Shabat e o estudo da Torá, pois o conhecimento do desejo Divino por meio do estudo da Torá e o cumprimento do mesmo por meio do respeito do Shabat, considerado um fiel testemunho de aceitação da Criação do Universo com uma razão e meta, como os pilares da Fé Judaica. Temos que aceitar que os preceitos ordenados pelo Todopoderoso aconteceram apenas por bem. Disseram os nossos Sábios: “Os 613 preceitos foram impostos por D-us em paralelo com os 613 membros do ser humano, da mesma forma que no corpo humano há membros fundamentais que sem eles não é possível a vida, tais como o coração, o cérebro etc. Há também membros, que sendo importantes, não impedem que a pessoa possa viver sem eles, como a mão, o pé, etc. do mesmo modo na vida espiritual existem preceitos que quando faltam ainda que seja apenas uma vez, são mortais e há preceitos cuja ausência é importante mas têm remédio. O Shabat está para o espírito como o coração para o corpo, tal como a ausência do coração num determinado estante é mortal assim é o Shabat para a neshamá (alma). Quão orgulhosos podemos estar do nosso povo que, desde o seu começo depois da saída do Egipto, quando Moshé pediu que todos participassem na construção do Tabernáculo e na confecção das roupas dos sacerdotes, o povo fê-lo com todo o desejo, força e vontade ao ponto de Moshé pedir que cessassem de oferecer coisas, pois o que tinham oferecido já era suficiente. Que grande exemplo! Que herança e que legado nos deixaram os nossos antepassados! Sejamos nós responsáveis pela obrigação que essa herança nos obriga!
Rab. Shlomó Wahnón
Hamas ainda busca a destruição de Israel
Segunda, 12 de março de 2007, 10h18 - Reuters - Nidal Al Mughrabi
O grupo islâmico Hamas rejeitou na segunda-feira as críticas feitas por um dirigente da Al Qaeda e afirmou ainda estar comprometido com a destruição de Israel, apesar do recente acordo para formar uma coalizão com a facção Fatah.
"Não vamos trair as promessas feitas a Deus de continuar no caminho da jihad e da resistência até a libertação da Palestina, de toda a Palestina", disse nota do Hamas, fazendo uma clara referência a Israel e também à Cisjordânia ocupada.
Em gravação divulgada no domingo pela internet, Ayman Al Zawahri, número 2 da Al Qaeda, acusa o Hamas de servir aos interesses norte-americanos ao aceitar respeitar acordos de paz prévios com Israel no recente acordo firmado em com a Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas.
O acordo, porém, não atende explicitamente às demais exigências do Quarteto de mediadores — Estados Unidos, União Europeia, Nações Unidas e Rússia — para reconhecer a existência de Israel, renunciar à violência e aceitar acordos de paz interinos.
O acordo de Meca acalmou a violência entre seguidores do Hamas e da Fatah, que havia provocado mais de 90 mortes entre Dezembro e Fevereiro. Mas Zawahri disse que o entendimento entre os grupos era parte de um esforço norte-americano para conter a ira muçulmana contra a suposta tendência pró-Israel dos EUA.
"É um esquema norte-americano para atingir a resistência jihadista islâmica contra a campanha cruzado-sionista. A América quis uma solução propagandística para a questão palestina, a fim de remover a maior razão para o ódio islâmico (contra os EUA)", afirmou;
Zawahri acusou o Hamas de abandonar a tradição dos atentados suicidas em nome de ganhos políticos. "Eles prejudicaram o movimento das operações de martírio por um governo que joga com as palavras em salões palacianos", disse o militante.
O Hamas matou quase 300 israelitas em 58 atentados suicidas ocorridos desde 2000. O último ataque de um homem-bomba em território israelita ocorreu em 2004.
Em sua nota, o Hamas disse continuar sendo "um movimento de resistência, de quem busca o martírio", e que seus princípios "nunca serão alterados".
Comentário mIsrael
E ainda há quem acredite que o Hamas deve fazer parte da solução. As declarações acima deixam claras que a paz para eles só virá através da destruição de Israel. Não há o que negociar com fanáticos e terroristas.
Quanto a esse suposto esquema norte-americano para atingir a resistência jihadista islâmica, vale lembrar que o acordo de Meca foi realizado com o objectivo único de paz entre Fatah e Hamas. O que eles tentaram fazer foi tirar proveito da mídia burra para dizer que este acordo tinha algum valor no que tange a Israel e assim conseguir o dinheiro Europeu e americano sem ter que mudar uma vírgula (como demonstrado acima) de suas intenções reais.
Pessach = Pascoa judaica
BOM DIA! Um pai estava na praia a passear com as suas crianças quando o seu filho de 4 anos correu para ele, segurou a sua mão e o levou até um lugar onde uma gaivota jazia morta na areia. “Pai, o que aconteceu com ela?”, o filho perguntou. “Ela morreu e foi para o Céu”, o pai respondeu. O garoto pensou por alguns instantes e, então, perguntou: “Será que D’us a trouxe de volta para baixo?”
Você pensa que será mais fácil responder as perguntas que os seus filhos lhe farão sobre Pessach? Os nossos Sábios orientam-nos para, 30 dias antes de cada festividade, nos prepararmos para recebê-la. Agora estamos a menos de 30 dias de Pessach ! Os dois Seders serão, se D’us quiser, segunda-feira à noite, 2 de abril, e terça-feira à noite, 3 de abril.
O que é Pessach e como o Comemoramos ? Toda a Festa Judaica é uma oportunidade para desenvolvermos e trabalharmos um certo aspecto do nosso crescimento pessoal. Sucót é a época de se trabalhar sobre a Alegria; Yom Kipur, sobre Teshuvá,o ‘retorno espiritual’; Shavuót é tempo de se trabalhar sobre Kabalát HaTorá, receber a Torá com seriedade.
Pessach é a Festa da Liberdade –a nossa Liberdade Espiritual. Para isso D’us retirou-nos do Egipto. Mas qual a essência da Liberdade ?
Será que a liberdade é a possibilidade de se fazer o que bem se quiser, sem embaraços e sem temer as consequências? Isto é libertinagem, não liberdade. James Bond tinha ‘licença para matar’, não liberdade para matar. Liberdade significa termos a possibilidade de usar o nosso livre-arbítrio para crescermos e nos desenvolver.
Muitas pessoas pensam que são livres, quando na verdade são frequentemente ‘escravas’ de manias e modas passageiras da sociedade onde vivem. Escravidão são actos feitos sem pensar, um comportamento ‘rotinizado’, seguindo os desejos impulsivos do corpo. O nosso trabalho em Pessach é sair desta escravidão e adquirir a verdadeira Liberdade !
Todos os mandamentos relacionados a Pessach nos habilitam a reviver e a liberdade que os nossos antepassados experimentaram ao sair do Egipto para servir o Todo-Poderoso.
Durante os oito dias de Pessach somos proibidos de possuir e comer Chamêts [massas fermentadas, ou seja, virtualmente qualquer produto que tenha farinha na sua composição (pão, pizza, macarrão, etc.), bem como bebidas como cerveja, whisky, etc].
Porque tanta ênfase em ficarmos livres do Chamêts? Um dos motivos é que o Chamêts representa a arrogância. A única coisa que se interpõe entre si e D’us ... é você. Para nos aproximarmos do Criador, que é a principal satisfação da vida (e esta oportunidade se apresenta em todas as mitsvót e Festividades Judaicas), cada pessoa deve remover a sua própria arrogância. Cada acto prático traz uma satisfação interna; Nós removemos o Chamêts dos nossos lares e precisamos, paralelamente, trabalhar sobre a nossa característica de humildade.
Na noite anterior a Pessach, fazemos uma busca rigorosa do Chamêts nos nossos lares. Durante o dia a casa deve ser limpa e todo o Chamêts consumido, vendido ou jogado fora. À noite, existe o costume de se colocar 10 pedaços de pão em diversos locais da casa para que, durante a procura do Chamêts, encontremos alguma coisa. Esta procura é realizada à luz de uma vela acesa e é uma memorável experiência para toda a família !
Pensamento da Semana
“Amigos podem ir e vir, mas os inimigos acumulam-se!”
Porção Semanal: Ki Tissá
Shemot 30:11 - 34:35A diversa e abrangente parashat Ki Tissá começa com a ordem de D'us a Moshê para fazer um recenseamento, colectando uma contribuição igual de uma moeda de meio-shêkel de cada adulto do sexo masculino entre as idades de 20 e 60, e estes lucros irão para o Mishcan (Tabernáculo).
D'us descreve a Moshê o kiyor de cobre (lavatório e base) na qual os Cohanim santificarão as suas mãos e pés antes de servirem no Mishcan. É também discutido o azeite para unção que seria usado para santificar os vários utensílios para uso normal. A isso segue-se a receita para o ketoret, incenso aromático a ser queimado duas vezes ao dia. D'us designa Betsalel, da tribo de Yehudá, e Oholiyav, da tribo de Dan, a supervisionar a construção do Mishcan que está para ser iniciada. A mitsvá do Shabat é então repetida para advertir a nação de que mesmo a construção do Mishcan não suplanta a observância do dia semanal de descanso.
A Torá retorna à narrativa da Revelação no Monte Sinai, e descreve o terrível pecado do bezerro de ouro. D'us acede às preces de Moshê para que os filhos de Israel sejam poupados da aniquilação pela sua grave transgressão, e Moshê desce da montanha com as duas Tábuas dos Dez Mandamentos.
Ao testemunhar uma parcela da população dançando ao redor do Bezerro de Ouro, Moshê quebra as Tábuas e queima o ídolo, iniciando o processo de arrependimento. Como resultado da queda do povo de seu patamar espiritual elevado, D'us anuncia que a Sua presença não pode residir entre eles.
Moshê é forçado a mudar temporariamente a tenda para fora do acampamento, para que D'us continue a se comunicar com ele. Moshê novamente sobe à montanha para rezar a D'us para que perdoe o povo judeu, e lhes devolva o status de povo escolhido. Moshê finalmente retorna com o segundo conjunto de tábuas e um pacto renovado com D'us; a sua face aparece resplandecente como resultado da revelação Divina.
Mensagem da ParasháAo examinar esta Porção da Torá, é interessante notar que a mitsvá de construir o Mishcan veio após a Revelação do Monte Sinai. O ponto focal do Mishcan era a Arca Sagrada, que continha as duas Tábuas. Não faria mais sentido primeiro preparar o local para colocar as Tábuas e então recebê-las? Por que o Mishcan não foi construído primeiro?
Desta dúvida aparentemente simples, emerge uma poderosa lição de vida. Quando vamos à loja de presentes judaicos mais próxima, frequentemente passamos muito tempo examinando o belo trabalho nos estojos das mezuzot, mas gastamos o mesmo tempo inspeccionando a qualidade do rolo que vem dentro do estojo? Muitas vezes nos preocupamos com o propósito secundário, esquecendo totalmente o objectivo principal. Gastamos tempo e dinheiro adquirindo um talit muito fino e uma bolsa de tefilin, mas não mostramos o mesmo entusiasmo pelo conteúdo que ali está.
Ao colocar a construção do Mishcan após a revelação no Monte Sinai, a Torá está nos lembrando a não perder de vista este propósito. As Tábuas e os Dez Mandamentos nelas gravados são o mais importante: a Arca Sagrada que os contém é secundária. Mais tempo deveria ser gasto aprendendo e honrando a Torá que aprimorando a Arca que a contém. Será a cobertura da chalá ou a chalá nosso maior foco de atenção, a bela sinagoga como santuário ou as preces que lá são ditas? Não devemos jamais deixar de lado nossa prioridade de cumprir as mitsvot de D'us ao máximo de nossas capacidades.
Acalmando-se...
Por Sara Yoheved Rigler
É bom para tudo na sua vida— inclusive o seu Judaísmo.Quando estive na Índia, em 1979, visitei o Sarnath, o lugar onde, de acordo com tradição budista, Buda atingiu o seu momento de iluminação. No centro do local há uma Stupa Budista, ou seja, uma estrutura grande e sólida, com uma cúpula. Fui informado que o protocolo adequado para visitar uma Stupa budista, era dar voltas ao seu redor. Então, juntei-me a alguns peregrinos que caminhavam ao redor da Stupa.
Depois de alguns minutos, notei um monge budista de idade, vestido com um manto cor amarelo-alaranjado, caminhando devagar, muito lentamente na minha frente. Logo, ultrapassei-o. Na outra volta, estava atrás dele e ia ultrapassá-lo novamente quando, de repente, percebi que isto era um absurdo. Pensei comigo mesmo: "Por que estou andando tão rápido? Não tenho nenhum lugar para ir! Estou somente dando voltas em círculo! Então, por que a pressa?"
Diminuí imediatamente a velocidade seguindo os passos do monge. Então, aconteceu algo surpreendente: a minha mente foi se acalmando, diminuindo aquele ritmo rápido e apressado, fiquei mais calma e entrei num estado de meditação.
A pausa que sensibilizaAcalmar-se, ou seja, diminuir o ritmo é provavelmente o único meio eficaz para melhorar a sua vida. É bom para a nossa saúde coronária, a pressão sanguínea, o casamento, para o seu relacionamento com os seus filhos e amigos e para trazer paz a sua mente.
E também é bom para o Judaísmo. Uma das maiores reclamações dos judeus contra a prática religiosa é que eles rezam, falam as berachot ou fazem mitzvot "sem sentir nada." O culpado aqui é a PRESSA. Se reza a correr ou faz a berachá (benção) antes de comer um alimento como se este fosse desaparecer em dois segundos senão chegar a sua boca, então logicamente não sentirá nada.
Maimônides, no seu código de leis judaicas, escreve que o judeu deve fazer uma pausa antes de dizer a oração principal, o Shemona Esrei, para que se lembre de que se trata da grandeza de D’us. Aquele minuto de preparação interna pode mudar toda a experiência desde o acto de fazer mecanicamente uma reza até ao modo como lidamos com os nossos relacionamentos.
Esta pausa vital também pode ser empregada antes de recitar bênçãos e fazer mitzvot, para que se tenha consciência do que vai dizer ou fazer. A consciência requer que tenhamos tempo para sair do “piloto automático” para assim, começar a pilotar o avião.
Honra ao próximoA necessidade de estarmos completamente presentes não se aplica só na nossa relação com D’us, mas também no relacionamento com as pessoas. A lei que fala "ame ao próximo como a ti mesmo" pode ser cumprida de três modos específicos:
Falar bem do próximo;
Prover as necessidades físicas do próximo;
Honrar ao próximo.
Mas, o que dizer exactamente "honrar" outra pessoa? Como fazemos isto? Primeiro, vejamos o que não significa "honra ao próximo”:
Interromper uma conversa com um amigo para atender o telemóvel;
Discutir alguma coisa com o seu cônjuge enquanto faz a lista do supermercado ou assiste às notícias no jornal;
Falar com sua mãe ao telefone enquanto navega na Internet;
Perguntar ao seu filho como foi o dia dele sem ouvir a resposta, pois está envolvido com a sua papelada ou pensando no que vai jantar.
É claro que os exemplos acima dizem que honrar ao próximo quer dizer dar todo o seu tempo e a atenção ao próximo. Imagine que você esteja numa reunião com o presidente e o seu telemóvel começa a tocar. Não diria, "Com licença, Sr. Presidente, preciso atender o telemóvel”. Então se damos todo o nosso tempo e atenção para uma pessoa de carne e osso, devemos dar muito mais da nossa atenção ao Todo-poderoso, quando falamos com Ele numa oração. E, se você daria a sua atenção e tempo integral a uma distinta figura política, quanto do seu tempo e atenção deve dar ao seu amado cônjuge?
A falta de tempoÉ irónico o facto de que mesmo que existam milhões de objectos que nos facilitam no dia-a-dia, temos tão pouco tempo de sobra. É difícil encontrar uma pessoa com tempo suficiente. E quanto mais dispositivos de trabalho são desenvolvidos, menos tempo conseguimos!
Porém, conheci uma pessoa que pareceu sempre ter bastante tempo. A Rebbetzin Chaya Sara Kramer, o assunto de meu livro “Holy Woman” não tinha uma máquina de lavar roupas, uma secadora, um forno, uma máquina de lavar louça e nem sequer um carro. Também nunca teve uma moça que lhe ajudasse a cuidar da sua fazenda. Mas, sempre que alguém vinha para a sua casa, parecia que tinha todo o tempo do mundo para esta visita. Ela parava qualquer coisa que estava a fazer, sentava-se, e dava a atenção total ao seu convidado.
Assim como uma moça me disse numa entrevista: "Era como se Rebbetzin Kramer não tivesse mais nada para fazer no mundo excepto escutar-me".
O tempo, que temos não se trata do tamanho da nossa lista de actividades e sim da grandeza que possuímos.
"Judaísmo Messiânico" Não Existe
"Judaísmo Messiânico", não existe! Judeus pelo Judaísmo. Apaixone-se pelo Judaismo, faz bem! Pratique Torá! Esclarecer e contra-argumentar o assédio missionário da denominação evangélica "judaísmo messiânico".Carta aberta ao mundoQuerido Mundo, sei que você está contrariado conosco, aqui em Israel. Na verdade, parece que você está bem zangado, furioso até. (Ultrajado?) De fato, a cada poucos anos você parece ficar aborrecido por nossa causa. Hoje, é a "brutal repressão aos palestinos"; ontem, era o Líbano; antes disso era o bombardeio ao reator nuclear em Bagdá e a Guerra de Yom Kipur e a Campanha do Sinai. Parece que os judeus que triunfam e que, portanto, vivem, incomodam você ainda mais.
Evidentemente, querido mundo, muito antes de existir um Israel, nós - o povo judeu - já o incomodávamos. Contrariamos um povo alemão que elegeu Hitler e incomodamos um povo austríaco que aplaudiu sua entrada em Viena, e abalamos uma porção de nações eslavas - poloneses, eslovacos, lituanos, ucranianos, russos, húngaros e romenos. Incomodamos os cossacos de Chmielnicki, que massacraram dezenas de milhares de nós em 1648-49; perturbamos os cruzados que, em seu caminho para libertarem a Terra Santa, estavam tão contrariados com os judeus que assassinaram incontáveis números de nós.
Durante séculos, incomodamos a Igreja Católica que deu tudo de si para definir nosso relacionamento por meio de inquisições, e perturbamos o inimigo supremo da Igreja, Martinho Lutero que, em sua conclamação para incendiar as sinagogas e os judeus dentro delas, demonstrou um admirável espírito ecumênico cristão. E isso porque ficamos tão aborrecidos por incomodar a você, querido mundo, que decidimos deixá-lo - por assim dizer - e estabelecer um estado judaico. O argumento era que, vivendo em contato próximo com você, como estrangeiros- residentes nos vários países que o compõem, nós o incomodamos, irritamos e perturbamos. Que melhor idéia, então, que deixar você e assim amar você - e fazer com que você nos ame? Portanto, decidimos voltar para casa - para o mesmo país de origem do qual fomos expulsos há 1900 anos por um romano que, aparentemente, também incomodamos.
Infelizmente, querido mundo, parece que você é difícil de agradar. Tendo deixado você e seus pogroms e inquisições, cruzadas e holocaustos, tendo nos afastado do mundo em geral para vivermos em paz no nosso pequeno estado, continuamos a incomodá-lo. Você está aborrecido porque reprimimos os pobres palestinos. Está profundamente irado pelo fato de que não abrimos mão dos territórios de 1967, que obviamente são o obstáculo à paz no Oriente Médio. Moscou está aborrecida, e Washington está triste. Os árabes "radicais" estão perturbados, e os gentis e moderados egípcios estão aborrecidos.
Bem, querido mundo, analise a reação de um judeu comum de Israel. Em 1920, 1921 e 1929, não havia territórios de 1967 para impedirem a paz entre judeus e árabes. Na verdade, não havia nenhum Estado Judeu para incomodar ninguém. Apesar disso, os mesmos palestinos oprimidos e reprimidos esquartejaram dezenas de judeus em Jerusalém, Jaffa, Safed e Hebron.
Na verdade, 67 judeus foram massacrados num único dia, em 1929, em Hebron. Querido mundo, por que os árabes - os palestinos - massacraram 67 judeus num único dia em 1929? Poderia ter sido por causa da fúria deles pela agressão israelense em 1967? E porque 510 judeus, homens, mulheres e crianças, foram assassinados nas rebeliões árabes entre 1936-39? Foi porque os árabes estavam abalados por causa de 1967?
E quando você, mundo, propôs em 1947 nas Nações Unidas um Plano de Divisão que teria criado um "Estado Palestino" ao longo de um minúsculo Israel e os árabes gritaram "Não" e foram à guerra e mataram 6.000 judeus - este "incômodo" foi causado pela agressão de 1967? E, por falar nisso, querido mundo, por que na época não ouvimos seu grito de "aborrecimento"?
Os pobres palestinos que hoje matam judeus com explosivos e bombas incendiárias e pedras são parte do mesmo povo que - quando tinham todos os territórios que agora exigem lhes seja dado para seu estado - tentaram impelir o estado judeu para dentro do mar. As mesmas faces retorcidas, o mesmo ódio, o mesmo grito de "itbach-al-yahud" (Massacrem os judeus!) que vemos e ouvimos atualmente, eram vistos e ouvidos naquela época. O mesmo povo, o mesmo sonho - destrua Israel. O que eles não conseguiram fazer no passado, sonham fazer no presente, mas não devemos "reprimi-los."
Querido mundo, você assistiu de camarote durante o Holocausto e assistiu de camarote em 1948, quando sete estados deflagraram uma guerra que a Liga Árabe orgulhosamente comparou aos massacres mongóis. Você assistiu de camarote em 1967 enquanto Nasser, barbaramente aclamado por uma turba selvagem em todas as capitais árabes do mundo, jurou atirar os judeus ao mar. E você assistiria de camarote amanhã se Israel estivesse enfrentando a extinção.
E, como sabemos que os árabes-palestinos sonham todos os dias com essa extinção, faremos todo o possível para permanecermos vivos em nosso próprio país. Se isso o aborrece, querido mundo, bem - pense sobre quantas vezes no passado você nos aborreceu. Em cada evento, querido mundo, se você é incomodado por nós, eis aqui um judeu em Israel que não dá a mínima.
Ariel Ben AttarIsrael
Sobre o PURIM
BOM DIA! Sendo Purim uma época de alegria e contentamento, um período para desenvolver o amor e a boa vontade dentro do nosso Povo, creio que chegou a hora de compartilhar com vocês a minha piada favorita: Um homem entrou no bar, conversou com alguns amigos, dirigiu-se ao balcão e pediu uma Coca-Cola. Falou então para o dono do bar: “Uns amigos meus disseram-me que você gosta de apostar”. Ele respondeu: “Eu sou conhecido por fazer uma aposta aqui, outra ali...”
O homem sorriu e disse: “Eu aposto com você $50,00 que consigo morder o meu próprio olho!” O dono do bar achou que o individuo estava louco e que havia surgido uma maneira fácil de ganhar os $50,00... e aceitou a aposta. O homem tirou o seu olho de vidro e o mordeu! O dono do bar começou a ‘fumegar’, mas o homem o acalmou: “Olhe, não fique chateado. Vou lhe fazer uma proposta: Aposto consigo o dobro, em como consigo morder o meu outro olho!” O dono do bar calculou que agora iria ganhar facilmente os $100,00: com certeza o homem não tinha dois olhos postiços! E aceitou a aposta.
O homem tirou a dentadura e mordeu o seu outro olho! Agora o dono do bar realmente estava ‘espumando’, mas o homem o acalmou de novo: “Você está a ver este copo? Eu aposto $100,00 que eu o coloco lá no fim do balcão, abano varias vezes esta garrafa de Coca-Cola e faço com que todas as gotas caiam dentro do copo”. “Fechado!”, disse o dono do bar, com exultação na voz.
O homem abanou a garrafa, tirou o dedo da abertura e ficou espalhando a Coca-Cola, num movimento circular, por todo o bar, no espelho atrás do balcão, em cima do dono do bar e... nenhuma gota caiu dentro do copo! O dono do bar ria sem parar enquanto pegava a nota de $100,00 e a guardava no bolso. De repente, ele começou a pensar: “O homem definitivamente não é louco. Era impossível que ganhasse aquela aposta. O que se passa aqui?”
Enquanto o homem ia voltando para a mesa dos seus amigos, o dono do bar o chamou: “Espere um minuto! Não estou entendendo nada. Não havia maneira de que pudesse ganhar esta aposta. O que se passa?” O homem respondeu: “Está a ver aqueles meus amigos? Eles não só me disseram que você gosta de apostar, mas também que é um sujeito de pavio curto. Eu apostei $500,00 que conseguiria espalhar Coca-Cola por todo o seu bar e que você não ficaria chateado e mais $1.000,00 em como também se ria sem entendimento, enquanto eu fazia isto!”
Adoro esta piada porque ela é inteligente e demonstra que temos a capacidade de controlar as nossas reacções às coisas que nos acontecem. Na próxima vez que ficar nervoso(a), pare e pergunte: “Quem será que está a apostar contra mim?” E se você interromper este seu momento de raiva, o que acontecerá? Você ganhou a aposta!
COMO ENCONTRAMOS D’US QUANDO A SUA FACE ESTÁ ESCONDIDA?Purim ensina-nos como nos relacionar com D’us numa época onde os mares não se abrem, onde os arbustos não queimam, onde as pragas não caem sobre os nossos inimigos. A história de Purim ocorreu depois da destruição do Primeiro Templo Sagrado de Jerusalém, quando a era das profecias estava a chegar ao seu final. As pessoas não mais viam milagres revelados e abertos. Era uma época de encobrimento da presença Divina.
Cada evento descrito na Meguilát Ester é natural e possível de acontecer, e parecem estar sendo orquestrados completamente pelos seres humanos envolvidos no relato:
1) Um rei fica bêbedo e decide chamar a rainha para desfilar para os seus convidados. Isto pode acontecer.
2) Vashti, a rainha, recusa-se a comparecer perante o rei. Este, então, decide matá-la. Ester é escolhida rainha. Isto é possível.
3) Hamán resolve matar Mordehai e pede permissão ao rei. Pode ser.
4) O rei fica com insónia certa noite e relembra um antigo favor que estava a dever a Mordehai. Possível.
Mas quando TODOS estes incidentes coincidem, quando TODAS as peças do quebra-cabeças vêm ordenadas, formando uma ‘gigantesca’ coincidência, isto já está próximo de um milagre. Pode ser oculto, mas uma força a dirigir todos os eventos acaba por ser óbvio.
Cada ocorrência que Hamán pensava estar a controlar virou-se contra ele, trazendo a sua derrocada. A sua sugestão de matar a rainha Vashti causou o posicionamento de Ester como salvadora do seu Povo. A sua sugestão de utilizar as roupas e o cavalo reais – nascida do seu próprio desejo de honrar a si mesmo, desfilando com os apetrechos reais – tornou-se a recompensa perfeita para Mordehai. E a forca gigante que ele preparou com as suas próprias mãos para pendurar Mordehai foi utilizada contra ele mesmo.
Por Toda a história da Meguilá, D’us dirigiu os eventos e usou as escolhas de cada pessoa para formar um quadro com propósito e destino certos: a salvação do Povo Judeu. Era uma época em que D’us escondia a sua face, mas mais do que nunca ficou claro como Ele estava a dirigir o ‘show’. Há simplesmente ‘coincidências’ demais, os elos encaixaram-se perfeitamente.
A palavra em hebraico ‘olám’, mundo, vem da raiz ‘neelam’, escondido. O nome de D’us não aparece, mas quando tudo está dito e acaba de ocorrer, a Sua presença é reconhecida em todos os lugares e por todos. Ele não mais está escondido, apenas parece estar. Está nas nossas mãos encontrá-Lo em cada evento da nossa vida!
Pensamento da Semana
“Há duas palavras, que devemos evitar pronunciá-las - Sempre e Nunca!”
Porção Semanal da Torá: Tetsavê
Shemót (Êxodus) 27:20 -30:10
Esta porção semanal traz a ordem Divina para o Povo Judeu produzir azeite para a Menorá, que era usado no Mishkán (o santuário portátil) e para fazer as roupas para os Cohanim, os sacerdotes. Depois seguem as regras para a consagração dos Cohanim e do Altar Externo. A porção conclui com as instruções para a construção do Altar onde será queimado o incenso.
Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin
A Torá declara: “Faça uma lâmina de ouro puro e grave nela, como gravuras de selos, as palavras ‘Santificado ao Eterno’. Prenda-a com um cordão de lã azul celeste, para que possa ser usada bem de fronte ao turbante (Shemót 28:36-37)”. Tudo o que está escrito na Torá vem para nos transmitir lições de vida.
Que lições aprendemos do turbante do Cohen?
Cada uma das roupas dos Cohanim, os Sacerdotes que serviam no Mishkán, tinha uma correspondência e determinada influência espiritual. O turbante, que ficava no topo da cabeça, perdoava o Povo por actos de arrogância e convencimento. Existe, entretanto, um momento adequado para o orgulho – quando a pessoa está orgulhosa de fazer as vontades do Criador.
O Ketav Sofer, Rabino Avraham Biniamin Sofer (Hungria, 1815-1871), filho do famoso Rabino Chatam Sofer, explicou que este facto está aludido no nosso versículo.
Quando o orgulho é ‘Santificado ao Eterno’, então não há problema em permanecer no topo da cabeça da pessoa.
A arrogância é uma característica prejudicial ao desenvolvimento espiritual e traz muitas dificuldades no relacionamento com as demais pessoas.
Porém, quando estamos orgulhosos de cumprir os mandamentos da Torá, continuaremos felizes e orgulhosos mesmo em casos aonde outras pessoas venham incomodar-nos ou troçar das nossas atitudes.
PURIM = fraternidade
BOM DIA! Hora de festa: Purim está próximo! Purim é a festividade que nos faz lembrar que D'us ‘dirige’ o mundo por detrás dos bastidores. Em nenhum lugar da Meguilá Ester o nome de D'us é mencionado, apesar de haver uma tradição de que, a cada vez que as palavras ‘o rei’ são mencionadas, referem-se também ao Todo-Poderoso.
A Meguilá Ester é um livro repleto de suspense e intrigas, onde está relatada a história de Purim, e com um final bastante feliz: o Povo Judeu é salvo da destruição!
Purim será celebrado na semana que vem, sábado à noite, 3 de Março, após o pôr-do-sol. A festividade estende-se por todo o dia 4, domingo. O jejum de Ester é na quinta-feira, dia 1º, comemorando os três dias que a rainha Ester e o Povo Judeu jejuaram antes que ela se aproximasse do rei Ahashverosh com o seu pedido pela salvação do Povo Judeu.
Nos últimos dias estive a ler compenetradamente o livro “Tudo que uma Família Precisa para Entender, Celebrar e Divertir-se em Purim”, da autoria do Rabino Shimon Apisdorf, de Los Angeles. Uma das mensagens que mais me chamaram a atenção foi a seguinte: “Se você e os seus familiares costumam ir apenas duas vezes por ano à sinagoga, escolha então Purim e Simchá Torá (quando todos dançam e celebram o encerramento e o início da leitura da Torá). As nossas crianças devem ver e sentir a alegria de sermos Judeus, e nada melhor que estas duas datas festivas!”
O que é Purim e como o comemoramos?
Purim vem da palavra persa “pur”, que quer dizer “sorteio”, como consta na Meguilá: “Hamán fez sorteios para escolher o ‘melhor’ dia para exterminar os Judeus”. Esse dia caiu em 13 de Adar. Os sinistros eventos daquele dia acabaram por se inverter, tornando-se um dos mais alegres dias do calendário Judaico. Nós celebramos Purim no dia 14 de Adar, pois “eles (os Judeus) descansaram no décimo quarto dia, tornando-o um dia de festa e alegrias (Meguilá Ester, capítulo 9:17)”.
Em alguns poucos lugares, como Jerusalém, Hevrón, a cidade velha de Tsefat e Tibérias, Purim é celebrado no dia seguinte, 15 de Adar. Os nossos Sábios declararam que todas as cidades de Israel que tinham muralhas à época do acontecimento de Purim, devem celebrá-lo no dia seguinte. O motivo foi comemorar o dia a mais que o rei persa Ahashverosh garantiu a Ester, para permitir aos Judeus de Shushán (a capital da Pérsia, que, por coincidência, era uma cidade com muralha) acabar com os seus inimigos. A festividade que ocorre nestes locais chama-se Shushán Purim.
Houve duas formas, durante a História, com que se tentou destruir o Povo Judeu: física ou espiritualmente. Os nossos inimigos usaram as duas. Hánuca é a celebração da vitória sobre aqueles que tentaram e falharam em nos assimilar culturalmente (os Gregos e as suas culturas derivadas). Purim é a celebração da vitória sobre aqueles que tentaram e falharam em nos destruir fisicamente (os Persas, por exemplo).
Por que usamos fantasias e máscaras em Purim? Em lugar algum da Meguilá Ester o nome de D’us é mencionado. Se alguém assim o desejar, poderá ver a história de Purim como uma sequência de coincidências, totalmente desprovida de Influência Divina. Da mesma forma que nos escondemos atrás de máscaras e fantasias, mas a nossa essência está lá, assim D’us tinha “escondido a Sua face”, atrás das ‘forças’ da história, mas lá estava Ele dirigindo os acontecimentos.
Por que fazemos barulho sempre, que o nome de Hamán é mencionado durante a leitura da Meguilá? Hamán pertencia ao povo de Amalêk, um povo que personifica o mal e que a Torá nos ordenou exterminá-lo. Ao ‘desfigurarmos’ o nome de Hamán durante a leitura, estamos, simbolicamente, aniquilando Amalêk e todo o mal que ele representa.
A festividade é celebrada ouvindo-se a leitura da Meguilá sábado à noite e domingo de manhã, que traz o relato de todos os factos ocorridos em Purim. Durante o dia (domingo) cumprimos outras três mitsvót: 1) Matanót L’Evioním --dar dinheiro ou presentes a pelo menos duas pessoas pobres; 2) dar pelo menos dois alimentos prontos a no mínimo uma pessoa (chamado Mishlôah Manót, “o envio de porções”, que também pode ser feita através de um intermediário) e 3) comer uma Seudá, uma refeição festiva, onde devemos beber vinho.
De certa maneira, Purim é ‘maior’ que Yom Kipur. Em Yom Kipur nós jejuamos e é fácil para a nossa
alma ter domínio sobre o corpo. Purim, por outro lado, é o melhor exemplo da integração do físico e do espiritual e da consciencialização do amor que D’us tem por nós. A única coisa que se interpõe entre o Todo-Poderoso e você --é você. O vinho e o espírito do dia nos ajudam a ultrapassar esta barreira.
As mitsvót de Mishlôah Manót e de dar presentes aos pobres foram ordenadas para gerar um amor fraterno entre todos os Judeus. Quando há unidade e amor entre nós, mesmo os transgressores se tornam pessoas correctas e os nossos inimigos não conseguem causar-nos nenhum dano!
Todos gostaríamos que os nossos filhos tivessem os mesmo valores e interesses que nós, mas frequentemente nos surpreendemos com o facto que isto não acontece. A menos que propiciemos experiências e trocas de ideias sobre as coisas que valorizamos e apreciamos, os nossos filhos terão experiências diferentes... e muito possivelmente valores diferentes. Não podemos decretar e impor-lhes apreço pelo Judaísmo. O que PODEMOS fazer é propiciar-lhes experiências Judaicas positivas – como Purim! – e as nossas crianças começarão a ter algo a amar e admirar no facto de serem Judias!
Gostaria de saber mais sobre Purim? Entre em
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