Pessach e Chamêts
BOM DIA! Pessach inicia-se ao pôr-do-sol do dia 2 de abril (segunda-feira) e os dois Seders serão na noite da segunda-feira e também na de terça-feira (dia 3 de abril). O que precisamos saber para nos prepararmos para Pessach? Com certeza muito mais do que posso compartilhar com vocês nas duas próximas semanas. Por isto, além da leitura do Meór HaShabat, recomendo-lhes a nossa espectacular homepage em www.aishbrasil.com.br/new/artigo_pessach.asp.
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Porque se da Ênfase a Chamêts?
Em Pessach, somos proibidos de possuir Chamêts (praticamente todo o produto feito de trigo, cevada, centeio, aveia ou espelta, não produzido especialmente para Pessach) ou tê-lo em nossas propriedades. Na noite anterior a Pessach, procedemos a uma rigorosa procura pelo Chamêts em casa.
O Chamêts representa a arrogância. Pessach é tempo de liberdade --liberdade espiritual – e é a essência do porquê o Todo Poderoso nos tirou do Egipto. Como mencionei anteriormente, a única coisa que se interpõe entre si e D'us ... é você. Para se aproximar do Todo Poderoso, que é a meta e a essência da nossa vida (e esta oportunidade se apresenta ao cumprirmos cada Mitsvá e/ou Festa religiosa), cada um precisa remover a sua própria arrogância. Esta é a lição que aprendemos ao remover o Chamêts das nossas posses.
Liberdade significa possuirmos a capacidade de usar o nosso livre-arbítrio para crescer e nos desenvolvermos. Muitas pessoas pensam que são livres, quando na verdade são ‘escravas’ das novidades e modismos da sociedade. Escravidão é tomar uma atitude não pensada, seguindo os desejos e impulsos do corpo. O nosso trabalho em Pessach é sairmos desta escravidão para a verdadeira liberdade.
Uma das liberdades a serem trabalhadas durante Pessach é a ‘liberdade da boca (ou seja, da fala)’. Os nossos sábios encaram a boca como um das partes mais perigosas do corpo. É o único órgão que pode causar problemas em ambas as direcções -no que entra (comida e bebida) e no que sai (a conversa). De tão perigoso, é o único órgão humano que tem duas ‘trancas’: os dentes e os lábios. Alguns de nós são escravos da sua boca, tanto no que comem quanto sobre o que falam.
Na noite do Seder corrigimos estes problemas. Temos a mitsvá de relatar a saída do Povo Judeu do Egipto (para refinar as nossas conversas) e a mitsvá de comer Matsá e beber 4 copos de vinho (para enobrecer o que comemos e bebemos).
A estrutura da língua hebraica, por si só, sinaliza na direcção da ‘Liberdade da Boca’. A palavra Pessach pode ser dividida em duas: Peh e Sach, que significa ‘boca falando’ -nós temos a obrigação de contar sobre o Êxodo do Egipto durante toda a noite. A palavra hebraica Paró (o Faraó, que era o perseguidor dos Judeus na história de Pessach) pode ser dividida em duas: Pé e Ráh, uma ‘má boca’. A nossa aflição durante a escravidão no Egipto era caracterizada como Pérach (trabalho duro), que pode ser lido em 2 palavras: Pé e Rach, uma ‘boca solta’, sem responsabilidade com o que fala.
Possamos nós, neste Pessach, libertarmo-nos da ‘má boca’ e nos livrarmos da ‘boca solta’, onde muito de comida e bebida erradas entram e muitas palavras inapropriadas escorregam para fora.
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