Hamas ainda busca a destruição de Israel
Segunda, 12 de março de 2007, 10h18 - Reuters - Nidal Al Mughrabi
O grupo islâmico Hamas rejeitou na segunda-feira as críticas feitas por um dirigente da Al Qaeda e afirmou ainda estar comprometido com a destruição de Israel, apesar do recente acordo para formar uma coalizão com a facção Fatah.
"Não vamos trair as promessas feitas a Deus de continuar no caminho da jihad e da resistência até a libertação da Palestina, de toda a Palestina", disse nota do Hamas, fazendo uma clara referência a Israel e também à Cisjordânia ocupada.
Em gravação divulgada no domingo pela internet, Ayman Al Zawahri, número 2 da Al Qaeda, acusa o Hamas de servir aos interesses norte-americanos ao aceitar respeitar acordos de paz prévios com Israel no recente acordo firmado em com a Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas.
O acordo, porém, não atende explicitamente às demais exigências do Quarteto de mediadores — Estados Unidos, União Europeia, Nações Unidas e Rússia — para reconhecer a existência de Israel, renunciar à violência e aceitar acordos de paz interinos.
O acordo de Meca acalmou a violência entre seguidores do Hamas e da Fatah, que havia provocado mais de 90 mortes entre Dezembro e Fevereiro. Mas Zawahri disse que o entendimento entre os grupos era parte de um esforço norte-americano para conter a ira muçulmana contra a suposta tendência pró-Israel dos EUA.
"É um esquema norte-americano para atingir a resistência jihadista islâmica contra a campanha cruzado-sionista. A América quis uma solução propagandística para a questão palestina, a fim de remover a maior razão para o ódio islâmico (contra os EUA)", afirmou;
Zawahri acusou o Hamas de abandonar a tradição dos atentados suicidas em nome de ganhos políticos. "Eles prejudicaram o movimento das operações de martírio por um governo que joga com as palavras em salões palacianos", disse o militante.
O Hamas matou quase 300 israelitas em 58 atentados suicidas ocorridos desde 2000. O último ataque de um homem-bomba em território israelita ocorreu em 2004.
Em sua nota, o Hamas disse continuar sendo "um movimento de resistência, de quem busca o martírio", e que seus princípios "nunca serão alterados".
Comentário mIsrael
E ainda há quem acredite que o Hamas deve fazer parte da solução. As declarações acima deixam claras que a paz para eles só virá através da destruição de Israel. Não há o que negociar com fanáticos e terroristas.
Quanto a esse suposto esquema norte-americano para atingir a resistência jihadista islâmica, vale lembrar que o acordo de Meca foi realizado com o objectivo único de paz entre Fatah e Hamas. O que eles tentaram fazer foi tirar proveito da mídia burra para dizer que este acordo tinha algum valor no que tange a Israel e assim conseguir o dinheiro Europeu e americano sem ter que mudar uma vírgula (como demonstrado acima) de suas intenções reais.
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