30.3.08

Por que os justos morrem????

Yossef, um jovem avrech (rapaz que tem o estudo da Torá como principal ocupação), casado havia alguns anos, saiu da sinagoga com o seu irmão mais jovem na noite de Shabat, em direcção á casa da sua mãe para desejar-lhe um Shabat Shalom. Na casa reinava um ambiente agradável. As velas brilhavam com calma, como se anunciassem que o santo dia de Shabat chegou ao mundo. Somente a cadeira vazia na cabeceira da mesa, a cadeira pertencente ao seu pai que falecera dois anos antes, atrapalhou subitamente o descanso. Sentimentos de saudades e sofrimento preenchiam os corações. A mãe sentava-se numa cadeira, como de costume, e lia um livro.

"Shabat Shalom" - disseram os filhos. "Shabat Shalom" - respondeu a mãe, esforçando-se para esconder as lágrimas que escorriam ininterruptamente dos seus olhos.

"Está a chorar novamente!" - exclamou Yossef - "há de haver um limite para isto. Hoje é Shabat, e não se pode sofrer neste dia". "Mas vocês bem sabem que no dia de hoje, há dois anos, o vosso pai partiu para o outro mundo. Como é possível conter-se e não chorar?"

"Está bem" - disse Yossef- "hoje você tem motivo. Mas, e ontem, e anteontem? Já passaram-se dois anos e não consegue encontrar conforto. Chora e sofre, mas o pai encontra-se no Gan Eden, e certamente não está satisfeito com isto. E o Criador do mundo, obviamente não quer vê-la assim. No Shulchan Aruch (livro que compila o código de leis judaicas) está escrito quando deve-se sofrer mais, quando deve-se sofrer menos, e quando deve-se parar de sofrer. Se você não age assim, demonstra que não concorda com a vontade do Criador. Desculpe-me por falar tão directo, agressivo".

A mãe levantou-se, enxugou as lágrimas, e disse: "Tem razão, Yossef. Mas, com todas as minhas forças eu tento esquecer e não consigo" - e novamente limpou as suas lágrimas.

A pequena Shoshana disse: "Ima (mãe), nós queremos vê-la sempre contente!"

"Eu também quero" - respondeu a mãe. "Prometo a vocês que me empenharei muito para alcançar a alegria".

Yossef desejou Shabat Shalom á mãe e dirigiu-se para a sua casa. O jovem David morava na casa da mãe, e assumiu o papel de pai. Ele fez o kidush sobre o vinho, e durante a refeição todos experimentaram a sensação da verdadeira paz do Shabat: a mãe até mesmo sorria. Os filhos discursaram sobre a Porção Semanal, e a mãe sentiu muita satisfação. Todos deitaram-se á tarde, e a mãe sentiu certa calma dentro de si, sentimento que não experimentava desde que o marido a deixou.

Ela começou a pensar que não era a única, existem outras jovens viúvas, e elas são felizes pois se conformaram com o seu destino.

Na sua mente veio a lembrança do shiduch que lhe foi oferecido ultimamente, e isto a fez estremecer. Mas desta vez dormiu com tranquilidade. Fechou os seus olhos e viu-se com muitas pessoas, todas correndo. Saíram da cidade e chegaram a um bosque cerrado. Continuaram a correr bosque adentro na escuridão, quando repentinamente uma luz penetrou a cena e o bosque terminou. O sol apareceu com sua luz intensa, e ela viu-se diante de um grande jardim, cheio de flores que exalavam um perfume maravilhoso. Ao redor do jardim havia fontes de água cristalina.

De repente, surgiu um judeu de barba grisalha, vestido numa longa túnica branca. O judeu perguntou se desejava ver o seu marido, e ela o seguiu com o coração batendo forte. O ancião parou diante de uma grande árvore repleta de belas e grandes frutas, e de longe ela avistou um grande campo, contornado por uma cerca dourada. Dentro da imagem ela viu judeus vestidos em roupas coloridas sentados em fileiras estudando a Torá, e entre eles encontrava-se um jovem de pé, dando uma aula. "Espere um pouco," - disse o judeu idoso - "daqui a pouco a aula termina e você o verá". Ela olhou para todos os cantos e não acreditava no que os seus olhos viam. A aula terminou e o homem que estava leccionando seguiu na sua direcção. De repente, Rachel reconheceu a roupa superior do homem. A sua cabeça ficou tonta ao perceber que o seu marido encontrava-se de pé ao seu lado.

"Avraham!" - gritou e caiu sobre a árvore ao seu lado. "Sou eu" - respondeu o marido - "acalme-se!".

Permaneceu um bom tempo de olhos fechados, e quando finalmente voltou a si, perguntou: "Por que falecestes e me deixastes?... ainda estavas jovem."

"Saiba" - respondeu o marido com calma - "que o mundo no qual você vive é como uma terra de decreto para onde as pessoas são enviadas com o objectivo de completar certos assuntos ou sofrer por pecados que fizeram anteriormente. O verdadeiro mundo é aqui. Eu já estive uma vez no mundo antes de me conheceres. Eu era um grande sábio e justo, mas não queria casar-me com uma mulher nem ter filhos, para que isto não atrapalhasse os meus estudos.

"Quando parti do mundo, deram-me a liderança de uma Yeshivá no Gan Eden, e comecei a elevar-me a altos níveis. Ao tomarem conhecimento de que não me casei nem tive filhos, mandaram-me de volta ao mundo, e uni-me a ti, minha esposa. Quando o nosso sétimo filho nasceu, chamaram-me novamente para a Yeshivá no Gan Eden, onde todos esperavam por mim. É grande o teu mérito por te teres casado comigo, pois tenho aqui um bom nome, e ainda virá o tempo quando viveremos novamente com prazer neste mundo."

"Mas" - disse Rachel - "eu não sabia que eras um estudioso tão grande, e tu nunca tiveste tempo de estudar muito."

O seu marido respondeu: "Nem eu, pois vim ao mundo apenas para completar aquilo que me faltava - ter uma mulher, filhos, e sustentá-los devidamente. Assim que parti do mundo, a minha mente preencheu-se de conhecimento da Torá infinita".

"E o que há com o nosso David? Afinal, ele já completou vinte e quatro anos e ainda não lhe ofereceram nenhum shiduch, e eu não possuo verbas para casá-lo"?

O seu marido sorriu, dizendo: "O motivo para isto é que o par de David atrasou-se em vir ao mundo. Agora, a sua futura esposa tem apenas treze anos, e mora noutro país. Dentro de cinco anos ela virá para a sua cidade, casar-se-á com David e todas as despesas necessárias para o casamento serão resolvidas".

Rachel começou a tremer e em sua mente veio à tona uma memória dolorida. Sem forças, perguntou a seu marido: "Por que motivo aconteceu aquela tragédia, e nosso filho de três anos foi assassinado por um gentio bêbado?"

O marido sorriu, dizendo: "Siga-me!"

Ela começou a andar e chegaram num jardim repleto de luz, com pequenas árvores florescendo em todo canto, como se estivessem observando-a. Uma espécie de postes de luz em cores diversas desciam do céu. Belos pássaros voavam de árvore em árvore, e ela apurou o ouvido para escutar o seu canto. Alguns cantavam "A luz está plantada para o Justo, e a alegria para aqueles de coração correcto." Outros entoavam a melodia "Para que entoe louvor a Ti."

E eis que ela viu círculos de fogo coloridos flamejando. Estes desceram e pararam ao seu lado como postes. Atrás deles vieram pequenos anjos dotados de asas, que também ficaram ao seu lado. Nas redondezas ouvia-se uma melodia maravilhosa proveniente de instrumentos musicais. Rachel sentiu que a sua alma a abandonava, estava prestes a desmaiar. Imediatamente, o marido pegou uma erva do jardim e aproximou do seu nariz. Voltando a si, ela encontrou um dossel feito de pedras preciosas muito brilhantes, de todas as cores do arco-íris. Uma espécie de anjo aproximou-se dela, vindo do dossel. Ela reconheceu o seu filho assassinado, que sorria para ela com muita ternura. Rachel desmaiou pela segunda vez, e novamente o seu marido fê-la cheirar aquela erva. Ela abriu os olhos, e constatou que não estivera enganada. Aquele era o seu filho.

Perguntou-lhe: "Porque nos deixastes, tão pequeno?"

O menino respondeu: "Tudo acontece de acordo com as contas do Criador do Universo. A minha alma já esteve no mundo antes de estar com a nossa família. Mãe, eu havia nascido então numa família muito especial, mas na nossa cidade ocorreram muitas desgraças. Os gentios mataram todos os judeus, e fiquei sózinho. Eu era um bebê de apenas meio ano, e uma mulher gentia acolheu-me e adoptou-me, até ao dia em que os judeus me resgataram para viver com eles. Tornei-me um grande Sábio e estudioso, e vivi o resto da minha vida em calma e paz. Quando parti para este mundo, fui recebido com muita alegria, e elevei-me mais e mais, até chegar a um ponto no qual não mais poderia subir. Por ter mamado durante um ano de uma mulher gentia, decretaram que eu nascesse novamente e mamasse de uma mãe judia. Então nasci de ti, mãe, o que lhe traz um grande mérito. Quando três anos chegaram ao fim, fui trazido de volta ao meu lugar, pois não tenho mais o que fazer naquele mundo coitado."

"Mas, porque morreste de uma forma tão trágica?" - questionou a mãe. "Quando chegou a hora de me despedir deste mundo" - explicou o filho - "uma grande desgraça estava prestes a acontecer na cidade, e todos morreriam, incluindo tu e os meus irmãos. Então, concederam-me a honra de ser o expiador da cidade, e fui assassinado no seu nome, salvando a todos. Por este motivo mereci tanta honra aqui. Ninguém tem permissão de me ver, apenas o pai, no momento em que desejar." O menino riu-se prazerosamente, e afastou-se.

Então, o marido disse: "Viste, que para todas as tuas dúvidas, existem respostas. Afinal, o Criador não cria nenhum mal. Agora, devo voltar para a minha aula" - acrescentou ele, acompanhando-a ao local inicial, ao lado da árvore. "Aqui é muito bom, mas não consigo suportar as suas lágrimas e suspiros. Farias-me um grande favor se começasses a viver com alegria. Ofereceram-te um shiduch respeitável - não o recuses." O seu marido desapareceu, e o homem de barba branca surgiu novamente, acompanhando-a bosque adentro.

Esta história encontra-se nos manuscritos de Rav Chaim Vital zt"l, que a ouviu do seu grande mestre, o Arizal. Ele nos ensinou grandes segredos da Torá, e em especial o assunto de reencarnação. Ele ensinou-nos, que todas as pessoas no mundo são parafusos da grande máquina chamada Criação. D'us aperta ou desatarraxa os parafusos de acordo com a performance da máquina. Ele traz ao mundo almas que tem uma missão a cumprir, e tira do mundo as almas que devem estar em cima. Afinal, este mundo e o mundo vindouro são um só assunto. Aqui em baixo, actua-se com almas e corpos, e lá em cima, apenas com almas. Se víssemos como tudo funciona, não sofreríamos no mundo. Pois no fim dos dias, que está próximo, todas as almas retornarão a este mundo para servir a D'us de corpo e alma unidos. Isto até o estágio em que o corpo elevar-se-á, e tornar-se-á como a alma. Isto acontecerá ao final do sexto milênio, e então o grande Shabat virá ao mundo.

Estas e outras belas explicações encontram-se no sagrado livro Kol Mevasser, em hebraico.

29.3.08

Pensamento da Semana

“Felicidade é estarmos satisfeitos com o que temos.
Alegria é o prazer de anteciparmos um bom futuro”

A ROUPA DO MANDARIM



Havia um homem na antiga China que foi nomeado mandarim (uma espécie de conselheiro do imperador), um cargo muito importante e honrado. Envaidecido com a nova posição, pensou em mandar confeccionar roupas novas. Como seria um homem importante, precisava de se vestir bem. Um amigo recomendou-lhe um velho alfaiate, um homem muito sábio e especial, que sabia dar a cada cliente o corte perfeito. Depois de cuidadosamente anotar todas as medidas do mandarim, o alfaiate perguntou-lhe “há quanto tempo ele era mandarim”.
- O que isso tem a ver com a medida do meu manto? - perguntou o mandarim, visivelmente irritado, o sucesso já a subir-lhe à cabeça.
Paciente, o alfaiate explicou:
- A informação é importante para que eu possa fazer a sua roupa com o corte perfeito. Por exemplo, se é um mandarim recém-nomeado, deve estar tão deslumbrado com o cargo que andará com o nariz erguido e a cabeça levantada. Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás. Se já é mandariam há alguns anos, está ocupado com o seu trabalho e os transtornos advindos da sua experiência já o devem ter tornado um homem sensato e que olha para frente, para ver o que vem na sua direcção e o que precisa de ser feito em seguida. Então eu tenho que costurar um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás. Mas se você já é mandarim há muitos anos, o corpo está curvado pelos trabalhos exaustivos, sem falar na humildade que adquiriu na vida junto, com a sabedoria. Neste caso eu preciso de fazer o manto com a parte de trás mais longa. Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo, para que a roupa lhe assente perfeitamente.

O homem, quando saiu da loja, entendeu os motivos que levaram o seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate. Com certeza não era para acertar as suas roupas, e sim o seu comportamento.
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Na Parashá desta semana, Shmini, a Torá descreve a inauguração do Mishkan (Templo Móvel) e a primeira vez que a Presença Divina repousou sobre ele. Porém, o que era para ser um dia de grandes festas e alegria transformou-se em uma grande tragédia: os dois filhos mais velhos de Aharon, Nadav e Avihu, que eram os Cohanim (sacerdotes) designados para fazer os serviços do Mishkan, ofereceram um incenso que não havia sido pedido por D'us e morreram, fulminados por um fogo Celestial. Moshé, vendo a tristeza de Aharon pela perda dos filhos, foi consolá-lo com as seguintes palavras: " ...Foi isso o que D'us havia me dito, quando Ele falou: "Eu santificarei o Meu nome através daqueles que são muito próximos de Mim"... " (Vayikrá 10:3). Explica o Midrash (parte da Torá Oral) que com estas palavras Moshé consolou Aharon: "Saiba que durante a entrega da Torá no Monte Sinai, D'us havia disse-me sobre a morte de dois Tzadikim (Justos) muito próximos Dele, e que eles santificariam o Seu nome. Eu pensei que seríamos eu e tu. Agora entendo que os seus filhos eram ainda maiores do que nós dois". Quando Aharon escutou isso, consolou-se, e em algum momento questionou a vontade de D'us.

Mas prestado um pouco de atenção nas palavras do Midrash, surge uma dúvida. Moshé Rabeinu é conhecido pela sua incrível humildade, e em vários pontos da Torá essa característica é ressaltada. Quando D'us o escolheu como o salvador do povo, Moshé não quis aceitar, pois achava que haviam muitas pessoas melhores do que ele para o cargo. Quando o Mishkan ficou pronto, Moshé deveria ter entrado, mas não quis, pois achava que não era a pessoa mais adequada para fazer os serviços. E a própria Torá descreve, explicitamente, que Moshé era um homem muito humilde. Porém, neste episódio da morte dos filhos de Aharon, onde se vê a humildade de Moshé? Parece justamente o contrário, como se ele estivesse a dizer ao Aharon "eu sei que sou alguém muito grande". Isso é humildade?
Explicam os nossos sábios um fundamento muito importante sobre a característica de humildade. Humildade não significa a pessoa se sentir lixo, estar deprimida, achar que não tem importância nenhuma no mundo. A humildade verdadeira é daquelas pessoas que sabem a sua grandeza, que sabem a sua importância no mundo, mas não atribuem o seu sucesso a si mesmas, e sim à D'us. Moshé sabia que ele era o líder do povo, que era o único ser humano que podia falar com D'us face a face, que era espiritualmente um gigante. Porém, ele nunca atribuiu nada dessa grandeza a si mesmo, ele sabia que tudo era um presente e uma bondade de D'us. Ele tinha muito claro no seu coração que se D'us não permitisse, ele não tinha forças para nem mesmo levantar um dedo.
A humildade é uma característica muito difícil de ser alcançada, pois a tendência do ser humano é que o seu orgulho e sua prepotência aumentem na proporção do seu crescimento na vida. As pessoas pensam que, por terem se tornado presidentes da empresa, já não precisam mais de dizer bom dia ao porteiro, obrigado para a empregada, nem por favor para a secretária. O orgulho sobe facilmente à cabeça das pessoas, cegando-as. Como ensina o Pirkei Avót (Ética dos Patriarcas): "Três coisas tiram o homem deste mundo: a inveja, a busca pelos desejos materiais e a busca pela honra". Justamente ao contrário de Moshé, cuja maior grandeza foi, quanto mais ele crescia, mais humilde ele se tornava.

27.3.08

Porção Semanal: Shemini


Bereshit 47:28 - 49:26

A Parashá Shemini (Vayicrá 9:11-11:47) começa por discutir os eventos que ocorreram no oitavo e último dia de melu'im, serviço de inauguração do Mishcan. Após meses de preparação e antecipação, Aharon e os seus filhos são finalmente instalados como cohanim, num serviço elaborado.
Aharon abençoa o povo, e toda a nação se rejubila quando a presença de D’us paira sobre eles. Entretanto, o entusiasmo é interrompido abruptamente quando os dois filhos mais velhos de Aharon, Nadav e Avihu, são consumidos por um fogo celestial e morrem no Mishcan, enquanto ofereciam ketoret, incenso, sobre o altar. A Torá declara que eles morreram porque trouxeram um "fogo estranho" no santuário interior do Mishcan, cujo significado é discutido pelos comentaristas à exaustão.
Aharon recebe ordens de que os cohanim são proibidos de entrar no Mishcan enquanto impuros, e a Torá continua a relatar os eventos que ocorreram imediatamente após a morte trágica de Nadav e Avihu. A porção termina com uma lista dos animais casher e não-casher, e várias leis sobre tumá, impureza.

Mensagem da Parashá

Pureza e impureza

A porção Shemini discute os animais puros que são permitidos consumir, e os impuros, que somos proibidos de ingerir. A Torá fornece dois sinais para reconhecer um animal puro: ser ruminante e ter os cascos fendidos.
Uma das razões oferecidas para as leis dietéticas é que tudo que a pessoa come transforma-se em carne e sangue, tornando-se parte integrante daquela pessoa. Portanto, a Torá proíbe determinados alimentos para impedir o homem de assimilar as más características da comida proibida.
Se há uma proibição contra comer animais que não ruminam e não têm o casco fendido (para impedir a assimilação das características daqueles animais), a conduta apropriada para o homem deveria ser uma que adoptasse os conceitos de um casco fendido e ruminar a comida.
O casco deve ser inteiramente fendido, de cima a baixo. O casco é dividido em dois, para indicar que a nossa caminhada na terra, i.e., os nossos envolvimentos mundanos, devem incluir dois princípios básicos: aproximar-se daquilo que é bom e afastar-se daquilo que não é.
Mas o sinal de um casco fendido em si não é o suficiente. Deve também haver o sinal de ruminar a comida. É preciso ser muito cuidadoso para "ruminar" toda a actividade mundana que se pretende aceitar. Deve-se esclarecer e determinar, de uma vez por todas, se realizará determinadas tarefas, e se for este o caso, de que forma deverá fazê-lo. Somente então a acção em si será comparada a um "animal puro" – algo que pode e é usado para a nossa missão espiritual na vida.
Quanto às aves, não confiamos somente nos sinais, mas também exigimos uma tradição afirmando a pureza dessas espécies. Alguém poderia perguntar porque precisamos dessa tradição. Observar os sinais deveria ser suficiente. No entanto, isso vem ensinar-nos, que não se pode confiar na própria inteligência. É possível estudar o Código da Lei Judaica e até seguir um tipo de comportamento que o próprio intelecto determina como sendo "além da letra da lei."
Deve-se seguir a tradição. A palavra hebraica para tradição é messorá, que está relacionada à palavra messirá – devoção e ser atado junto. Para seguir esta tradição judaica devemos ser devotados e ligar-nos com outros judeus e líderes de Torá, que podem ensinar-nos os caminhos da nossa tradição.

24.3.08

Una alemana en Jerusalén


por HERMANN TERTSCH

Tanto se abusa de este adjetivo que ya da cierto pudor utilizarlo pero hay ocasiones en los que el significado de un acto político adquiere tal peso, dimensión y densidad en su carácter único que no puede calificarse de otra forma. Por eso ha sido realmente «histórica» la visita de la cancillera alemana, Angela Merkel, a Israel esta semana. Como lo ha sido su discurso, ante el Knesset (parlamento israelí) en Jerusalén. En alemán, para muchos israelíes la «lengua de los verdugos» del Holocausto, -algunos miembros de la cámara aún no pueden soportarlo y se ausentaron- la cancillera alemana hizo historia. La cámara había cambiado especialmente para ella las reglas que sólo daban el privilegio de hablar desde aquella tribuna a Jefes de Estado. Desde allí se dirigió a los parlamentarios pero su mensaje nítido y contundente iba destinado a todo el mundo y especialmente a los enemigos de Israel. Y proclamó que Alemania considera la seguridad de este pequeño Estado judío como propia y «jamás negociable». «Las amenazas a Israel son amenazas a nosotros». En la lengua de los verdugos llegó una alemana a Jerusalén para decirles a los israelíes que jamás volverán a estar solos como entonces, cuando un Estado alemán intentó exterminar al pueblo judío ante la indiferencia de la mayoría de los europeos y con la cooperación de muchos. Les aseguró que este Estado alemán no permitirá que otros nuevos enemigos, esta vez no con gas Zyklon B ni en matanzas multitudinarias, sino con la bomba atómica, preparen y concluyan aquella aniquilación que el nacionalsocialismo alemán perpetró en el siglo XX. La existencia de Israel es uno de los máximos símbolos de la victoria del mundo libre contra el nacionalsocialismo y contra todo totalitarismo. La alemana en el Knesset habló de historia con mayúscula, de principios irrenunciables y de compromisos irrevocables en defensa de la libertad y la sociedad abierta. Una gran lección.
En realidad, los actos de celebración del 60 aniversario del Estado de Israel no comienzan hasta mayo, pero Merkel ha querido adelantarse a las muchas visitas que se producirán entonces para darle a la suya el carácter único que el trágico pasado común de alemanes y judíos merece. Pero también para hacer una exposición muy personal de las razones, las muchas razones que tiene ella para considerar a Israel un bastión del mundo libre y de la sociedad abierta que no puede sucumbir sin terribles consecuencias para todas las democracias. «La seguridad de Israel es razón de Estado para Alemania». La defensa de Israel debe ser razón de Estado para todas las sociedades abiertas y libres.
El viaje de Merkel es uno que todos los líderes de las democracias habrían de hacer por dignidad, sentido de la historia y respeto a los valores que los elevaron al cargo. Obligados, no como ella por el pasado, pero tanto como ella por el presente y por el futuro de Israel y de todo el mundo que damos en llamar occidental. El 60 aniversario de la fundación del Estado de Israel llega en el momento idóneo para que las democracias occidentales proclamen su compromiso inquebrantable con la defensa de este pequeño Estado cuya existencia vuelve a estar amenazada como nunca desde 1967.
Desde hace ya un lustro, pierde fuerza la única solución pacífica que existe para el conflicto y que se basa en la opción de los dos estados, el judío y el palestino. Si en Israel costó mucho lograr una mayoría para esta solución -hace treinta años eran multitud los que propugnaban la colonización total de los territorios conquistados en 1967 y la expulsión de los palestinos hacia los países árabes vecinos- hoy la situación se ha invertido. La popularidad del fanatismo islamista, entre los palestinos especialmente pero también en el mundo árabe en general y en otros enemigos de Israel con el Irán de Ajmadineyad a la cabeza, ha hecho resurgir con virulencia el viejo sueño de convertir tarde o temprano al Estado de Israel en un breve paréntesis en la larga historia de la región, un «accidente» consecuencia de otro anterior que habría sido el Holocausto. Hamás, Hizbola, Siria o Irán, Al Qaeda y grupos similares no tienen el mínimo interés en avances en dirección hacia la constitución de un Estado palestino viable. Desde Teherán sólo parte un mensaje constante y retador que pide sufrimiento en espera del golpe liberador que restaure el honor del Islam con la destrucción del Estado de Israel. Nadie piense que la presidenta del parlamento israelí se dejaba llevar por la retórica el martes cuando pedía a Merkel, «tiéndanos la mano para evitar la condena de muerte», en referencia a la amenaza que todos los israelíes perciben ante los planes nucleares del régimen de Teherán.
Angela Merkel tiene la paradójica ventaja sobre sus colegas del resto de Europa occidental de haber crecido bajo una dictadura comunista, saber lo que es el totalitarismo y lo que es la libertad. Y los esfuerzos y el precio que ésta merece en su defensa. Por eso es incapaz de caer en los relativismos de otros, como nuestros inefables gobernantes españoles con sus solemnes juegos de la nada sobre la armonía en la Alianza de Civilizaciones con los enemigos de la civilización. Merkel tiene por el contrario eso que se denomina «cultura de defensa», una virtud denostada o sencillamente ignorada por tantos políticos europeos. Por eso sabe percibir las amenazas a la libertad propia en los ataques a la de otros Estados, comunidades o personas. Por eso es capaz de ir a Moscú y a Pekín y proclamar allí su preocupación por los derechos humanos mientras otros visitan estas capitales sin acordarse de ellos. Como tantos políticos centroeuropeos y antiguos disidentes bajo los regímenes comunistas, sabe que la libertad perdida por debilidad puede costar generaciones en ser reconquistada. Sabe que los enemigos de la libertad son implacables y utilizan y fomentan la confusión, la comodidad, la ignorancia y la cobardía en las sociedades libres. Pero sobre todo sabe que Israel no se puede permitir una derrota porque equivaldría a su aniquilación. Y es consciente de que las amenazas contra Israel son amenazas contra todos nosotros.
Israel es parte de la historia alemana y europea. Es evidente que Israel hoy no existiría como es si la Alemania nazi no hubiera asesinado industrialmente a millones de judíos. Ni si hubieran tenido las víctimas otros países europeos donde buscar refugio ante la ofensiva criminal nazi que comienza en 1934 con las Leyes de Nuremberg y concluye en las chimeneas de Sobibor y Auschwitz o en las terribles muertes por enfermedades y hambre en Bergen-Belsen con Hitler ya muerto.
Como no podía ser de otra forma, ciertos sectores de la izquierda europea se han apresurado a criticar a Merkel por no aludir a los asentamientos israelíes en los territorios ocupados ni a la triste situación en Gaza. A Gaza sí se refirió y con inmenso sentido común. Hamás es responsable de lo que allí ocurre, porque Israel, que se retiró unilateralmente de aquellos territorios, no puede tolerar que desde allí se bombardee diariamente a su población. Merkel cree en el derecho a la defensa propia. Otros pretenden que Israel renuncie a ella. No puede caer en semejante error quien tan larga memoria tiene. La cancillera ha estado ya tres veces en Israel y los territorios durante su mandato. Y por supuesto que ha tratado con los dirigentes israelíes sobre estas cuestiones políticas a las que aludió en el parlamento en Jerusalén como «la necesidad de dolorosas concesiones». La política israelí es muchas veces muy criticable y condenable. Y sin duda habrá de hacer muchas «concesiones dolorosas» para cualquier acuerdo cuando tenga interlocutores. Pero su derecho a la defensa propia sólo se lo pueden discutir sus enemigos. Pero, además, ha quedado claro que esta visita ha sido concebida personalmente por la cancillera como una proclamación de principios. Con siete ministros de su Gabinete en Jerusalén para elaborar con sus homólogos israelíes programas de cooperación a largo plazo, ella se ha centrado en la escenificación de este salto cualitativo que convierte a Israel en uno de los socios privilegiados de Alemania en un nivel que solo tienen Francia, EE.UU., Italia y quizás ahora Polonia. El Estado de Israel está, desde esta semana, un poco más arropado ante las tempestades de la historia que se adivinan. Lo necesita y lo merece.

***
Este post publicado
Aquí añade datos que no se han leido en la prensa española y lo complementa con dos tubes la alocución de la Sra Merkel en la Knesset( en hebreo y alemán)
Se los reproduzco al completo para que no tengan que buscarlo


Ana dijo...

Por primera vez, un jefe de gobierno alemán es invitado a dirigirse a los diputados de la Knesset, el Parlamento israelí. El Parlamento modificó para la ocasión su protocolo: normalmente, sólo son invitados a expresarse desde esta tribuna los jefes de Estado (Angela Merkel no es la Presidenta de Alemania, sino su Primera Ministra).Es un acontecimiento histórico, pues. Pero también por lo que dijo Merkel: no sólo recordó sin rodeos la responsabilidad del Estado alemán en la destrucción de la mayoría de los judíos europeos (también, de paso, habló de la responsabilidad de Europa entera en esa catástrofe), sino que apoyó el derecho de Israel a defenderse de sus enemigos en los términos más claros. No hay un solo dirigente europeo, hoy en día (ayer tampoco), que se haya pronunciado con tanta claridad a favor del derecho a la existencia del Estado de Israel.Para que no faltara nada, en dos oportunidades Merkel se dirigió en hebreo, la lengua oficial de Israel, a los diputados y al público invitado. Envío el corte: en la primera intervención, al comienzo de su alocución, Merkel agradece el honor que le han hecho invitándola a hablar en la Knesset; en la segunda, felicita al Estado de Israel por la próxima celebración, en mayo, del 60 aniversario de su fundación.Por supuesto, los media progres han tratado de opacar este emocionante acontecimiento político haciendo hincapié en los diputados israelíes que abandonaron el hemiciclo en cuanto Merkel habló en alemán. Claro que no dicen que fueron sólo cinco, o que ni Merkel ni nadie se sintió ofuscado o violentado por ese gesto: todavía hay en Israel sobrevivientes de la Shoá y muchos descendientes directos de los asesinados que repudian el alemán por haber sido la lengua de sus verdugos.De paso, la prensa de izquierdas (también en Israel) se ha quejado de que Merkel no hablara de las violaciones de los derechos humanos de los palestinos. También para no variar, los progres ocultan los hechos y manipulan a la opinión pública: en tres oportunidades se refirió la cancillera alemana a la actual situación en la franja de Gaza. Pero como no dedicó su intervención a este tema ni acusó a Israel de ser el único causante de esa situación, pues lo de siempre: Merkel es pro-israelí, o sea, mala malísima.
Aquí va este corto fragmento, con las dos intervenciones en hebreo de la cancillera

Y este otro:

Es el momento en que Merkel habla explícitamente de la responsabilidad de Alemania y Europa en la Shoá. Traduzco las primeras frases:'(...) El asesinato masivo de 6 millones de judíos infligió un indescriptible dolor al pueblo judío, a Europa y al mundo entero. La Shoá nos llena a los alemanes de vergüenza. Me inclino ante las víctimas. Me inclino ante los supervivientes y ante los que les han ayudado a seguir con vida. (...)
'20 de marzo de 2008 15:28:00 CET
***

Leerles a ustedes reconforta y nos hace sentir reconciliados con la dolorosa historia.

22.3.08

Israel e as vidas civis


Se há uma coisa que os regimes e os movimentos islâmicos radicais, do Irão ao Hezbullah no Libano, ao Hamas em Gaza, têm em comum é o desejo de destruírem o Estado israelita.

A sobrevivência de Israel é a questão crucial da política do Médio Oriente. Se há uma coisa que os regimes e os movimentos islâmicos radicais, do Irão ao Hamas, têm em comum é o desejo de destruírem o Estado israelita. Nunca o aceitaram, não o aceitam, e enquanto não o aceitarem não haverá paz na região. Foi criado um mito, frequentemente repetido, para explicar a rejeição da “entidade sionista”. A versão é mais ou menos assim, e perdoem a crueza da linguagem: viviam os palestinianos muito sossegados no seu “país”, quando, subitamente, começaram a chegar judeus da Europa para ocuparem a sua terra. Foi aí que surgiram os conflitos. Sendo uma explicação fácil para um problema complicado, esta versão convence muitos. É, no entanto, falsa. É verdade que se assistiu a um aumento da chegada de judeus ao território que é hoje Israel após 1945. Mas esse movimento iniciou-se no final do século XIX, nunca parou durante as primeiras décadas do século XX e, desde há séculos sem fim, sempre houve judeus na Palestina. Ou seja, apesar da superioridade numérica dos árabes, os judeus têm argumentos históricos que legitimam a criação do Estado de Israel. Em segundo lugar, não havia nenhum “Estado palestiniano”. Tal como todo o Médio Oriente, a Palestina passou de uma província do Império Otomano a um protectorado de uma potência europeia, neste caso o Reino Unido. Até à segunda metade da década de 1940, não existiam Estados soberanos na região. A criação de Israel, em 1948, correspondeu a um momento de auto-determinação nacional e de libertação colonial e não a um projecto imperial. Tragicamente, os palestinianos e os seus aliados árabes não aproveitaram o momento de libertação, aprovado pelas Nações Unidas; e rejeitaram-no simplesmente porque não aceitaram a auto-determinação dos israelitas.

Recusaram Israel, em primeiro lugar, devido à sua natureza judaica. Os judeus seriam tolerados se estivessem subordinados à maioria árabe e muçulmana, mas nunca seriam aceites como um país independente. A oposição a Israel foi aumentando à medida que a sua natureza liberal-democrática se foi consolidando. Primeiro, no contexto da Guerra Fria, quando os maiores adversários eram os aliados regionais de Moscovo e, depois, com o crescimento do radicalismo islâmico, que considera o secularismo democrático ocidental como a maior ameaça à identidade e ao poder das sociedades muçulmanas. Ao contrário do que muitos dizem, o desejo de destruir o Estado de Israel não resulta de uma suposta natureza colonial, mas da sua identidade política ocidental, a principal virtude que os europeus reconhecem a Israel. Alguns que, no essencial, aceitam este argumento, afirmam que para garantir a sua sobrevivência, os israelitas não precisam de usar o poder de um modo “desproporcionado”, causando milhares de mortos entre os civis. É óbvio que a morte de inocentes é sempre o aspecto mais chocante das guerras, e a revolta sentida é inteiramente justa e compreensível. Mas a gravidade da questão exige que seja tratada de um modo mais sério, que vá além das meras lamentações. O ponto decisivo diz respeito ao valor que uma sociedade dá à vida humana. E nesse aspecto, Israel não deve nada a qualquer sociedade ocidental. A segurança e o bem-estar dos seus cidadãos são sempre prioridades da sua vida política e social. Além disso, no plano externo, as doutrinas militares procuram evitar o uso da força de um modo indiscriminado contra populações civis. Aliás, é um bom exercício comparar-se as políticas israelitas ao modo como os países europeus, quando faziam guerras, lidavam com a questão das vidas dos civis dos seus inimigos. As cautelas israelitas são, no entanto, prejudicadas pelo baixo valor que os seus adversários dão à vida humana. Sociedades e movimentos que promovem entre os seus membros o culto do ataque suicida, que misturam as suas milícias entre as populações civis, e que guardam as suar armas em habitações de famílias comuns, não valorizam certamente a vida humana. Encontramos aqui o elemento mais trágico do que se está a passar no Líbano. Por um lado, muitos dos inimigos de Israel organizam as suas forças de modo a aumentar as mortes civis para depois serem mostradas a todo o mundo. Por outro lado, para garantir a sua segurança, Israel é obrigado a matar civis. E esta escolha trágica tem consequências muito negativas em Israel, como de resto teria com qualquer outra democracia. Dito de um modo mais directo, em primeiro lugar, em circunstâncias idênticas, dificilmente outro país teria um comportamento menos condenável. Em segundo lugar, o facto dos seus inimigos darem pouco valor à vida humana contribui de um modo decisivo para o aumento das baixas civis. Os conflitos a que assistimos obrigam-nos a distinguir entre o sofrimento humano causado pelas mortes de inocentes e as consequências políticas das baixas civis. O que mais impressiona é o facto do sofrimento das mães, dos pais, dos filhos das populações árabes, a que assistimos frequentemente, não transformar o valor da vida humana na prioridade da ordem política dessas sociedades. Como se a morte fosse apenas usada como propaganda sem que a vida se torne no elemento mais sagrado de todos.
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João Marques de Almeida, Director do Instituto de Defesa Nacional

20.3.08

Pensamento da Semana

“As pessoas estão sempre á procura da cidade da alegria,
mas não percebem que ela está no estado de espírito”

(Rabino Avraham Pam Zt”l (Nova Iorque -EUA, 1913-2001)
FELIZ PURIM, Shabat Shalom

Purim e a porção semanal


BOM DIA! Hora de festa: Purim é hoje! No mundo inteiro a sua celebração ocorrerá nesta quinta-feira à noite, 20 de março, e sexta-feira, dia 21, excepto nas cidades que tinham muralhas na época de Yehoshua (Josué). Nestas cidades, como em Jerusalém, Purim é celebrada este ano por 3 dias: de quinta até domingo.O jejum de Ester é durante a quinta-feira, dia 20, comemorando os três dias, que a rainha Ester e o Povo Judeu jejuaram antes que ela se aproximasse do rei Ahashverosh com o seu pedido pela salvação do Povo Judeu.

Purim é a festividade que nos faz lembrar que D'us ‘dirige’ o mundo por detrás dos bastidores. Em nenhum lugar da Meguilá Ester o nome de D'us é mencionado, apesar de haver uma tradição de que, a cada vez que as palavras ‘o rei’ são mencionadas, referem-se também ao Todo-Poderoso.

A Meguilá Ester é um livro repleto de suspense e intrigas onde está relatada a história de Purim e com um final bastante feliz: o Povo Judeu é salvo da destruição!

Uma das mensagens que mais me chamaram a atenção foi a seguinte: “Se você e os seus familiares costumam ir apenas duas vezes por ano à sinagoga, escolha então Purim e Simhá Torá (quando todos dançam e celebram o encerramento e o início da leitura da Torá). As nossas crianças devem ver e sentir a alegria de sermos Judeus, e nada melhor que estas duas datas festivas!”

O que é Purim e como o comemoramos?

Purim vem da palavra persa pur, que quer dizer sorteio, como consta na Meguilá: “Hamán fez sorteios para escolher o melhordia para exterminar os Judeus. Este dia caiu em 13 de Adar. Os sinistros eventos daquele dia acabaram se invertendo, tornando-se um dos mais alegres dias do calendário Judaico.

Nós celebramos Purim no dia 14 de Adar, pois eles (os Judeus) descansaram no décimo quarto dia, tornando-o um dia de festa e alegrias (Meguilá Ester, capítulo 9:17).

Em alguns poucos lugares, como Jerusalém, Hevrón, a cidade velha de Tsefat e Tibérias, Purim é celebrado no dia seguinte, 15 de Adar. Os nossos Sábios declararam que todas as cidades de Israel que tinham muralhas à época de Yehoshua bin Nun (Josué) devem celebrá-lo no dia seguinte. O motivo foi

comemorar o dia a mais que o rei persa Ahashverosh garantiu a Ester, para permitir aos Judeus de Shushán (a capital da Pérsia, que, por coincidência, era uma cidade com muralha) acabar com os seus inimigos. A festividade que ocorre nestes locais chama-se Shushán Purim.

Este ano, já que Shushán Purim ocorre no Shabat, existe uma mitsvá especial chamada Purim Meshulash, em que as Mitsvót de Purim (citadas abaixo) são cumpridas durante 3 dias: a leitura da Meguilá é realizada quinta-feira à noite e sexta de manhã, distribui-se Matanót LEvioním na sexta-feira e realiza-se a Seudá – a refeição festiva – no domingo.

A festividade é celebrada ouvindo-se a leitura da Meguilá quinta-feira à noite e sexta-feira de manhã, que traz o relato de todos os factos ocorridos em Purim. Durante o dia (sexta-feira) cumprimos outras três mitsvót: 1) Matanót LEvioním – dar dinheiro ou presentes a pelo menos duas pessoas pobres; 2) dar pelo menos dois alimentos prontos a no mínimo uma pessoa (chamado Mishlôah Manót, o envio de porções,

que também pode ser feita através de um intermediário) e 3) comer uma Seudá, uma refeição festiva, onde devemos beber vinho. Importante: NÃO se deve beber em excesso, NÃO beber e depois conduzir e também NÃO dar bebidas a menores!

De certa maneira, Purim é maiorque Yom Kipur. Em Yom Kipur nós jejuamos e é fácil para a nossa alma ter domínio sobre o corpo. Purim, por outro lado, é o melhor exemplo da integração do físico e do espiritual e da conscientização do amor que Dus tem por nós. A única coisa que se interpõe entre o Todo Poderoso e você – é você. O vinho e o espírito do dia ajudam-nos a ultrapassar esta barreira.

As mitsvót de Mishlôah Manót e de dar presentes aos pobres foram ordenadas para gerar um amor fraterno entre todos os Judeus. Quando há unidade e amor entre nós, mesmo os transgressores tornam-se pessoas correctas e os nossos inimigos não conseguem causar-nos algum dano!

Houve duas formas, durante a História, com que se tentou destruir o Povo Judeu: física ou espiritualmente. Os nossos inimigos usaram as duas. Hánuca é a celebração da vitória sobre aqueles que tentaram e falharam em nos assimilar culturalmente (os Gregos e as suas culturas derivadas). Purim é a celebração da vitória sobre aqueles que tentaram e falharam em nos destruir fisicamente (os Persas, por exemplo).

Porque usamos fantasias e máscaras em Purim? Em lugar algum da Meguilá Ester o nome de Dus é mencionado. Se alguém assim o desejar, poderá ver a história de Purim como uma seqüência de meras coincidências, totalmente desprovida de Influência Divina. Da mesma forma que nos escondemos atrás de máscaras e fantasias, mas a nossa essência está lá, assim Dus tinha escondido a Sua face, atrás das forçasda história, mas lá estava Ele no controlo dos acontecimentos.

Porque fazemos barulho sempre, que o nome de Hamán é mencionado durante a leitura da Meguilá?

Hamán pertencia ao povo de Amalêk, um povo que personifica o mal e que a Torá nos ordenou exterminá-lo.

Ao desfigurarmoso nome de Hamán durante a leitura estamos, simbolicamente, aniquilando Amalêk e todo o mal que ele representa.

Todos gostaríamos que os nossos filhos tivessem os mesmos valores e interesses que nós, mas freqüentemente nos surpreendemos com o facto de isto não acontecer. A menos que propiciemos experiências e trocas de idéias sobre as coisas que valorizamos e apreciamos, os nossos filhos terão experiências diferentes... e muito possivelmente valores diferentes. Não podemos decretar e impor-lhes apreço pelo Judaísmo. O que PODEMOS fazer é propiciar-lhes experiências Judaicas positivas – como Purim! – e as nossas crianças começarão a ter algo a amar e admirar no facto de serem Judias!

Gostaria de saber mais sobre Purim? Acesse http://www.aish.com/espanol/festividades/purim/ (em espanhol) e divirta-se!

Porção Semanal da Torá: Tsav Vaikrá (Levíticus) 06:01 - 08:36

Esta porção semanal inclui as leis das oferendas diárias, oferendas de alimentos, oferendas ao Sumo- Sacerdote, oferendas por algum Pecado cometido, oferendas por alguma culpa e oferendas de Paz. Ela conclui com as oferendas de Paz reservadas aos sacerdotes (Cohanim) e com a cerimônia de consagração do Cohen para servir no Santuário.

Dvar Torá: baseado no livro Love Your Neighbor, do Rabino Zelig Pliskin

A Torá declara: “Esta é a oferenda de Aharon e seus filhos que deve ser oferecida a D'us no dia em que ele for ungido (Vaikrá 6:13)”. Por que a Torá especificou as palavras “No dia em que ele for ungido” ao invés de ”No dia da unção (a cerimônia em que a pessoa a ser empossada em algum cargo importante era ungida com azeite) ”?

O Talmud (Yerushalmi Yomá 1:1) explicou que deste versículo aprendemos que somente um Sumo- Sacerdote é ungido por vez, não dois. (Um segundo Sumo-Sacerdote era ungido para liderar o exército). O Talmud cita o motivo disto em nome de Rabi Yohanan: ungia-se apenas um Cohen Gadol (Sumo-Sacerdote) para evitar animosidades.

A essência do cargo de Cohen Gadol é o atributo da paz: Aharon, o primeiro Sumo-Sacerdote da história, era conhecido pelo seu amor e busca pela paz. O Sumo-Sacerdote era um unificador da nação: se houvesse animosidade num cargo tão elevado, seria uma distorção e uma zombaria do conceito de Sumo- Sacerdote. Assim sendo, tudo se fazia para evitar gerar hostilidades.

Esta é a grande lição para nós: esforcemo-nos e muito para evitar animosidades, atritos e hostilidades!

18.3.08

Radicais Islâmicos em Portugal

Mais de uma dezena de elementos do movimento radical político e religioso Jamate Islami, de raíz paquistanesa estão radicados em Portugal e a sua presença tem sido motivo de preocupação de alguns responsáveis islâmicos moderados. Parte destas preocupações prendem-se com a questão religiosa: “Os responsáveis da Jamate Islami, com frequência, falam uma coisa e fazem outra, usando o Islão em seu proveito pessoal e em proveito das suas ideias radicais”, disse ao CM o lider de uma comunidade islâmica. A sua presença é tanto mais preocupante quanto há indicios de que, desde 2003, a Comunidade Islâmica de Lisboa. A sua presença é tanto mais preocupante quanto há indicios de que, desde 2003, a Comunidade Islâmica de Lisboa é dominada por facções mais ortodoxos e obscuras e o nosso país é referenciado no mundo da jihad como um local de refúgio – embora não seja encarado como alvo, o que leva os responsáveis da segurança portuguesa a admitir que um atentado terrorista islâmico em Portugal “é dificil de acontecer”. Embora o movimento Tabliq Jamat seja considerado pelos responsáveis da Comunidade Islâmica de Lisboa, como uma organização não radical, presente no nosso país desde 1979 e com objectivos puramente de pregação e de revivamento da fé, nos encontros organizados por estes pregadores de vida austera, que dormem no chão, muitas vezes nas próprias mesquitas, acorrem elementos de várias facções, das moderadas ás mais radicais. Não falta quem considere os Tabliq Jamat, em Portugal alegadamente liderados por Ismael Lunnat , como uma facção radical ligada á Al Qaeda que, através das revistas publicadas pela Mesquita do Laranjeiro, equipara o cinema e o teatro infantil á pornografia. Também a Comunidade Educativa de Palmela, sob a responsabilidade do xeque Ismael, é uma organização considerada como ligada aos Tabliq. Segundo uma fonte próxima dos meios islâmicos, as facções mais radicais têm, nos últimos anos, aberto pequenas mesquitas, só conhecidas por alguns, sob a fachada de vários estabelecimentos comerciais ou de apartamentos, nomeadamente, em Aveiro, Viseu, Porto e Algarve, para além da área da Grande Lisboa.

*** Correio da manhã do dia 28 de Janeiro de 2008***

16.3.08

Imprensa árabe teme Irão nuclear e acusa Hamas


Hazem Saghaya, jornalista e comentarista libanês, em artigo intitulado "Gaza e o choro dos árabes", no jornal Alhayat, critica o Hamas - força política-terrorista que domina a Faixa de Gaza - por usar crianças na sua guerra contra Israel. Saghaya comenta no seu artigo que a falta de reacção árabe às actividades israelitas na Faixa de Gaza, em contraste com as reacções da opinião pública árabe,conclui que os movimentos políticos islâmicos perderam a sua influência sobre a sociedade árabe. O Hamas, de acordo com Saghaya, contribuiu para a islamização do conflito e é responsável por empurrar o conflito ao seu extremismo anti-racional actual. Ele ataca o Hamas por explorar e sacrificar crianças para os seus próprios propósitos: "O sangue palestino é derramado em Gaza a um preço barato...Se sentimos pelos sacrificios de civis e crianças, devemos ter ainda mais raiva do Hamas por usar crianças, da mesma maneira que Khomenini fazia durante a guerra contra o Iraque, quando ele armava crianças com granadas de mão, e as enviava para a sua própria morte. Aqueles que exploram esse sangue para poder gritar : "Onde estão os árabes?" estão mentindo para si mesmos ou mentem-nos como forma de promover os planos do Irã e Damasco, e isso é um crime".

Também no Kuwait, no website Alwatan, de 6 de março, no artigo : "O direito à auto -defesa", o jornalista Abdallah Alhadlaq ataca o Hamas e o Irão. Alhadlaq escreve : "Após o escalonamento da violência na fronteira com a Faixa de Gaza, onde o movimento terrorista (sic) do Hamas governa, e de onde eles lançam foguetes e bombas contra Sderot e outras cidades com o propósito de matar civis inocentes; mulheres, crianças e idosos, Israel não tinha escolha a não ser atacar a organização terrorista Hamas para evitar que esta organização continue a lançar foguetes indiscriminadamente inclusive contra a cidade de Ashkelon. Israel tem o direito de perseguir os líderes do Hamas e, neste processo mantém o seu direito de auto-defesa". Alhadlaq culpa o Irão por todos os problemas no Oriente-Médio: "O denominador comum de todos os problemas no Oriente Médio, como a tomada da Faixa de Gaza pela organização terrorista Hamas, e as tentativas da organização terrorista Hezbolá, de controlar o Líbano, é a entidade persa em Teerão, que como é sabido, financia as organizações terroristas".

"O que aconteceria se Organizações terroristas como os Guardas Revolucionários do Irão, conseguissem armas nucleares? Não há dúvida de que (eles) tentariam forçar o seu regime extremista e fundamentalista sobre cada sociedade humana e continuar a apoiar as organizações terroristas ao redor do mundo". Alhadlaq acredita que ainda há tempo de evitar que o Irão obtenha armas nucleares e pede á comunidade internacional a deter o Irão na execução deos seus desígnios maléficos. Alhadlaq reitera, que "Israel tem o direito de se defender e de defender os seus cidadãos e de ter soberania contra o Hamas, que recebe apoio do regime persa, militarmente e financeiramente". Ele também diz à comunidade internacional para "não criticar Israel se o país continuar a lutar contra o terrorismo persa, executado pelos terroristas do Hamas, desde que este, incitado pelo Irão, continue a lançar foguetes a partir da Faixa de Gaza contra residentes israelitas em Sderot, Ashkelon e outras cidades, e não criticar Israel por usar a força para defender os seus cidadãos e o seu território, mesmo se isto causar a total destruição da organização terrorista do Hamas, uma organização que recebe as suas ordens de Teerã".

Alhadlaq termina o artigo dizendo: "E, como sempre, Israel vencerá, independente do seu tamanho menor".

15.3.08

COMO FORÇAR UM SENTIMENTO

"Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor: decidi sair com outra mulher. Na realidade foi idéia da minha esposa.

- Você sabe que a ama - disse-me minha esposa um dia, pegando-me de surpresa - A vida é muito curta, você deve dedicar especial tempo a essa mulher...

- Mas eu amo-te, protestei.

- Eu sei. Mas também a amas.. Tenho a certeza disso.

A outra mulher, a quem minha esposa queria que eu visitasse, era a minha mãe, que já era viúva há 19 anos, mas as exigências do meu trabalho e dos meus 3 filhos faziam com que eu a visitasse muito pouco. Naquela noite eu telefonei e convidei-a para jantar e ir ao cinema. Ela estranhou, achou que havia acontecido alguma coisa, que eu precisava contar algo. Respondi, entre risadas, que apenas queria passar algum tempo agradável junto dela, só nós dois. Ela agradeceu e aceitou o convite.

Depois de alguns dias lá estava eu, dirigindo para buscá-la, depois do trabalho. Estava um tanto nervoso, era o nervosismo que antecede a um primeiro encontro... E que coisa interessante, pude notar que ela também estava muito emocionada. Esperava-me na porta de casa, havia feito um penteado novo e usava o mesmo vestido que havia vestido em seu aniversário de bodas. Seu rosto brilhava e irradiava luz como um anjo.

- Eu contei às minhas amigas que ia sair com você, elas ficaram muito impressionadas - comentou, enquanto subia no carro.

Fomos a um restaurante aconchegante, minha mãe segurou meu braço como se fosse a "primeira dama". Quando nos sentamos, tive que ler para ela o menu, pois seus olhos só enxergavam grandes figuras. Levantei os olhos, mamãe me olhava fixamente. Um sorriso nostálgico se delineava nos seus lábios.

- Era eu quem lia o menu quando você era pequeno - disse-me.

- Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor - respondi.

Durante o jantar tivemos uma agradável conversa. Nada extraordinário, só colocando em dia a vida um para o outro. Falamos tanto que perdemos o horário do cinema.

- Como foi teu encontro? - quis saber minha esposa quando cheguei naquela noite.

- Muito agradável. Muito mais do que imaginei...

Dias mais tarde minha mãe faleceu de um infarte fulminante. Foi tudo muito rápido, não pude fazer nada. Encontrei na cabeceira de sua cama um bilhete que dizia: "Filho, você jamais poderá entender o que aquela noite significou para mim. Te amo".

Nesse momento compreendi o quanto aquela noite havia sido importante, o quanto ela havia aumentado o nosso amor, e imaginei quantas outras oportunidades eu havia desperdiçado...

As pessoas que amamos são muito importante, dedique tempo a eles, porque elas não podem esperar".
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Nesta semana começamos o terceiro livro da Torá, Vayikrá. E a Parashá Vayikrá descreve as leis sobre os Korbanot (sacrifícios) que eram oferecidos no Mishkan (Templo Móvel), e posteriormente no Beit Hamikdash (Templo Sagrado). Havia Korbanot que deveriam ser trazidos durante as festas, e outros cujo principal objetivo era expiar os pecados não-intencionais e alguns tipos de pecados intencionais. A Torá descreve também um outro tipo de Korban, chamado "Shlamim", que era trazido sem motivo em especial, apenas como um acto voluntário, em apreciação a D'us pelas Suas bondades. E em algumas outras Mitzvót percebemos também este carácter não obrigatório, como por exemplo o Nazirato (quando uma pessoa se abstenha, voluntariamente, de beber vinho e cortar o cabelo) e o Chessed (Bondade com o próximo. Por mais que tenhamos a obrigação de fazer bondade, D'us não estipulou uma quantidade fixa). Entendemos que D'us nos deu as Mitzvót para as cumprir, pois estas Mitzvót vão refinando o nosso carácter e actuando sobre a nossa alma. Mas por que D'us nos deu Mitzvót e Korbanot voluntários?

Além disso, existem Mitzvót em que actos físicos estão envolvidos, como Tefilin e Mezuzá, e Mitzvót que envolvem apenas o coração, tais como amar a D'us e temê-Lo. Mas é difícil entender como é possível cumprir as Mitzvót do coração, pois podemos obrigar a cumprir as Mitzvót que envolvem actos, mas como podemos obrigar o nosso coração a um sentimento?

O livro Messilat Yesharim traz uma idéia interessante, que nos ajuda a responder ás nossas perguntas. O nosso interior espelha-se no nosso exterior, como nos ensina o "Lashon Hakodesh" (língua sagrada com a qual D'us criou o mundo), onde a palavra "rosto" (Panim) é escrita com as mesmas letras da palavra "interior" (Pnim). Porém, o contrário também acontece, isto é, os nossos actos externos podem influenciar o nosso interior. Por exemplo, quando uma pessoa não está feliz mas se força a sorrir, com o tempo ela vai sentindo uma alegria no coração, até que o sorriso se transforma em algo verdadeiro e interior. E o mesmo se aplica às Mitzvót do coração. Amar a D'us não é algo fácil, mas se fizermos actos externos que ressaltem o nosso amor por Ele, com o tempo esse amor vai preenchendo o nosso coração. E que acto externo pode reforçar o nosso amor por D'us? Os actos voluntários, nos quais fazemos mais do que D'us nos pediu, e assim mostramos-lhe a nossa vontade de nos conectar.

Portanto, esse é um dos motivo pelo qual D'us nos deu a Mitzvá do "Korban Shlamim" e as outras Mitzvót que não são obrigatórias, para que através dos nossos actos de "doação" para D'us possamos despertar o nosso amor e a nossa conexão com Ele. Se fossem obrigatórias, estaríamos apenas a cumprir a nossa obrigação, e não como um caminho para conectarmos o nosso coração a Ele. E é por isso também que os Baalei Teshuvá (pessoas afastadas que voltaram aos caminhos da Torá) e os convertidos são tão queridos por D'us, pois por sua escolha decidiram se aproximar, e esse acto de doação conecta os seus corações ao Criador de uma maneira muito mais forte e duradoura.

"O lugar onde se encontra um Baal Teshuvá, mesmo um Tzadik Gamur (pessoa completamente justa) não alcança".

14.3.08


Vayicrá 1:1-5:26


Este Shabat assinala o início da leitura do terceiro livro da Torá, Sêfer Vayicrá, que trata principalmente dos serviços e responsabilidades dos Cohanim. Esta (e a próxima) Porção Semanal concentram-se em muitas das oferendas a serem levadas ao recém-construído Mishcan, Tabernáculo.

A Parashá Vayicrá (Vayicrá 1:1-5:26) começa com D'us chamando Moshê para o Mishcan, onde ele receberá as muitas mitsvot relevantes a serem definitivamente passadas ao povo judeu. A primeira metade da Porção da Torá descreve os vários corbanot, sacrifícios, opcionais trazidos por indivíduos.

Podem ser classificados em três categorias gerais, cada qual dividida em várias graduações de tamanho e custo: o corban olá (oferenda de elevação) que é completamente consumido sobre o altar; o corban minchá (oferenda de refeição) a qual, por causa do seu conteúdo, é geralmente trazido por pessoas de poucos meios; e o corban shelamim (oferenda de paz) parcialmente queimado sobre o altar, com o restante dividido entre os donos e os Cohanim.

A segunda metade da porção discute as oferendas requeridas de chatat (pecado) e ashan (culpa), a serem levadas como expiação por transgressões involuntárias.

Mensagem da Parashá
Qualidade versus Quantidade
pelo Rabino Chaim Goldberger

De todos os sacrifícios introduzidos na Porção desta semana da Torá, o único que não requer o sacrifício de um animal é o corban minchá, uma oferenda de farinha misturada com óleo e incenso trazido como uma alternativa de menor custo que as demais, entre as quais as oferendas de novilho ou ave. Mesmo assim, quando a Torá descreve as pessoas que levam cada uma das várias oferendas ao Templo, a única que é destacada e identificada como sendo uma "nefesh - alma" é a pessoa que traz o simples corban minchá.

O Talmud (Tratado Menachot 104b) desenvolve: "Por que o corban minchá recebe destaque e o seu portador é chamado de nefesh, alma? D'us declara: 'Quem geralmente oferece corban minchá? O pobre. Considero o seu acto como se ele sacrificasse a sua alma por inteiro.' "

Pode-se deduzir que para alguém que está empobrecido, o acto de separar-se da boa farinha, que de outra forma poderia alimentá-lo e saciar a sua fome, é um acto de sacrifício ainda maior que aquele do homem rico doando um animal de alto preço. Para o pobre, a farinha é mais que uma grande parte das suas posses: é a sua própria vida. A Torá está nos ensinando que não é o tamanho do presente que determina a importância do sacrifício; pelo contrário, a importância está nas intenções do doador e nas circunstâncias.

Quando Yaacov despachou os seus filhos para encontrar o misterioso governante do Egipto, enviou com eles um presente. Este tributo era de facto pequeno - "um pouco de bálsamo, cera, lótus, pistache e amêndoas" - mas a importância não estava no tamanho. Estes itens haviam sido cuidadosamente considerados e especialmente seleccionados. Eram iguarias não disponíveis no Egipto na época. A sua mensagem era de cuidadoso esmero e consciencioso interesse. E de forma bem apropriada, Yossef chamou o presente de "um minchá".

De todas as nossas preces diárias, a mais curta é Minchá, o serviço vespertino. Não contém o longo segmento de introdução nem o de encerramento do serviço matinal de Shacharit, nem as preces Shemá e Barchú do serviço nocturno de Maariv.

Basicamente, é composto pelo Shemonê Esrê, mesmo assim o serviço vespertino é o único que chamamos de "Minchá". Porquê? Porque, por mais "pobre" como esse serviço possa parecer, é o único que ocorre no meio do nosso dia de trabalho; é o único que nos pede para deixarmos de lado aquilo que fazemos e nos lembremos de que somos apenas súbditos do nosso Mestre Todo Poderoso.

Minchá é o único serviço de prece que nos pede para se desligar da nossa inclinação mundana e nos retirar para um súbito e total encontro com o Divino. Pode levar apenas quinze minutos, mas é um Minchá. Lembra-nos da motivação necessária para doações de todos os tipos, e que não é o tamanho que importa; o significado e as intenções são igualmente importantes.

11.3.08

Adoro ser judío



¡Nunca hemos estado mejor!
Son la televisión y los medios los que hacen pensar a la gente Que el fin del mundo judío se avecina.

Hace sólo 60 años, Ellos dirigían a los judíos a su muerte
Como ovejas al sacrificio, Sin País, sin Ejército.

¡Hace 59 años! Todos los países árabes declararon la guerra al pequeño Estado ¡Con solo unas pocas horas de vida! ¡Éramos entonces 650,000 judíos! ¡Contra el resto del mundo árabe!
Sin Fuerza de Defensa Israelí Sin Fuerza aérea poderosa,y sin ningun Pais amigo que nos ayudara Éramos solo personas Sin ningún lugar para ir.
Líbano, Siria, Irak, Jordania, Egipto, Libia, Arabia Saudita, atacaron al unísono.

El país que nos dieron las Naciones Unidas Era 65% de desierto. Nuestro país empezó de la nada.

¡Hace 40 años! Combatimos a los siete ejércitos más fuertes en el Oriente Medio, Y los dejamos fuera en seis días.
Luchamos contra coaliciones diferentes de países árabes, Contra sus modernos ejércitos, Contra las cantidades de armas soviéticas, Y aún ganamos.
enemos hoy: Un país, Un ejército, Una Fuerza aérea fuerte, Una Tecnología y una Economía sólida exportando millones.
Intel - Microsoft - IBM desarrollaron su material aquí.
Nuestros médicos ganan mundialmente premios en desarrollo médico.
Hicimos florecer al desierto Vendemos naranjas y verduras al todo el mundo.
¡Israel ha mandado su propio satélite al Espacio!
¡Tres satélites juntos! Nos sentamos orgullosamente,
Con los EEUU, con 250 millones de personas, Con Rusia, con 200 millones de personas, Con China, con mil millones de personas, Con los países europeos -Francia, Inglaterra, Alemania, con 350 millones de personas.
¡Los únicos países en el mundo que han puesto algo en espacio!
Israel es hoy parte de la poderosa familia nuclear. Con los EEUU, Con Rusia, Con la China, Con la India, Con Francia, y Con Inglaterra.
¡Pensar que sólo hace 60 años, fuimos dirigidos vergonzosamente, sin esperanza, a nuestra muerte!
Salimos lentamente de las cenizas y del ardor de Europa, ganamos nuestras guerras aquí con menos que nada, construimos un 'imperio' de la nada.

¿Quién diablos son los Palestinos para Espantarnos?
¿Para hacernos sentir aterrorizados?
¡Ustedes nos hacen reír!
La Pascua se celebró; No olvidemos lo que nos relata la historia Vencimos al Faraón, Vencimos a los griegos, Vencimos a los romanos, Vencimos a la Inquisición en España, Vencimos a los Pogromos en Rusia, Vencimos a Hitler, vencimos a los alemanes, Vencimos el Holocausto, Vencimos a los ejércitos de los siete países árabes, Vencimos a Saddam.

Tómenla suave señores,
¡Venceremos también a los enemigos del presente¡
¡No importa de qué parte de la historia humana se trate!
Píenselo, Para nosotros, los judíos,
¡Nuestra situación nunca ha sido mejor!
Así que, Permítanos mantener la Cabeza en Alto,

Recordemos: ¡Cualquier nación o cultura que trató de desordenar nuestro alrededor fue destruida -mientras nosotros seguimos adelante!
¿Egipto? ¿ Cualquiera sabe donde desapareció su imperio
¿Los Griegos? ¿ Alejandro de Macedonia?
¿Los romanos? ¿Alguien habla latín hoy en día?
¿El Tercer Reich? ¿> Alguien ha oído noticias acerca de ellos recientemente?

¡Observen a Israel, La Nación de la Biblia, De la Esclavitud en Egipto, aún estamos aquí, Hablando el mismo idioma! Aquí mismo, en este mismo momento.

Los árabes no lo saben todavía, pero aprenderán que solo hay un Di-s.
Mientras mantengamos nuestra identidad, SOMOS ETERNOS.

Así que, perdón por no preocuparnos, por no ser rencorosos, por no ser envidiosos, por no llorar, por no espantarnos. Las cosas están bien aquí. Seguramente podrían estar mejor. Pero todavía, no caemos en la basura de los medios de comunicación
Ellos no les dirán: Que nuestras fiestas continúan, Que nuestra gente sigue adelante, Que nuestra gente sigue saliendo, Que siguen viendo amigos.
Sí, nuestra moral anda por los suelos, es solo porque lloramos a nuestros muertos Mientras ellos gozan la sangre derramada.
Esta es la misma razón por la qué, finalmente ganaremos, después de todo.

Reenvía este E- mail a la comunidad judía entera, Y quizá estas letras los ayuden a mantener la cabeza en alto

Y a todas las personas a través del mundo,
Díganles que no hay por que preocuparse
Díganles que piensen en GRANDE, Y que vean todo el panorama antes de juzgar.

' Nos veremos el año próximo en Jerusalén.'

10.3.08

Morte assistida e eutanásia

Ninguém deseja ver os seus entes queridos com dor e em sofrimento. Quais são os ensinamentos da Torá em relação à morte assistida e à eutanásia?
Escreveu o rabino Daniel Levy:

“O argumento frequentemente proposto em apoio à morte assistida e à eutanásia é de que se está a agir por compaixão para aliviar a dor e o sofrimento do doente e, portanto, os seus defensores não consideram este acto como um assassinato. Este ponto de vista, por mais bem-intencionado que seja, é contrário à visão da Torá. A questão da dor e da qualidade de vida versus a própria vida não está nas nossas mãos para ser avaliada e decidida. O judaísmo considera a santidade da vida como uma dádiva de D'us e ela não pode ser activamente encerrada por qualquer ser humano, por mais nobres que sejam as suas intenções”.
“A Torá proíbe infligir danos a si mesmo e ensina que não somos donos dos nossos corpos. Por exemplo: a proibição constante nos Dez Mandamentos de ‘Não Matarás (Êxodus 20:12)’ inclui a proibição de suicidar-se (Pesikta Rabati Parasha 25 – uma das explicações sobre a Torá). Num outro trecho, quando a Torá relata a saída de Noé da Arca, D'us comunica-lhe ser terminantemente proibido o assassinato. O versículo diz:: “Eu (D'us) vou clamar o sangue derramado ... Eu irei cobrar de toda a criatura e da mão do homem [que assassinou] (Gênesis 9:5)”. O Talmud (Baba Kama 91b) analisa que não só é proibido matar alguém, mas também tirar a própria vida”.
“A Torá declara no livro Bamidbár (Números 25:31): ‘Vocês não devem aceitar resgate pela vida de um assassino; ele deve ser punido”. O Rambam (Maimônides, (1135-1204)) explicou o princípio por trás desta lei: “Os juizes do tribunal foram advertidos a não aceitar pagamento para que um assassino seja liberto da sua punição, mesmo que ofereça todo o dinheiro do mundo e mesmo que a parte vindicada (os parentes do morto) concorde que ele seja libertado. A razão é que a vida da pessoa assassinada não é propriedade dos parentes, mas sim do Todo-Poderoso (
Mishnê Torá, Leis sobre Assassinato 1:4)” . “Em relação ao suicídio, o rabino Yechiel Michel Tucazinsky, um dos grandes líderes do judaísmo no século XX, esclareceu alguns pontos muito perguntados: “Cometer suicídio talvez seja um pecado ainda maior que o assassinato, por diversos motivos. Primeiro, ao suicidar-se a pessoa remove qualquer possibilidade de arrependimento. Segundo, a morte, na maioria das circunstâncias, é a maior expiação espiritual pelas transgressões de uma pessoa. Ao suicidar-se, ao invés de uma expiação, uma transgressão gravíssima está sendo cometida. Uma terceira razão pela qual o judaísmo abomina o suicídio é que a pessoa que retira a sua própria vida expressa com este acto extremo, que nega o Poder Divino e a posse que Ele tem das nossas vidas, corpos e almas. O suicida deliberado ainda nega com este acto ser ele próprio uma Criação de D'us. Os nossos Sábios comparam a partida de uma alma do corpo humano com um Sefer Torá (os Rolos da Torá) que foi consumido pelo fogo. Aquele que comete suicídio pode ser comparado a alguém que propositadamente queima um Sefer Torá’”. “Certamente é doloroso ver os outros a sofrer e é por esta razão que entre os princípios centrais da Torá estão a compaixão e a ajuda ao próximo. Os proponentes da morte assistida e da eutanásia consideram estes actos como uma ‘morte misericordiosa’ ao invés de assassinato. Entretanto, o termo ‘assassinato por misericórdia’ não diminui o facto de que uma atitude destas questiona o próprio princípio de que não somos donos dos nossos corpos e, por mais pura que seja a intenção de abreviar uma vida para aliviar o sofrimento, isto não torna o acto aceitável”.

6.3.08

Pensamento da Semana

“Misericórdia é ajudar os outros a viverem!”

(Dr. Rachamim Melamed-Cohen)