Pessach = Pascoa judaica
BOM DIA! Um pai estava na praia a passear com as suas crianças quando o seu filho de 4 anos correu para ele, segurou a sua mão e o levou até um lugar onde uma gaivota jazia morta na areia. “Pai, o que aconteceu com ela?”, o filho perguntou. “Ela morreu e foi para o Céu”, o pai respondeu. O garoto pensou por alguns instantes e, então, perguntou: “Será que D’us a trouxe de volta para baixo?”
Você pensa que será mais fácil responder as perguntas que os seus filhos lhe farão sobre Pessach? Os nossos Sábios orientam-nos para, 30 dias antes de cada festividade, nos prepararmos para recebê-la. Agora estamos a menos de 30 dias de Pessach ! Os dois Seders serão, se D’us quiser, segunda-feira à noite, 2 de abril, e terça-feira à noite, 3 de abril.
O que é Pessach e como o Comemoramos ?
Toda a Festa Judaica é uma oportunidade para desenvolvermos e trabalharmos um certo aspecto do nosso crescimento pessoal. Sucót é a época de se trabalhar sobre a Alegria; Yom Kipur, sobre Teshuvá,o ‘retorno espiritual’; Shavuót é tempo de se trabalhar sobre Kabalát HaTorá, receber a Torá com seriedade.
Pessach é a Festa da Liberdade –a nossa Liberdade Espiritual. Para isso D’us retirou-nos do Egipto. Mas qual a essência da Liberdade ?
Será que a liberdade é a possibilidade de se fazer o que bem se quiser, sem embaraços e sem temer as consequências? Isto é libertinagem, não liberdade. James Bond tinha ‘licença para matar’, não liberdade para matar. Liberdade significa termos a possibilidade de usar o nosso livre-arbítrio para crescermos e nos desenvolver.
Muitas pessoas pensam que são livres, quando na verdade são frequentemente ‘escravas’ de manias e modas passageiras da sociedade onde vivem. Escravidão são actos feitos sem pensar, um comportamento ‘rotinizado’, seguindo os desejos impulsivos do corpo. O nosso trabalho em Pessach é sair desta escravidão e adquirir a verdadeira Liberdade !
Todos os mandamentos relacionados a Pessach nos habilitam a reviver e a liberdade que os nossos antepassados experimentaram ao sair do Egipto para servir o Todo-Poderoso.
Durante os oito dias de Pessach somos proibidos de possuir e comer Chamêts [massas fermentadas, ou seja, virtualmente qualquer produto que tenha farinha na sua composição (pão, pizza, macarrão, etc.), bem como bebidas como cerveja, whisky, etc].
Porque tanta ênfase em ficarmos livres do Chamêts? Um dos motivos é que o Chamêts representa a arrogância. A única coisa que se interpõe entre si e D’us ... é você. Para nos aproximarmos do Criador, que é a principal satisfação da vida (e esta oportunidade se apresenta em todas as mitsvót e Festividades Judaicas), cada pessoa deve remover a sua própria arrogância. Cada acto prático traz uma satisfação interna; Nós removemos o Chamêts dos nossos lares e precisamos, paralelamente, trabalhar sobre a nossa característica de humildade.
Na noite anterior a Pessach, fazemos uma busca rigorosa do Chamêts nos nossos lares. Durante o dia a casa deve ser limpa e todo o Chamêts consumido, vendido ou jogado fora. À noite, existe o costume de se colocar 10 pedaços de pão em diversos locais da casa para que, durante a procura do Chamêts, encontremos alguma coisa. Esta procura é realizada à luz de uma vela acesa e é uma memorável experiência para toda a família !
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