18.3.08

Radicais Islâmicos em Portugal

Mais de uma dezena de elementos do movimento radical político e religioso Jamate Islami, de raíz paquistanesa estão radicados em Portugal e a sua presença tem sido motivo de preocupação de alguns responsáveis islâmicos moderados. Parte destas preocupações prendem-se com a questão religiosa: “Os responsáveis da Jamate Islami, com frequência, falam uma coisa e fazem outra, usando o Islão em seu proveito pessoal e em proveito das suas ideias radicais”, disse ao CM o lider de uma comunidade islâmica. A sua presença é tanto mais preocupante quanto há indicios de que, desde 2003, a Comunidade Islâmica de Lisboa. A sua presença é tanto mais preocupante quanto há indicios de que, desde 2003, a Comunidade Islâmica de Lisboa é dominada por facções mais ortodoxos e obscuras e o nosso país é referenciado no mundo da jihad como um local de refúgio – embora não seja encarado como alvo, o que leva os responsáveis da segurança portuguesa a admitir que um atentado terrorista islâmico em Portugal “é dificil de acontecer”. Embora o movimento Tabliq Jamat seja considerado pelos responsáveis da Comunidade Islâmica de Lisboa, como uma organização não radical, presente no nosso país desde 1979 e com objectivos puramente de pregação e de revivamento da fé, nos encontros organizados por estes pregadores de vida austera, que dormem no chão, muitas vezes nas próprias mesquitas, acorrem elementos de várias facções, das moderadas ás mais radicais. Não falta quem considere os Tabliq Jamat, em Portugal alegadamente liderados por Ismael Lunnat , como uma facção radical ligada á Al Qaeda que, através das revistas publicadas pela Mesquita do Laranjeiro, equipara o cinema e o teatro infantil á pornografia. Também a Comunidade Educativa de Palmela, sob a responsabilidade do xeque Ismael, é uma organização considerada como ligada aos Tabliq. Segundo uma fonte próxima dos meios islâmicos, as facções mais radicais têm, nos últimos anos, aberto pequenas mesquitas, só conhecidas por alguns, sob a fachada de vários estabelecimentos comerciais ou de apartamentos, nomeadamente, em Aveiro, Viseu, Porto e Algarve, para além da área da Grande Lisboa.

*** Correio da manhã do dia 28 de Janeiro de 2008***