Shalom
28.9.06
Porção Semanal da Torá: Haazinu
Devarim (Deuteronômio) 32:01 - 32:51Esta porção semanal é uma canção, um poema ensinado ao Povo Judeu por Moshe. Ela reconta os testes e sofrimentos vividos pelo Povo Judeu no deserto, durante 40 anos. A tradição Judaica é ensinar cada criança Judia a memorizar Haazinu. Desta forma, assimilarão as lições da nossa história, especialmente a futilidade de se rebelar contra o Criador.
A porção encerra-se com Moshe a ser chamado a subir ao Monte Nevó, para ver a Terra Prometida antes de morrer e unir-se ao seu Povo (os seus antepassados). A propósito, esta é uma das alusões à vida após a morte na Torá. Moshe morreu sozinho e ninguém sabe onde foi enterrado. Portanto, “juntar-se ao seu Povo” tem um significado muito mais elevado e profundo!
Shabat Shalom, que todos tenham um ano doce, pleno de bênçãos, saúde, crescimento espiritual e material, e que sejamos todos CARIMBADOS no Livro da Vida!
Rabino Kalman Packouz
YOM KIPUR = DIA DO PERDÃO
BOM DIA! Espero que tenha tido um óptimo e significativo Rosh HaShaná. Em Rosh HaShaná somos julgados e inscritos, esperançosamente, no Livro da Vida. Em Yom Kipur este julgamento é selado. Nestes dias intermediários devemos examinar os nossos actos e corrigir os erros que tenhamos feito. Precisamos de nos colocar em caminhos que nos levem a utilizar melhor o nosso tempo, para aperfeiçoarmos a nós mesmos e ao mundo como um todo!Yom Kipur começa neste domingo ao entardecer, 1º. de outubro (Yzkor é recitado na segunda-feira, 2 de outubro) e o Sucót inicia-ne na próxima sexta-feira, dia 6 de Outubro, ao entardecer. Trago também um Pensamento da Semana antigo, mas muito pertinente para esta época do ano, onde tomamos boas decisões para o futuro.
Qual a Essência de Yom Kipur e Como o Observamos?
A Torá declara: “Este será um decreto eterno para vocês: No décimo dia do sétimo mês (contando a partir do mês hebreu de Nissán) vocês devem afligir-se e não devem fazer nenhum trabalho, nem vocês nem os convertidos que estão convosco. Neste dia, ele (o Cohen Gadól, o Sumo Sacerdote) deve expiar as suas transgressões para purificá-los. Perante D’us vocês devem ser purificados (Vaikrá 16:29-30)”.
Yom Kipur, o Dia do Perdão, é o aniversário do dia em que Moshe trouxe as segundas Tábuas da Lei do Monte Sinai (as primeiras foram quebradas quando Moshe viu o povo A idolatrar um bezerro de ouro). Isto significou que o Todo-Poderoso havia perdoado o Povo de Israel por terem feito idolatria. Dali para frente, este dia foi decretado como o dia para o perdão dos nossos erros. Entretanto, isto refere-se às transgressões entre o homem e D'us. Transgressões entre o homem e o seu semelhante requerem que se corrija o erro e se peça perdão pelo prejuízo acarretado. Somente então é que pedimos desculpa a D’us por ter ofendido o nosso semelhante.
Durante as orações falamos o Vidúi, uma confissão, e Al Chét, uma lista de transgressões entre o homem e D'us e o homem e o seu semelhante. É interessante notar duas coisas: primeiro, as transgressões estão em ordem alfabética (em Hebraico). Isto torna a lista bastante abrangente, além de permitir a inclusão de qualquer transgressão que se queira na letra apropriada.
Em segundo, o Vidúi e Al Chét estão no plural. Isto ensina-nos que somos um povo ‘entrelaçado’, responsáveis uns pelos outros. Mesmo se não cometemos uma determinada ofensa, carregamos certa responsabilidade por aqueles que a fazem – especialmente se poderíamos ter evitado tal transgressão.
Em Yom Kipur lemos o Livro de Jonas (Yoná). A essência da história é que D'us aceita prontamente o arrependimento de qualquer um que deseje, sinceramente, fazer Teshuvá, voltar ao Criador e aos Caminhos da Torá.
Há cinco proibições em Yom Kipur : comer, usar calçados de couro, relacionamento conjugal, passar cremes, desodorizante, etc. no corpo e banhar-se por prazer.
A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela perspectiva Judaica, o ser humano é constituído pelo Yétser HaTóv (o desejo de fazer as coisas correctamente, que é identificado com a alma) e o Yétser HaRá (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). O Nosso desafio na vida é ‘sincronizar’ o nosso corpo com o Yétser HaTóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma). É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!
A tradição Judaica ensina que em Yom Kipur , o Yétser HaRá, o desejo de seguir os próprios instintos, está morto. Se, então, seguirmos os nossos instintos ou desejos, será só pelo hábito, pela rotina. Em Yom Kipur nós podemos mudar os nossos hábitos! Eis 3 perguntas para se pensar em Yom Kipur :
1) Como para Viver ou Vivo para Comer?
2) Se estou a comer para Viver, pelo que vivo?
3) O que gostaria que escrevessem no meu túmulo?
Se soubermos as nossas metas de vida, será mais fácil atingi-las!
Algumas Idéias para Tornar o Serviço de Yom Kipur Mais Significativo:
1 - Tenhamos satisfação! Já tomamos a importante decisão de comparecer à sinagoga. Não nos arrependamos, não!
2 - Não viemos para nos entreter e sim para conquistar algo a um nível espiritual: aproximarmo-nos do Todo-Poderoso, reflectir, colocarmo-nos num caminho melhor na vida.
3 - Não culpe a cerimónia religiosa, o Rabino ou o livro de orações. Se desejar, prepare-se antecipadamente: leia o Mahzór (o livro com as orações especiais de Rosh HaShaná e Yom Kipur) para entender as palavras e as ideias contidas nestas orações. Façamos uma ‘lista’ de atitudes ou comportamentos de que nos arrependemos, que gostaríamos de corrigir e gostaríamos que o Todo-Poderoso nos perdoasse.
4 – A nossa mente parece ter duas pistas: uma pessoa pode falar e pensar sobre o que quer dizer simultaneamente, ela pode também ler e estar a pensar sobre algo que não tem nada a haver com a leitura, etc. Podemos também rezar e pensar num milhão de coisas diferentes. Ao lermos uma prece silenciosa, concentremo-nos naquilo que estamos a ler. Ao ouvir o Hazan (a pessoa que está na liderança das orações), foquemos a nossa mente num pensamento espiritual: “Querido D’us, por favor, ajuda-me”, “Todo-Poderoso, perdoe-me”, “D’us, eu realmente acredito no Senhor”. Isto evitará que a nossa mente comece a pensar sobre o resultado do jogo de futebol, as contas a pagar, reparações a serem feitas em casa, etc. A maioria das pessoas não entende a liturgia em Hebraico que se está a cantar. Entretanto, mesmo se as nossas mentes não entenderem, o coração e a alma nutrem-se dessas palavras, da melodia e da atmosfera. Relaxe e ouça a essência do que se está a cantar.
5 - Façamos o melhor uso possível do nosso tempo. Leiamos os comentários ou a tradução das orações. Procure se na sua sinagoga não há algum material interessante sobre Yom Kipur, numa língua que entenda. E se estiver realmente a sofrer, então apenas peça: “D’us, por favor, aceite o meu sofrimento por estar na sinagoga como reparação pelas minhas transgressões!”
6 - Assista ao belo e inspirador filme de 1 minuto de duração (em inglês) intitulado 'Sorry': clique em http://www.aish.com/movies/sorry.asp
Um último pensamento...
Ao prepararmos-nos para Yom Kipur, precisamos de nos perguntar: “O que posso fazer para melhorar o meu relacionamento com o Todo-Poderoso e a minha observância para com os Seus mandamentos?”
O Rambam, o conhecido Rabino espanhol Maimônides (1135-1204), que viveu em Espanha e no Egipto, ensinou que a vida de cada indivíduo é constantemente analisada sobre uma balança de pratos – como aquelas balanças antigas, onde a mercadoria era colocada num prato e os pesos no outro – e que cada um de nós deve pensar antes de tomar toda e qualquer atitude, pois uma transgressão ou uma mitsvá (boa acção) podem inclinar a balança para o lado positivo ou o contrário. Mais ainda, explica o Rambam: “Cada comunidade, cada país e o próprio mundo são julgados desta maneira”. Portanto, a pessoa não deve pensar que está afectando apenas a sua ‘própria balança’, mas sim o mundo como um todo.
Nestes dias antes de Yom Kipur devemos examinar os nossos actos e corrigir os erros que tenhamos feito, principalmente com os nossos familiares e amigos. Lembre-se de ligar para aquele seu amigo ou parente que há muito tempo não via ou conversava. Reactive o relacionamento para este novo ano e, se for necessário, peça desculpas por algum erro cometido no passado. Estaremos assim a aperfeiçoar-nos e a abrir as portas para tornar este mundo melhor!
27.9.06
Preparação para KIPUR
LOS DIEZ DIAS DE ARREPENTIMIENTO
"Buscad a Di-s cuando se encuentra accesible, llamadlo cuando esta cercano" (Isaias 55:6)...Cuando es esto aplicable?
Rabbah bar Ahuva decia: "En los diez dias entre Rosh Hashana y Iom Kipur". (Rosh Hashana 18a)
Los dias que median entre el 1 y el 10 de Tishre, o sea entre RoshHashana y Iom Kipur, se denominan Aseret Ieme Teshuva, los DiezDias de Retorno (al Creador), de Arrepentimiento.
En estos dias Hashem se encuentra muy cercano a nosotros y por eso agregamos mas plegarias y expresiones de exaltacion coronandolo como Rey sobre todo el Universo y rogando que nos ayude a volver a la senda que El nos marco. Es verdad que todo el anio nuestras voces son aceptadas cuando fluyen con sinceridad de nuestro corazon, pero en estos dias son aun mejor recibidas.
El sabado intermedio entre Rosh Hashana y Iom Kipur se llamaShabat Shuba pues luego de la porcion semanal de la Tora, se lee el capitulo XIV del Profeta Hoshea que comienza con las palabras: "Shuba Israel" (Retorna Israel) siendo habitual que cada rabinohable publicamente sobre el tema de la Teshuva, para despertar ensu comunidad el anhelo de arrepentirse por las malas acciones.
Tres son los pasos de la verdadera Teshuva:
1) reconocer la transgresion realizada.
2) pronunciar o confesar verbalmente la transgresion en un sincerodialogo con el Creador: "Di-s, erre, transgredi e hice el mal delantede Ti... He aqui que me arrepiento...y no volvere a reincidir". (HiljotTeshuva 1:1, Rambam). Porque cuando el hombre habla de algo, toca mas profundamente sus sentimientos que cuando solo piensa en ello.
3) encontrarse en las mismas circunstancias o situacion en las queantes transgredio y no incurrir en la falta.
El dia de Iom Kipur es el ultimo de los diez dias de arrepentimientode modo que antes de esa fecha es un deber reconciliarse confamiliares, amigos y conocidos en general. Debemos intensificar nuestro cumplimiento de mitzvot y promover un clima de armoniacon nuestros semejantes.
Y no olvidemos la regla de oro: "El arrepentimiento, la plegaria yla tzedaka (caridad) apartan los malos decretos", tal como estaescrito en las oraciones de este sagrado dia.
26.9.06
New AWACS enhance IAF's vision
The first of three Airborne Warning and Control System (AWACS) purchased by the IDF arrives to the Lod Air Force base, last Tuesday.
By YAAKOV KATZ
Amid growing concern that Iran's refusal to suspend its enrichment of uranium could lead to military action against its nuclear sites, the Israel Air Force on Tuesday received its first Airborne Warning and Control System (AWACS) surveillance plane.
Called the Eitam - white-tailed Sea Eagle - the AWACS arrived at a festive ceremony at the Lod Air Force base near Ben-Gurion Airport attended by US dignitaries and the head of the IAF, Maj.-Gen. Eliezer Shkedy. The plane will join the Nahshon Squadron, which also operates intelligence-gathering planes called Shavit (Comet).
"The arrival of this AWACS enhances our long-range capabilities," Deputy Squadron Commander Maj. I. told The Jerusalem Post, "It extends our range of sight and our operational capabilities."
The AWACS plane that arrived on Tuesday is the first of three Gulfstream G-550 jets to be delivered to the IAF over the next three years. The plane, usually built as a top-tier business jet and purchased from the US-based General Dynamics, was built according to IAF specifications and outfitted with more than $100 million worth of radar and command-and-control systems. The equipment was developed by Elta Systems, a subsidiary of Israel Aircraft Industries.
The plane is capable of flying at 35,000 feet and has a range of 10,000 km. Equipped with radar systems capable of creating a 360 degree aerial picture over enemy countries during combat, the Eitam could also replace, Maj. I. said, ground-based command-and-control stations if they were destroyed by enemy action.
Israel has not had an airborne radar capability since 1994, when the IAF took a squadron of older-model AWACS, called the Hadiya, out of service. The new arrival, Maj. I. said, was a big step forward for the IAF as the plane was "relevant to all of the current threats against Israel."
Speaking at the ceremony, Shkedy said the Eitam was an essential operational tool that would be utilized to create aerial pictures deep inside enemy territory while at the same time serving as a warning system for incoming aerial threats.
Hinting at a connection between the arrival of the new aircraft and Iran's race to obtain nuclear weapons, Shkedy said, "Throughout the years of Israel's existence, defense of the skies has been the IAF's primary mission. Over the years, however, the threats have changed... and the potential for an existential threat to the state is taking form while the bells of peace are still, to our misfortune, far away."
Nissim Hadas, CEO of Elta Systems, told the Post that the radar aboard the Eitam had a range of "several hundred kilometers." The plane, he said, was capable of carrying up to 20 passengers and was compact and fuel efficient.
"The plane doesn't need to enter enemy territory," Hadas said. "It can fly far away while creating and projecting the aerial picture above the country in which the IAF wants to operate."
Amid growing concern that Iran's refusal to suspend its enrichment of uranium could lead to military action against its nuclear sites, the Israel Air Force on Tuesday received its first Airborne Warning and Control System (AWACS) surveillance plane.
Called the Eitam - white-tailed Sea Eagle - the AWACS arrived at a festive ceremony at the Lod Air Force base near Ben-Gurion Airport attended by US dignitaries and the head of the IAF, Maj.-Gen. Eliezer Shkedy. The plane will join the Nahshon Squadron, which also operates intelligence-gathering planes called Shavit (Comet).
"The arrival of this AWACS enhances our long-range capabilities," Deputy Squadron Commander Maj. I. told The Jerusalem Post, "It extends our range of sight and our operational capabilities."
The AWACS plane that arrived on Tuesday is the first of three Gulfstream G-550 jets to be delivered to the IAF over the next three years. The plane, usually built as a top-tier business jet and purchased from the US-based General Dynamics, was built according to IAF specifications and outfitted with more than $100 million worth of radar and command-and-control systems. The equipment was developed by Elta Systems, a subsidiary of Israel Aircraft Industries.
The plane is capable of flying at 35,000 feet and has a range of 10,000 km. Equipped with radar systems capable of creating a 360 degree aerial picture over enemy countries during combat, the Eitam could also replace, Maj. I. said, ground-based command-and-control stations if they were destroyed by enemy action.
Israel has not had an airborne radar capability since 1994, when the IAF took a squadron of older-model AWACS, called the Hadiya, out of service. The new arrival, Maj. I. said, was a big step forward for the IAF as the plane was "relevant to all of the current threats against Israel."
Speaking at the ceremony, Shkedy said the Eitam was an essential operational tool that would be utilized to create aerial pictures deep inside enemy territory while at the same time serving as a warning system for incoming aerial threats.
Hinting at a connection between the arrival of the new aircraft and Iran's race to obtain nuclear weapons, Shkedy said, "Throughout the years of Israel's existence, defense of the skies has been the IAF's primary mission. Over the years, however, the threats have changed... and the potential for an existential threat to the state is taking form while the bells of peace are still, to our misfortune, far away."
Nissim Hadas, CEO of Elta Systems, told the Post that the radar aboard the Eitam had a range of "several hundred kilometers." The plane, he said, was capable of carrying up to 20 passengers and was compact and fuel efficient.
"The plane doesn't need to enter enemy territory," Hadas said. "It can fly far away while creating and projecting the aerial picture above the country in which the IAF wants to operate."
25.9.06
O Sêfer Torá
Há alguns anos atrás, em Flatbush, Nova York, um senhor já de idade, que sempre se sentava na parte de trás da sinagoga, falou ao Rabino que queria doar um Sêfer Torá. O cavalheiro, Sr. Shimshon Braum [nome fictício] comentou ao Rabino que já havia encomendado um Sêfer Torá a um sofêr [escriba] e agora o trabalho estava quase concluído. O Rabino estava muito surpreso: o Sr. Braum não era conhecido como uma pessoa de posses e o custo de um Sêfer Torá poderia chegar a 30 mil dólares.
O Rabino conversou com o sofêr e descobriu que o Sr. Braum havia pago pequenas somas durante muitos anos e recentemente fizera o último pagamento. O Sêfer Torá estaria concluído em alguns dias.No Shabat, o Rabino anunciou as boas notícias aos congregantes e todos se dirigiram ao Sr. Braum para cumprimentá-lo e agradecer por sua generosa dádiva à sinagoga. Planos foram feitos para a Hachnassat Sêfer Torá na sinagoga.
Algumas semanas depois, numa bela tarde de domingo, a congregação reuniu-se na casa do Sr. Braum e escoltou-o enquanto carregava o Sêfer Torá da sua casa para a rua, onde caminhou para trazer a Torá à sinagoga. Danças e cantos acompanharam aqueles que se revezavam para carregar a Torá, e uma refeição especial os aguardava na sinagoga em honra à ocasião.
Alguns dias depois, um vizinho perguntou ao Sr. Braum se havia algum motivo em particular pelo qual ele decidiu que um Sêfer Torá deveria ser escrito.
No começo ele hesitou em falar sobre o assunto, mas no final concordou e contou a sua comovente história:
Shimshon Braum tinha apenas 16 anos quando os nazistas o prenderam, a seus pais e irmãs em Lodz, Polónia, e os enviaram a um dos campos de concentração. Logo após a sua chegada, os pais foram separados das crianças e Shimshon nunca mais ouviu falar deles. Ele foi colocado num campo de trabalhos forçados e passou diariamente por humilhações e sofrimentos.
Certa noite, enquanto estava deitado na cama, um soldado nazista entrou para verificar os prisioneiros. Ele passou de cama em cama – e então viu Shimshon. De repente, olhou para os pés de Shimshon, arrancou as suas botas e gritou: “Estas botas agora são minhas”.
Shimshon ficou paralisado. As botas de couro foram dadas de presente pelos seus pais pouco antes de a família ser capturada pelos nazistas. Shimshon apegara-se ao único objecto que representava o seu último elo de conexão com os seus amados pais. Não possuía fotos, cartas, ou alguma outra lembrança que pudesse segurar em momentos de dificuldade para se fortalecer e enfrentar a situação. Apenas as botas… que se tornaram preciosas lembranças.
Shimshon gritou desesperadamente. Este acto cruel do soldado nazista partiu os últimos laços tangíveis com os seus pais. Era devastador. Shimshon chorou por horas e acabou por adormecer.Na manhã seguinte, saiu do barracão descalço e encontrou o soldado que tinha roubado as suas botas. Desesperado, ele lhe implorou: “Por favor, dê-me um par de sapatos. Não tenho nada para calçar em meus pés. Vou congelar até a morte”. Sem atrever-se a indagar sobre as suas próprias botas.
Para surpresa do rapaz, o soldado falou: “Espere aqui. Voltarei em cinco minutos com sapatos para si”.
Shimshon tremia de frio enquanto esperava o soldado voltar. Em alguns minutos o soldado retornou com um par de sapatos e o entregou ao jovem que voltou ao barracão agradecido e sentou-se na cama para calçar os seus novos sapatos. Ele os examinou cuidadosamente. Eram de madeira, como tamancos, mas sabia que teria que usá-los independentemente do material que eram feitos ou quão desconfortáveis pudessem ser.
Quando estava para colocar o seu pé no sapato, olhou para o seu forro e engasgou: o forro era um pedaço de pergaminho de um Sêfer Torá! Shimshon ficou aterrorizado: como aquele nazista podia ser tão cruel e zombador? Como ele poderia pisar as palavras que o Todo-Poderoso transmitiu para Moshê e a partir dele para todas as gerações? Mas Shimshon sabia que não tinha escolha. Não havia mais nada para calçar e eram estes sapatos ou morrer de frio. Hesitante, cheio de culpa, ele calçou-os.
Agora, muitos anos depois, o Sr. Shimshon desabafa: “A cada passo que eu dava, sentia-me como se estivesse a pisar num Sêfer Torá de D'us. Falei para mim mesmo: ‘Juro que se um dia sair vivo deste campo, não importa quão rico ou pobre eu seja, providenciarei para que um Sêfer Torá seja escrito e devolverei ao Todo-Poderoso a honra que Lhe tirei ao pisar na Sua sagrada e eterna Torá.
Foi por este motivo que doei o Sêfer Torá à sinagoga”.
24.9.06
Mensaje del Primer Ministro de Israel
Mensaje del Primer Ministro de Israel con motivo de Rosh Hashaná 5767
Estimados javerim:Con muchísimo placer les envío mis más calidos saludos desde Jerusalem en momentos en que nos preparamos para celebrar Rosh Hashaná y la temporada de descanso. Para el Estado de Israel, los últimos meses fueron muy difíciles, ya que recrudeció la violencia y el terror a causa de aquellos que desearon nuestra total destrucción.Gracias al coraje de nuestros soldados y ciudadanos, hemos superado esta tormenta y hemos emergido más fuertes que nunca. Sin embargo, aún enfrentamos la difícil tarea de recuperarnos del gran daño ocurrido en el norte, en la región de Haifa y en el Neguev. Todos nuestros esfuerzos están dirigidos hacia la rehabilitación de aquellas áreas más afectadas y de continuar adelante. Tal como en el pasado, confiamos en el apoyo de nuestros hermanos y hermanas de la Golá (diáspora). Su participación en el reforzamiento de la patria judía es invalorable y su firme aliento refuerza nuestra determinación de vivir nuestras vidas aquí en Israel y defender nuestros valores judíos y democráticos. Es mi deseo que el Año Nuevo traiga seguridad, estabilidad y paz tanto a nuestra Nación, como a su eterna e indivisible capital, Jerusalem. Que todos tengan un año bueno con salud, prosperidad y éxitos.
¡ Shaná Tová !
Sinceramente,
Ehud Olmert
Primer Ministro del Estado de Israel
Mensaje del Presidente de Israel
Mensaje del Presidente de Israel a las Comunidades de la Diáspora
Estimados javerim, El Estado de Israel vuelve a enfrentarse al terrorismo islámico extremista, que trata de impedir la estabilidad y la paz en Medio Oriente atentando contra los valores humanos universales y contra los pilares mismos de la democracia en el mundo entero. En los últimos meses hemos debido combatir a la organización denominada Hezbolá, que durante años ha venido hostigando a la población del Norte del país, atacando a ciudadanos pacíficos y atentando contra su seguridad sin causa ni justificación, puesto que Israel ha respetado plenamente las decisiones de la ONU retirándose de todo el territorio libanés.El conflicto palestino-israelí no es el motivo del terrorismo islámico en el mundo. El integrismo islámico aspira a conquistar todos los países musulmanes y socavar las bases de la cultura occidental. El Estado de Israel combate también en defensa del mundo democrático y para proteger los valores humanos, los principios de la democracia. Agradezco y elogio a las comunidades judías del mundo entero que en los últimos meses han manifestado su apoyo y solidaridad con el Estado de Israel. Las visitas de las delegaciones nos han brindado aliento y han reforzado los lazos que nos unen. Aprovecho para exhortar a las comunidades a seguir bregando por reforzar los vínculos que unen al Estado de Israel con la Diáspora e invitar particularmente a los jóvenes judíos del mundo a visitar Israel, conservar las tradiciones y el legado de nuestro pueblo, atesorar los valores del judaísmo y estrechar los lazos con el Estado de Israel. Debemos seguir luchando juntos para combatir el antisemitismo, cuya monstruosa cabeza vuelve a surgir en muchos lugares del mundo y amenaza no solo a los judíos sino también a los valores éticos y humanos. Muchos de los lideres del mundo libre comparten nuestra preocupación por el fortalecimiento del antisemitismo y están decididos a combatirlo con firmeza y responsabilidad. Es vísperas del nuevo año, de las festividades de Rosh Hashana en estos días de examen de conciencia, en lo persona y en lo nacional, tenemos que obrar inspirados por los sagrados valores del judaísmo y mantener vivos el legado de la unidad de nuestro pueblo. Nos esperan decisiones de fundamental importancia para el Pueblo y el Estado de Israel. Confío en que sabremos en esas horas de prueba, mantener la unidas y la solidaridad, queridos hermanos y hermanas, a pesar de las divergencias y desacuerdos. En nombre del pueblo que esta en Israel y el mío propio, quiero enviar a a ustedes y a sus familiares mis mejores augurios para el prospero y feliz año nuevo, de creación y fraternidad, paz y seguridad y que sigamos manteniendo nuestra fortaleza nacional.
Shaná Tová
Moshe Katzav
Presidente del Estado de Israel
21.9.06
Rosh Hashana e a introspecção
Rosh HaShaná começa hoje, sexta-feira, ao entardecer, dia 22 de Setembro! Rosh HaShaná é chamado o Dia do Julgamento, em que somos julgados para o próximo ano em relação a tudo, à vida ou não, riqueza ou pobreza, saúde ou o contrário. O julgamento é selado em Yom Kipur.
Muitos leitores perguntam: Será que D’us rege o mundo o tempo todo? A resposta é: Sim, com absoluta certeza. Tudo, tudo, tudo que acontece connosco é supervisionado por D’us, nos seus mínimos detalhes. Desde a Criação do mundo até hoje, o Criador toma conta de tudo e de todos o tempo inteiro. Têm-se dito que a diferença entre um milagre e os eventos do dia-a-dia é a frequência com que ocorrem. Gostaria de contar-lhes a seguinte história, verídica, para ilustrar como o Todo-Poderoso ‘rege’ o mundo:
Havia um homem que era dono de um hotel em Miami Beach. Ele vinha de uma família de Judeus tradicionais e era um grande filantropo. Sempre, que o seu bom amigo, o Rabino Jerry Burstyn, director da famosa Universidade Talmúdica, lhe falava sobre a nossa herança espiritual, o homem respondia-lhe: “Rabino, religião e negócios são coisas diferentes! Por favor, não as misture!”
Quando o homem fez 81 anos de idade, decidiu ir para Israel comprar um túmulo no Monte das Oliveiras, na secção que a sua mãe, de abençoada memória, estava enterrada.
Em Jerusalém, contactou um representante da Hévra Kadishá (Sociedade Funerária), responsável por aquela secção do Monte das Oliveiras. O homem informou-lhe que aquela área já havia sido vendida há mais de 20 anos, mas ofereceu-se para descobrir se algum dos donos tinha interesse em vender o seu terreno.
No dia anterior ao do seu regresso a Miami, o representante ligou-lhe, animado: “Um homem está para casar a sua filha e precisa vender o seu jazigo no cemitério. Encontremo-nos amanhã e eu vou mostrar-lhe o local”. Ao se encontrarem no cemitério, procuraram a fila e o número da cova, que era, adivinhem: justamente ao lado do túmulo da sua mãe! O homem olhou para a cova, olhou para o túmulo da sua mãe ali ao lado, e um arrepio correu-lhe a espinha. “O quanto ele pedir por este pedaço de terra, eu pago!”, falou para o representante.
Naquela tarde, todas as partes interessadas encontraram-se para fechar o negócio. O último documento colocado à frente do homem, para assinar, foi o da Hévra Kadishá. Estava escrito: “Pelo presente, afirmo aqui que sou Shomêr Mitsvót (uma pessoa que cumpre todos os mandamentos da Torá)”.
Mais tarde, o homem relatou ao Rabino Burstyn: “A minha mãe chamava-me: ‘Filhinho, está na hora de voltar para o nosso lar de Torá e cumprimento das mitsvót’. Imediatamente, peguei a caneta e assinei o papel”.
Daquele dia em diante tornou-se um Judeu completamente observante! Rosh HaShaná é a forma que o Todo-Poderoso usa para dizer: “Filhinho, é a hora de voltar para o Lar!”
Como Sobreviver à Sinagoga ou Como Posso Tornar minha Experiência na Sinagoga Mais Significativa?
1) Cinco minutos de reza proferida com entendimento, sentimento e conexão pessoal com as palavras e seus significados representam muito mais que 5 horas de “trabalho labial”.
2) “Expectativas não atingidas levam a frustrações auto-impostas”. Portanto, não espere ficar “tocado” a cada oração ou ao acompanhar toda a reza.
3) Leia as orações sem interrupção e, pausadamente, pense no que está dizendo, sem ficar preocupado se “ficou para trás” em relação ao restante do público. Olhe: o pior que poderá acontecer é você ficar “meio” perdido, mas não se preocupe! Provavelmente irão anunciar as páginas que estão sendo lidas, e você sempre poderá “acompanhá-los”!
4) Se uma sentença ou parágrafo em particular, lhe “tocarem” -- demore-se um pouco mais. Repita as palavras várias vezes para si, baixinho, mas audível aos seus ouvidos. Deixe estas palavras terem maior contacto consigo. E, se for realmente corajoso, feche os olhos e repita essas palavras, insistentemente, por alguns momentos.
5) Você não domina bem o Hebraico? Não se preocupe: D’us entende muito bem qualquer língua que você fale. E, como um amado pai, D’us pode discernir no seu coração o que está sentindo, mesmo que não consiga expressá-lo da maneira que gostaria.
6) Ao sentar-se na sinagoga em Rosh HaShaná e Yom Kipur, você une-se a milhões de Judeus noutras sinagogas, por todo o mundo. Você é um/uma Judeu/Judia e está a fazer uma poderosa declaração sobre o seu comprometimento ao Judaísmo e ao Povo Judeu!
Qual a Essência de Rosh HaShaná?
A essência de Rosh HaShaná é reconhecermos que D’us é o Criador, o que Mantém e o Supervisor das nossas vidas. A nossa meta é renovarmos o nosso relacionamento com o Todo-Poderoso.
Um dos nossos piores erros é que desistimos facilmente de nós mesmos. Aceitamos as nossas limitações como um status quo e paramos de acreditar no nosso próprio potencial para a grandiosidade. Com o passar do tempo, o optimismo dá lugar ao ‘realismo’, e acabamos por nos acostumar com a depressão e expectativas desanimadoras. Desistimos de ser realmente felizes. Acabamos por aceitar, que nunca conseguiremos comunicar com as nossas esposas/esposos e filhos. Os pais dizem aos seus filhos: “Quando tiveres a minha idade, vais entender.” Entender o quê? O que querem dizer é: “Quando tiveres a minha idade, terás desistido da mesma forma que eu o fiz.” Paramos de tentar crescer e começamos a preparar-nos para a morte. Rosh HaShaná é a oportunidade de renovarmos o sonho do que a vida pode vir a ser, de retornarmos ao nosso verdadeiro caminho, de exercermos todo o nosso potencial.
Comecemos por nos arrepender dos nossos erros passados. O que saiu errado com as nossas boas intenções do último ano? Por que magoamos as pessoas que amamos? Arrepender-se não é culpa. Arrependimento é o reconhecimento realista de um prejuízo. Culpa, por outro lado, leva à autodestruição. Culpa é uma ofensa que a pessoa aceita e não reclama, é esquivar-se da responsabilidade. Arrependimento é a percepção dolorosa de oportunidades perdidas. Quando cai dinheiro do meu bolso, lamento a perda, costuro o furo e a vida continua. Não posso perder tempo com a culpa. Erros são muito caros para repeti-los. Os nossos erros alienam-nos de nós mesmos e nos separam das outras pessoas. O arrependimento dos erros passados dá substância e base para novos propósitos, novas e boas intenções.
Para o Judaísmo é uma grande alegria voltarmos para nós mesmos, para as pessoas que amamos, para o nosso Pai no Céu. Rosh HaShaná é um dia de felicidade. Em Rosh HaShaná , todos temos a chance de voltar para as nossas origens, para o nosso lar!
Porção da Torá:
Como o primeiro dia de Rosh HaShaná cai no Shabat, a porção especial de Rosh HaShaná é lida no lugar da porção usual do Shabat. No primeiro dia de Rosh HaShaná lemos o trecho em Bereshit 21, onde o Todo-Poderoso lembra-se de Sara e ela dá à luz Ytschák. No segundo dia lemos Bereshit 22, sobre a “Akeidát Ytschák”, o teste de Avraham ao preparar o seu filho Ytschák (Isaac) para ser sacrificado. Isto também aconteceu em Rosh HaShaná.
Um último pensamento...
Um antigo sábio, chamado Rabino Zússia, estava deitado no seu leito de morte, rodeado pelos seus alunos e discípulos. Estava a chorar e ninguém conseguia confortá-lo.
Um aluno perguntou-lhe: “Rabi, por que está a chorar? O senhor é quase tão inteligente como Moshe e tão bondoso quanto Abraão!”
O Rabino Zússia respondeu: “Quando partir deste mundo e comparecer perante o Tribunal Celestial, não me irão questionar: ‘Zússia, por que não foi inteligente como Moshe ou bondoso como Abraão? ’. Pelo contrário, irão perguntar-me: ‘Zússia, por que não foi como Zússia? ’ Por que não exerceu o seu potencial, por que não seguiu a sua própria trajectória?”
Em Rosh HaShaná confrontamos o nosso potencial como seres humanos, mas, igualmente, como Judeus. Permitamo-nos, cada um de nós, usarmos esta oportunidade para reavaliar as nossas vidas, os nossos potenciais e o nosso compromisso com D’us, com a nossa Torá, o nosso Povo e nós mesmos!
Em nome de todos nós do Êsh HaTorá, gostaria de desejar a si e a toda a sua família um belo e doce Ano Novo, repleto de bênçãos Divinas de saúde, alegria e sucesso. Que o seu Rosh HaShaná seja significativo, importante e inspirador!
Shabat Shalom, que todos tenham um ano doce, pleno de bênçãos, saúde, crescimento espiritual e material, e que sejamos todos inscritos no Livro da Vida!
Rabino Kalman Packouz
LeShana Tova Umetuka, 5767
Estamos nuevamente ante las Altas Fiestas. Le dimos nuevamente la vuelta al calendario y es hora de hacer balance y de enmendar aquello que no quisimos o no pudimos cumplir en nuestros compromisos, y en nuestra vida. Llega la hora de los propósitos y las enmiendas. El sonido del shofar llena nuestros oidos ya durante todo el mes de Elul y nos recuerda el compromiso de retorno, de teshuvá. Esa llamada que año tras año nos enseña que en todo momento podemos corregir aquello que no hicimos bien. Desde Rosh Hashaná a Yom Kipur... pasando por los Días Terribles, se abrirá nuevamente el Libro de la Vida, seremos inscritos y sellados y, al final de Neilá, nuevamente se cerrará todo para empezar ya de verdad un nuevo año y si queremos una nueva vida. Que sea para bien. LeShaná Tová Umetuká. Un buen y dulce año.
Aprendamos un poquito más sobre nuestras fiestas:
El Mes de Elul
Las Selijot (rezos de perdón)
Entendiendo lo que son las Selijot
Almas de Lluvia. El mes de Elul
Acercandonos a Rosh Hashana
Preparandonos para Rosh HaShana
¿Qué es Rosh Hashaná?
Rosh Hashná , Año Nuevo de la creación del ser humano
Costumbres de Rosh HaShana
Costumbres de la Cena de Rosh Hashaná
¿Qué son los Yamim Noraím?
¿Qué es Yom Kipur?
La Víspera de Kipur , Kaparot y demás costumbres y leyes
Teshuvá , extraído de un discurso de Kirk Douglas en el Centro Simon Wiesenthal
Parashiot para Rosh Hashaná
Parashá Shabat Shuvá
Parashá para Yom HaKipurim
El Rabino de la Rusia Blanca
LeShaná habá biYerushalaim habenuiá
El año que viene en Jerusalem
Calendario de Fiestas 5766/67
22 de Septiembre/29 de Elul Erev Rosh Hashaná
23 de Septiembre/1 de Tishrei 5667, Rosh Hashaná
24 de Septiembre/2 de Tishrei 5667, 2º día de Rosh Hashaná
01 de Octubre/ 9 de Tishrei, Erev Kipur
02 de Octubre/ 10 de Tishrei, Yom Kipur
20.9.06
Primeiro de Tishrei
O mês de Tishrei é o sétimo no calendário judaico. Isso pode parecer estranho, pois Rosh Hashaná, o Novo Ano, é no primeiro e segundo dia de Tishrei. A razão é que a Torá fez o mês de Nissan o primeiro do ano, para enfatizar a importância histórica da libertação do Egipto, que aconteceu no décimo quinto dia daquele mês, e que assinalou o nascimento da nossa nação.
Entretanto, de acordo com a tradição, o mundo foi criado em Tishrei, ou mais exactamente, Adam (Adão) e Chava (Eva) foram criados no primeiro dia de Tishrei, que foi o sexto dia da Criação, e é a partir deste mês que o ciclo anual se inicia. Por isso, Rosh Hashaná é celebrado nesta época.
Há doze meses no ano, e há doze Tribos em Israel. Cada mês do ano judaico tem a sua Tribo representativa. O mês de Tishrei é o mês da Tribo de Dan. Isto tem um significado simbólico, pois quando Dan nasceu, a sua mãe Lea disse: "D'us julgou-me e também atendeu à minha voz." Dan e Din (Yom HaDin, Dia do Julgamento) são ambos derivados da mesma raiz, simbolizando que Tishrei é a época do Julgamento Divino e do perdão. Similarmente, cada mês do calendário judaico tem seu signo no Zodíaco (em hebraico mazal). O mazal de Tishrei é a Balança. Este é o símbolo do Dia do Julgamento, quando D'us pesa as boas e as más acções do ser humano.
Embora cada Lua Nova seja anunciada e abençoada na sinagoga no Shabat que a precede, a Lua Nova de Tishrei não é anunciada nem abençoada, pois o próprio D'us a abençoa. O aspecto místico de Rosh Hashaná é indicado nas Escrituras: "Soe o shofar na Lua Nova, em ocultamente do dia da nossa festa."
Satan, o Acusador, não deve perceber a chegada de Rosh Hashaná, o Dia do Julgamento. Esta é também uma das razões pelas quais a Lua Nova não é mencionada nas preces de Rosh Hashaná. É também um dos motivos pelos quais a primeira porção do livro Bereshit da Torá não é lida em Rosh Hashaná, embora seja apropriado lê-la, pois Rosh Hashaná é o aniversário do Homem, quando Adam foi criado.
O primeiro dia de Tishrei, que é o primeiro dia de Rosh Hashaná, jamais pode cair num domingo, quarta ou sexta-feira. Historicamente, entretanto, o primeiro Rosh Hashaná foi numa sexta-feira, o sexto dia da Criação. Neste dia, D'us criou os animais dos campos e das selvas, e todos os animais rastejantes e insectos, e finalmente - o homem. Assim, quando o homem foi criado, encontrou tudo pronto para si.
Os nossos sábios viram nisso a ordem da Criação, como a consideração do bom anfitrião que, antes de convidar um hóspede de honra, coloca a casa em ordem, prepara as lâmpadas mais brilhantes, uma refeição deliciosa, etc., para que o seu convidado encontre tudo preparado. Mas também vêem nisto uma profunda lição: se o homem é merecedor, é tratado como um convidado de honra; se não o merece, dizem-lhe: "Não fique orgulhoso de si mesmo; até um insecto foi criado antes de si !"
19.9.06
Tashlich
A prece de Tashlich desperta-nos para o arrependimento. Lembra-nos da insegurança da vida do peixe, e o perigo de ser atraído pelo isco, ou de ser apanhado na rede do pescador. A nossa vida, também, está repleta de ciladas e tentações.
Na sua explicação sobre os nossos costumes e tradições, o Rabi Yaacov Levi, conhecido como Maharil, codificador de leis, retrata a origem do costume de Tashlich até épocas muito remotas. É realizado pouco antes do pôr-do-sol na tarde do primeiro dia de Rosh Hashaná, indo às margens de um rio, lago, ou algo semelhante, onde certas preces são recitadas, seguidas pelo simbólico agitar dos cantos de nossas roupas.
Os três últimos versos do profeta Michá, que recitamos em Tashlich, contêm a explicação para este costume. Dizemos: "Quem é um D'us como Vós, perdoando a iniquidade e perdoando a transgressão aos herdeiros do Seu legado. Ele não reteve a Sua ira para sempre, porque Ele se regozija na bondade. Ele mais uma vez terá misericórdia de nós. Ele suprimirá as nossas iniquidades; sim, Vós atirareis os nossos pecados às profundezas do mar."
O Maharil fornece-nos uma explicação mais completa de Tashlich. O Midrash diz-nos que quando Avraham (Abraão) e Yitschac (Isaac) foram ao Monte Moriyá para a Akedá (amarração de Yitschac), precisaram de cruzar um rio, uma das formas que Satan (o Acusador) usou para impedi-los de cumprirem as ordens de D'us. A correnteza ameaçava levá-los, mas Avraham rezou: "Salve-nos, D'us, pois a água atingiu as nossas próprias vidas," e foram salvos da correnteza.
Assim, diz Maharil, nenhum obstáculo deveria impedir-nos de obedecer às ordens de D'us. Aquele que pode mostrar o amor abnegado de Avraham a sua prontidão para morrer pela palavra Divina, pode estar certo de que "os seus pecados serão atirados ao mar".
Nós e os peixes
A prece de Tashlich, recitada às margens de um rio, lago ou mar, onde quer que haja peixes, tem um outro significado, despertando-nos pensamentos de arrependimento. Pois isto lembra-nos da insegurança da vida do peixe, e o perigo do peixe ser atraído pelo isco, ou de ser apanhado na rede do pescador. A nossa vida, também, está repleta de ciladas e tentações.
Somos lembrados da clássica parábola de Rabi Akiva, que desafiou o decreto proibindo o estudo de Torá que o imperador romano Adriano tentou impor aos judeus.
Ao lhe perguntarem por que arriscava a sua vida a estudar e a espalhar os ensinamentos da Torá, Rabi Akiva replicou com a seguinte parábola:
"Uma raposa faminta chegou até a margem de um regato. Viu os peixes a nadar incessantemente. A astuta raposa disse aos peixes: ' Vejo que estão a viver num terror mortal de que caiam na rede do pescador. Saiam aqui para a margem seca, e escaparão da rede do pescador, e então viveremos felizes para sempre, como os meus antepassados viveram com os seus”.
"Mas os peixes zombaram da esperta raposa, e responderam: ' Se na água, que representa a nossa própria vida, estamos em perigo, certamente deixar a água significaria morte certa para nós!'
"A Torá é a nossa própria vida, e não podemos viver sem ela, assim como os peixes não podem viver sem a água. Podemos salvar-nos abandonando o nosso modo de vida, os caminhos da Torá?"
Tais são as reflexões que Tashlich desperta no coração.
Finalmente, o peixe serve-nos de lembrete adicional do "olho sempre vigilante" da Providência, pois os peixes não têm pálpebras; os seus olhos estão sempre abertos. Assim, nada pode ser oculto de D'us. Pelo mesmo padrão, a pessoa extrai coragem e esperança da fé em D'us, pois o Guardião de Israel jamais dorme.
Tempo precioso
Na Idade Média o costume de Tashlich era usado muitas vezes para acusar os judeus de fazer um feitiço sobre a água, ou mesmo envenená-la, e os Rabis eram, naquela época, obrigados a proibir a observância de Tashlich pelas suas comunidades, de forma a não ameaçar-lhes a vida
Rabi Abahu disse: "Os Anjos Auxiliares perguntaram ao Todo Poderoso: 'Mestre do Universo, por que os judeus não recitam a canção de Halel perante Vós em Rosh Hashaná e Yom Kipur?'
"Respondeu-lhes D'us: Quando um rei senta-se no Trono do Julgamento, com o Livro da Vida e da Morte aberto à Sua frente, é correcto que os judeus cantem a Mim nesta época?"
Não há horário para se dormir em Rosh Hashaná: o tempo é precioso demais. Nem bem acabamos a refeição, e voltamos para a sinagoga. No primeiro dia de Rosh Hashaná, Minchá (a prece vespertina) é recitada cedo devido ao Tashlich, e além disso, queremos recitar o maior número de Salmos. Alguns conseguem dizer todo o livro de Tehilim (Salmos) diversas vezes durante os dois dias de Rosh Hashaná. Depois de Minchá, as pessoas saem para Tashlich, ao local mais próximo onde haja água natural e peixes (lago, rio ou oceano).
Ali, à beira da água, fazemos as orações de Tashlich e sacudimos os fios do tsitsit. Isto é simbólico das palavras do profeta Michá: "E atirarás para a profundeza do mar todos os seus pecados..."
Naturalmente, sacudir os cantos da roupa não nos livra dos nossos pecados. Mas certamente nos recorda de que devemos fazer uma boa limpeza no coração e livrá-lo de todo o mal.
E de facto, temos a sensação depois do Tashlich de nos termos livrado de um pesado fardo. É uma sensação reconfortante, que nos ajuda na realização das nossas boas decisões para o ano que entra.
Tashlich
1) MI El Camocha, 2) nossê avon,3) veovêr al pesha, 4) lish’erit nachalato, 5) lo hechezíc laád apo, 6) ki chafêts chessed Hu. 7) Iashuv ierachamênu, 8) yichbosh avotênu, 9) vetashlich bim’tsulot iam col chatotam. 10) Titên emet le Yaacov,11) chessed leAvraham, 12) asher nishbá’ta laavotênu, 13) mimê kedem. 1) Min hametsar caráti Yáh, 2) anani bamerchav Yáh. 3) A-do-nai li, 3) lo ira, 5) ma iaassê li adam. 6) A-do-nai li beozrai, 7) vaani er’ê vesson’ai. 8) Tov lachassot b’A-do-nai mibetoach baadam. 9) Tov lachassot b’A-do-nai mibetoach bindivim.
RANENÚ tsadikim b’A-do-nai, laisharím navá tehilá. Hodú l’A-do-nai bechinór, benêvel assór zamerú ló. Shíru ló shir chadásh, hetívu naguên bit’ruá. Ki iashár devar A-do-nai, vechol maassêhu beemuná. Ohêv tsedacá umishpát, chéssed A-do-nai maleá haárets. Bidvar A-do-nai shamáyim naassú, uvrúach piv col tsevaám. Conês canêd mê haiám, notên beotsarót tehomót. Yireú me’A-do-nai col haárets, miménu iagúru col ioshevê tevel. Ki Hu amar vaiéhi, Hu tsivá vaiaamód. A-do-nai hefir atsát goyím, heni mach’shevót amím.Atsát A-do-nai leolám taamód, mach’shevót libó ledór vadór. Ashrê hagói asher A-do-nai Eloháv, haám bachár lenachalá ló. Mishamáyim hibit A-do-nai, raá ét col benê haadam. Mimechón shivtó hishguíach, él col ioshevê haárets. Haiotsêr iáchadlibám, hamevin él col maassehém. Ên hamélech noshá beróv cháyil, guibór ló yinatsêl beróv cóach. Shéker hassús lit’shuá, uv’rov chelo ló iemalêt. Hinê ên A-do-nai él iereáv, lameiachalím lechasdó. Lehatsíl mamávet nafshám, ul’chaiotám baraáv. Nafshênu chiketá l’A-do-nai, ezrênu umaguinênu Hu. Ki vó yismách libênu, ki veshêm codshó vatáchnu. Iehí chassdechá A-do-nai alênu caasher yichálnu lách.
LO iarêu velo iash’chítu bechol har codshí, ki mal’á haárets deá et A-do-nai camáyim la’iám mechassim.
IEHÍ ratson milefanecha, A-do-nai E-lo-hê-nu v’Elohê avotênu, El Elion muchtar beshlosh esrê midot mechilin derachamê shetehê shaá zu êt ratson lefanecha vihê olá lefanecha keriát shelosh esrê mechilin derachamê shebipessukê " Mi El camocha", ham’chuvanim el shelosh esrê midot "El Rachum ve Chanun", asher carínu lefanecha, keílu hissagnu col hassodot vetserufê shemot hakedoshim haiots’ím mehem, vezivuguê midotehen, asher achat beachat yigashu lehamtíc et hadinim takifin. Uvechên tashlich bim’tsulot iam col chatotênu, vetashpía alênu shefa ieshuá verachamim mehen, vezochrênu lechayím, Melech chafêts bachayím, vechotvênu bessêfer hachayím, lemaanchá Elohim chayím, venizke lit’shuvá ilaá, ki ieminchá peshutá lekabêl shavim, uk’rá roa guezar dinênu, vyicar’u lefanecha zechuiotênu, vetaarich apechá alênu letová, Amên.
YIHIÚ leratson imrê fi veheguion libí lefanecha, A-do-nai Tsurí veGoalí. Sacode-se as pontas do talit catan (a roupa de quatro pontas com franjas, usadas pelos varões).
TRADUÇÃO
MI 1) Quem é um D’us como Tu, 2) que perdoa a iniquidade 3) e desculpa a transgressão 4) ao restante de Seu patrimônio? 5) Ele não mantém Sua ira para sempre. 6) pois Ele deseja [fazer] bondade. 7) Voltará a mostrar-Se misericordioso conosco, 8) eliminará nossas iniquidades; 9) e Tu atirarás todos os seus pecados às profundezas do mar. 10) Concede verdade a Yaacov, 11) bondade a Avraham, 12) tal como juraste aos nossos pais 13) desde os dias de outrora. 1) Desde a opressão chamei a D’us; 2) com abundante alívio, D’us me respondeu 3) A-do-nai está comigo, 4) não temo – 5) O que pode fazer-me o homem? 6) A-do-nai está comigo entre os que me ajudam, 7) e eu verei [a queda de] meus inimigos. 8) É melhor depender de A-do-nai do que confiar no homem. 9) É melhor depender de A-do-nai do que confiar nos nobres.
RANENÚ Cantem jubilosamente a A-do-nai, vocês, os justos; é digno aos retos oferecer louvor. Louvem a A-do-nai com harpa; cantem-Lhe com lira de dez cordas. Cantem-Lhe uma nova canção; toquem habilmente sons de júbilo. Pois a palavra de A-do-nai é justa; todas Suas obras são feitas com fidelidade. Ele ama a retidão e a justiça; a bondade de A-do-nai preenche a terra. Pela palavra de A-do-nai foram feitos os céus, e pelo sopro de Sua boca todas suas hostes. Ele reúne as águas do mar como um montículo; Ele aloja as profundezas em depósitos subterrâneos. Toda a terra tema a A-do-nai; todos os habitantes do mundo tremam perante Ele. Porque Ele falou, e foi; Ele ordenou, e perdurou. A-do-nai anulou o conselho de nações; Ele desbaratou os ardis dos povos.O conselho de A-do-nai perdura eternamente; os pensamentos de Seu coração durante todas as gerações. Feliz é a nação cujo D’us é A-do-nai, o povo que Ele elegeu como patrimônio para Si. A-do-nai olha do céu; Ele contempla toda a humanidade. De Sua morada Ele observa atentamente a todos os habitantes da terra. É Ele quem forma os corações de todos eles, quem percebe todas suas ações. Um rei não é salvo graças a um grande exército; um guerreiro não é resgatado graças a uma grande força. Um corcel é uma falsa garantia de vitória; com todo seu grande vigor não concede a fuga. Mas o olho de A-do-nai está dirigido àqueles que O temem, àqueles que esperam Sua bondade; para salvar sua alma da morte e para provê-los durante épocas de fome. Nossa alma anseia por A-do-nai; Ele é nossa ajuda e nosso escudo. Pois n’Ele se alegrará nosso coração, pois temos confiado no Seu santo Nome. Esteja Tua bondade, A-do-nai, sobre nós, assim como temos depositado nossa esperança em Ti.
LO Não farão o mal nem destruirão em toda a Minha montanha sagrada, pois a terra estará cheia do conhecimento de A-do-nai, como as águas cobrem o mar.
IEHÍ Que seja Tua vontade, A-do-nai nosso D’us e D’us de nossos pais, D’us exaltado, coroado com treze atributos, qualidades de misericórdia, que seja este um momento propício diante de Ti e que Tu consideres a recitação dos Treze Atributos de Misericórdia nos versículos "Quem é um D’us como Tu" que correspondem aos treze atributos "D’us benevolente, misericordioso e gracioso, etc.," que recitamos diante de Ti como se tivéssemos compreendido todos os significados esotéricos e as combinações dos santos Nomes que se formam com eles, e a união de seus atributos, que, um a um, se aproximarão para "adocicar" os julgamentos severos. E assim, atira todos os nossos pecados nas profundezas do mar, e concede-nos dele a plenitude da salvação e da misericórdia. Recorda-nos para a vida, Rei que deseja a vida; inscreve-nos no Livro da Vida, por Ti, D’us vivo. Que sejamos merecedores de alcançar a teshuvá ilaá ("arrependimento do nível mais elevado") pois Tua destra está estendida para receber os penitentes. Rasga o (aspecto) maligno do veredito decretado contra nós; que nossos méritos sejam mencionados diante de Ti, e que Tu Te mostres paciente conosco para o bem. Amén.
YIHIÚ Que as palavras de minha boca e a meditação de meu coração sejam aceitáveis perante Ti, A-do-nai, minha Força e meu Redentor.
(Sacode-se as pontas do talit catan: a roupa de quatro pontas com franjas, usadas pelos varões).
UM FACTO
La población global islamica es de 1,200,000,000, o el 20% de la población mundial.
Ellos han recibido los siguientes premios:
Literatura:
1988 - Najib Mahfooz.
Paz:
1978 - Mohamed Anwar El-Sadat, 1994 - Yaser Arafat Physics:
Física:
1990 - Elias James Corey, 1999 - Ahmed Zewail
Medicina:
1960 - Peter Brian Medawar, 1998 - Ferid Mourad
La población global Judía es de 14,000,000, o un 00.02% de la población mundial.
Ellos han recibido los siguientes premios:
Literature:
1910 - Paul Heyse, 1927 - Henri Bergson, 1958 - Boris Pasternak, 1966 - Shmuel Yosef Agnon, 1966 - Nelly Sachs, 1976 - Saul Bellow, 1978 - Isaac Bashevis Singer, 1981 - Elias Canetti, 1987 - Joseph Brodsky, 1991 - Nadine Gordimer World
Paz:
1911 - Alfred Fried, 1911 - Tobias Michael Carel Asser, 1968 - Rene Cassin, 1973 - Henry Kissinger, 1978 - Menachem Begin, 1986 - Elie Wiesel, 1994 - Shimon Peres, 1994 - Yitzhak Rabin
Física:
1905 - Adolph Von Baeyer, 1906 - Henri Moissan, 1907 - Albert Abraham Michelson, 1908 - Gabriel Lippmann, 1910 - Otto Wallach, 1915 - Richard Willstaetter, 1918 - Fritz Haber, 1921 - Albert Einstein, 1922 - Niels Bohr, 1925 - James Franck, 1925 - Gustav Hertz, 1943 - Gustav Stern, 1943 - George Charles de Hevesy, 1944 - Isidor Issac Rabi, 1952 - Felix Bloch, 1954 - Max Born, 1958 - Igor Tamm, 1959 - Emilio Segre, 1960 - Donald A. Glaser, 1961 - Robert Hofstadter, 1961 - Melvin Calvin, 1962 - Lev Davidovich Landau, 1962 - Max Ferdinand Perutz, 1965 - Richard Phillips Feynman, 1965 - Julian Schwinger, 1969 - Murray Gell-Mann, 1971 - Dennis Gabor, 1972 - William Howard Stein, 1973 - Brian David Josephson, 1975 - Benjamin Mottleson, 1976 - Burton Richter, 1977 - Ilya Prigogine, 1978 - Arno Allan Penzias, 1978 - Peter L Kapitza, 1979 - Stephen Weinberg, 1979 - Sheldon Glashow, 1979 - Herbert Charles Brown, 1980 - Paul Berg, 1980 - Walter Gilbert, 1981 - Roald Hoffmann, 1982 - Aaron Klug, 1985 - Albert A. Hauptman, 1985 - Jerome Karle, 1986 - Dudley R. Herschbach, 1988 - Robert Huber, 1988 - Leon Lederman, 1988 - Melvin Schwartz, 1988 - Jack Steinberger, 1989 - Sidney Altman, 1990 - Jerome Friedman, 1992 - Rudolph Marcus, 1995 - Martin Perl, 2000 - Alan J. Heeger.
Economía:
1970 - Paul Anthony Samuelson, 1971 - Simon Kuznets, 1972 - Kenneth Joseph Arrow, 1975 - Leonid Kantorovich, 1976 - Milton Friedman, 1978 - Herbert A. Simon, 1980 - Lawrence Robert Klein, 1985 - Franco Modigliani, 1987 - Robert M. Solow, 1990 - Harry Markowitz, 1990 - Merton Miller, 1992 - Gary Becker, 1993 - Robert Fogel.
Medicina:
1908 - Elie Metchnikoff, 1908 - Paul Erlich, 1914 - Robert Barany, 1922 - Otto Meyerhof, 1930 - Karl Landsteiner, 1931 - Otto Warburg, 1936 - Otto Loewi, 1944 - Joseph Erlanger, 1944 - Herbert Spencer Gasser, 1945 - Ernst Boris Chain, 1946 - Hermann Joseph Muller, 1950 - Tadeus Reichstein, 1952 - Selman Abra ham Waksman, 1953 - Hans Krebs, 1953 - Fritz Albert Lipmann, 1958 - Joshua Lederberg, 1959 - Art hur Ko rnberg, 1964 - Konrad Bloch, 1965 - Francois Jacob, 1965 - Andre Lwoff, 1967 - George Wald, 1968 - Marshall W. Nirenberg, 1969 - Salvador Luria, 1970 - Julius Axelrod, 1970 - Sir Bernard Katz, 1972 - Gerald Maurice Edelman, 1975 - Howard Martin Temin, 1976 - Baruch S. Blumberg, 1977 - Roselyn Sussman Yalow, 1978 - Daniel Nathans, 1980 - Baruj Benacerraf, 1984 - Cesar Milstein, 1985 - Michael Stuart Brown, 1985 - Joseph L. Goldstein, 1986 - Stanley Cohen (& Rita Levi-Montalcini), 1988 - Gertrude Elion, 1989 - Harold Varmus, 1991 - Erwin Neher, 1991 - Bert Sakmann, 1993 - Richard J. Roberts, 1993 - Phillip Sharp, 1994 - Alfred Gilman, 1995 - Edward B. Lewis.
Los judíos no están en las calles con sus muertos,haciendo demostraciones y gritando que quieren venganza.
Los judíos no promueven el lavado de cerebro para sus hijos, en campos militares de entrenamiento.
Los judíos no le enseñan a sus hijos como volarse en pedazos y causar la mayor cantidad de muertes entre la poblacón musulmana.
Los judíos no secuestran aviones ni asesinan atletas olimpicos.
Los judíos no trafican con esclavos ni viven clamando una guerra santa y la muerte de todos los infieles.
Los judíos no tienen la fortaleza económica del petroleo, ni las posibilidadades de forzar a la prensa mundial a que "vea su lado" del problema.
Quizá la población musulmana del mundo debería considerar investir más tiempo en una educación estandard para sus hijos y menos en culpar a los judíos por todos sus problemas.
17.9.06
Espanha na mira do Islão
Por Aaron HanscomLa protección policial y los coches blindados vienen siendo elementos cotidianos en la vida de Gustavo de Arístegui desde la pasada década. Esto se debe a que el escritor y portavoz de Asuntos Exteriores del Partido Popular ha dedicado gran parte de sus 25 años de carrera a denunciar el Islam radical.
Tras la publicación de su último libro: La yihad en España, Yusuf Fernández, el portavoz de la Federación de Entidades Religiosas Islámicas de España, le calificó de "enemigo del Islam". Después, la semana pasada [1], se descubrió que se habían vertido amenazas de muerte contra él en páginas yihadistas encriptadas y radicadas en Arabia Saudí.
El lunes hablé por teléfono con el Sr. Arístegui, acerca de las amenazas que afrontan su país y él mismo.
– ¿Por qué están obsesionados los islamistas radicales con reconquistar España? ¿Por qué debería ser esta obsesión motivo de preocupación para todos los occidentales?
– Tiene mucho que ver con los objetivos y las proyecciones que tienen, y que en gran medida Occidente no ha entendido. Quieren: a) derrocar a los gobiernos que consideran antiislámicos, corruptos y, por encima de todo, apóstatas. Al considerar apóstatas a gobiernos y regímenes tienen derecho, están obligados incluso, a derrocarlos y destruir a sus líderes; b) reconquistar cualquier país o territorio que en cualquier momento de la historia haya estado bajo dominio del Islam; c) restablecer el Califato; d) extender su dominio y poder a todo el mundo.
El simbolismo de España es extremadamente importante para ellos. España estuvo bajo dominio del Islam durante 800 años. No se trata sólo de Andalucía, como dicen algunas personas, sino de casi toda España. Y si vamos a considerar el conjunto de Europa, entonces estaríamos hablando de las cuatro quintas partes de la Península Ibérica, algunas partes del sur de Francia, la mitad de Italia, todos los Balcanes y, claramente, todas las islas del Mediterráneo. Afrontamos una amenaza muy seria.
Para comprender los riesgos que afrontamos tenemos que leer lo que dicen de nosotros nuestros enemigos. Aymán al Zawahiri decía, en su libro Knights Under the Banner of the Prophet (Caballeros bajo el estandarte del Profeta), que Europa se había convertido en un vacío espiritual que sólo el Islam puede llenar, y que Europa es la nueva frontera del Islam, la nueva tierra de conquista y, por encima de todo, el nuevo campo de batalla de la yihad global. Europa es el eslabón más débil de la cadena, porque tiene 27 millones de musulmanes, entre los que hay algunos tienen cierto grado de simpatía hacia las ideas radicales. En consecuencia, creen que cuando Europa se convierta en un continente con una minoría musulmana muy importante será un objetivo muy fácil, y su territorio, algo muy fácil de conquistar.
– Describa lo que usted llama "el síndrome andalusí", o la obsesión por la gloria perdida. ¿Quién es el culpable que perviva el mito de Al Ándalus?
– Mucha gente, y no sólo intelectuales musulmanes. Los intelectuales románticos fueron los responsables de la perpetuación del mito. Basta echar un vistazo a los novelistas e intelectuales del siglo XIX que estaban obsesionados con la época medieval (por ejemplo, Sir Walter Scott y su célebre novela Ivanhoe). Eso tuvo un equivalente exacto entre los académicos e intelectuales musulmanes románticos. Tenían una obsesión con la España medieval y la importancia que tuvo Al Ándalus como punto culminante de su civilización.
Los intelectuales occidentales también tienen una gran responsabilidad en la perpetuación del mito. Algunos libros, como La joya del mundo. Musulmanes, judíos y cristianos y la cultura de la tolerencia [de María Rosa Menocal], que es muy conocido en Estados Unidos y ha sido galardonado y elogiado, son completamente falsos. No es cierto que la España medieval fuera una coexistencia pacífica y perfecta entre las tres religiones monoteístas más importantes. Los musulmanes solamente toleraban a los judíos y los cristianos cuando eran muy poderosos, y no tanto cuando no eran tan poderosos. Tenía mucho que ver con el momento histórico y político.
El mito de Al Ándalus es muy peligroso porque la gente tiende a creer que todos los demás fueron responsables de la pérdida de la gloria de Al Ándalus. Creen que los españoles que no eran musulmanes, o aquellos que habían sido musulmanes en el pasado y se convirtieron a otras religiones, como el cristianismo, son los culpables de la pérdida de la gloria y la relevancia que habían tenido hasta el siglo XV. Es extremadamente peligroso porque la autocrítica no existe en gran parte del mundo musulmán. Ellos creen que todos los demás tienen la culpa de las tragedias que sufrieron, y una de ellas, definitivamente, es la pérdida de Al Ándalus.
La gente tiende a olvidar lo que dicen Osama ben Laden y Aymán al Zawahiri. Existe una gran cantidad de comunicados de Al Qaeda firmados por estos individuos que afirman claramente que la pérdida de Al Ándalus fue una tragedia. Zawahiri decía recientemente que el territorio islámico tenía que ser reconquistado, "desde Al Ándalus hasta Irak". Esto es una amenaza muy seria que no sólo España y Europa, sino todas las democracias serias, avanzadas y modernas, deberían tomar muy en serio.
– Háblenos, por favor, de la compra de tierras y casas y del control de vecindarios y ciudades como modo de ir ganando España. ¿Por qué la reislamización de la mezquita de Córdoba es tan importante para los musulmanes ultraconservadores?
– Ellos lo llaman "la política del pie en el dintel": una vez tengan puesto el pie en el dintel, creen que serán capaces de entrar y reconquistar España. En La yihad en España afirmo que existe una parte de la Universidad Al Azhar (Egipto) obsesionada con reconquistar los territorios una vez sometidos al Islam, y tienen una estrategia muy clara. Esto está cosechando cada vez más popularidad en muchas partes del mundo islámico. Creen que conquistar un vecindario, después un pueblo, después una ciudad, después una provincia y después una región, llevará con el tiempo a reconquistar un país entero.
Hace poco el canal español Telecinco emitió un programa de investigación. Uno de los reporteros interrogó a bastantes musulmanes fuera de cámara. Decían que, puesto que habían sido capaces de conquistar el Albaicín (un vecindario muy importante y prominente de Granada), eran absolutamente capaces de conquistar la ciudad, y después todo Al Ándalus. Como reza la expresión: Andalucía primero, después Al Andalus.
Quiero citar a Joschka Fischer, ministro de Exteriores alemán de 1998 a 2005 y miembro del Partido Verde. Dijo que si por cualquier motivo Israel cayera y fuera derrotado, el próximo en la lista sería, claramente, España.
– ¿De qué manera han permitido el multiculturalismo y la corrección política la penetración en España del Islam radical y la relajación de las defensas del país?
– El multiculturalismo y la corrección política son los sistemas de coexistencia más probados en Europa, y ambos han fracasado miserablemente. El multiculturalismo es en muchos sentidos un retorno a la Edad Media. Significa en la práctica que todo aquel que sea judío, cristiano o musulmán va a estar gobernado por leyes y tribunales judíos, cristianos o musulmanes. Esto es absurdo. Es muy parecido a las comunidades en que se dividió el Imperio Otomano.
La izquierda occidental ha elegido considerar al islamismo radical como el único enemigo capaz de hacer frente a Occidente, Estados Unidos y sus aliados. Realmente, creen que, en muchos sentidos, es su aliado. Si usted observa el modo en que actúan Venezuela, Bolivia y otros países dominados por regímenes populistas, verá que votan constantemente con países como Irán o Siria, que son muy antioccidentales.
La corrección política y la obsesión de la izquierda con el islamismo radical están desactivando la capacidad de autodefensa de las democracias occidentales. Al no denunciar a los radicales y a los movimientos que están claramente vinculados con asociaciones e instituciones radicales, y ni siquiera a organizaciones terroristas, Occidente se aproxima a ser subyugado por ellos.
– ¿Cómo ha respondido la izquierda en España a las recientes amenazas de muerte que se han lanzado contra su persona?
– La izquierda radical ha unido fuerzas con los islamistas radicales en mi contra. Cuando vieron la abrumadora reacción popular en mi defensa (salieron en mi apoyo incluso gentes de la izquierda moderada) pensaron que las cosas se habían salido de madre. Así que decidieron desacreditarme a mí y a esas amenazas, que han sido confirmadas por el Ministerio del Interior. El ministro me llamó para decirme que los servicios de inteligencia de la Policía habían dado con las amenazas, que aparecen en diversas páginas web yihadistas encriptadas y radicadas en Arabia Saudí. El mensaje es claro: es preciso que sea asesinado. El ministro de Defensa, que fue ministro del Interior durante dos años, también me llamó para manifestarme su solidaridad y apoyo.
Deploro el mero hecho de que estos extremistas de la extrema izquierda en España hayan decidido unir fuerzas con aquellos que atacan la democracia, porque, con independencia de lo profundas que sean nuestras diferencias, se supone que estamos en el mismo bando.
– ¿Cree usted que existe la posibilidad de que los islamistas logren un día su sueño y España pase otra vez a estar bajo gobierno islámico?
– No lo creo, pero la lucha se hará más vasta y difícil, porque la sociedad española no está dispuesta, o preparada, para aceptar la amenaza que afrontamos. La gente ha prosperado aquí en muy poco tiempo. España es la octava nación más próspera del mundo. Tenemos unos ingresos per cápita de alrededor de 28.000 dólares al año. La gente quiere pagar sus hipotecas, salir la noche de los viernes, tomarse de 15 a 30 días de vacaciones al año, comprar coches bonitos y, en general, disfrutar de la buena vida. No están escuchando a quienes somos, en algún sentido, apocalípticos. Pero es nuestra labor.
No me voy a comparar con Churchill, sería extremadamente absurdo si lo hiciera. Pero en muchos sentidos creo que algunos de los intelectuales y políticos que están denunciando las amenazas de este siglo a la democracia sufren las mismas críticas que Churchill sufrió antes de que la amenaza nazi fuera evidente para el mundo entero. Aunque hay gente que está bastante al tanto del enorme peligro que representa el islamismo para gran parte del mundo, no creen que sea capaz de poner en peligro su estilo de vida, o sus libertades y derechos, en pleno siglo XXI. Pero, de hecho, esa es la cuestión.
Rosh HaShaná - Ano Novo Judaico
BOM DIA!Rosh HaShaná começa na próxima sexta-feira ao entardecer, dia 22 de Setembro!
Muitos Judeus por todo o mundo estão atarefados em garantir que tenham lugares reservados nas suas sinagogas.
Lembro-me de uma história sobre uma pessoa que tinha que entregar uma mensagem muito importante a um homem na sinagoga em Rosh HaShaná. O porteiro não o deixou entrar porque não tinha reserva. “Por favor, só preciso de um instante para entregar a mensagem!” “Nem pensar!”, disse-lhe o porteiro. “Não tem reserva, não entra !”
“Por favor”, implorou o homem, “Prometo... não vou rezar!”
Qual a Essência de Rosh HaShaná e Como o Observamos?
Rosh HaShaná é o Ano Novo Judaico. Diferente do Ano Novo secular, que é celebrado em muitas partes do mundo ‘civilizado’ com festanças, bailes, bebidas alcoólicas em excesso, assiste-se aos fogos de artifício na praia, etc., o Ano Novo Judaico é celebrado reflectindo-se sobre o passado, corrigindo os nossos erros, planeando para o futuro, orando por saúde, por um ano doce e celebrando, em família, com refeições festivas.
O Rabino Nachum Braverman, do Êsh HaTorá de Los Angeles, escreveu: “ Em Rosh HaShaná fazemos um balanço do nosso ano e oramos repetidamente pedindo vida. Como justificaremos mais um ano de vida? O que fizemos com este ano? Foi um período de crescimento, introspecção e interesse pelos demais? Fizemos bom uso do nosso tempo ou o esbanjamos? Foi realmente um ano de vida ou meramente um ‘passar de tempo’? Agora é a hora de nos avaliarmos e reordenarmos as nossas vidas. Este processo é chamado “Teshuvá”, voltar para casa – reconhecendo os nossos erros entre nós e D’us, bem como entre nós e os nossos semelhantes. E corrigi-los”.
Em Rosh HaShaná rezamos pedindo para sermos inscritos no Livro da Vida, pedimos por saúde, por sustento. É o Dia do Julgamento. Mesmo assim, nós o celebramos com refeições festivas, na companhia de familiares e amigos. Como podemos celebrar quando as nossas vidas estão suspensas numa balança? Definitivamente, confiamos na bondade e na misericórdia do Todo-Poderoso. Sabemos que Ele conhece os nossos corações e as nossas intenções, e com amor e sabedoria decidirá o que é melhor para nós, assim confirmando o Seu decreto para cada um de nós, para este ano que se inicia.
Muitas pessoas perguntam: Não faria mais sentido que o Dia do Perdão (Yom Kipur) viesse antes do Dia do Julgamento (Rosh HaShaná)? A resposta é que, até que reconheçamos o nosso Criador e compreendamos a magnitude e as consequências dos nossos actos, não conseguiremos realmente modificar-nos e procurar perdão pelos erros cometidos. Este é o motivo pelo qual os três temas principais de Rosh HaShaná são: Malchuiot (Reinado), Zichronot (Providência) e Shofarot (Revelação). A oração de Mussaf é também estruturada ao redor destes três temas.
O ‘Livro de Nossa Herança’, de autoria do Rabino Eliahu Kitov (disponível, em inglês, no site http://www.eichlers.com/, sob o título ‘The Book of Our Heritage’), elucida:
No trecho da reza conhecido como Malchuiot (Reinado), nós reconhecemos D’us como o criador de tudo o que existe no universo e declaramos a nossa aceitação das Suas regras eternas. No trecho conhecido como Zichronot (Providência) proclamamos o nosso entendimento de que:
1) O Todo-Poderoso mantém um relacionamento com cada ser humano individualmente;
2) D’us importa-se com o que fazemos das nossas vidas e lembra-se de tudo; e
3) Existem consequências Divinas pelas nossas atitudes. No trecho conhecido como Shofarot (Revelação) nós aceitamos a Torá como se estivesse sendo outorgada novamente hoje, sob trovões e relâmpagos e um poderoso toque de Shofár, da mesma maneira que o foi há mais de 3.300 anos no Monte Sinai. Também aguardamos a redenção final que será anunciada com o ‘Shofár do Mashiach (Messias) ‘.
Nas refeições das duas noites de Rosh HaShaná (sexta e sábado à noite, 22 e 23 de Setembro) existe o costume de mergulharmos a Halá, um pão especialmente trançado, bem como uma maçã em mel, simbolizando as nossas esperanças de um ano doce. Existe um costume de comermos várias Comidas Simbólicas – na sua maioria frutas e vegetais – cada uma delas precedida por um pedido. Por exemplo, antes de comer uma romã, pedimos: “Possa ser a Sua vontade... que os nossos méritos sejam tantos como as sementes de uma romã”. Muitos pedidos estão baseados em jogos de palavras (em hebraico) entre o nome do alimento e o pedido em si. Como estes jogos de palavras se perdem quando a pessoa não entende hebraico, existem aqueles que fazem os seus próprios pedidos.
Outro costume é o Tashlich, um arremesso simbólico das nossas transgressões. Este ano é feito no domingo à tarde, depois da oração de Minchá (a oração da tarde). Entretanto, lembrem-se: estes actos simbólicos servem apenas para ajudar a sintonizarmos com o que precisamos fazer da vida, para despertar as nossas emoções e paixões. Não são um fim em si e com certeza não são o ponto principal de Rosh HaShaná.
Para mais informações sobre crescimento espiritual em Rosh HaShaná , clique em www.aish.com/holidays/the_high_holidays/default.asp . Assista também ao mini-filme (em inglês) sobre como ter boas atitudes em Rosh HaShaná: www.aish.com/a/highh.asp.
Por que Aumentamos a nossa Caridade (Tsedaká) antes de Rosh HaShaná?
“Teshuvá, Tefilá e Tsedaká – arrependimento, orações e caridade – anulam um mau decreto”. Esta é a oração que repetimos inúmeras vezes durante a reza de Rosh HaShaná.
Cada um de nós só quer o melhor para si e para a sua família. Já que D'us está a julgar-nos no Rosh HaShaná , o Dia do Julgamento, faz sentido ‘aumentarmos as nossas vantagens’ ao máximo que pudermos. É lógico: devemos corrigir os nossos caminhos e estabelecer uma trajectória para um aprimoramento pessoal e espiritual, e é lógico também que devemos rezar para conectarmos as nossas almas ao Todo-Poderoso e fazer os nossos pedidos de saúde, alegria e sucesso.
Mas por que dar dinheiro? A palavra Hebraica Tsedaká é geralmente traduzida como caridade. Na verdade, significa ‘justiça’. Ao praticarmos a justiça – apoiando aquelas causas que preenchem a vontade do Criador – estaremos a ganhar, para nós e para as nossas famílias, méritos muito necessários e desejados. Não estamos, de forma alguma, ‘comprando a nossa defesa’ ou (como se fosse possível!) ‘comprando’ D'us; estamos, isto sim, demonstrando que entendemos o nosso propósito e o propósito Dele: trazer ao mundo justiça, fortalecendo o Povo Judeu e a Torá.
15.9.06
Pensamento da Semana
Cuide dos seus pensamentos, pois tornam-se as suas palavrasCuide das suas palavras, porque tornam-se as suas atitudes
Cuide das suas atitudes, pois tornam-se os seus hábitos
Cuide dos seus hábitos, porque tornam-se o seu carácter
Cuide do seu carácter, pois determina os seus pensamentos
...que serão a sua eternidade.
Porção da Torá: Nitzavim - Vayelech
Livro Devarim/ DeuteronomioNetzavím [29:09-30:20] e Vaiélech [31:01-31:30]
No dia da sua morte, Moshe reuniu todo o Povo Judeu e ratificou o Pacto Divino, confirmando o Povo de Israel como o Povo Escolhido por D'us, por todas as gerações futuras, com os seus direitos e responsabilidades. Moshe deixou claras as consequências da rejeição a D’us e a Sua Torá, bem como a possibilidade do arrependimento. Reiterou que a Torá está à disposição de todas as pessoas interessadas.
Netzavím conclui talvez a mais poderosa e clara declaração em toda a Torá sobre o objectivo da vida e a existência do livre-arbítrio: “Coloquei, hoje, diante de vocês, a vida e o bem, a morte e o mal... a bênção e a maldição. Portanto, escolham a vida para que possam viver, vocês e os seus descendentes”.
Vaiélech começa com Moshe, no último dia da sua vida, passando o ‘bastão’ da liderança para Yehoshua (Josué). Dá-lhe, então, uma ordem/bênção que se aplica a todo líder Judeu: “Seja forte e valente. Não tenha medo ou se sinta inseguro na frente deles (o Povo). D’us, o Todo-Poderoso, é Aquele que o acompanhará e Ele não falhará nem o abandonará”.
Moshe transcreve toda a Torá e a entrega aos Cohanim e aos Anciãos. Ordena, então, que no futuro, no fim do ano sabático (Shemitá), o Rei deverá reunir todo o Povo de Israel, durante a festa de Sucót, e ler-lhes a Torá para que “...ouçam, aprendam e temam o Eterno, o seu D’us, e sejam cuidadosos ao cumprirem todas as palavras da Torá”.
O Todo-Poderoso descreve, num curto parágrafo, o percurso da História Judaica (isto começa em Devarim 31:16, para os curiosos). Por fim, antes de Moshe ir ‘deitar-se com os seus antepassados’, ensina ao Povo a canção de Haazinu (a porção da próxima semana) para recordar-lhes sobre as consequências de abandonar ou voltarem-se contra o Todo-Poderoso.
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Da autoria do Rabino Shlomo Wahnon
Resumo da Porção Nitzavim
A parashá desta semana começa com o anúncio de Moshé sobre as cerimónias a realizarem-se na Terra de Israel, referem-se as primícias (bikurim), os primeiros frutos das sete espécies (minim). Os mesmos deviam ser apresentados perante o sacerdote (cohen). Também recorda as leis do dízimo da colheita (maaser) de cada terceiro ano do ciclo da shemitá, como colocar de lado maaser para os levitas, os órfãos e as viúvas.
Moshé recorda ao Povo de Israel que o cumprimento dos mandamentos do Eterno, sem desviar-se dos Seus caminhos e os Seus mandatos, recompensá-los-ia com a elevação do Povo sobre os demais.
Moshé e os anciãos instruíram o povo no sentido de que quando cruzassem o rio Jordão, deviam colocar grandes pedras no monte Eival, sobre as que as escreveriam todas as palavras da Lei. Também e em segunda instância, deviam construir um altar de pedras e sobre ele sacrificar oferendas. Em terceiro lugar, as doze tribos deviam rectificar a aceitação das Leis do Todo poderoso, situando-se as seis tribos sobre o monte Guezerim representando as bênçãos e as outras seis deviam ascender ao monte Eival representando as maldições. Os Levitas situar-se-iam entre os dois montes e procederiam a advertir quem cometesse pecados como os da idolatria, faltar ao respeito aos pais, deslocando os limites de separação do seu vizinho, colocar obstáculos ao cego, não actuar com justiça para com o estrangeiro, o órfão ou à viúva, manter certas relações proibidas, ferir traiçoeiramente o próximo, receber suborno, não cumprir os mandamentos da Torá. Perante cada advertência, o Povo deveria responder “Amén”. Depois procederiam a bendizer, por seguir os caminhos do Eterno.
Moshé enfatizou o que sucederia se o Povo observasse os caminhos do Eterno, obteriam prosperidade nas suas cidades, nos seus campos, nos seus gados, submetendo-se aos inimigos e estando acima dos demais nações. Pelo contrário, o seu comportamento contrário, trairia como consequências doenças, fome e morte, o territorio de Israel seria destruído e dominado por nações violentas e os judeus disseminados e convertidos em escravos.
Por último, Moshé começou a sua última exposição perante o Povo, exortando-o a recordar o Todo poderoso que os protegeu no Egipto, durante os quarenta anos no deserto e continuaria a proteger no futuro.
Comentário Parasha Nitzavim
“E será, quando chegues...” (Devarim 26:1)
“E será, quando chegues à terra ... tomarás das primícias de todo o fruto...e dirás: declaro hoje que cheguei à terra que o Eterno prometeu aos meus antepassados...”.
Assim determina a Torá o preceito da oferta das primícias... Arameu perdido era meu pai e descendeu ao Egipto e viveu ali com poucos varões e cresceu...
O motivo da oferta das primícias é o reconhecimento da bênção divina, que, de um povo de poucos membros perseguidos e escravos, Hashem nos fez um povo de gente livre.
O reconhecimento e agradecimento são os princípios básicos da nossa Torá e assim determina a Halachá que o respeito aos pais é comparado com o respeito aos mestres e o respeito aos mestres com o respeito ao Eterno, pois todo o indivíduo que não sabe reconhecer o bem que os seus pais fizeram para com ele, tão pouco saberá reconhecer o bem que os seus mestres fizeram e não chegará a reconhecer o bem que o Todo poderoso fez com todos nós através das gerações.
Após a obrigação de separar as primícias, a Torá recorda-nos a obrigação do segundo dízimo devendo dizer-se:”E dei ao levita, ao estranho, ao órfão e à viúva como em todos os preceitos que me encomendaste, não transgredi as tuas obrigações e não me esqueci”. Que recordatório tão importante o da Torá, que nos obriga a não esquecermos, como princípio básico sobre todos os preceitos, a quem talvez não tenham meios, como o caso do estranho, o órfão e a viúva, todos a par do levita, pelo que a relação não é a que se estabelece entre pedinte e necessitado, senão a de obrigado-beneficiário e na qual eles, tanto o órfão, o estranho e a viúva junto com o levita, são os que nos permitem cumprir com essa obrigação.
O Talmud comenta-nos que um gentio perguntou a Rabi Akiva: Se o Todo poderoso ama os seus filhos, como é que pode ser que existam necessitados no mundo que Ele criou? Respondeu Rabi Akiva: Os ricos necessitam mais dos pobres que estes dos ricos! Os pobres necessitam dos ricos apenas ajuda económica mas os ricos, senão existissem os necessitados como é que poderiam fazer bondade? A bondade é uma necessidade obrigatória para todo o ser, tal como para o necessitado. Olam Chessed Yibané! O mundo constrói a bondade! A bondade é considerada mais importante que a caridade, pois esta apenas se pode cumprir com os pobres, enquanto que a bondade-ajuda pode fazer-se com todos. A caridade pode realizar-se apenas materialmente, enquanto que a bondade pode realizar-se até com palavras.
A Torá preocupou-se de não marginalizar o necessitado, denominado a caridade como justiça, quando equiparou o necessitado ao órfão, estranho ou à viúva com o Levita, que recebe o dízimo como salário e não como caridade, pois assim disse a Torá: “E a tribo de Levi não herdará a terra, pois Eu sou a sua herança, pelo que foram eleitos para o Meu serviço.
Olam Chessed Yibané! O mundo constrói a bondade! Os nossos Sábios não vieram avanços tecnológicos nem grandes inventos nem descobrimentos, a razão da existência; não esqueçamos que a geração após geração aumentam os nomes de célebres talentos que encontraram maneira de facilitar-nos a vida. Nobel sonhou em acabar com o sofrimento dos mineiros e Einstein encontrar a fonte de energia, a galinha dos ovos de ouro tinha de terminar com na miséria da idade média, o homem já pôs o pé na Lua e talvez consiga obter uma cápsula fora da nossa galáxia. Por acaso somos mais felizes que os nossos avós?
A felicidade pelos vistos não se encontra nem na tecnologia nem mas comodidades, como tampouco do outrolado do cosmos, senão como disse a Torá: “Não é nos céus nem do outro lado do mar senão dentro de ti e no teu coração que deves fazê-los.”
Num mundo de bondade onde reine a preocupação pelo próximo, onde não se esqueça o levita nem o estranho, nem o órfão, nem a viúva, podendo cantar: “E comeremos com alegria dos Teus Pessachim”.
Resumo Parasha Vayelech
Moshé cumpria 120 anos de idade e falou ao Povo de Israel anunciando-lhe que estava a finalizar a sua liderança e que o Todopoderoso tinha elegido como sucessor Yeoshua, que os dirigia e conduziria à Terra Prometida. Perante todo o Povo, Moshé incentivou Yeoshua a “ser forte e valente” e que confiasse plenamente no Eterno.
Posteriormente entregou a Lei escrita aos cohanim e aos anciãos. Em Sucot do ano posterior ao da Shemitá, deverá ler-se publicamente e assim cada um estará obrigado a obedecer a Hashem.
O livro da Lei deveria ser colocado pelos levitas ao lado do Arón Hadkodesh, para testemunhar contra o Povo de Israel, se este se desviar dos Seus ensinamentos.
Por último, o Todo poderoso ordenou a Moshé que procedesse a reunir o Povo e lhes ensinasse o cântico e que seria por recordação das consequências de afastar-se do Eterno.
Comentário Parasha Vayelech
“Esforcem-se e sejam felizes...” (Devarim 31:6)
“Chisku Vehimzu”. Esforcem-se e sejam felizes, não temam e não caiam espiritualmente. Assim se despede do povo, o grande Mestre Moshé antes da entrada da Terra de Israel. O temor e o desespero perante o perigo ou qualquer outra situação da vida, são expressões de desconfiança. Rabi Nachman de Breslev disse: “Todo o mundo é como uma ponte estreita e o importante é nunca temer”. A vida é uma sequência de decisões assim como uma ponte, não temos mais remédio que cruzá-la e a insegurança da sua longevidade assusta. A isto Rabi Nachman responde que uma vez, que temos de passar por ela, apenas nos resta a confiança.
O medo é a sensação pelo desconhecido, a insegurança e a desconfiança, a resposta, o conhecimento e a confiança.
“E escreverás agora este cântico e ensiná-lo-ás aos filhos de Israel”.
Com estas palavras O Eterno obriga Moshé a nomear Yeoshua como sucessor e adverte-o do que acontecerá ao Povo de Israel no futuro: “...E se levantará este povo e errará após outros deuses da terra onde habitarão e me abandonarão e se apartarão do pacto que fiz com ele”.
A diáspora trouxe consigo a riqueza da diversidade de costumes do nosso povo, dentro de uma união incomparável com nenhum outro povo, senão consigo mesmo, onde doze tribos formaram parte de um só povo. O erro não está na diferença senão no abandono, já que durante gerações as comunidades estavam definidas mas unidas, tanto yemanitas, ashkenazitas, sefarditas, orientais ou polacos, todos tinham uma mesma direcção e meta. O que os diferenciava era apenas o país onde habitavam, o idioma, as comidas, as roupas e costumes mas unia-os o primordial, aquilo que os definia como tribos: A Torá e os preceitos!
As palavras da Torá não foram escritas em vão: “E se levantará este povo...”, pois a história nos demonstrou que a diáspora não trouxe apenas a riqueza da diversidade como também o abandono por causa da assimilação. Terríveis estatísticas transmitem-nos incríveis percentagens de assimilação e nem todas as tentativas para evitá-la demonstraram ser efectivos, pois muitos “...ismos” se levantaram no nosso Povo mas com outros deuses da terra onde habitam. Não está na lógica a solução, senão nas palavras da Torá.
“E escreverás agora este cântico e o ensinarás aos filhos de Israel...e será quando acontecer”. “... e este cântico será como testemunho pois não será esquecido pelas gerações”. A profecia da Torá poderia não cumprir-se, através de três mil anos de história, desterros, perseguições, genocídios... mas não puderam com ela, pois ela é testemunho da Sua verdade.
Shabat Shalom