Um sorriso
Boa semana! UM pouco por todo o mundo existem parquímetros que controlam o tempo dos carros estacionados nas ruas. Certa vez voltei de uma reunião e encontrei a fiscal escrevendo uma multa para o meu carro. Quando olhou para mim, eu sorri e disse: “Este é o meu carro. Quando a senhora acabar de escrever a multa, pode me entregar”. Ela olhou completamente estarrecida e perguntou incrédula: “O senhor não vai gritar comigo por multá-lo?” “Não”, respondi. “Pensei que havia colocado moedas suficientes no parquímetro e enganei-me. Passei do prazo permitido para estacionar e mereço a multa”. Ela ficou parada, em descrédito – e então rasgou a multa, dizendo: “O dia inteiro as pessoas berram e gritam comigo para não passar a multa. Não posso multar alguém que me trata como um ser humano”.
A vida é como um espelho. As pessoas que encontramos refletem a maneira como nos apresentamos a elas. Se parecemos felizes, elas responderão com alegria. Se parecemos chateados, serão cautelosas ou demonstrarão preocupação. Ao desejarmos uma vida alegre, tentemos apresentar-nos felizes às outras pessoas. Assim será mais fácil para elas e mais agradável para nós. (Lembre-se, todos proporcionam alegria; alguns quando chegam e outros quando saem). A Torá ensina-nos: “Ame o próximo como a si mesmo (Levíticus 19:18)”. Este versículo é frequentemente traduzido como “Ame o seu vizinho como a si mesmo”. Entretanto, o Rabino Mordehai, ex-director de uma Yeshivá, ensinou que embora as palavras ‘vizinho’ e ‘próximo’ muitas vezes sejam utilizadas como sinónimos no nosso dia-a-dia, a palavra ‘vizinho’ é usada com a conotação de moradia ou alguém localizado nas proximidades, enquanto a obrigação deste mandamento da Torá inclui mesmo aquele que nos seja completamente estranho e que viva longe.
A regra geral para este mandamento é que tudo o que desejaríamos que os outros nos fizessem, devemos fazer nós aos outros (Rambam [Maimônides] no seu livro Mishnê Torá, Leis de Luto, 14:1). O grande Sábio Hilel certa vez ensinou: “Aquilo que você odeia, não faça aos outros. Esta é a base da Torá (Talmud Shabat 31a). O Baal Shem Tov costumava dizer: “Ame o próximo como a si mesmo – embora você tenha muitos defeitos, mesmo assim você gosta de si mesmo. Assim devíamo-nos sentir em relação aos nossos amigos: apesar das suas falhas, ame-os”.
Certa vez vi um quadro afixado na parede do apartamento de uma senhora de 90 anos. Pensei em compartilhá-lo com vocês, queridos leitores:
UM SORRISO
Um sorriso não custa nada ... mas proporciona muito. Ele enriquece os que o recebem sem deixar mais pobres os que o oferecem. Por outro lado, a lembrança de um sorriso muitas vezes dura para sempre.
Um sorriso cria alegria no lar, promove a boa vontade nos negócios ... e é a confirmação e ratificação de uma amizade. Proporciona alívio aos que estão cansados ou esgotados, ânimo aos desencorajados, raios de sol a quem está triste. É o maior antídoto natural para os problemas da vida.
Um sorriso não pode ser comprado, implorado, emprestado ou roubado. É algo sem valor até que seja entregue pelo seu dono. Muitas pessoas estão muito cansadas para nos dar um sorriso. Sejamos, então, os primeiros a sorrir.
Não há quem precise mais de um sorriso do que aqueles que não têm um sorriso para dar.
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