É com uma profunda revolta, que observo e leio mais um triste acontecimento. Estou triste e preocupado com a intrigante passividade dos europeus face á proliferação islâmica, dando-lhes espaço em todas as áreas sociais, locais e nacionais. Concordo com um conhecido meu, que escreveu no seu blog o seguinte:
“O Mundo todo está refém do terrorismo. A Europa, os Estados Unidos, a Índia, todas as democracias do planeta têm um medo de morte do terrorismo islâmico. Daí o silêncio e o "voltar ao normal" a que assistiremos já daqui a uns dias. Engolir as bombas e seguir em frente. Nada mais. A fera, cada vez se fortalece mais, porque ninguém tem coragem de lhe fazer frente. E quem ousar dizer alguma coisa, terá uma fatwa apelando à sua morte e centenas de candidatos para a fazer cumprir. Se os Estados Unidos lançam uma guerra no Afeganistão ou no Iraque, se bombardeiam lugares suspeitos na Somália, no Sudão ou na Líbia; se Israel dá caça aos terroristas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, ou se destrói uma central nuclear em construção na Síria, os europeus (ditos) defensores da liberdade e dos povos oprimidos, arrancam os cabelos e fazem manifestações contra os EUA e Israel. Boicotes e marchas. As respostas americanas e israelitas foram brutais e injustificadas, ou na melhor das hipóteses "desproporcionais". O terrorismo, essa "arma dos pobres" tornada aos poucos legítima e compreensível, é simplesmente a resposta desses "pobres sem outra alternativa" face ao domínio brutal do capitalismo e outros fantasmagóricos ismos usados pelos defensores dos pobrezinhos… O Irão continua a desenvolver o seu programa nuclear, o Hezbollah continua a aumentar o seu arsenal militar, o Hamas encheu a fronteira que separa Gaza do Egipto com centenas de túneis por onde passa armamento cada vez mais sofisticado, mísseis caem diariamente no Sul de Israel, junto à Faixa de Gaza. Ninguém faz nada. Ninguém permite que alguma coisa seja feita. A menos do que inapta Agência Internacional de Energia Atómica ignora a ameaça iraniana. A velha e caduca ONU – não sem o apoio de muitas democracias europeias, que se alinham com os exemplares regimes árabes e africanos – aprova resolução atrás de resolução contra Israel. Só esta semana foram 20, para celebrar como deve de ser o "Dia de Solidariedade com a Palestina", exemplarmente celebrado pela ONU. Contra o Líbano, por deixar à solta o Hezbollah; contra o Egipto, por não controlar o tráfico de armas para Gaza; contra a Síria, por manter o apoio ao Hezbollah e desestabilizar o Líbano; contra o Irão, governado por um lunático de tendências genocidas e atómicas; contra a Autoridade Palestiniana, por nunca ter cumprido um único ponto dos acordos de paz assinados com Israel… nada, nem sequer uma palavra contra. A máxima, normalmente atribuída ao filósofo Edmund Burke: "A única coisa necessária para o triunfo do mal é que os homens de bem não façam nada", não poderia ser mais adequada ao tempo em que vivemos.”
Eu resido numa capital europeia com vários milhões de habitantes e assisto ao aumento do número de islâmicos de vários pontos do globo, a radicarem-se no País e parte deles a se naturalizarem e tornarem-se cidadãos. Por inúmeras vezes ouvi casualmente conversas entre muçulmanos denegrindo Israel e os Judeus, culpabilizando-os, ora pela crise monetária mundial, ora pela situação em Gaza. Ostras vezes, contra os americanos, ingleses e os franceses, etc... o OCIDENTE. A Europa anda anestesiada pelo petróleo, príncipes das arábias e burkas. Que passividade!!!!. Ainda não verificaram, que há um plano generalizado islâmico para recuperarem o império outrora perdido? Em Portugal costumam dizer, que a comunidade islâmica é pacífica e participativa, que ingenuidade... quando a imprensa internacional fala, de que a rede informática de apoio a terroristas islâmicos é global. Quando em solo europeu se tenta negar o HOLOCAUSTO (o líder iraniano); camuflar o genocídio étnico no Darfur ( muçulmanos sudaneses); justificar o diário bombardeamento do sul de Israel (muçulmanos palestinos), etc, etc, etc., que faz a imprensa Europeia? Condena Israel e danifica a sua imagem. Quando tentam insinuar, de que o território de Israel é palestino, sabendo perfeitamente, que desde o início era das tribos Hebraicas...e mais, tentam justificar o estado Hebraico, como uma dádiva política do ocidente aos judeus. Que tristeza, que indignação a minha. Ainda não se aperceberam, que o chamado velho testamento é na verdade, o Judaísmo e a história dos judeus? Será tanta inocência ou tanta maldade. Quando a imprensa Inglesa comentou, de que possivelmente, sete dos trinta terroristas de MUMBAI são de origem paquistanesa e naturalizados British. Que pensar?
Leiam a declaração feita pelo único terrorista vivo e capturado, nos acontecimentos de MUMBAI. Foi-nos dito para matarmos Israelitas O único terrorista capturado e vivo pelas autoridades Indianas na sequência dos ataques de Mumbai disse em interrogatório, que eles e os seus colegas foram enviados especificamente para matarem Israelitas em vingança ás “atrocidades” cometidas por Israel aos Palestinos, afirma o “Times of India”, um jornal nacional. Amir Kasab, de 21 anos de idade, disse aos investigadores, que por isso é que investiram na Centro Chabad, conhecida pelo nome Casa de Nariman, em Mumbai. É um centro local frequentado por Judeus tanto locais como nacionais, incluindo Israelitas. Segundo as mesmas fontes, os colegas mortos durante a operação de resgate, viveram há algum tempo antes, na Casa Nariman. Pagavam uma renda mensal e identificaram-se como estudantes da Malásia. Durante o interrogatório, o terrorista Amir Kasab revelou ás autoridades nomes e endereços de pelo menos cinco pessoas daquela cidade, que providenciaram assistência aos terroristas, a fim de perpetrarem aqueles macabros ataques terroristas.
Tudo isto me entristece. Israel é a única democracia vigente no Médio Oriente e dos Judeus saem benefícios para toda a humanidade, tecnologia, ciência, física, medicina, artes, música, etc., etc., etc. É desolador ver mais nove judeus morrerem inocentemente ás mãos destes medievais bárbaros muçulmanos. Ódio, ódio e só ódio. É altura da Europa diferenciar o trigo do joio. Lembrem-se dos atentados em Londres e Madrid, dos seus patrocinadores e executores. A capa continua a ser a mesma – Jihad contra o mundo livre, contra o OCIDENTE. Nos Estados Unidos afectou os americanos; em Londres, os ingleses; em Madrid os espanhóis e agora os indianos. O ponto comum chama-se OCIDENTE. Hoje ainda utilizam armas automáticas, mas no futuro poderá ser com armamento nuclear, se o OCIDENTE o permitir. Há um velho ditado português, que diz “mais vale prevenir, que remediar”. Então, condene-se estes horrendos massacres e não se permita ao Irão e á Síria a posse de armamento nuclear, porque ambos são dos principais responsáveis pelo financiamento, treino e logística desses assassinos. É tempo dos europeus agirem.
A Parashá desta semana, Toldot, continua a contar-nos um pouco mais sobre Itzchak, uma pessoa recta em todos os seus actos e com uma impressionante visão do seu propósito no mundo. Onde podemos ver a sua grandeza? No episódio da Akeidá, no qual D'us testou Avraham pedindo para que sacrificasse o seu filho. Aparentemente Itzchak não sabia que seria sacrificado e somente por isso aceitou ir com o seu pai. Mas a Torá diz algo diferente, pois está escrito "E Avraham pegou na lenha para a oferenda e colocou sobre as costas de Itzchak, o seu filho. Ele pegou nas suas mãos o fogo e a faca, e os dois subiram juntos... E então Itzchak falou para Avraham, o seu pai... 'Aqui está o fogo e a madeira, mas onde está a ovelha para o sacrifício?'. E Avraham respondeu: 'D'us escolherá a ovelha para o sacrifício, meu filho'. E os dois subiram juntos" (Bereshit 22:6-8). Por que a Torá precisou repetir "E os dois subiram juntos"? Para nos ensinar que mesmo após Itzchak entender que ele seria o sacrifício, continuou a subir com Avraham, e com o mesmo entusiasmo de antes. Apesar do sacrifício não ter efectivamente ocorrido, D'us considerou como se Itzchak realmente tivesse dado a vida por Ele.
Mas a Parashá ensina algo difícil de ser entendido. Itzchak, este grande Tzadik (Justo) que estava disposto a dar a sua vida por D'us, ficou cego, como está escrito "E foi, quando Itzchak envelheceu, os seus olhos se escureceram..." (Bereshit 27:1). Isso ocorreu quando Itzchak tinha 123 anos, e como ele viveu até os 180 anos, vemos que ele passou mais de 50 anos imerso em total escuridão. Porque D'us causou tanto sofrimento a Itzchak? E mais do que isso, se D'us é bondoso, porque pessoas boas sofrem?
Temos uma visão completamente equivocada dos sofrimentos. Quando sofremos, sentimos que D'us nos abandonou e nos deixou de lado. Mas é justamente o contrário, os sofrimentos são um grande presente de D'us, que recebemos somente pelos méritos de Itzchak. Segundo o Midrash (parte da Torá Oral), as pessoas não recebiam sofrimentos, e foi justamente Itzchak quem pediu para que D'us nos mandasse sofrimentos. D'us concordou e começou por Itzchak mesmo, deixando-o cego. Mas porque Itzchak queria sofrimentos no mundo?
Explica o Chafetz Chaim que existe uma grande diferença entre os castigos aplicado pelos seres humanos e os castigos aplicado por D'us. Os castigos aplicados pelos seres humanos são apenas um meio de colocar medo á pessoa. Aquele que castiga espera que o transgressor aprenda a lição e não volte a errar novamente no futuro. Já os castigos Divinos, além de ajudarem as pessoas a não voltar a transgredir, também limpam, através dos sofrimentos, os erros cometidos.
Não existe Tzadik no mundo que faz o bem e não peca. Cada transgressão que fazemos cria um anjo, que se torna um acusador no Tribunal Celestial. E quanto maior o nível da pessoa, mais ele é cobrado por qualquer erro cometido. É como uma pessoa dentro de uma empresa, quanto maior o cargo, maior a responsabilidade e maiores as consequências no caso de um erro cometido. Quando o da limpeza erra, a sala pode ficar um pouco mais suja, mas se o presidente erra, ele pode fechar toda a empresa. Itzchak, com o seu grande nível espiritual, entendeu que sem sofrimentos nenhum ser humano conseguiria passar pela Justiça Celestial quando saísse deste mundo. Por isso pediu para que D'us desconta-se parte dos nossos erros através de sofrimentos ainda neste mundo.
Sentir dor é bom? A maioria das pessoas diria que não. Mas existe uma doença chamada CIPA (insensibilidade congénita à dor) que causa com que a pessoa não sinta nenhuma dor. Mas bem longe de viver uma vida paradisíaca, em geral estas pessoas morrem muito jovens, quase sempre por motivos banais como queimaduras ou pequenos ferimentos. Qualquer criança normal que coloca a mão no fogo, ao primeiro sinal de dor, retira rapidamente o braço, num acto reflexo de proteção. Mas estas crianças com a doença, por não sentirem nenhuma dor, não entendem o perigo que estão a correr e acabam por morrer. A dor é, portanto, algo amargo mas que salva a nossa vida. E da mesma forma que isso ocorre no mundo material, assim também ocorre no mundo espiritual, isto é, os sofrimentos são amargos e difíceis, mas salvam a nossa vida eterna. Funciona tanto como um alarme de que algo vai mal bem como uma maneira de limpar os nossos erros e permitir que possamos sair limpos deste mundo.
Esta lição ajuda-nos muito na nossa vida, pois não existe ninguém que não passa por sofrimentos e dificuldades. Saber que os sofrimentos têm um propósito ajuda a aceitá-los. Não temos que pedir mais sofrimentos a D'us, pois mal e mal suportamos os que já temos, mas temos a obrigação de receber os sofrimentos que nos manda com alegria, pois apesar de serem amargos e difíceis, os sofrimentos, que são limitados, ajudarão a ter uma eternidade de prazeres ilimitados.
Toldot inicia-se com Yitschac (Isaac) e Rivca (Rebeca) rezando a D'us por um filho. Finalmente Rivka concebe, e após uma gravidez difícil dá à luz gémeos - Essav (Esaú) e Yaacov (Jacó). As suas diferenças de personalidade logo se tornam aparentes, quando Essav volta às caçadas, enquanto Yaacov é puro e ingénuo, passando o tempo no estudo de Torá. Voltando de uma expedição de caça, exausto e faminto, Essav encontra Yaacov preparando uma panela de sopa de lentilhas. Yaacov concorda em dar ao irmão mais velho uma porção do pote de sopa, em troca do seu direito à primogenitura, e o acordo é completado. Em face a uma terrível escassez, D'us diz a Yitschac para permanecer na Terra de Israel, ao invés de descer ao Egipto como o seu pai Avraham o fizera anos antes. Então Yitschac e a sua família estabelecem-se em G'rar, (a terra dos filisteus, que fica dentro das fronteiras de Israel). D'us reafirma a Yitschac que os seus descendentes irão tornar-se uma grande nação, tão numerosa quanto as estrelas do céu. Após conseguir incrível sucesso financeiro, Yitschac entra em contínuo desentendimento com o rei Avimelech sobre os poços que Yitschac cavara novamente. Entretanto, finalmente chegam a um acordo, e o tratado que foi assinado entre Avimelech e Avraham é reconfirmado. Muitos anos mais tarde, Yitschac decide abençoar Essav como primogénito. A uma ordem de Rivka, Yaacov disfarça-se como se fosse o seu irmão mais velho e recebe a bênção do primogénito (que por direito lhe pertence). A porção termina com Yaacov a fugir da ira de Essav por "roubar" a sua bênção e escapa para Charan para ficar com o irmão da sua mãe, Lavan, onde encontrará uma esposa.
Mensagem da Parasha
Talvez não haja figura mais enigmática em toda a Torá que o nosso antepassado Yitschac. Além da Porção desta semana, quase nada aprendemos sobre o homem, o seu tempo, e o que fez durante a sua vida. Em vez disso, somos levados a crer que após o clímax do seu feito de esticar o pescoço para receber o golpe da lâmina do pai, esta pessoa elevada tem uma vida pacífica, cavando poços. Igualmente frustrante é o papel aparentemente passivo e sem destaque que ele desempenhou nos episódios em que aparece. É levado pelo seu pai para ser sacrificado a D'us; o servente de Avraham (Abraão), Eliezer, é enviado para encontrar-lhe uma esposa; a sua mulher pressiona-o para que envie Yaacov, afim de encontrar uma esposa; o seu filho Yaacov manipula-o para receber as suas bênçãos. Porque Yitschac parece ser movido como uma marionete, simples argila nas mãos daqueles que o rodeiam? Que lições podemos tirar do comportamento aparentemente fora do comum do segundo grande Patriarca do nosso povo? Os nossos Sábios ensinam que os Patriarcas eram muito mais que progenitores biológicos da nação judaica. Cada um agia como "guardião dos portões", que destrancavam os portais celestiais, permitindo-nos estabelecer um relacionamento com D'us em maneiras singularmente únicas. Pela sua incorporação dos mesmos atributos com os quais D'us age connosco, ao espelhar a Sua maneira, eles foram capazes de elevar a sua constituição genética, legando aos descendentes as qualidades Divinas que foram suas conquistas durante a vida. Avraham personifica a qualidade de Chessed, bondade, de D'us. Cada acção, cada pensamento, cada palavra que falou estava repleta de amor e preocupação pela humanidade. Yitschac é a personificação do Divino atributo de gvurá, força. Em Pirkei Avot, Ética dos Pais, os nossos rabinos ensinam: "Quem é forte? Aquele que domina as suas paixões." A força não é medida por aquilo que faz, mas por aquilo que não faz. Auto-controle, disciplina, organização são as ferramentas do forte, daquele que não pode ser levado por emoções fugazes e pelos caprichos do instinto. A lógica ditaria que esta qualidade deveria estar presente em todos os relacionamentos de Yitschac. Certamente ninguém questionaria que foi necessária uma força imensurável para calmamente se oferecer no altar, mas e quanto ao resto da sua vida? Onde mais vemos esta atitude a destacar-se? A Criação é uma manifestação da bondade de D'us. Ele não tem necessidade pessoal de trazer-nos à vida. D'us é a essência da perfeição, a própria antítese do conceito de "necessidade". As suas intenções eram apenas que desejava nos conceder o maior de todos os prémios, o dom da eternidade que vem apenas de nos conectarmos a Ele através dos Seus mandamentos. Entretanto, há um ligeiro problema, por assim dizer, com o Seu amor transbordante. O desejo de dar é tão forte que se não fosse controlado, D'us derramaria a Sua Divina luz em quantidades tais que mesmo o propósito da Criação seria abolido. Ao invés de dar aos seres humanos a oportunidade de atingir a perfeição, de batalhar e de aprender a lutar por si mesmo, Ele teria nos concedido a recompensa sem que precisássemos levantar um dedo. Embora pareça tentador ter uma vida de tranquilidade, sem desafios ou obstáculos para superar, bem sabemos que isto não seria verdadeiramente satisfatório. Sentiríamo-nos roubados da nossa dignidade, se nos fosse negada a chance de conseguir algo por nós mesmos. Por isso, foi necessário D'us restringir, ou seja, refrear o Seu amor abundante, dando-nos a chance de se "conseguir através do esforço". Isto de modo algum diminui o amor, pelo contrário, aumenta-o, tornando-o mais real. Isto é similar ao modo como os pais se sentem quando observam os filhos na luta contra a adversidade. Como desejamos aparar os golpes, protegê-los da humilhação e da dor da derrota. Mesmo assim, sabemos que fazê-lo destruiria o seu próprio ego, os seus sentimentos de competência e a segurança interior. Esta é a aplicação dos atributos da bondade e força de D'us. A sua bondade deseja derramar sobre nós o maior bem imaginável. O atributo da força, restrição, impede que a Sua bondade nos sufoque. Poderíamos dizer que é a qualidade de força que possibilita que o atributo da bondade se torne significativo e eficaz, dando-nos o espaço necessário para criar a nossa própria eternidade. Yitschac personifica a força. É a sua missão facilitar a bondade de Avraham. Como fazer isso? Ele "sai" do contexto; retrai-se e permite que a memória e o legado do seu pai sejam perpetuados. Poderia ter criado os seus próprios seguidores, ter uma "plataforma de partido" de acordo com a sua vontade, mesmo assim escolheu a negação da sua identidade para que o mundo recebesse uma dose adicional da bondade de Avraham. Os nossos Sábios dizem que Yitschac era uma cópia exacta do pai. Não é uma coincidência. Era seu trabalho ser o seu pai. Qual a diferença entre um poço e uma fonte? Um poço retira a água de uma reserva específica e contém uma quantidade finita de água. Por outro lado, uma fonte é viva, tem vitalidade própria. Yitschac cavava poços, mas não simplesmente poços, abria os poços que o seu pai havia cavado e lhes atribuia os mesmos nomes que o seu pai tinha dado. Não está vivo por seu próprio direito, está conectado à fonte do seu pai. Em cada relacionamento do qual participou, Yitschac desempenha o papel passivo. Não é tolo ou incompetente. Pelo contrário! Dominou a habilidade de se ocultar nos bastidores, de fazer crer que não está ali. Mesmo assim permanece, subtilmente trazendo à tona o melhor aos outros, deixando que se sintam importantes, deixando-os sentir que conquistam, enquanto realizam acções em seu benefício. Esta é de facto um grande sinal de força! Nós, como pais, devemos extrair a lição daquele pai que os nossos Sábios dizem ser "o verdadeiro pai", aprendendo a soltar os nossos filhos, a não dominar cada decisão que eles tomam. Como uma sombra, devemos intervir cuidadosamente, tocando e não tocando, para que eles possam vir a descobrir a sua própria identidade por si mesmos. Esta é a verdadeira bondade, aquela que imita a bondade Divina.
O anti-semitismo cresce nas aulas e no conjunto da sociedade espanhola
Observatorio Estatal de Convivencia Escolar 29/09/2008 EFE
Mais da metade dos estudantes da secundária entrevistados num estudo do Observatório Estatal de Convívio Escolar, não quereria sentar-se ao lado de um judeu na sala de aula, informou hoje o presidente da Federação de Comunidades Judias da Espanha (FCJE), Jacobo Israel.
O levantamento realizado pelo dito organismo do Ministério da Educação, e que segundo a FCJE será apresentado proximamente, foi realizado entre mais de 23.000 estudantes da educação secundária e mais de 6.000 professores em 300 centros, públicos e privados, de todas as comunidades autónomas excepto Catalunha.
O estudo põe de manifesto também que a disposição dos jovens para compartilhar tarefas com alunos estrangeiros tem melhorado um pouco, se comparado a estudos anteriores, em relação aos alunos latino-americanos ou os procedentes da África negra, enquanto que 46% dos adolescentes espanhóis estão nada ou pouco dispostos a trabalhar com um latino-americano.
A situação de intolerância na sala de aula não tem melhorado nos últimos anos, e em alguns casos tem aumentado, acima de tudo com relação ás minorias étnicas tais como os ciganos, marroquinos e judeus. Jacobo Israel, que manteve, na altura um encontro com os meios informativos, no início do novo ano judeu (Rosh Hashaná), assinalou não obstante o crescimento do novo anti-semitismo, a comunidade judia em Espanha praticamente não tem sofrido actos anti-semitas, excepto alguns casos isolados procedentes de pequenos grupos.
O presidente da FCJE disse também que o temor a uma possível agressão ou um acto de violência poderia vir mais de grupos de origem islâmico. Este estudo sobre o crescimento do anti-semitismo e a islamofobia, une-se ao que fez público a semana passada o instituto norte-americano de pesquisas Pew Research Center, segundo o qual a rejeição contra os judeus e muçulmanos tem crescido na Europa nos últimos quatro anos, e em Espanha, principalmente, em relação aos judeus.
O estudo destaca que 46% dos espanhóis, 36% dos poloneses e 34% dos russos vêem desfavoravelmente os judeus, enquanto que 25% dos alemães e 20% dos franceses pensam o mesmo.
Jacobo Israel reconheceu que existe em Espanha um grande desconhecimento em relação ao judaísmo, e que geralmente esse conhecimento fica restrito às informações sobre a situação no Médio Oriente e o Holocausto (Shoá).
Actualmente, a população judia em Espanha segundo os dados fornecidos pela FCJE está formada por umas 40.000 pessoas que moram fundamentalmente em Madrid, Barcelona, Málaga, Melilla, Ceuta, Valência, Palma de Mallorca, Marbella, Torremolinos, Sevilha, Las Palmas de Gran Canaria, Santa Cruz de Tenerife, Alicante e Benidorm.
Ao todo existem em Espanha umas 14 comunidades federadas à FCJE e três entidades culturais associadas, mais de 30 sinagogas, algumas delas capazes de comportar até 800 pessoas; uns trinta rabinos e cemitérios judeus em várias cidades tais como Madrid, Barcelona, Sevilha, Málaga, etc.
Os judeus possuem também em Espanha escolas dominicais assim como também colégios específicos de ensino infantil, primário e secundário em Madrid, Barcelona, Melilla e Málaga.
A FCJE realiza a promoção, apoio e ajuda para impulsar a vida religiosa, educativa, cultural, social e política dos judeus em Espanha, e por isso dispõe da Radio Sefarad (www.radiosefarad.com), uma emissora radiofónica na Internet que, desde 2003, transmite diariamente diversos programas informativos e culturais.
Possui também, o programa semanal "Shalom" na TVE (Televisão Espanhola), e o programa "A Voz da Torá", cuja emissão semanal acontece aos domingos às 06:00 horas em Rádio 1.
Uma boa semana!A vida tem os seus desafios e a maneira como lidamos com eles determina o nosso nível de stress. Todos nós acreditamos e confiamos em algo – a nossa inteligência, a nossa força, as nossas conexões, o nosso dinheiro ... ou em D’us. O Rei David escreveu no Salmo 20: “Existem aqueles que confiam nas suas carruagens e aqueles que confiam nos seus cavalos, mas nós chamamos o nome do Todo-Poderoso.” De um ponto de vista Judaico, podemos confiar realmente apenas em D’us, pois tudo o resto, no final, irá desapontar-nos se não houver ajuda Divina.
Leia este trecho alto. Será em parte, um acalmante para os nossos nervos, mas também nos irá ajudar a conectar-nos ao Criador, que é a nossa meta principal na vida:
Ouça o seu Pai, o Criador e o suporte do universo, dizendo-lhe:
Tudo o que faço acontecer na tua vida é para o teu benefício.
Confia no Meu absoluto amor e preocupação pelo teu bem-estar, pois a tua visão é limitada. Algumas coisas percebes imediatamente como sendo benéficas. Noutras, terás que esperar um pouco mais antes de reconheceres que determinado acontecimento foi para o teu bem. E em relação a determinados eventos na vida, somente ao entrar no Mundo Vindouro é que irás constatar que tudo o que aconteceu foi em teu benefício.
Ao te conscientizares de que o Meu amor por ti é irrestrito e que tudo o que acontece visa o teu próprio bem, terás muito mais alegrias e satisfação na vida. Isto irá livrar-te de muita dor e sofrimento. E mesmo nas ocasiões em que a dor e o sofrimento são inevitáveis, saber que tudo está a acontecer para o teu benefício tornará a situação ainda mais fácil de suportar.
Eu te dei o livre arbítrio. Podes escolher encarar a vida de uma maneira em que irás causar-te sofrimentos desnecessários, desgostos e aborrecimentos. Sendo o teu amado Pai, gostaria que percebesses que todos os acontecimentos na vida são positivos. Com o passar do tempo constatarás isso por si só, mas quanto mais cedo o fizeres, maior satisfação terás!
"O rabino Israel Salanter viajava de combóio até á cidade de Vilna. Apesar de já ser um dos maiores rabinos da geração, costumava viajar sózinho e com roupas simples, detalhes que escondiam a sua verdadeira importância. Ele viajava numa carruagem especial para fumadores juntamente com um outro judeu, que também ia para Vilna. No meio da viagem o Rabino acendeu um cigarro, mas imediatamente o outro judeu gritou, de forma desrespeitosa, para que o rabino apagasse o cigarro, argumentando que ele não suportava o cheiro. O Rabino poderia ter explicado que aquela carruagem era para fumadores, mas preferiu pedir desculpas e apagar o cigarro. Poucos minutos depois novos gritos daquele judeu ecoaram na carruagem. Desta vez gritava com o Rabino reclamando da janela aberta e do frio que entrava. Novamente o Rabino poderia justificar-se e explicar que a janela não havia sido aberta por ele, mas novamente preferiu pedir educadamente desculpas, levantar e fechar a janela. Quando chegaram a Vilna, uma grande multidão esperava pelo Rabino Salanter. O outro judeu, curioso, perguntou quem era a grande celebridade que estava naquele combóio. Quando soube que aquele homem com quem tinha sido tão grosseiro era o grande Rabino Salanter, quase desmaiou. Passou toda a noite sem dormir e logo pela manhã foi até ao hotel onde o rabino estava hospedado. Mas antes que pudesse começar a falar, o Rabino sorriu e convidou-o, com uma voz suave, a sentar-se e tomar algo. Aquele judeu surpreendeu-se tanto com a simpatia daquele rabino, com quem ele havia sido tão indelicado, que chorou, e entre lágrimas pediu sinceramente perdão. O Rabino disse-lhe para não se preocupar pois já o havia perdoado e não tinha guardado nenhum rancor no coração. Começaram a conversar e o rabino descobriu que o jovem estava em Vilna para se submeter a uma prova necessária para receber a autorização para fazer Shchitá (abate Kasher de animais). O Rabino fez de tudo para ajudá-lo a conseguir a autorização e abriu-lhe muitas portas. Mas infelizmente no dia da prova o rapaz demonstrou que não tinha os conhecimentos necessários e foi reprovado. O rabino que aplicou a prova pensou que talvez o mau desempenho era consequência do cansaço da viagem, e por isso pediu para que ele descansasse e tentasse novamente dentro de poucos dias. O rapaz ficou arrasado, pensou em voltar imediatamente para casa e abandonar o sonho de ser um Shochet. Assim que soube da sua reprovação, o Rabino correu até á hospedaria onde estava o rapaz e convenceu-o a ficar e a tentar de novo. Conseguiu que um experiente Shochet da cidade estudasse com ele todas as Halachót (leis) e pagou ao jovem rapaz todos os custos da sua estadia na cidade. O jovem não desperdiçou a oportunidade, estudou com afinco e dedicação e novamente se submeteu à avaliação, sendo aprovado com louvor pelos maiores rabinos da cidade. Mas o Rabino ainda não estava contente e não descansou até que conseguiu uma comunidade adequada onde aquele rapaz pudesse trabalhar e ter um bom sustento. Quando souberam de tudo que o Rabino havia ajudado aquele rapaz, perguntaram: "Porque tanta ajuda?". O rabino explicou: - Quando este jovem veio pedir perdão, respondi que eu o havia perdoado completamente e que não havia nenhum rancor, e realmente falei isso de todo o coração. Porém, como sei que sou apenas uma pessoa de carne e osso, fiquei com medo que algum nível de rancor pudesse ter ficado no meu coração. Assim, esforcei-me em tudo o que pude para fazer bondades com ele e retirar qualquer resíduo de mágoa do coração" Para se vencer uma má inclinação não é suficiente apenas querer. É preciso esforço até se conseguir.
A Parashá desta semana, Chaiei Sara, conta que Avraham estava a ficar velho e decidiu que era hora de procurar uma esposa parao seu filho Itzchak. Como Avraham queria que Itzchak se casasse com alguém da sua família, enviou o seu servo Eliezer até á sua cidade natal com a missão de trazer de lá uma esposa para Itzchak. A Torá ensina-nos, que Eliezer conseguiu cumprir a sua missão e voltou com Rivka. Mas se prestarmos atenção aos detalhes, percebemos que o comportamento de Eliezer foi muito estranho.
Por exemplo, quando Eliezer chegou á cidade de Aram Naharaim parou com os seus camelos ao lado de um poço e rezou para que D'us o ajudasse na sua missão. Mas porque a necessidade de rezar, ele não confiava na força espiritual de Avraham, que certamente já havia rezado muito para que tudo corresse bem? Além disso, ao invés de ir directamente procurar a família de Avraham, parou ao lado do poço e fez um estranho pedido a D'us. Ele pediu a D'us a confirmação de um sinal com o qual ele reconheceria a mulher certa para Itzchak. Quando alguma mulher viesse ao poço ele pediria-lhe água, e caso ela lhe desse e também oferecesse água aos camelos, seria o sinal de que era a pessoa certa. Rivka foi a primeira mulher que chegou ao poço e o sinal logo se cumpriu, pois ela serviu água para Eliezer e ofereceu também aos seus camelos. Eliezer imediatamente deu-lhe as jóias que havia trazido como presente, sem perguntar se ela realmente era da família de Avraham. Porque ele nem sequer lhe perguntou o nome antes de dar as jóias? Se fosse a mulher errada, ele perderia todas as jóias!
Quando Eliezer chegou á casa de Rivka para conhecer os pais dela e pedir permissão para levá-la para casar-se com Itzchak, convidaram-no a entrar e ofereceram-lhe comida, mas novamente ele agiu de maneira estranha, recusando a comida e dizendo "Comerei apenas quando tiver dito tudo o que eu vim dizer". Porque não começou a comer e durante o almoço contava o que queria dizer? Além disso, esta estranha pressa de Eliezer em terminar logo o seu trabalho também foi percebida quando a mãe e o irmão de Rivka pediram para que ela ficasse mais algum tempo com eles e somente depois fosse casar-se com Itzchak, mas Eliezer não aceitou e exigiu que ela fosse imediatamente. Qual o problema se Rivka ficasse mais alguns dias com a família? Portanto, percebemos que Eliezer tentou fazer tudo de forma rápida, às vezes até de forma precipitada, como se precisasse terminar a sua função urgentemente. Porquê?
Segundo o rabino Saba, Eliezer era conhecido não apenas pela sua grande sabedoria, mas também pela sua retidão e fidelidade a Avraham. Quando ele recebeu a função de procurar uma esposa para Itzchak, percebeu que tinha um grande dilema. Por um lado queria cumprir a sua função de maneira exemplar, mas por outro lado percebeu que tinha "Neguiot" (interesses), isto é, havia algo no seu subconsciente capaz de atrapalhar o seu trabalho: a vontade de casar Itzchak com a sua própria filha. Ele sabia das qualidade de Itzchak e sonhava num marido assim para a sua filha, por isso entendeu que se deixasse a sua natureza agir, começaria a ter preguiça e buscaria todas as oportunidades e desculpas para não cumprir a sua missão.
Ensina o Rambam (Maimônides) que o ser humano deve andar, em relação às suas características, pelo caminho do meio e não ser um extremista. Por exemplo, em relação à doações de dinheiro, a pessoa não deve nem ser mesquinho nem esbanjador. Mas ensina o Rambam que quando uma pessoa sente que uma característica pendeu fortemente para um dos lados, ele deve se esforçar para ir ao outro extremo e assim conseguir voltar ao meio termo. Foi exactamente o que fez Eliezer quando sentiu que os seus interesses podiam subornar os seus actos, lutou como um leão contra a sua natureza, mesmo que fosse necessário ir ao extremo contrário, para que a sua missão tivesse sucesso.
Apesar de saber que Avraham já tinha rezado, Eliezer pediu em especial para que D'us o protegesse e não o deixasse cair nas armadilhas dos seus interesses. Quando ele viu em Rivka os sinais que havia pedido a D'us, imediatamente deu-lhe as jóias, pois mesmo se não fosse a mulher certa e ele tivesse que pagar a Avraham o valor de todas as jóias, mesmo assim ele preferiu o risco de perder dinheiro do que o risco de ser enganado pela sua vontade. Também por esse motivo Eliezer não quis comer antes de falar com os pais de Rivka, para não deixar nenhuma porta aberta aos seus interesses e estes interferirem. E finalmente quando a mãe e o irmão de Rivka pediram para que ela ficasse mais alguns dias com eles, Eliezer não aceitou, com medo que se ele aceitasse seria por causa dos seus interesses.
Eliezer ensinou-nos a lutar contra os nossos interesses, os "subornos" que recebemos das nossas vontades, que muitas vezes nos impedem de fazer o que é correcto. Quantas vezes o comodismo e o medo de perder prazeres nos faz continuar em caminhos que sabemos racionalmente estarem errados? Quantas desculpas buscamos para justificar os nossos actos, quando a verdade está óbvia diante de nós? Para ter sucesso espiritual, não basta querer fazer o que é correcto. É preciso lutar por isso.