23.8.10

O castanheiro de Anne Frank

Árvore tinha 150 anos e foi um consolo para a adolescente judia que se escondeu durante dois anos num sótão de Amesterdão.

Era grande e imponente e foi um consolo para a jovem judia Anne Frank, quando ela viveu durante mais de dois anos escondida dos nazis num sótão de Amesterdão, na Segunda Guerra Mundial.
Mas hoje o castanheiro com mais de 150 anos que ainda estava à entrada da Casa-Museu Anne Frank quebrou-se como um pau de fósforo, sob a força de uma tempestade de vento e chuva.

“Partiu-se completamente, a cerca de um metro do chão”, disse um porta-voz da Casa de Anne Frank — que na altura estava cheia de turistas. O castanheiro era um dos poucos vestígios da natureza que eram visíveis à adolescente judia enquanto ela esteve escondida naquele sótão. Ela fala da árvore no seu diário, que se tornou num best-seller mundial, depois da sua morte, num campo de concentração nazi, em 1945.

“O nosso castanheiro está cheio de flor. Está coberto de folhas e ainda mais bonito do que no ano passado”, escreveu ela em Maio de 1944, pouco antes de ser denunciada aos nazis.

A árvore tinha sido atacada por um fungo e, em 2007, esteve para ser derrubada, pois temia-se que pudesse cair e tornar-se um perigo para o milhão de visitantes que o museu de Amesterdão recebe todos os anos. Mas os responsáveis do museu e especialistas em conservação da natureza desenvolveram um método para segurar o castanheiro com uma grade de aço. A árvore poderia ainda viver algumas dezenas de anos, estimou uma fundação holandesa.

Foram retirados alguns caules do castanheiro que foram plantados num parque de Amesterdão e noutras cidades, para além da Holanda, para fazer castanheiros semelhantes, usando a técnica da germinação por estacas.
Mas não há planos para plantar um castanheiro semelhante no mesmo local, ou preservar os restos da árvore, disse à Reuters Arnold Heertje, membro do grupo Support Anne Frank Tree. “Temos de nos render aos factos. A árvore caiu. Será cortada e vai desaparecer. A intenção não era mantê-la viva para sempre. Viveu 150 anos, agora acabou-se”, disse Heertje.

Mas quem era Anne Frank?


Nascida na cidade de Frankfurt am Main, na Alemanha, ela viveu a maior parte da sua vida em ou perto de Amesterdão, na Holanda. Por nacionalidade, foi considerada oficialmente alemã até 1941, perdendo-a, devido às políticas anti-semitas da Alemanha nazista [As Leis de Nuremberg]. Ganhou fama internacional após a publicação póstuma do seu diário, os documentos das suas experiências no esconderijo durante a ocupação alemã da Holanda na Segunda Guerra Mundial.

A família Frank mudou-se da Alemanha para Amesterdão, na Holanda, em 1933, no mesmo ano que os nazistas ganharam poder na Alemanha. No início de 1940 foram presos em Amesterdão, devido à ocupação nazista da Holanda. Como as perseguições da população judaica aumentou em Julho de 1942, a família escondeu-se nos quartos ocultos do edifício do escritório do pai, Otto Frank. Depois de dois anos, o grupo foi traído, denunciado e transportado para campos de concentração. Anne Frank e a sua irmã, Margot, foram transferidas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, onde ambos morreram de tifo em Março de 1945.

Otto Frank, o único sobrevivente da família, retornou a Amesterdão, depois da guerra para encontrar a salvo o diário da sua filha Anne Frank, esforçando-se para que fosse publicado, como veio a acontecer em 1947. Foi traduzido do seu original holandês e publicado pela primeira vez em Inglês em 1952 como “O Diário de uma jovem”. Desde então tem sido traduzido em muitas línguas. O diário, que foi dado a Anne no seu 13º aniversário, narra a sua vida a partir de 12 de Junho de 1942 até 01 de Agosto de 1944.
E porque os pais lhe deram no seu 13º aniversário?
Na sociedade Judaica, os 13 anos de idade marca a iniciação da fase adulta do indivíduo, além de naquela época ser muito comum a oferta de um diário como prenda.

Nota pessoal
Esta é uma das provas reais, um facto verídico, que o Holocausto existiu e que infelizmente governantes, organizações terroristas e fascistas tentam a todo o custo fazer com que a opinião pública não acredite ou seja, induzida ao engano.
Para essa casta de pessoas, repito a frase de Anne “O nosso castanheiro está cheio de flor. Está coberto de folhas e ainda mais bonito do que no ano passado”.
Actualizando -a, digo eu, “ O nosso Israel está cheio de juventude. Está coberto de cidades e ainda é mais bonito do que no ano passado”.