1.1.07

Dez razões para apoiar Israel



Primero: Porque Israel é sempre e nitidamente a vítima de agressões e é [uma obrigação] moral apoiar as vítimas. Israel abandonou Gaza; o Hamas sequestrou um soldado israelita e lançou os seus ataques com mísseis. Pouco depois, uma chuva de foguetes de curto e médio alcance lançada desde o Sul do Líbano pelos terroristas do Hizb'allah (Partido de Alá) caiu sobre o país, provocando baixas na população civil. Vários militares foram assassinados. Israel não está a atacar: está-se a defender – tem o direito e o dever de fazê-lo.

Segundo: Porque, se Israel não se defender e não conseguir proteger os seus cidadãos, repetir-se-á o massacre de judeus a que o mundo já assistiu (com bastante indiferença) durante o nazismo. Alguém duvida qual seria o comportamento de um governo palestino integrado pelo Hamas e pelo Hizb'allah se estes conseguissem derrotar o exército de Israel e dominar o seu território? A ameaça de lançar os judeus ao mar não é uma metáfora, mas uma funesta promessa mil vezes reiterada pelos islamistas mais radicais.

Terceiro: Porque derrotar e desarmar o Hizb'allah confere ao Líbano a oportunidade de existir como uma sociedade próspera, pacífica e livre. O Hizb'allah, com a sua agressiva milícia armada pelos sírios e iranianos (mais poderosa que o exército libanês), não somente procura destruir Israel: já destroçou o Líbano precipitando-o numa guerra que a maior parte dos libaneses não desejava.

Quarto: Porque Israel é a única democracia pluralista e respeitadora dos direitos humanos que existe no Oriente Médio. A única, com certeza, em que os árabes, inclusive os que detestam o Estado judeu, votam livremente e fazem parte do parlamento. A única em que as mulheres de religião islâmica estudam sem limitações, gozam dos mesmos direitos dos homens e não são tratadas como seres de segunda classe.

Quinto: Porque a única solução desse conflito depende da convivência pacífica entre Israel e um mundo islâmico que, finalmente, como sucedeu com o Egipto e a Jordânia, admita o direito desse Estado existir. Parece que isso não vai ocorrer até que se chegue à convicção de que não é possível destruir o Estado judeu, algo que ficará muito mais claro se os inimigos de Israel perceberem que o mundo livre admite a sua integridade sem vacilações.

Sexto: Porque atrás do Hamas e do Hizb'allah estão a Síria e o Irão, dois regimes inimigos do Ocidente que divergem no terreno religioso – a Síria é uma ditadura laica e o Irão é uma ditadura religiosa –, mas que convergem no ódio irracional às democracias liberais.

Sétimo: Porque o êxito económico, político, científico e social de Israel tem o potencial de converter-se num modelo para a região. Os árabes mais sensatos de Gaza ou da Autoridade Palestina, quando comparam a vida miserável que lhes é imposta pelos homicidas da Al Fatah, do Hamas e do Hizb'allah com o estilo de vida muito superior dos seus irmãos palestino-israelita, inevitavelmente chegam à conclusão de que a liberdade e a racionalidade rendem dividendos.

Oitavo: Porque a todo o planeta convém eliminar esses terroristas capazes de provocar uma escalada do conflito que pode levar a uma guerra devastadora. O Irão está a caminho de converter-se num Estado nuclear, e o seu presidente, Mahmud Ahmadinejad, tem reiterado que o Estado Judaico deve desaparecer. Ninguém duvida que, se ele tentar concretizar o seu desejo, Israel responderá no mesmo nível e o resultado seria uma catástrofe para a região e para o mundo.

Nono: Porque o que anima os aventureiros a atacar Israel é a duplicidade de linguagem dos países do Ocidente, a indiferença e a falsa equivalência, como se as acções de terroristas desalmados, que aspiram ser suicidas-assassinos que explodem autocarros escolares ou disparam foguetes contra residências de civis, tivessem a mesma legitimidade que a resposta de uma sociedade que se defende dessas agressões.

Décimo: Porque aquela lição de história que nos explicava que os fundamentos morais da civilização ocidental se encontravam na tradição judaico-cristã era certa. No Ocidente, Israel somos todos. E se como hipótese, algum dia Israel perecesse, isso representaria um pouco a morte de todos nós.