Espírito de Hanucá = não a' assimilação
BOM DIA! A primeira vela foi acesa na sexta-feira passada, dia 15, lantes do pôr-do-sol. A cada dia acendemos uma vela a mais: no sábado à noite, 2 velas, no domingo, 3 velas, e assim por diante, até chegarmos a 8 velas nesta sexta-feira ao entardecer, dia 22 de Dezembro. Na sexta-feira, dia 22, acendemos as 8 velas de Hanucá antes do pôr-do-sol (e antes das velas de Shabat).Eu pensei que vocês, queridos leitores, poderiam desfrutar de um artigo sobre o Espírito de Hanucá, escrito pelo meu amigo e colega, o Rabino Nahum Braverman, director educacional do Aish HaTorá em Los Angeles, Califórnia:
Pelo que Lutavam os Macabeus?
É irónico que Hanucá seja tão largamente observada e cumprida nos Estados Unidos, já que não está claro se os Judeus de hoje se posicionariam ao lado dos Macabeus. Os Judeus não lutaram contra os gregos por independência política, e Hanucá não pode ser entendida como uma versão antiga da guerra entre Israel e os árabes. Hanucá comemora uma batalha religiosa.
Os gregos eram governantes benevolentes, trazendo a civilização e o progresso a todos os lugares que conquistavam. Eram ecuménicos e tolerantes e até criaram um panteão de deuses, no qual aceitavam incluir os deuses dos seus conquistados. A sua única exigência era a assimilação dos conquistados dentro do caldeirão da cultura, civilização e religião gregas.
A comunidade Judaica estava dividida em relação a esta proposta. Alguns acreditavam ser a assimilação positiva, uma influência modernizante, e deram as boas-vindas à sua liberação do paroquialismo Judaico. Opondo-se a isto e liderados por Yehuda, o Macabeu, havia um pequeno grupo preparado para lutar e morrer para preservar o verdadeiro Judaísmo (o nome “Macabeu” é um acrônimo, em hebraico, do versículo bíblico “Quem é como o Senhor entre os outros deuses, ó Todo-Poderoso?”).
Não foi uma guerra por princípios abstractos de tolerância religiosa. Foi uma batalha contra a assimilação, travada por pessoas para quem a Torá era a sua vida e a sua inspiração. Estaríamos nós com os Macabeus ou iríamos, também, ter pensado que a assimilação era o caminho para o futuro? Será que lutaríamos hoje pelo Judaísmo, prontos para morrer pelo estudo da Torá e pelo cumprimento do Shabat?
Enfrentamos hoje uma crise de identidade tão séria como aquela confrontada há 2.500 anos atrás. Será que atravessaremos este século como uma comunidade religiosa ou meramente como um ‘tempero’ no grande Caldeirão Americano? Hanucá chama-nos ao combate contra a assimilação e à luta pela nossa herança e valores.
Lembram-se do fim da história? Finalmente triunfantes, os Judeus capturaram Jerusalém e voltaram a consagrar o Templo (um dos significados da palavra Hanucá é consagrar, tornar algo sagrado, e se refere a este acontecimento). Eles encontraram somente um frasco de azeite, suficiente para acender a Menorá por um dia, mas o azeite ardeu por oito dias, testemunhando que à nossa determinação foi acrescida uma força que não se consegue explicar com palavras, que difundiu os nossos esforços com um ardor e poder transcendentais. “Acendam as velas”, diz a festividade para nós. Hajam vigorosamente, ensinem, desejem, corajosamente e com determinação, e D’us irá acrescentar aos nossos esforços uma força, uma estabilidade e um brilho muito além das nossas capacidades de compreensão!
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