25.4.08

Pensamento da Semana

Pessach vem ensinar-nos uma mensagem muito importante sobre liberdade:
A Falsa Liberdade deixa a pessoa livre para fazer o que quer;
A verdadeira Liberdade, para fazer o que precisa!”

Porção Semanal da Torá: Shabat no 7o. dia de Pessach


A leitura da Torá para este Shabat está em Shemót 13:17-15:26. Ela conta-nos sobre como os egípcios mudaram de ideia em relação a permitir a saída dos Judeus, perseguindo-os até as margens do Mar Vermelho. Depois relata sobre a abertura do Mar Vermelho, o afogamento dos egípcios, a salvação do Povo Judeu e o cântico de alegria e agradecimento ao Todo-Poderoso. Também lemos Shir Hashirim, o Cântico dos Cânticos, que descreve metaforicamente a união entre Dus e o Povo Judeu. No último dia de Pessach, domingo, lemos Devarim 14:22-16:17, que relata sobre o segundo dízimo, o perdão de dívidas no ano sabático, como ajudar os carentes e os detalhes sobre as Três Festas de Peregrinação – Pessach, Shavuót e Sucót – quando todo o Povo Judeu vinha celebrá-las no Templo Sagrado, em Jerusalém.
Também no domingo se reza o
Yzkor, a oração em memória de parentes falecidos.

Dvar Torá:

A Torá declara em relação à abertura do Mar Vermelho: O Povo de Israel caminhou no meio do mar sobre solo seco. A água formou uma muralha para eles, tanto do lado direito como do esquerdo (Shemót 14:22). Sete versículos para frente, a Torá declara: O Povo Judeu andou em solo seco no meio do mar. A água era como uma parede para eles, à sua direita e à sua esquerda. Por que da mudança no relato do que aconteceu (no meio do mar sobre solo secoe depois em solo seco no meio do mar)? E por que no primeiro relato a palavra homá (parede) é soletrada com a letra hebraica vave no segundo trecho é soletrada sem a letra vav? (Fazemos esta pergunta porque existe um significado e um motivo para cada letra e palavra na Torá). O Gaón de Vilna, Rabino Eliáhu Kramer (Lituânia, 1720-1797), explicou que havia dois grupos de pessoas entre os Judeus que cruzaram o Mar Vermelho: o primeiro confiou totalmente no Todo-Poderoso, pulou para dentro do mar e descobriram-se andando sobre terra seca. O outro grupo já não tinha este nível tão alto de fé no Criador – mesmo após terem testemunhado as 10 pragas que afligiram os egípcios e todos os milagres que acompanharam o êxodo do Egipto. Este segundo grupo esperou até que viram o solo seco e só aí andaram no meio do mar. As evidências para esta interpretação, explicou o Gaón de Vilna, podem ser encontradas no soletrar da palavra hebraica homá (parede, muralha). Embora esta palavra possa ser escrita e pronunciada igualmente com ou sem a letra vav, sem a letra vavela pode ser pronunciada como homá (parede, muralha) ou hemá (fúria). Portanto, este segundo versículo nos indica a ira de Dus em relação ao segundo grupo, que demonstrou um nível inferior de fé no Todo-Poderoso, uma falta de confiança Nele.
A nossa lição:

1) Perceber que na Torá tudo é exacto e tem um motivo. Todos os assuntos são profundos e precisam ser estudados para tirarmos lições para a vida;

2) Devemos nos esforçar para desenvolver a nossa fé no Todo-Poderoso na nossa vida diária.

Estes próximos dias de Sefirat HaÓmer são um período ideal para conseguirmos isto! Boa sorte!

10.4.08

Porção Semanal: Acharê Mot


Bereshit 47:28 - 49:26

Os mandamentos descritos na Parashá Acharê Mot (Vayicrá 16:1-18:30), seguem cronologicamente as mortes trágicas dos dois filhos mais velhos de Aharon, Nadav e Avihu, sobre as quais lemos na Parashá Shemini há algumas semanas. A porção desta semana começa com uma longa descrição do serviço especial de Yom Kipur, a ser realizado no Mishcan pelo Cohen Gadol. O serviço incluía a confissão do Cohen Gadol em seu próprio nome e em nome de toda a nação; a seleção por sorteio entre duas cabras, uma das quais seria a oferenda pelo pecado nacional, e a outra seria empurrada de um penhasco no deserto, como portadora dos pecados do povo; e as complicadas cerimônias de aspersão de incenso e sangue a serem realizadas no Codesh HaKedoshim (Santo dos Santos). Seguindo a ordem de que Yom Kipur e suas leis de jejum e abstinência de trabalho seriam observadas eternamente pelo povo judeu como um dia de perdão, a Torá proíbe a oferenda de corbanot fora das instalações do Mishcan. O sangue não pode ser ingerido, e durante o processo da shechitá (abate ritual), uma porção do sangue derramado deve ser coberta. A porção da Torá conclui com uma lista dos relacionamentos sexuais imorais e proibidos, e a ordem de que o povo judeu mantenha e assegure a santidade da terra de Israel.

Mensagem da Parashá

Instinto animal

por Yoel Spotts

Na porção desta semana da Torá encontramos vários mandamentos que aparentemente têm pouco em comum. Começamos com uma listagem das leis e práticas de Yom Kipur, então passa para a proibição de comer sangue. Finalmente, a porção conclui com uma discussão dos relacionamentos proibidos. Desprezando a possibilidade de que estes mandamentos em particular foram jogados juntos ao acaso para formar a porção Acharê Mot da Torá, certamente seremos capazes de descobrir um tema comum, conectando estes vários tópicos.
De forma bem interessante, vemos que a Torá proíbe o consumo do sangue de qualquer animal, mesmo aqueles que são casher. Desse modo, a Torá não apenas exclui a grande maioria das criaturas de nossa dieta, como limita nossa licença quanto aos permissíveis. Além disso, a Torá exige de nós um dia de total e absoluta abstinência de toda alimentação. As restrições e regras parecem quase esmagadoras.
De fato, descobrimos uma estrutura muito similar a respeito dos relacionamentos proibidos. Na porção desta semana, a Torá lista para nós os indivíduos impróprios que não devemos escolher como companhia. Entretanto, isso não é tudo. A Torá regula severamente o relacionamento mesmo com as pessoas que nos são permitidas. Uma união adequada deve ser precedida por kidushin, a santificação do casamento. Um casamento mal sucedido deve ser terminado pela concessão de um documento de divórcio, ou guet. Relacionamentos extra-maritais são vistos com desdém. Dessa forma, vemos que a Torá coloca severas restrições e limitações sobre os alimentos que comemos e sobre nossos relacionamentos.
As semelhanças não param por aqui. A porção desta semana não é o único local em que encontramos estes dois tópicos agrupados juntos. De facto, o Rambam coloca as Leis dos Relacionamentos Proibidos e as Leis dos Alimentos Proibidos na mesma secção em seu código da Lei Judaica. O Rambam denomina esta secção, curiosamente, de kedushá. Embora "kedushá" seja geralmente traduzida como "santidade", muitos comentaristas assinalam que o termo também conota a noção de "separado" ou "distinto".
Dessa maneira, poderia parecer que o Rambam deseja nos transmitir que estas duas áreas da lei nos possibilitam separar e distinguir a nós mesmos.
Agora, finalmente as peças se encaixam nos lugares certos. Quando D’us criou o universo, colocou tanto o homem como o animal neste planeta. À primeira vista, o homem parece não ser diferente de qualquer outra criatura. Afinal, ambos se alimentam, ambos procriam, e ambos praticam as mesmas atividades físicas mundanas. Não somos, então, diferentes dos animais que perambulam pela terra? Os dons da fala, raciocínio e liberdade são todos indicativos de que o homem é na verdade diferente e separado dos animais. Entretanto, quando deixamos que nossos desejos animalescos reinem livremente, agindo sem quaisquer restrições, estamos na verdade demonstrando que não somos melhores que nosso cachorro ou gato de estimação. Quando continuamos a satisfazer nossas ânsias gastronômicas e a ser escravos de nosso apetite carnal, reduzimo-nos a um mero ajuntamento de carne e ossos.
Por este motivo, a Torá contém tantas proibições na área de ingestão de alimentos e relações sexuais. A Torá nos prescreve o controle de nossos desejos básicos a fim de nos "separar" e "distinguir" de todas as outras criaturas. Demonstrando nossa força de vontade e nossa disciplina, podemos nos elevar acima de meros seres físicos. Não admira que após ter introduzido estas leis na porção da Torá desta semana – o jejum em Yom Kipur, abster-se de ingerir sangue, e evitar os relacionamentos proibidos – a Torá comece a porção da próxima semana com a admoestação "kedoshin te'heyu – serás santo e distinto", pois apenas santificando estes aspectos físicos de nossa vida podemos ter sucesso também em nossa busca espiritual.

7.4.08

DEVOLVENDO UM JUDEU COMPLETO

"O Rabino Israel Shapira, um sobrevivente do Holocausto, costumava contar uma história que aconteceu enquanto ele estava no Campo de Concentração de Yesnovka. Todos os dias os prisioneiros judeus trabalhavam sem parar, desde a madrugada até o anoitecer. Devido às terríveis condições de trabalho e à mísera porção de comida que recebiam, eles mal conseguiam ficar de pé. Certo dia, durante o horário de trabalho, uma mulher se aproximou dele e sussurrou:

- Rabino, me dê uma faca agora.

O rabino se assutou com o pedido da mulher, pois havia entendido suas intenções. Então ele respondeu, tentando fazê-la desistir da idéia:

- Minha filha, mais um pouco e todos nós iremos para o Olam Habá (Mundo Vindouro). Por que você quer apressar as coisas?

A mulher não escutou as palavras do rabino e mais uma vez pediu-lhe uma faca. Neste momento um dos guardas do campo de concentração escutou que eles conversavam e se aproximou gritando:

- Judeu maldito, o que esta mulher falou para você?

O rabino congelou. Conversar durante o trabalho era considerado uma grave trangressão, e muitos judeus haviam sido friamente assassinados por crimes menores do que este. A mulher corajosamente se adiantou e falou:

- Eu pedi para ele uma faca.

O guarda nazista abriu um sorriso. Ele havia entendi qual era a intenção da mulher. Ele havia visto muitas pessoas se suicidarem durante a noite, se atirando contra as cercas eletrificadas. Mas esta cena seria diferente, seria mais interessante. Ainda sorrindo, ele retirou do bolso uma faca e estendeu para a mulher.

Pegando a faca, a mulher caminhou alguns passos em direção a um pequeno embrulho feito com panos, que estava no chão. Ela abriu rapidamente os panos e tirou de lá um bebê. Diante dos olhos atônitos de todos ela pegou a faca, recitou a Brachá "Bendito sejas Tu, D'us... que nos comandou a introduzí-lo no pacto de Avraham Avinu", e imediatamente realizou o Brit-Milá no bebê. Ela abraçou o bebê para acalmá-lo, e levantando-o para o céu, falou:

- Senhor do Universo. Você me mandou um bebê. Agora eu te devolvo um judeu completo...." (História Real)

Por mais de 4.000 anos o povo judeu guarda, com alegria, a Mitzvá de Brit-Milá. Por mais afastado que o povo esteja, por mais que muitas Mitzvót sejam abandonadas pela maioria do povo, esta Mitzvá nunca foi abandonada.
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A Parashá desta semana, Tazria, começa nos ensinando sobre as leis de impureza espiritual que recai sobre uma mulher após o parto. Imediatamente a Torá interrompe a narrativa, e fala sobre o Brit-Milá (circuncisão): "E no oitavo dia, o prepúcio será circuncidado" (Vayikrá 12:3). Daqui surgem duas perguntas: por que a Torá interrompe a narrativa sobre a impureza da mulher para falar sobre a Mitzvá de Brit-Milá? E por que o Brit-Milá é feito no oitavo dia, e não no primeiro?

A maioria do judeus atualmente não cumpre mais Mitzvót como o Shabat ou Kashrut. O que deveríamos esperar de uma Mitzvá que implica em fazer uma cirurgia em uma criança com 8 dias de vida? Certamente a maioria do povo deveria tê-la abandonado. Mas há algo de espetacular na Mitzvá de Brit-Milá, pois vemos justamente o contrário: por mais afastado que as pessoas estejam do judaísmo, a Mitzvá do Brit-Milá continua. E mais do que isso, o Brit-Milá é feito com alegria por todo o povo judeu.

Ensinam os nossos sábios que o motivo que D'us nos entregou as Mitzvót é para que possamos nos elevar espiritualmente. Isto é, através de atos materiais, podemos interferir sobre a nossa alma, e fazer com que os dois se elevem juntos, garantindo nossa recompensa no Olam Habá. O número 7, segundo a Cabalá, representa o mundo material, enquanto o número 8 representa a transcendência. Quando D'us fez o pacto do Brit-Milá com Avraham e seus descendentes, D'us estava dando ao povo judeu a possibilidade de transcender o material. E da mesma maneira que a criança nasce imperfeita, e logo no começo de sua vida começa o seu "conserto" através do Brit-Milá, assim também acontece com nossas características, devemos começar o nosso trabalho o mais cedo possível para atingir a perfeição espiritual. Então por que o Brit não é feito no primeiro dia? Como D'us se preocupa com suas criaturas, Ele quer que o bebê esteja forte o suficiente para que não corra riscos de vida desnecessários.

E a interrupção do assunto da impureza é mais uma demonstração do amor de D'us e Sua preocupação com o nosso bem estar. Explica o Or Hachaim, comentarista da Torá, que a mulher fica impura por 7 dias após o parto, e durante estes dias ela está proibida para o marido. Por isso D'us fez com que o Brit-Milá fosse apenas no oitavo, para que não aconteça de todos estarem contentes na festa e justamente a mãe estar triste.

D'us, por amor às suas criaturas, fez com que todos aqueles que cumprem Suas Mitzvót também tenham um benefício ainda neste mundo. E isso fica muito evidente quando observamos atentamente a Mitzvá de Brit-Milá. Segundo estudos americanos, pessoas que fizeram Brit-Milá tem 30 vezes menos probabilidade de desenvolver infecções do trato urinário. Além disso, a circuncisão protege contra bactérias, fungos e infecções parasitárias, além de uma série de outros problemas relacionados com a higiene. A taxa extremamente baixa de câncer cervical em mulheres judias, 20 vezes menor, também é atribuída à prática da circuncisão.

Porém, a descoberta mais fantástica foi feita há alguns anos por um médico alemão, que estudava a produção de Protrombina B, um dos agentes mais importantes na coagulaçao do sangue. Este médico descobriu que as crianças nascem com uma taxa de 60% de produção de Protrombina B. Esta taxa cai para pouco mais de 30% aos 3 dias de vida, aos 8 dias de vida chega a uma taxa de 110% e finalmente se estabiliza em 100% a partir do nono dia, se mantendo assim durante toda a vida. Incrivelmente o oitavo dia é, medicamente falando, o dia mais propício na vida de uma pessoa para fazer uma cirurgia, justamente quando D'us nos ordenou fazer o Brit-Milá. E por mais que estes motivos médicos não sejam o motivo da Mitzvá de Brit-Milá, eles mostram o quanto é grande o amor de D'us por todos aqueles que seguem os Seus mandamentos.

Rabino Efraim Birbojm

Pensamento da Semana

“O que não viu com os seus olhos,
Não invente com a boca!”

(Provérbio Ydish)

Porção Semanal da Torá: Tazría


Vaikrá (Levíticus) 12:1 - 14:09

A Torá continua a relatar as leis de pureza física e espiritual. Esta Porção Semanal foca a Tzaraát, um tipo de sofrimento físico causado por transgredir as leis referentes à fala (não caluniar, não mentir, não falar palavrões, não fofocar, etc.) e o seu processo de purificação. A Tzaraát aflige, progressivamente, a casa, as roupas e a pele da pessoa, a menos que purifique sua forma de falar.

Há duas categorias de transgressões possíveis ao se falar:

1) Lashón HaRá (literalmente, ‘má língua’) – fazer uma declaração prejudicial ou que cause desprezo a outra pessoa, mesmo que esteja a dizer a verdade;

2) Rechilút (fofoca) – dizer para uma pessoa as coisas negativas que outro disse ou cometeu contra ela. Clique no site www.chofetzchaimusa.org para ler as lições diárias sobre Shmirát HaLashón (como cuidar da ‘língua’).

Desfazer o mal causado pela fala é comparado a tentar recolher todas as penas de um travesseiro – depois que elas foram soltas durante uma tempestade de vento!

Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin

A Torá declara: “Quando aparecer na pele da pessoa uma inchação, crosta ou mancha características da doença Tzaraát, ela deve ser levada a Aharon, o Sumo-Sacerdote, ou a algum de seus filhos, os sacerdotes” (Vaikrá 13:2). Por que a pessoa precisava ser trazida a Aharon, o Sumo-Sacerdote?

O Rabi de Alexander (Rabino Hanoch Henich HaCohen, Polônia, 1798-1870) explicou:

Os nossos Sábios ensinaram que a Tzaraát era uma doença que se manifestava pelo fato de a pessoa ter falado Lashón Hará, palavras difamatórias, contra os outros. Quando as pessoas dizem coisas negativas, elas freqüentemente racionalizam que é correcto falar o que falaram. Uma das desculpas mais comum utilizadas é que estão a falar a verdade: “O sujeito sobre quem estamos ‘comentando’ fez tantas coisas

erradas que é importante divulgar como ele é ruim”. Também alegam que nunca fariam isto sem ter as mais elevadas intenções em mente e dizem que ‘é uma Mitsvá’ difamá-lo(a). Embora as suas alegações possam parecer louváveis a princípio, elas acabam por causar muito ódio, intrigas, brigas e dor.

Porque a pessoa com Tzaráat era trazida a Aharon, o Sumo-Sacerdote? Uma das mais conhecidas características de Aharon é que ele fazia todo o possível para manter a paz dentro do povo. Sempre, que as pessoas brigavam, ele falava em particular com cada um dos ‘brigões’, dizendo que o outro estava arrependido e falando coisas amáveis e positivas sobre ele. Depois, quando estes ‘brigões’ se encontravam, o rancor já não mais existia e acabavam por fazerem as pazes.

Quando ficamos sabendo que outra pessoa falou positivamente sobre nós, automaticamente sentimos um sentimento positivo em relação a ela e isto promove muito a amizade entre nós. Esta era a lição que Aharon transmitia aos que falavam contra os demais: “Não justifique as suas ofensas e o que está a fazer de ruim contra os outros, reivindicando que deseja apenas divulgar a verdade. Pelo contrário: faça

todo o possível para ajudar as pessoas a sentirem amor umas pelas outras!”

Mãos à obra!

2.4.08

Israel redistribui máscaras de gas...


Israel ordena a redistribuição das máscaras bio-quimicas de guerra e Damasco eleva o nível de alarme de guerra.

O gabinete de segurança de Israel reuniu-se hoje, 2 de Abril, para examinar o estado de prontidão em caso de guerra. Decidiram redistribuir as máscaras anti-bio/químicos alguns meses depois de as recolherem.

Poucas horas antes, o media Quds al-Arabi, situado em Londres, afirmou segundo fontes oficiais de Damasco, que Israel se está a preparar para um grande ataque á Síria e ao Hizbullah. O governo da Síria ordenou a chamada parcial dos reservistas militares. O jornal escreve, que o Hizbullah decidiu adiar de momento o plano de vingança contra Israel, pelo facto de ter assassinado Imad Mughniyeh, no mês passado e assim não dar o pretexto a Israel em atacar a Síria e o Hizbullah.

DEBKAfile anuncia, que na semana passada, Damasco instalou na auto-estrada Beirute-Damasco, duas brigadas blindadas debaixo do comando do irmão mais novo do presidente da Síria, que é o chefe da guarda presidencial. Estas brigadas servirão de tampão aos israelitas, no caso de quererem atingir Damasco, via Libano.

Na noite de ontem, o ministro da segurança interna agendou para a data de 6 a 10 de Abril, um exercício nacional para melhorarem o estado de prontidão. No dia 8 de Abril serão testadas as sirenes do País.

Naquele mesmo dia, o ministro da defesa de Israel, Ehud Barak em visita á fronteira Norte afirmou, que “...uma grande actividade militar se desenvolvia do outro lado da fronteira. E acrescentou... aprendemos as lições decorrentes dos nossos erros da última Guerra. Israel continua a ser a nação mais poderosa na região e não aconselharia a ninguém em nos testar”.

Na sua reunião, de ontem de manhã, com os elementos de assuntos estrangeiros e da segurança, os oficiais da inteligência confirmaram uma actividade muito intensa, a maior parte dela no Sul do Libano por elementos operacionais, mas vestidos como civis. Referiam-se ao grupo terrorista Shiita Libanesa, que estão mais e melhor armados com rockets de longo alcance.

No dia 22 de Março do corrente ano, DEBKAfile revelou de que Hizbullah elevou o seu arsenal de rockets para 40.000.

“Parte dos 40.000 rockets fabricados na Síria e Irão podem atingir alvos Israelitas tão longe como por exemplo Beersheba, a 350 kms de distância. Assim, não só Tel Aviv ficará dentro do seu alcance, mas Hizzbullah e Hamas podem cobrir no conjunto, a maior parte do território de Israel de Norte a Sul.

Damasco enviou para a Hizbullah quantidades de armamento anti-aéreo, como por exemplo, rockets de ombro e outros de fabrico Russo anti-aviões ZSU-100 calibre 14.4mm e automático.