26.9.07

Porção Semanal da Torá

Shemót 33:12-34:26

Neste Shabat há uma leitura especial por ser o Shabat de Sucót. Esta porção inclui o pedido de Moshe a D’us para entender como Ele interage com o mundo, e o recebimento das segundas Tábuas com os Dez Mandamentos. D’us revela os 13 Atributos de Misericórdia, os quais sempre invocarão a Sua misericórdia (34:5 ...) e depois relata ao Povo Judeu quais as transgressões específicas são especialmente prejudiciais ao crescimento espiritual e quais mitsvót preservam e aumentam a nossa grandeza espiritual. Também lemos a Meguilá de Kohelet (Eclesiastes) neste Shabat. Ela relata acontecimentos em relação à natureza e ao propósito da vida. Foi escrita pelo Rei Salomão, que é considerado o homem mais sábio que já existiu no mundo. É necessário, para compreendê-la correctamente e extrair os seus profundos significados, acompanhá-la com algum comentarista clássico da Torá. É lida no Shabat de Sucót, para contrabalançar qualquer excesso de indulgência, ou seja, para colocar a vida na correcta perspectiva: a futilidade dos prazeres materiais e a eternidade dos prazeres espirituais.

Dvar Torá: O Significado dos Arbaát Haminím

Uma das mitsvót (mandamentos) especiais de Sucót são os Arbaát Haminím, as Quatro Espécies (etróg, luláv, hadassím e aravót), bem como agitá-las para os 4 pontos cardeais, para cima e para baixo. Um dos significados destes movimentos é que D’us está em todo o lugar. Entretanto, porque foram estas 4 espécies designadas para esta mitsvá? Os nossos rabinos ensinam-nos, que estas 4 espécies simbolizam 4 tipos de Judeus: o etróg tem fragrância e gosto, representando aqueles Judeus que estudam a Torá e praticam boas acções. O luláv (ramo de palmeira) tem cheiro mas não tem sabor, representando aqueles Judeus que estudam Torá mas não fazem bons actos. Os hadassím (ramos de mirta) têm sabor mas não têm cheiro, simbolizando aqueles Judeus que fazem boas acções mas não estudam Torá. Finalmente, as aravót (ramos de salgueiro) não têm nem sabor nem cheiro, representando os Judeus que não estudam Torá nem praticam boas acções. Que fazemos em Sucót? Unimos estas 4 espécies, ou seja, unimos e reconhecemos cada Judeu como parte integral e importante do Povo Judeu. Se apenas um faltar, a mitsvá estará incompleta. O nosso Povo é um. Precisamos fazer tudo que pudermos para unir o Povo Judeu e para fortalecer o futuro Judaico!