11.9.07

Porção Semanal da Torá: Haazinu


Devarim (Deuteronômio) 32:01 - 32:51

Esta porção semanal é uma canção, um poema ensinado ao Povo Judeu por Moshe. Ela reconta os testes e sofrimentos vividos pelo Povo Judeu no deserto, durante 40 anos. A tradição Judaica é ensinar cada criança Judia a memorizar Haazinu. Desta forma, se preserva as lições da nossa história, especialmente a futilidade de se rebelar contra o Criador. A porção encerra com Moshe a ser chamado a subir ao Monte Nevó, para ver a Terra Prometida antes de morrer e unir-se ao seu Povo (seus antepassados). A propósito, esta é uma das alusões à vida após a morte na Torá. Moshe morreu sozinho e ninguém sabe onde foi enterrado. Portanto, juntar-se ao seu Povotem um significado muito mais elevado e profundo!

Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do rabino Zelig Pliskin

A Torá declara: “Os meus ensinamentos devem cair como gotas de chuva, a minha fala deve descer como o orvalho, como uma chuva fina sobre a relva e como chuvas fortes sobre as plantas (Devarim 32:2)”. Por que Moshe queria que os seus ensinamentos caíssem como gotas de chuva?

A água é um componente vital para a vida. A chuva é um veículo para levar a água para todo o planeta, até para lugares onde de outra maneira as pessoas não teriam acesso a ela. Quando a chuva cai sobre as árvores e plantas, o crescimento destas não é percebido de imediato. Leva algum tempo até a chuva produzir efeitos visíveis.

Da mesma forma, quando admoestamos alguém ou fazemos esforços para nos aprimorarmos, a melhora freqüentemente não é notada de imediato. Mas não devemos desistir ou perder as esperanças. Todo o esforço tem o seu impacto, da mesma maneira que cada gota de chuva tem a sua influência. Este é o motivo pelo qual Moshe comparou os seus ensinamentos às gotas de chuva: Ao continuarmos persistentemente tentando, se D’us quiser, os nossos esforços florescerão e serão coroados de sucesso!

Um último pensamento ...

Um antigo sábio, chamado Rabino Zússia, estava deitado no seu leito de morte, rodeado pelos seus alunos e discípulos. Estava a chorar e ninguém conseguia confortá-lo. Um aluno perguntou-lhe: “Rebe, porque chora? O senhor é quase tão inteligente como Moshe e tão bondoso quanto Abraão!”

O Rabino Zússia respondeu: “Quando partir deste mundo e comparecer perante o Tribunal Celestial, não me irão questionar: ‘ Zússia, porque não foi inteligente como Moshe ou bondoso como Abraão?’ Pelo contrário: ‘Zússia, porque não foi como Zússia?’ Por que não exerceu o seu potencial, por que não seguiu a trajectória que era a sua própria?”

Em Rosh HaShaná confrontamos o nosso potencial como seres humanos, mas, igualmente, como Judeus. Permitamo-nos, cada um de nós, usarmos esta oportunidade para reavaliar as nossas vidas, os nossos potenciais e o nosso compromisso com D'us, com a nossa Torá, o nosso Povo e nós mesmos!

Gostaria de desejar a si e toda a sua família um belo e doce Ano Novo, repleto de bênçãos Divinas de saúde, alegria e sucesso. Que o seu Rosh HaShaná seja significativo, importante e inspirador, e que possamos escutar apenas boas notícias!