21.1.07

A positividade da vida

Um homem escreveu-me a respeito de um Dvar Torá que falava sobre ter-se uma atitude positiva na vida, pois tudo que D'us faz tem um propósito. O que mais me chamou a atenção foi o seguinte trecho: “Fui despedido novamente, estou sem nenhum centavo e a ponto de tornar-me um sem-abrigo. Como posso encarar o significado e o propósito destes eventos?”

Como encontrar significado e pontos positivos nas dificuldades da vida?
Uma pessoa só pode dizer “Tudo é para o bem” para ela mesma. Em relação aos demais, devemos encarar a situação com compaixão e ver o que podemos fazer para ajudar.
No meio do turbilhão, é difícil notarmos alguma coisa boa ocorrendo. Frequentemente, o bem só se torna aparente depois de algum tempo. Uma sugestão para ajudar é projectar a si mesmo no futuro e olhar para trás sobre aquilo que você está a passar agora. O que você teria, nesta ‘situação passada’, aprendido sobre a vida e como vivê-la? Como os outros lhe trataram? O que aprendeu sobre como tratar os outros? Que força interna conseguiu descobrir e não sabia que a tinha? Percebeu que, a única coisa em que pôde se apoiar é no Todo Poderoso? Tentou rezar --conversando com D'us e pedindo que Ele o ajudasse? O que lhe parecia uma grande adversidade acabou tornando-se uma grande bênção? (Conversei com uma pessoa que havia sido demitida do seu emprego e acabou por abrir o seu próprio negócio, onde está muito mais satisfeita e lucrando bem).
Fiquemos de olho nas oportunidades que aparecem para ajudarmos os outros, mesmo que às vezes nos seja difícil. Visitemos pessoas doentes no hospital. Ajudemos idosos nas suas compras ou pacotes. Rezemos por outros que estão a passar por esta mesma situação. O que plantamos hoje, de alguma forma colheremos no futuro. A depressão vem porque estamos focados somente em nós mesmos; ajudando os demais transferirá a nossa atenção para eles, o que, fará bem a nós e a eles.
Agora é hora de se fazer um balanço --dos nossos talentos, expectativas, metas e da nossa direcção na vida. Repita-o novamente e novamente, e descobriremos como podemos crescer e beneficiarmos destas dificuldades. O Hafêts Haim, Rabino Ysrael Meir Kagan (Polônia, 1839-1933), um dos maiores líderes Judeus do século passado, comparou este ‘balanço pessoal’ a alguém que procura por tesouros enterrados, e encontra apenas um diamante. Se encontrarmos apenas um diamante --algo que pode ajudar-nos a crescer como seres humanos e aproximar-nos do Todo Poderoso --então já tivemos sucesso!