2.6.06

Porção Semanal da Torá: Shavuót

Shavuót, como as demais festividades Judaicas (Yamim Tovim), é celebrada por dois dias fora de Israel e um dia em Israel. Este Shabat é Shavuót fora de Israel e um Shabat normal em Israel. Portanto , a leitura especial de Shavuót é lida apenas fora de Israel. Em Israel, a porção semanal a ser lida é Nassó. Pelas próximas semanas, a porção semanal lida em Israel será uma porção à frente em relação às localidades fora de Israel.
Fora de Israel, No 1o dia lê-se o trecho em Êxodos 19:1 - 20:23 e no 2o dia o trecho em Deuteronômio 14:22 - 16:17. Em Israel, Yzkor é rezado na sexta-feira e fora de Israel, no Shabat.
A leitura de sexta-feira relata a chegada do Povo Judeu ao Monte Sinai, a proposta do pacto oferecido ao Povo Judeu pelo Todo-Poderoso, os 3 dias de preparação que o Povo Judeu vivenciou para receber a Torá, Moshe ascendendo à montanha e o Todo-Poderoso outorgando os Dez Mandamentos. A leitura de Shabat inicia-se com a explicação sobre as leis referentes à separação dos dízimos da produção, o perdão das dívidas a cada 7 anos (o ano da Shemitá), sermos generosos e compreensivos com nossos irmãos carentes, fiadores, santificar o primogênito do gado para o Todo-Poderoso e as 3 festas de peregrinação à Jerusalém (Pessach, Shavuót e Sucót).

Dvar Torá: baseado no Midrásh
O Midrásh é uma coletânea de explicações sobre a Torá. Ele contém ensinamentos filosóficos, éticos e histórias. Eis uma seleção retirada do Midrásh sobre a outorga da Torá:
Por 26 gerações, desde a criação de Adão, o Todo-Poderoso aguardou para transmitir sua preciosa Torá aos seres humanos. Finalmente Ele encontrou um povo que desejava recebê-la. O grande momento de sua Revelação era aguardado ansiosamente por todo o universo, já que viria a concretizar o objetivo espiritual da Criação do mundo.
Era um Shabat de manhã, o sexto dia do mês hebreu de Siván, no ano 2448 da criação do ser humano. O Povo Judeu ainda estava adormecido, pois a noite nos dias de verão era curta. Foram despertados por trovões e relâmpagos sobre o Monte Sinai e por Moshe chamando-os: “O noivo está aguardando pela noiva para que venha para o casamento”. Moshe apressou o povo para que viesse até o Monte Sinai.
Junto ao Povo Judeu que estava reunido aos pés do Monte Sinai, homens e mulheres separadamente, estavam todas as milhões de almas não nascidas de seus descendentes e também as almas de todos os convertidos que iriam aceitar a Torá nas gerações futuras.
Quando o Todo-Poderoso desceu sobre o Monte Sinai numa explosão de fogo, rodeado por um exército de 22.000 anjos, a terra tremeu em meio a relâmpagos e trovões. O Povo Judeu ouviu o som de um Shofár, que ia tornando-se cada vez mais forte, aumentando em intensidade até atingir o maior volume que um ser humano poderia suportar. O fogo sobre o Monte Sinai elevou-se até o céu, e a montanha exalava fumaça como uma enorme fornalha. O povo tremeu com medo.
Cada um dos Dez Mandamentos foi dirigido ao Povo Judeu na forma singular. Assim, ninguém poderia desculpar-se dizendo: “Já é suficiente que os outros cumpram a Torá”. Cada membro do Povo Judeu deve sentir uma obrigação pessoal de manter e cumprir a Torá de D'us, uma vez que foi dirigida diretamente a ele(a).