29.1.11

Israel – Um País a visitar (4)







Ciência e Tecnologia

Considerado um país pequeno, Israel necessitou de ser preciso e generoso na distribuição de recursos para o sector de Ciência e Tecnologia: 40% da verba destina-se ao progresso científico. Neste ramo, investe com qualidade competitiva internacional não somente em uma área, mas em várias, sendo três delas as principais: industrial, agro tecnológica e médica. Desde a sua fundação, que o Estado de Israel investe na pesquisa, em primeiro, para sanar as dificuldades encontradas na sua terra infértil, tornando-se o pioneiro em biotecnologia agrícola, irrigação por gota a gota, a solarização dos solos, a reciclagem de águas de esgoto para uso agrícola e a utilização do enorme reservatório subterrâneo de água salobra do Negev. Na área médica, o seu crescimento deu-se a partir da Primeira Guerra Mundial, após a fundação do Centro Hebraico de Saúde, e continuou a ampliar-se, agora nos departamentos de bioquímica, bacteriologia, microbiologia e higiene da Universidade Hebraica de Jerusalém, que iniciaram a base do Centro Médico Hadassa, a instituição de maior importância nacional na área. Relacionada com a indústria, o desenvolvimento foi dos laboratórios próximos ao Mar Mediterrâneo, onde foi criado o Instituto de Tecnologia Technion-Israel, cujo investimentos são destacados na óptica, na computação, na aeronáutica, na robótica e na eletrónica. Inserido nesta área, está ainda o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, cujas funções estão relacionadas com as telecomunicações, produção elétrica e de energia, e administração de recurso hídrico, ligado à indústria e à agricultura. Entre os seus profissionais estão os da extinta União Soviética, dos quais 40% eram graduados universitários e ajudaram a impulsionar Israel no sector de alta tecnologia. Destacando-se internacionalmente, possui cinco cientistas que foram vencedores do Prémio Nobel: três em química e dois em ecónomia. O físico David Gross, americano laureado pelo Nobel de Física, é bacharelado e mestre pela Universidade Hebraica de Jerusalém. Em 2010, o israelita Elon Lindenstrauss, jovem matemático dessa mesma universidade, recebeu a medalha fields, considerada como o "nobel da matemática".
A maior parabólica solar do mundo está no Centro Ben-Gurion. Israel investe muito em energia solar, com engenheiros na vanguarda desse tipo de tecnologia. As suas empresas trabalham em projetos ao redor de todo o mundo e mais de 90% dos lares israelitas utilizam energia solar para aquecer a água, o que dá uma economia de 8% no seu consumo de energia anual.
Desde 1988, a Israel Aerospace Industries desenvolveu e fabricou de maneira independente diversos satélites comerciais, de pesquisas e militares. A maioria foram lançados para órbita terrestre de uma base da força aérea israelita, na costa mediterrânea a sul de Tel Aviv, por veículos lançadores de satélites Shavit. Alguns dos satélites de Israel classificam-se entre os sistemas espaciais mais avançados no mundo. Em 22 de junho de 2010, Israel lançou o satélite Ofeq 9, equipado com camera de alta resolução. O piloto de caça Ilan Ramon foi o primeiro astronauta israelita; actuou como especialista de carga durante a STS-107, na última e fatal missão da nave espacial Columbia.
Israel está em terceiro lugar entre os países que mais publicam artigos científicos per capita do mundo, em terceiro lugar também em número de patentes per capita. Ocupa ainda o segundo lugar entre os vinte países com mais impacto relativo em artigos científicos sobre ciências espaciais, num estudo levado a cabo pela agência Thomson Reuters. Três dos seus cientistas informáticos receberam o Prémio Turing: Michael Rabin, Adi Shamir e Amir Pnueli.