Á boa maneira muçulmana... nas Maldivas
Suíços apelidados de "porcos infiéis" durante casamento nas Maldivas
Um casal suíço foi ridicularizado e apelidado de "infiel" e "porco" por um suposto pastor durante uma cerimónia de casamento num resort de luxo nas Maldivas.
O casal, que renovava os votos de casamento, foi humilhado quando o homem que presidia a cerimónia aproveitou o Dhiveno, sua língua nativa, para os apelidar de "porcos" e "infiéis".
Num vídeo de 15 minutos colocado no You Tube, o gerente do hotel, juntamente com o suposto padre, chega também a insultar o casal.
O falso religioso chegou a dizer que “as crianças que nascerem deste casamento serão igualmente porcas bastardas”, acrescentando que “a união não é válida, pois um de vocês é um infiel e tenho razões para acreditar que o outro é ateu e nem sequer acredita em nenhuma religião infiel”.
Apesar de os empregados do hotel estarem assistir à renovação dos votos, nenhum tentou parar a humilhação do casal e alguns até registaram o momento em fotografias. Situadas no Oceano Índico, as Maldivas são maioritariamente muçulmanas.
Porção semanal da Tora
A porção semanal da Tora desta semana chama-se Jaye-Sará (vida de Sarah). À primeira vista o nome parece irónico, porque a vida não é senão a morte. Encontra-se em Génesis 23:1-25-18. Há várias sub-histórias contidas nela. A busca começa com Abraão de um lugar para enterrar a sua esposa, em seguida, diz a Abraão para procurar uma esposa para o seu filho Isaque, em seguida, narra o casamento de Abraão com ktura e os seus filhos e finalmente termina com a morte de Abraão aos 175 anos.
Ao ler a porção da Torá pela primeira vez sentimos que são os homens ativos e mulheres passivas. Abraão organiza o funeral da sua esposa e o casamento do seu filho. No entanto, ao rever tudo isto em profundidade, os personagens principais são Sara na morte e Rebeca em vida.
O leitor, que não sabe ler hebraico, muitas vezes perde as idéias mais subtis do texto. Por exemplo, ao abrir a Tora e ler o capitulo 23:02 irá ver a frase ""VaYavo Avraham lispod l'Sarah vaLivcotah/Abraham fica de luto por Sarah e chora a sua morte ..."
No hebraico original a letra CAF (c em latim), localizada no meio da palavra "vaLivcotah" significa: e chorar por ela ", caf mais pequeno do que as outras letras. Por quê?" O texto nos ensina, que quando Sara morreu, Abraão não sentia o peso do luto? Abraão percebeu que Sarah desfrutou de uma boa e longa vida, durante a qual muito fez e que uma parte da vida deexito é saber quando sair do palco da vida?
Se o texto for lido nesta perspectiva, apercebe-se de certos princípios. Entre eles estão: (1), todos morrem, a morte é uma parte natural da vida, (2) o que importa não é o que acontece depois da vida, mas o que temos alcançado ao longo da vida, (3) até quando a perda é grande, temos a responsabilidade de continuar com a vida, celebrá-la e santificá-la.
A vida de Sara também nos ensina outras lições importantes. Apesar do fato de que Sarah conhecer o bom e o mau durante a sua vida e apesar das tribulações durante parte da sua vida, conseguiu viver uma vida relativamente tranquila. Sara recusou-se a ser pessimista, mas até mesmo os seus piores dias era otimista e tinha fé em Deus. Ela entendeu que a vida não é perfeita, mas o seu objetivo é aperfeiçoar o nosso caráter e com consistência enfrentar as novas oportunidades de crescimento.
Muitos de nós só consegue entender no final da vida o que Sara percebeu durante a sua vida. Quando vivemos num estado de tristeza eterna, encurtamoa a vida e privamo-nos da alegria de viver.
A beleza da sua vida começa, quando aproveita o tempo que Deus lhe deu com cuidado. O texto diz-nos, que a Sara, como todos nós cometeu erros. Sara, no entanto, não estava entristecida pelos seus erros, mas, fazia o possível para melhorar e não repetí-los.
Como passa os seus dias? Siga o exemplo de Sara. Melhore as suas atitudes e viva feliz, com otimismo.
Shabat Shalom
Festival Internacional da Memória Sefaradita
clic na imagem para a ver maior Vai realizar-se de 1 a 7 de Novembro, nos municípios de Guarda, Trancoso e Belmonte, o primeiro Festival Internacional da Memória Sefaradita, um evento organizado pela Entidade Regional de Turismo da Serra da Estrela.
Segundo Jorge Patrão, presidente daquela organização, será o “maior evento” realizado em Portugal sobre esta temática. Esperamos ter cerca 500 participantes, havendo ainda várias universidades do mundo inteiro a procurarem saber mais sobre o evento. O programa inclui visitas e espetáculos evocativos do passado judaico, bem como um congresso que vai decorrer nos dias 2, 3 e 4 de Novembro no Teatro Municipal da Guarda, o palco principal desta atividade.
O presidente da Câmara de Belmonte, Amândio Melo, reconhece, que apesar de ser no seu município que reside uma das mais importantes comunidades judaicas do País, com cerca de 150 membros, “estamos a falar de um evento regional.
Só por si, Belmonte não tem força para ser falado no País e no mundo. Temos a plena consciência de que sozinhos é difícil” afirma, dizendo que os três municípios onde decorre o Festival têm uma forte relação com o judaísmo, e que a principal diferença é que em Belmonte “não temos só o passado, também temos o presente”.
É neste município que existe o único Museu Judaico do País, onde de resto o festival foi apresentado pública e oficialmente. Acrescentou, que é em Belmonte, que há uma sinagoga, um rabino, uma comunidade judaica organizada, a qual durante anos viveu na sombra, mas resistiu à Inquisição e hoje, de forma aberta e clara, pratica a sua religião.
Para o presidente da Comunidade Judaica de Belmonte, António Mendes, ter um evento na Terra de Cabral seria impensável há anos atrás. “Não pensávamos que isto alguma vez fosse possível, nem havia vontade da comunidade para divulgar a nossa história, pois tínhamos que nos esconder.” Agora é possível ver “na comunidade um prazer enorme em acolhermos este evento”, destaca António Mendes.
Programa em geralOs trabalhos vão reunir estudiosos de vários pontos do globo para discutir a participação de judeus sefaraditas (nascidos na Península Ibérica) no processo de globalização, o papel do cônsul Aristides de Sousa Mendes na fuga ao holocausto, ou ainda o impacto da herança judaica no turismo.
Estará ainda em debate o papel de Gracia Nassi, empresária judia portuguesa do século XVI que salvou centenas de cristãos-novos e marranos da morte e das perseguições anti-semitas.
Gracia Nassi será homenageada durante o congresso no dia 3. Nos dias 5, 6 e 7 o programa passa por outros pontos de referência judaica em Castelo de Vide e Lisboa.
“A região tem uma grande herança judaica. A aposta feita neste património culmina no Primeiro Festival da Memória Sefaradita Portuguesa”, explica Jorge Patrão, presidente da Entidade Regional de Turismo da Serra da Estrela.
“É o maior evento do género no nosso País, acerca de uma história vastíssima, mal aproveitada turisticamente e mal explicada culturalmente”, acrescenta, com a expectativa de que se sigam outras edições da iniciativa”. Este evento irá, segundo Patrão “ultrapassar as fronteiras da região”. “Será mais fácil crescer na segunda edição” acredita o líder da Turismo Serra da Estrela, que elogia o papel de Belmonte na preservação de uma identidade” que queremos mostrar que ainda existe em Portugal.
Pena é que mais municípios não tenham conseguído fazer o mesmo” afirma. Embora diga que “outro municípios, como o Sabugal, estão a começar a fazer levantamentos neste âmbito e também temos reuniões marcadas para tentar avançar com uma rede de judiarias a nível nacional”, destaca Jorge Patrão.
O Museu Judaico de Belmonte, as rotas de antigas judiarias na vila, na Guarda e em Trancoso, o azeite, vinho e queijos kosher produzidos na Beira Interior são algumas das marcas vivas na região destacadas por aquele responsável.
Como referência, a Entidade Regional de Turismo da Serra da Estrela refere que, em 2009, o Museu Judaico de Belmonte recebeu 17 840 visitas, mais 16 por cento que no ano anterior. “Dez por cento dos visitantes eram judeus oriundos de países como Israel, Estados Unidos da América, Brasil e Canadá”, refere Jorge Patrão.
Cavaco Silva na Comissão de HonraDa Comissão de Honra do Festival fazem parte Cavaco Silva, Presidente da República, Ehud Gol, Embaixador de Israel em Portugal, a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas e rabinos de Nova Iorque e Londres. Também o Alto Comissário da ONU para os refugiados, António Guterres, já enviou mensagem de boa sorte para o evento.
Presentes na apresentação, o comandante da Guarda, Joaquim Valente, lembrou o que era “a judiaria da Guarda há anos atrás e o que é hoje”, evocando o papel da autarquia na recuperação de alguns imóveis. “Tem havido uma onda de recuperação como nunca houve” assegura.
Já o Presidente da Câmara Municipal de Trancoso, Júlio Sarmento, revelou que o futuro Centro de Estudos Isaac Cardoso deverá ver as obras iniciarem-se este mês, ou em Novembro, sendo mais uma estrutura importante para a temática do judaísmo. “É um investimento de um milhão e 200 mil euros. Espero que se torne em mais um local de culto para os judeus” frisa, dizendo que é importante “dar escala” a esta oferta turística. Algo que, segundo Jorge Patrão, “não é fácil” tendo em conta que na região “não existe um aeroporto”.
La parashá VaYeirá
La parashá para esta shabbat se llama VaYeirá. La van a encontrar en el libro de Génesis: 18:1-22:24. Hay muchos que ven esta parashá como el corazón de Génesis. Trata de algunos de los problemas filosóficos, sociológicos y sicólogos más difíciles que la humanidad debe enfrentar. En ella encontramos cuestiones como: ¿por qué sufren los buenos junto con los malos? ¿Es posible moralmente justificar daño a los inocentes (collateral damage) cuando atacamos a los culpados? ¿Cómo equilibramos nuestras careras profesionales con nuestras necesidades personales y familiares?
En esta parte de la Biblia vemos a Abraham en sus glorias. Es una persona hospitalaria y dispuesta a enfrentar a D'os cuando piensa que D'os haya sido injusto. En esta misma parashá leemos de la expulsión de Hagar y de Ishmael. También trata del trozo literario tal vez más importante de la literatura occidental, la Aquedá o como la conocemos en español, "el atar de Isaac."
La parashá actual entonces nos presenta con una montaña rusa de emociones, de ideas, de esperanzas y de los momentos de desesperación. En ella leemos de la voluntad de Abraham de abrir la "casa" (tienda) a sus huéspedes y de las posibles honduras morales de Abraham cuando consideró el acto de sacrificar a su hijo, Isaac, en el Monte Moria.
¿Hay un tema que unifica estos muchos hilos literarios? Una manera para leer el texto es ver a Abraham como una persona "compuesta" con cada autor presentándonos su "abraham." Otra manera, y tal vez una manera que nos dé más satisfacción, es ver a Abraham, como todos nosotros: una persona compuesta de muchos lados y contradicciones. Exactamente como nosotros, Abraham tiene sus fuerzas y sus debilidades, sus ideas profundas y sus fracasos, sus momentos de gloria y sus momentos de lamentables.
Un tema que corre por el texto y tal vez funciona como su punto de referencia (benchmark) es el tema de "Gimilut Jasidim" o "nuestras acciones de amabilidad para con los otros." Podemos decir que el punto de referencia de la amabilidad es la herramienta de medida de Génesis. ¿Qué es la historia de Noé si no es una historia que trata de la falta de amabilidad hacia nuestros prójimos? ¿Cómo podemos comprender la relación entre José y sus hermanos si no la vemos por la prisma de la amabilidad?
Esta lucha con el concepto de la simpatia y la amabilidad domina la vida de Abraham. Trabaja para salvar las ciudades de Sodom y Gemorá, pero deja de discutir con D'os por el bienestar de sus propios hijos. Abraham era el anfitrión perfecto con los tres "mensajeros" pero a la vez expulsó a la criada de su esposa y a su hijo primogénito.
Puede ser que podemos comprender mejor a Abraham por medio de medir su sensibilidad hacia los otros. A veces él nos muestra que ser bondadoso y amable no es difícil, y en otros momentos Abraham falló sus propios puntos de referencia. Su vida nos obliga hacer preguntas sobre la nuestra: ¿Siempre somos tan amables como deberíamos ser? ¿Vivimos en conformidad con nuestras expectativas? ¿Hemos fallado a nosotros mismos y a los otros? No son preguntas fáciles pero la manera que las contestamos nos dice mucho de nuestro carácter y de la sociedad que deseamos construir.
Rabino Peter Tarlow
SHABAT SHALOM
A sinagoga de Gouveia, Guarda
Gouveia é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro e subregião da Serra da Estrela, com cerca de 3 759 habitantes.
É sede de um município com 302,49 km² de área e 15 628 habitantes (2006), subdividido em 22 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Fornos de Algodres, a nordeste por Celorico da Beira, a leste pela Guarda, a sueste por Manteigas, a sudoeste por Seia e a noroeste por Mangualde.
Gouveia teve uma comunidade de Judeus e uma sinagoga. 514 anos se passaram desde a edificação em Portugal da última sinagoga, antes da expulsão dos judeus. Essa sinagoga foi construída na cidade de Gouveia.
A sinagoga foi inaugurada em pleno dia de Ano Novo Judaico (Rosh Hashana) no ano de 1496, três meses antes do pérfido decreto promulgado em Dezembro desse mesmo ano pelo rei D. Manuel I. A Judiaria de Gouveia situa-se num aglomerado de ruas estreitas e de casas antigas, já em pleno bairro da Biqueira.
Em Gouveia iniciou-se com uma pequena comuna tendo cerca de 50 judeus em meados do século XV. No final da centúria, seriam quase 200. Encontramos aqui os Adida, Abenazo, Baruc, Faravam, Navarro e Sacuto. A comuna de Gouveia esteve sempre muito ligada ao trabalho da lã, actividade clássica desde há muito nesta cidade. Depois da data de expulsão dos judeus de Espanha (1492), muitos dos refugiados afluíram a Gouveia e outras localidades da Beira Alta e Baixa com o sentido de intensificarem o trabalho dos lanifícios praticado então de forma muito rudimentar. Em 1496 é construída uma sinagoga cujo registo fica patente na pedra encontrada em 1967 numa casa da Rua Nova em plena judiaria de Gouveia.
Nesta cidade da vertente norte da Serra da Estrela a comunidade era também bem organizada. Fica para a história a força que, no período entre 1525 e 1530, o ódio fomentado por D. João III atingiu, tornando conhecido este episódio relatado por Meyer Kayserling: «Em Gouveia foi encontrada em pedaços uma imagem de Maria, muito adorada pelo povo. Este sacrilégio, atribuído aos cripto-judeus da cidade, levou à prisão de três deles, que foram soltos após alguns dias. A massa enfurecida acusou os judeus de suborno. [...] O inquérito contra os cripto-judeus libertados foi reiniciado por insistência dos moradores. Falsas testemunhas depuseram contra os acusados e, como ficou provado mais tarde, devido a acusações caluniosas, morreram na fogueira como hereges e profanadores de imagens sagradas.»
Na pedra da sinagoga de Gouveia descoberta em 1967 pode ler-se: “A glória desta Última casa será maior que a primeira; Diz o "Adonai" (Senhor) dos Exércitos: a casa da nossa santificação, da nossa glória, e os resgatados pelo Senhor, voltarão e regressarão a Sião em alegria”.
Os Judeus e posteriormente os cristãos-novos, foram os grandes responsáveis pelo desenvolvimento dos lanifícios em toda aquela região incrementado também o sector comercial em geral.
Após o decreto real, a transformação do edifício e o gradual esquecimento do mesmo como símbolo de toda uma comunidade, acabou irremediavelmente por o remeter ao abandono e à ruína.