7.1.09

Primeiro Gaza, depois o mundo

O confronto na Faixa de Gaza não é entre Hamas e Israel, mas sim, entre a Al Qaeda, Irão, o Islão radical (de um lado) e o mundo livre (do outro).


Ben Drori Yemini

Alguns dos mais proeminentes críticos israelitas escreveram, que por cada israelita morto cerca de 100 palestinos morreram. Uma meia-verdade é pior do que uma mentira, mas aquela afirmação, nem sequer é uma meia verdade. É uma decepção. Depois de ameses e anos de rocketes lançados contra território israelita e população civil de Israel, não é uma questão de contabilidade. A Síria ou a Suécia nunca tolerariam. É uma provocação, que requer uma resposta séria. E se formos por contabilizar as perdas e danos, então fazemos as contas certas. Não podemos só contabilizar um só lado, que neste caso é o lado Palestino e para agradar ao mundo muçulmano.

Então, desde a fundação do Estado de Israel, cerca de 12 milhões de árabes e muçulmanos foram mortos, muitos deles entre confrontes árabes e muçulmanos. A “contribuição” de Israel desde essa altura, foi em cerca de 60 mil e inclui todas as guerras e intifadas. Por outras palavras, meio por cento (0.5%).

E mais importante, a confrontação não é entre Hamas com os seus rockets e Israel. O confronto é entre Hamas, um grupo assumidamente de radicais islâmicos e Israel. A sua declaração tem como objectivo, o estabelecimento de um califato mundial como parte de uma ideologia anti-semítica, que clama pela aniquilação de Judeus. As explicações deste facto seguem-se. Desde que o atitude política do Irão já aniquilou milhões sem anúncio prévio, nós deveríamos tomar esta situação muito séria, quando falam em aniquilação.

São as Hamas parte da Jihad Global?

Na secção 7 do manifesto da organização explica, que não é um movimento local, nem nacional.

O título é “A natureza global através do mundo inteiro, o movimento é global“.

É este o movimento, que clama pela aniquilação dos Judeus? É o que está escrito a seguir, na mesma secção. “O mensageiro (Mohammed) disse: Os muçulmanos lutarão contra os Judeus e os muçulmanos os matarão e mesmo que os Judeus se escondam por detrás das pedras e árvores, as pedras e árvores os denunciarão dizendo: Oh Abd Allah, há um Judeu escondido, vem e máta-o“. E isto é uma fórmula adicional de condenar os Judeus por todas as guerras no mundo, para a dominação do mundo, etc.

O problema não é a ligação com a fonte, pois até no Judaísmo, um rabino em certa altura o disse: O melhor gentio é o que está morto. Mas, esta afirmação só é pessoal e não um fundamento do movimento, da organização, etc., ou do partido no poder governativo. Ao contrário. Há inúmeras interpretações explicando as circunstâncias de afirmações e a falta de relevância. Mas não é o caso das Hamas. As afirmações para estes são práticas a serem executadas. E os líderes das Hamas não deixam espaço para dúvidas.

O sheik Mushin Abu Ita no canal Al Aktza afirmou – “A aniquilação dos Judeus é uma benção maravilhosa”. O dr. Ahmed Bahar, como presidente do parlamento Palestino, afirmou o seguinte: Os Judeus são câncros e por isso eles e os americanos devem ser todos destruídos.

De acordo com a constituição Palestiniana, este homem, Bahar, virá a ser o futuro presidente da Autoridade palestiniana se Abu Mazen cessar funções. O dr. Yunis Al Astal, um membro do parlamento Palestiniano, um dos oficiais seniores das Hamas, que trabalha como professor na faculdade de Shariyah e é o presidente do departamento islâmico da justiça, na Universidade Islâmica, afirmou que a ordem de aniquilação é para o nosso tempo e não para o futuro.

O livro “Jihad e Ódio aos Judeus” do Dr. Matthias Kuntzel fala da ideologia da aniquilação do islamismo radical, onde as Hamas se situa.


Não há lógica para a loucura.

O mais recente e simbólico evento ocorreu no Iraque. Um suicida bombista Shiita levou a cabo o seu atentado durante uma demonstração Sunita em apoio ás Hamas. É confuso, não é? Era suposto este terrorista estar a servir os interesses Iranianos. O Irão, como sabem é quem suporta as Hamas. Mas, os Sunitas e Shiitas têm pontos comum: queimam bandeiras de Israel e defendem a aniquilação do povo Judeu. Então, qual a razão para actos daqueles? Para quem estava a trabalhar aquele suicida? Qual o seu objectivo com aquela atrocidade? Contra quem estava? Não se dê ao trabalho de procurar respostas, porque estamos a lidar com loucos, doidos. Não há lógica para se entender.


Matar por matar

Há uns dias, Samuel Huntington – o profeta do Choque das Civilizações – morreu. Ele estava errado. Primeiro, existe uma guerra entre o político Islão contra o Muçulmano. E de verdade não é uma guerra. É só um lado do assassino no qual mata outros radicais e os outros, que não conseguem entender, onde pecaram. Mulheres e crianças que foram mortos nas aldeias do Afeganistão e da Argélia pelos Talibans ou Frente Islâmica, que não colaboram com o Ocidente.

Matar por matar. Tal como centenas de Indianos em Mumbai, entre eles 40 muçulmanos massacrados por muçulmanos. Exactamente como centenas de muçulmanos mortos por outros muçulmanos em inumerosos ataques no Paquistão.

Mas ainda acrescentamos. No caso dos muçulmanos, 95% dos protestos do Paquistão através de Um el Fahum para Londonistan é a favor dos radicais muçulmanos. Muçulmanos a favor de quem os massacra. Como o que acontece no Iraque. O facto de se demonstrarem a favor das Hamas e contra Israel não os ajuda. Também podem ser mortos pelos outros muçulmanos. Como já dissemos não há lógica. Enfim…