Porção Semanal: Nassô
Bamidbar 1:21 - 7:89Nassô prossegue delineando as tarefas e responsabilidades das três famílias levitas - Gershon e Merari na porção desta semana, Kehat na semana passada - e contando todos os levitas que estavam em idade de servir no Mishcan.
Depois que D'us ordenou a Moshê para purificar o acampamento afim de ser um lar merecedor da Presença Divina, a Torá descreve o processo a ser cumprido com uma sotá, uma esposa que foi advertida pelo marido a não ficar sozinha com outro homem, e mais tarde foi surpreendida fazendo-o, dando ao marido um bom motivo para suspeitar de adultério. Ela é levada ao Cohen no Templo Sagrado e, caso não admita a sua culpa, recebe água amarga sagrada para beber, o que levará a um destes dois resultados: ou as águas estabelecerão a sua inocência, removendo a dúvida do seu relacionamento com o marido e abençoando-a com filhos, ou as águas provarão a sua culpa por uma morte miraculosa e grotesca.
A Torá então descreve as leis do nazir, uma pessoa que aceitou voluntariamente adoptar um estado especial de santidade, geralmente por trinta dias, abstendo-se de comer ou beber qualquer derivado de uva, cortar o cabelo, e de contaminar-se através do contacto com o corpo de alguém que morreu. Após relatar as bênçãos pelas quais os Cohanim abençoarão o povo, a porção da Torá conclui com uma longa lista das oferendas trazidas pelos doze líderes das tribos durante a dedicação do Mishcan para uso regular. Cada príncipe faz uma oferenda comunal para ajudar a transportar o Mishcan, bem como doações idênticas de ouro, prata, animais e alimentos.
Depois que D'us ordenou a Moshê para purificar o acampamento afim de ser um lar merecedor da Presença Divina, a Torá descreve o processo a ser cumprido com uma sotá, uma esposa que foi advertida pelo marido a não ficar sozinha com outro homem, e mais tarde foi surpreendida fazendo-o, dando ao marido um bom motivo para suspeitar de adultério. Ela é levada ao Cohen no Templo Sagrado e, caso não admita a sua culpa, recebe água amarga sagrada para beber, o que levará a um destes dois resultados: ou as águas estabelecerão a sua inocência, removendo a dúvida do seu relacionamento com o marido e abençoando-a com filhos, ou as águas provarão a sua culpa por uma morte miraculosa e grotesca.
A Torá então descreve as leis do nazir, uma pessoa que aceitou voluntariamente adoptar um estado especial de santidade, geralmente por trinta dias, abstendo-se de comer ou beber qualquer derivado de uva, cortar o cabelo, e de contaminar-se através do contacto com o corpo de alguém que morreu. Após relatar as bênçãos pelas quais os Cohanim abençoarão o povo, a porção da Torá conclui com uma longa lista das oferendas trazidas pelos doze líderes das tribos durante a dedicação do Mishcan para uso regular. Cada príncipe faz uma oferenda comunal para ajudar a transportar o Mishcan, bem como doações idênticas de ouro, prata, animais e alimentos.
Mensagem da Parashá
"Os itens sagrados de um homem devem ser seus" (Bamidbar 5:10)
Existiu certa vez um homem muito trabalhador que estava a passar por dificuldades financeiras. Incapaz de ganhar dinheiro suficiente para sustentar a família, decidiu fazer uma longa viagem de negócios a um país distante, na esperança de conseguir alguma coisa. Ao chegar, logo envolveu-se na venda de laticínios. O leite dava um bom lucro, pois era escasso naquele país, e ele logo tornou-se próspero.
Quando, após muitos anos, ficou satisfeito com a fortuna que havia amealhado e que proveria confortavelmente as necessidades da sua família pelo resto da vida, preparou-se para voltar para casa com os seus bens recém-adquiridos. Entretanto, raciocinando que poderia também vender o leite na sua terra, decidiu não transportar os seus baús repletos de moedas de ouro e prata, e em vez disso comprou muitos barris de leite. Carregou-os prontamente no seu navio, esperando que pudesse aumentar ainda mais os seus lucros.
No último instante, pouco antes de o navio levantar velas, um mercador vendendo diamantes e pedras preciosas por um preço extraordinariamente baixo aproximou-se dele. Usando todos os métodos de persuasão de que podia dispor, o mercador finalmente convenceu o homem a trocar uma pequena quantidade do seu valioso leite por algumas das pedras, que embora preciosas, não custavam muito.
Após vários dias de viagem, finalmente o homem chegou ao seu porto natal. A sua família lá estava para saudá-lo entusiasticamente, ansiosa para descobrir que tesouros ele havia juntado durante os longos anos de separação. Quando começaram a descarregar as centenas de baús de mercadoria, foram imediatamente dominados por um cheiro avassalador.
Logo ficou claro que milhares de galões de leite haviam-se estragado durante a longa viagem. Frustrada pelos muitos anos de separação e incapaz de acreditar na estupidez do marido, a sua esposa começou a chorar amargamente. "Como pode investir todas as suas economias em leite, algo que qualquer um aqui vende por um preço irrisório. Deveria ter comprado baús de pedras preciosas por um preço baixo, e vendê-los aqui por milhões. Como vai sustentar-nos agora?!" Percebendo o seu erro crasso, o homem não pôde responder. Finalmente lembrou-se que, no último minuto, comprara umas poucas caixas de pedras preciosas, e usou-as para sustentar a família por algum tempo.
Assim é a vida do homem. Chegamos a este mundo por um tempo breve, pensando que reteremos enormes lucros ao investir nos seus muitos prazeres efêmeros. A comida e a bebida custam pouco; a glória, a honra e o prazer esperam-nos a cada esquina. Não prezamos os valiosos diamantes e pedras preciosas, a Torá e mitsvot, que aqui podem ser adquiridas por tão pouco. E quando chega a nossa hora de deixar este mundo, tudo o que temos para levar connosco são os nossos prazeres e diversões - o nosso leite estragado.
É claro que juntamos algumas poucas pedras preciosas durante estes anos, mas o nosso coração anseia pelas muitas oportunidades perdidas, quando poderíamos ter ganhado milhões e preparado para nós um lugar maravilhoso no verdadeiro mundo, o Mundo Vindouro.
Com esta parábola, o Chefetz Chaim explica homileticamente o versículo acima na Porção desta semana da Torá. Não o dinheiro e não a nossa fama - apenas as mitsvot que cumprimos e a Torá que estudamos são realmente nossas, para levar connosco.
Existiu certa vez um homem muito trabalhador que estava a passar por dificuldades financeiras. Incapaz de ganhar dinheiro suficiente para sustentar a família, decidiu fazer uma longa viagem de negócios a um país distante, na esperança de conseguir alguma coisa. Ao chegar, logo envolveu-se na venda de laticínios. O leite dava um bom lucro, pois era escasso naquele país, e ele logo tornou-se próspero.
Quando, após muitos anos, ficou satisfeito com a fortuna que havia amealhado e que proveria confortavelmente as necessidades da sua família pelo resto da vida, preparou-se para voltar para casa com os seus bens recém-adquiridos. Entretanto, raciocinando que poderia também vender o leite na sua terra, decidiu não transportar os seus baús repletos de moedas de ouro e prata, e em vez disso comprou muitos barris de leite. Carregou-os prontamente no seu navio, esperando que pudesse aumentar ainda mais os seus lucros.
No último instante, pouco antes de o navio levantar velas, um mercador vendendo diamantes e pedras preciosas por um preço extraordinariamente baixo aproximou-se dele. Usando todos os métodos de persuasão de que podia dispor, o mercador finalmente convenceu o homem a trocar uma pequena quantidade do seu valioso leite por algumas das pedras, que embora preciosas, não custavam muito.
Após vários dias de viagem, finalmente o homem chegou ao seu porto natal. A sua família lá estava para saudá-lo entusiasticamente, ansiosa para descobrir que tesouros ele havia juntado durante os longos anos de separação. Quando começaram a descarregar as centenas de baús de mercadoria, foram imediatamente dominados por um cheiro avassalador.
Logo ficou claro que milhares de galões de leite haviam-se estragado durante a longa viagem. Frustrada pelos muitos anos de separação e incapaz de acreditar na estupidez do marido, a sua esposa começou a chorar amargamente. "Como pode investir todas as suas economias em leite, algo que qualquer um aqui vende por um preço irrisório. Deveria ter comprado baús de pedras preciosas por um preço baixo, e vendê-los aqui por milhões. Como vai sustentar-nos agora?!" Percebendo o seu erro crasso, o homem não pôde responder. Finalmente lembrou-se que, no último minuto, comprara umas poucas caixas de pedras preciosas, e usou-as para sustentar a família por algum tempo.
Assim é a vida do homem. Chegamos a este mundo por um tempo breve, pensando que reteremos enormes lucros ao investir nos seus muitos prazeres efêmeros. A comida e a bebida custam pouco; a glória, a honra e o prazer esperam-nos a cada esquina. Não prezamos os valiosos diamantes e pedras preciosas, a Torá e mitsvot, que aqui podem ser adquiridas por tão pouco. E quando chega a nossa hora de deixar este mundo, tudo o que temos para levar connosco são os nossos prazeres e diversões - o nosso leite estragado.
É claro que juntamos algumas poucas pedras preciosas durante estes anos, mas o nosso coração anseia pelas muitas oportunidades perdidas, quando poderíamos ter ganhado milhões e preparado para nós um lugar maravilhoso no verdadeiro mundo, o Mundo Vindouro.
Com esta parábola, o Chefetz Chaim explica homileticamente o versículo acima na Porção desta semana da Torá. Não o dinheiro e não a nossa fama - apenas as mitsvot que cumprimos e a Torá que estudamos são realmente nossas, para levar connosco.
Versículo 5:3
"O cohen dissolverá [a escrita] nas águas amargas"
Disse D'us: Que meu nome seja apagado pela água, se for para trazer paz entre marido e mulher. (Sifri)
"... e ele salta sobre mim com amor" (Cântico dos Cânticos 2:4) - Imenso é o amor de D'us por Israel; Ele tolera amorosamente os estudantes que tropeçam sobre as páginas dos escritos sagrados..." (Midrash)
Prioridades Celestiais
Um chassid escreveu certa vez ao Rabi Anterior, Rabi Yossef Yitschac Schneerson:
Na sinagoga onde rezo, há indivíduos completamente desalinhados com o espírito do chassidismo. Portanto, cessei a minha actividade de revisar os discursos de ensinamentos chassídicos naquele local. Seria correcto desperdiçar com pessoas assim os sagrados ensinamentos do chassidismo?
O Rebe replicou numa carta datada de 2 de Iyar de 5695 (5 de maio de 1935):
Rabi Pinchas de Kotitz estava entre os mais destacados discípulos de Rabi Yisrael Báal Shem Tov, e companhia constante do seu sucessor, Rabi Dovber de Mezeritch. Rabi Pinchas era da opinião que a distinção e exclusividade dos ensinamentos do chassidismo deveriam ser salvaguardados. Ele acreditava que estes ensinamentos não deveriam ser publicados, e somente compartilhados com uns poucos escolhidos. Opunha-se especialmente àqueles que transcreviam os ensinamentos de Rabi Dovber e permitiam que cópias fossem feitas.
Certa vez, quando Rabi Pinchas estava em Mezeritch, encontrou uma dessas transcrições num depósito de lixo. Esta visão causou-lhe grande sofrimento. Rabi Shneur Zalman de Liadi também estava em Mezeritch na época, e sabia da intolerância de Rabi Pinchas com a publicação indiscriminada de chassidut. Desejando aplacar a ajusta indignação do outro, começou a falar em metáforas:
"Houve certa vez um poderoso rei que tinha um único filho. Desejando que o seu filho crescesse em sabedoria e força, enviou-o para explorar terras distantes e ilhas perdidas. Lá, o príncipe poderia estudar a natureza de plantas e animais estrangeiros, e desbravar áreas perigosas para capturar animais selvagens e pássaros exóticos.
"Certo dia, chegou ao palácio a notícia de que o filho do rei, que estava então numa ilha distante, ficou gravemente doente e os médicos eram incapazes de encontrar a cura para a sua moléstia. O rei ordenou que fosse emitida uma convocação por todo o reino: qualquer pessoa que tivesse conhecimento de medicina ou que pudesse propor a cura para a doença do príncipe deveria ir ao palácio real.
"Todos os grandes médicos e todos os eruditos de renome ficaram em silêncio; pois não conheciam remédio ou cura para a doença do príncipe.
"Certo dia, apareceu um homem que contou ao rei que conhecia um remédio comprovado para a doença do príncipe. Entretanto, este remédio poderia ser encontrado apenas em uma pedra extremamente rara e preciosa. Deveriam encontrar a pedra, moê-la bem fino e misturá-la com um vinho fino, dando-a ao príncipe para beber, o que o curaria.
"O rei ordenou que todos os gemologistas do país se reunissem e fizessem uma busca completa nos tesouros reais para encontrar a pedra descrita pelo homem. Após inspecionar todas as gemas do rei, os especialistas finalmente descobriram uma pedra que combinava com a descrição do homem. Entretanto, a gema que encontraram era a pedra central da coroa real!
"A princípio, ficaram alegres por descobrir a gema, mas logo perceberam que ao remover a pedra da coroa - a própria coroa com a qual o rei era coroado - toda sua glória se esvaneceria, ficaram extremamente desgostosos. Apesar disso, foram obrigados a informar ao rei que a pedra havia sido encontrada.
"O rei ficou muito feliz. Ordenou que a pedra fosse extraída, moída até transformar-se em pó bem fino, e que a poção para o seu filho fosse preparada sem perda de tempo.
"Mas naquele momento, terríveis novas chegaram ao palácio real: a condição do príncipe havia-se deteriorado tanto que os seus lábios estavam selados. Estava tão doente que não conseguia pôr nada, nem mesmo líquidos, na boca. Os especialistas e eruditos reunidos no palácio estavam certos de que, sob estas circunstâncias, o rei certamente ordenaria que a pedra não fosse moída, para que o esplendor da coroa real pudesse ser preservado.
"Quão surpresos ficaram ao ouvir o rei instruindo-os a apressar-se e esmagar a gema e a preparar a poção o mais rápido possível, e despejá-la dentro da boca do príncipe. 'Moam, derramem, desperdicem toda a pedra,' disse o rei, 'quem sabe, talvez uma única gota possa entrar na boca do meu filho e ele será curado.'
"Os ministros do rei ficaram pasmos com a decisão do soberano, e suplicaram-lhe: enquanto o príncipe era passível de cura, valia a pena destruir a pedra; mas agora, quando a sua condição é tão grave que mesmo a capacidade de engolir foi prejudicada, porque arruinar a gloriosa coroa do rei, a coroa pela qual ele assumira o trono?
"O rei replicou aos ministros: 'Se, D'us não permitir, o meu filho viver, quem precisa da coroa? E se ele recuperar, a coroa destruída será a minha maior glória. Isso provará a lealdade do meu único filho, que arriscou a vida para cumprir a minha vontade e a aumentou em bravura e sabedoria...'"
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