1.2.08

Porção Semanal da Torá: Mishpatim


Shemót (Êxodus) 21:01 - 24:18

Esta porção semanal contém 23 mandamentos positivos (Faça ! ) e 30 negativos (Não Faça ! ). Estão incluídas aí as leis referentes a escravos e escravas, assassinato, ferir o pai ou a mãe, sequestro, amaldiçoar os pais, prejuízos pessoais, ferimentos pessoais, tipos de prejuízos e as suas indenizações, sedução, idolatria, mal trato de crianças, órfãos e viúvas.

A porção continua com as leis sobre empréstimo de dinheiro, não amaldiçoar juizes ou líderes, dízimo, primogénitos, devolução de animais perdidos, ajudar a descarregar um animal, o ano Sabático, o Shabat e as Três Grandes Festas (Pessach, Shavuót e Sucót).

Mishpatim conclui com a promessa do Criador de guiar-nos até á Terra de Israel, proteger a nossa jornada, garantir o fim dos nossos inimigos e a nossa segurança na Terra de Israel – ao cumprirmos a Torá e a suas Mitsvót. Moshe conclui os seus preparativos e os do Povo, e sobe ao Monte Sinai para receber os Dez Mandamentos.

Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin

A Torá discorre sobre a responsabilidade de alguém que feriu outra pessoa: “E ela deve ser curada (Shemót 21:19)” – significando que o ofensor deve pagar as despesas médicas da pessoa prejudicada. O Talmud (Berahót 60a) ensina que deste versículo aprendemos o princípio de que o médico pode curar. Por que a Torá precisou de nos contar que é permitido ao médico curar?

O Rabino Yaacov Ytschak Horowitz, conhecido como Hoze (O Vidente) de Lublin (Polônia, 1745- 1815), esclareceu que um médico tem permissão apenas para curar. Ele não tem o direito de desesperar o paciente sobre a sua possibilidade de cura. Mesmo que o médico entenda, por sua experiência e por tudo o que já foi estudado sobre situações similares a esta, que doentes assim geralmente não se recuperam, o Todo-Poderoso é Quem tem a palavra final sobre a realidade da recuperação de qualquer pessoa. Nunca desista! Há muita gente que viveu muitos anos após os médicos terem dito o oposto.

Visto isto ser evidente em relação a problemas médicos, também é verdadeiro em relação ao nosso comportamento e emoções. Ninguém pode ter certeza que uma pessoa mudará para melhor ou não mudará para melhor. Não devemos esperar por milagres, mas desde que se esteja vivo sempre existe esperanças de melhoria e aperfeiçoamento.

Só depende da pessoa estar motivada a fazer um esforço para mudar.