25.6.07

Hamas envia gravação de Schalit


http://www.youtube.com/watch?v=r_iNku-bYcE

Os outros dois reféns















Na sequência da notícia anterior, eis as fotos dos outros dois soldados israelitas feitos reféns pelo grupo terrorista islâmico - Hezbollah.

O da esquerda chama-se Eldad Regev e o da direita Ehud Goldwasser.
Serão representados:
Por parte de Ehud Goldwasser, a sua mãe (Miki Goldwasser) e o sogro (Omri Avni)
Por parte de Eldad Regev, o seu pai (Zvi Regev)

Colabore nesta campanha de solidariedade para a libertação destes três soldados israelitas, vítimas de rapto e sequestro por grupos terroristas radicais islâmicos, situados no Líbano (Hizbollah) e em Gaza (Hamas). Até ao momento, ainda nenhuma organização humanitária teve acesso a qualquer informação sobre não só o paradeiro de ambos, mas também, sobre as condições de tratamento e saúde, segundo os padrões internacionais.

GILAD SCHALIT - faz hoje um ano


FAMILIARES DOS SOLDADOS ISRAELITAS RAPTADOS HÁ UM ANO PASSARÃO POR PORTUGAL NUMA CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO.

Na sequência da visita a Lisboa, entre os dias 05 e 07 de Julho próximo, de 5 membros das famílias dos três soldados israelitas raptados há um ano - GILAD SCHALIT (pelo Hamas); EHUD GOLDWASSER e ELDAD REGEV (pelo Hezbollah); info rmamos que decorrerá no Hotel Real Palácio (no dia 5 de Julho, pelas 21 horas) uma cerimónia de apelo à libertação dos soldados, organizada pela Embaixada de Israel e pela Comunidade Israelita de Lisboa. Nesta estarão presentes membros de várias confissões religiosas, políticos e demais personalidades preocupadas com esta questão de cariz humanitário.

Desde o rapto, nenhum dos familiares nem nenhuma organização humanitária conseguiu obter qualquer informação acerca do paradeiro ou estado dos três soldados, contra todas as disposições internacionais das leis humanitárias. Assim, as famílias estarão em Portugal nestas datas no contexto de uma campanha de sensibilização que realizarão em alguns países.

Da parte de Gilad Schalit, os pais (Noam e Aviva Shalit)
Da parte de Ehud Goldwasser, a mãe (Miki Goldwasser) e o sogro (Omri Avni)
Da parte de Eldad Regev, o pai (Zvi Regev)

Para informação mais detalhada acerca dos soldados e deste movimento de sensibilização criado pelas famílias, por favor acedam ao site www.banim.org.

As famílias encontram-se também disponíveis para conceder entrevistas à imprensa. Solicitamos que contactem o departamento de Imprensa da Embaixada de Israel pelo Telefone 213553648 (Sílvia Machado).

23.6.07

Diplomacia Silenciosa...



Por Jacob Chic Hecht

Faz mais de dez anos que o Rebe de Lubavitch faleceu. Tenho 75 anos, e desejo relatar a história mais importante da minha vida. É uma história sobre a sabedoria do Rabino.

Fui eleito para o Senado dos Estados Unidos em 1982. Alguns anos depois, o meu irmão, Martin Hecht, e o meu sobrinho, Dr. Chaim Hecht, levaram-me ao Brooklyn para conhecer o Rebe num farbrenguen (reunião chassídica). O Rebe falou comigo e disse: "A sua maior prioridade deveria ser tirar os judeus da Rússia." Respondi que a minha falecida mãe era imigrante russa, e tinha fugido com a sua família para escapar da morte nas mãos do cossacos russos. "A chave", disse o Rebe, "era a diplomacia silenciosa". Lembre-se que a Guerra Fria com a Rússia ainda estava em vigor.

Cerca de três anos depois, havia uma votação muito importante para ser feita pelo Senado americano. O Presidente Reagan precisava do meu voto para um desempate. O voto era importante para o Presidente. Eu sempre tinha apoiado o Presidente Reagan, pois achava que ele era o melhor amigo de Israel na Casa Branca. Encontrei pessoalmente o Presidente e falei-lhe da minha decisão de apoiá-lo com o meu voto de desempate. Perguntei então se poderia mencionar uma preocupação minha. Reagan concordou. Contei-lhe, que minha mãe viera da União Soviética como imigrante, e somente pela graça de D'us eu estava ali no Senado perante o Presidente dos Estados Unidos. Pedi-lhe, que colocasse mais ênfase no pedido de libertação das dezenas de milhares dos judeus soviéticos antes da próxima Conferência de Cúpula. "Todos devem ter permissão para deixar a União Soviética, Sr. Presidente, não apenas os idosos, mas também crianças, adolescentes, médicos e cientistas. Todos devem receber o direito humano básico da liberdade." O Presidente expressou grande preocupação.

Foi o último compromisso do Presidente antes de partir para a Conferência em Reiquejavique, Islândia, que ocorreu no início de Outubro de 1986. Naquele encontro apresentei ao Presidente uma lista de 1200 nomes de judeus soviéticos que se tinham inscrito para emigrar da Rússia. Lembrei ao Presidente que os números poderiam chegar aos milhões, mas este já seria um começo. Usei a "diplomacia silenciosa", pois apenas o Presidente, um assessor e eu estávamos no gabinete.

O Presidente Reagan entregou a lista com os 1200 nomes ao Presidente Mikhail Gorbachev na Conferência de Reiquejavique e falou sobre a sua importância. Dentro de semanas uma pequena quantidade de judeus começou a deixar a Rússia. Logo a pequena quantidade se transformou em dezenas de milhares.

Depois que Ronald Reagan deixou o cargo e eu me tornei Embaixador nas Bahamas, ele e a Sra. Reagan foram para as Bahamas em férias. Convidaram a minha mulher e a mim para um cocktail, no qual receberiam alguns amigos. Eu disse ao Presidente que maravilhoso serviço ele prestara ao povo judeu ao conseguir que os judeus deixassem a Rússia, e perguntei por que ele nunca mencionara o facto em público. A Sra. Reagan disse que havia muitas pessoas em torno dele que não desejavam que os judeus saíssem da Rússia, e que se ele tornasse o facto conhecido, o êxodo teria de parar. O Presidente Reagan usara a "diplomacia silenciosa" com Gorbachev.

A história continua com um toque humano. O meu irmão Marty, que tem tido problemas com os pés, foi à Clínica Scripps em La Jolla, Califórnia. Marcou consulta com um médico que o enviou a um especialista. Este o examinou e fez uma pergunta: "O seu nome é Hecht. Conhece um Senador Hecht?" Marty disse: "É meu irmão." O médico ficou bastante emocionado e respondeu que eu tinha salvado a vida da sua esposa, mãe, e sogro. Eles estavam na lista e tinham recebido instruções para estar no aeroporto numa determinada hora. Eles não sabiam o que esperar. Embarcaram no avião e descolaram para Viena. Com o dinheiro que tinham, enviaram um telegrama de agradecimento ao Presidente Reagan. Desde aquela época, tenho conhecido muitos judeus que estiveram naquela lista.

O conselho do Rebe e as suas instruções para usar a "diplomacia silenciosa" resultaram no salvamento de centenas de milhares de vidas, e num Israel mais forte, para onde a maior parte imigrou.

21.6.07

Parashat: Chukat


As leis sobre “Pará Adomá”, a vaca vermelha, descritas nesta parashá, estão incluídas dentro das leis de pureza e impureza da Torá. De acordo com estas leis, se sacrificava a vaca vermelha, queimavam-se os restos e as suas cinzas serviam como elemento purificador para aqueles que haviam adquirido impureza ritual como consequência do contacto com um morto. Era imprescindível que a vaca fosse totalmente vermelha. Se apenas dois dos seus pelos fossem de outra cor, tornava-se invalida para tal função. Também não poderia trabalhar a terra ou transportar cargas quando estava destinada a purificar o homem impuro. Apenas depois de ter sido purificado mediante as cinzas da vaca, ao homem impuro lhe era permitido entrar no Templo.

O homem de Israel deve cumprir com distintos tipos de preceitos. Existem preceitos positivos e negativos. Existem leis racionais, compreensíveis, morais e também preceitos que são ordens dogmáticas que não podemos questionar e sobre as quais não podemos receber resposta sobre a sua causa ou finalidade. Entre estas leis se destaca o preceito de “Pará Adumá”, da qual se refere a nossa parashá. Este preceito constitui um segredo, um enigma que está além da nossa compreensão. Numerosas tentativas foram feitas de explicar o sentido deste preceito e das leis diversas que o especificam, porém o preceito parece possuir uma dimensão mística, espiritual, para a qual é difícil prover explicações racionais. A mente e a razão humanas são capazes apenas de perceber a realidade sensorial e o mundo dos factos reais, com os quais podem relacionar-se em forma adequada. Isso não ocorre com respeito aos elementos que se encontram para além desta realidade.

A cerimónia relacionada com “Pará Adumá” constitui uma actividade de purificação pessoal, uma experiência individual que purifica o judeu desde o ponto de vista ritual e lhe permite retomar o seu estado de pureza. A sua eficiência não se baseia no sentimento nem no raciocínio, senão que exige obediência e submissão, através do impulso do pensamento e a vontade diante da Lei Divina.

Segundo a concepção judaica do sistema de leis e preceitos, é possível analisar a definição dos preceitos, porém, é necessário cumpri-los e ensiná-los mesmo no caso em que não seja possível prover uma explicação racional ou moral como os preceitos de Shatnez (a proibição de misturar tecidos numa roupa), ou o preceito de “Pará Adumá”.

Do ponto de vista teórico existem diversas razões para o cumprimento dos preceitos e cada uma das escolas de pensamento apresentou a sua interpretação própria. O chassidismo considerou que o cumprimento dos preceitos permitia uma aproximação íntima com o Criador. A escola filosófica destacou os aspectos morais, históricos, utilitários e intelectuais relacionados com os diversos preceitos. Os estudiosos da Kabalá sustentaram que o cumprimento dos preceitos possuía uma intenção Divina, cósmica, e que representa o aspecto exterior que apontava a um segredo Divino. Seja qual for o ponto de vista que apoiamos com respeito aos preceitos, devemos destacar que o seu cumprimento é obrigatório.

O judaísmo não é apenas uma crença ou religião, mas também um sistema legal. Um sistema legal admite a existência de uma congregação que aceita as normas que o compõe. Todo sistema legal baseia-se no conceito fundamental que diz: o direito e a capacidade do governador de estabelecer as suas leis. Desta premissa derivam as leis do judaísmo, sendo a sua origem o pacto entre D-us e o seu povo.

O judeu religioso assume dois compromissos: o cumprimento dos preceitos e a identificação com o destino do povo. Ambos demandam um alto nível de fé, já que é possível considerar que este sistema legal constitui uma ordem natural dentro da qual está o homem, quem os aceita como uma realidade. Na sua vida pessoal, o homem aceita sobre si o cumprimento dos preceitos que se referem a cada aspecto da sua vida e entre os quais existem também preceitos que lhe resultam incompreensíveis.

A Torá distingue entre dois tipos de leis: Chok e Mishpat – Chukim são geralmente leis lógicas, a tal ponto que se certa conduta não nos fosse exigida por ordem Divina, nunca a realizaríamos. Suponhamos que cada lei possui lógica e intenção Divinas, porém não podemos saber qual é seu objectivo. Os Mishpatim são leis que reflectem valores culturais que exigem compromisso e cumprimento, se originam de uma ordem Divina.

É possível definir uma lei como uma norma e ordem absolutas, que demandam obediência total, sem reparo algum. Um judeu observante aceita a ordem da Torá do mesmo modo que o doente aceita as instruções e os medicamentos do seu médico. É possível tentar analisar e averiguar, porém em última instância é necessário aceitar a lei sobre a base da nossa fé.

A lei possui aspectos característicos. Em primeiro lugar, é inalterável. Não depende das transformações da situação ou da ideologia, ou das variadas condições económicas ou sociais. A lei religiosa possui o mesmo caráter inalterável das leis naturais. A lei constitui o elemento básico que determina e dirige a existência física da natureza e a conduta do homem, por isso deve ser inalterável.

A segunda característica de uma lei é sua exigência de obediência e submissão total, justamente porque requer a renuncia à compreensão humana. Apesar de que o homem é um ser pensante, a lei exige, muitas vezes, renunciar ao entendimento.

O judeu aceita a Torá em sua totalidade, em qualidade de lei inalterável e incompreensível. Na realidade cumprimos com todos os preceitos – também com os que possuem uma explicação racional no aspecto social ou cultural – como se fossem leis. Não diferenciamos entre os preceitos, mas aceitamos e cumprimos todos eles, na sua qualidade de obrigações religiosas absolutas. Em muitas ocasiões a razão humana sente-se perplexa diante da decisão que deve ser tomada, já que o entendimento humano deve necessariamente ponderar as razões a favor e contra de cada uma das alternativas.

Muitas vezes a razão coloca ao homem numa encruzilhada, sem que seja capaz de decidir em forma cabal qual deve ser o caminho a tomar e qual é a consideração que tem o valor moral mais elevado. Este facto indica-nos que o sistema legal não deve basear-se na razão humana. Por isso, a Torá assinala valores e preceitos que devem ser aceites na qualidade de leis, o qual determina que não podem ser reformados, mesmo no caso em que a nossa razão se sinta confusa. Se esta condição não existisse, seria possível anular cada uma das leis, com um pretexto lógico dos homens. A lei é um limite que restringe as tendências do coração do homem, porém não constitui um limite claro e evidente, mesmo assim contém uma razão e uma atitude que não se revelam diante dos olhos do homem.


20.6.07

Conhecem-no...


Decidi ir visitar uma Yeshiva - escola onde se estuda a Torah, na cidade de Jerusalém. Agradável surpresa, pois acabei por encontrar um amigo de Lisboa. O Avner. Lembram-se dele? Pois bem, encontra-se de boa saúde e a finalizar o seu objectivo. Quero-vos dizer, de que agradou-me bastante o tipo de relacionamento entre colegas, pois são de vários países do mundo e de todos os continentes. Impressionante!!! A idade média dos alunos anda na casa dos 24 anos. Deixo aqui uma sugestão para quem visitar Israel...visitem uma yeshiva.

16.6.07

COMO NÃO DISCUTIR


Esta porção semanal, Kôrach, relata as disputas e intrigas criadas por um indivíduo para o seu ganho pessoal, disfarçadas sob um manto filosófico e de valores aparentemente sublimes e elevados. Meus amigos: As disputas destroem relacionamentos e são particularmente devastadoras em casamentos. Debates são produtivos! Pensei que seria de ajuda compartilhar consigo, querido leitor, algumas maneiras de evitar disputas e palavras amargas, especialmente com o seu cônjuge!


COMO EVITAR
1. São necessários dois para discutir. Se não respondermos, não haverá discussão.
Simplesmente diga: “Prefiro não conversar sobre isso agora” e, se necessário, repita esta frase com suavidade mais uma vez. Programe, então, um tempo para falar sobre o assunto no futuro.
2. As discussões agravam -se com o volume da voz dos intervenientes. O Rei Salomão já nos ensinou no seu livro Mishlei (Provérbios 15:1): “Uma resposta gentil dispersa a raiva”. Quanto mais violentamente o outro discute, mais serena a nossa resposta deve ser. Assim, o tom de voz dele/dela diminui em resposta.
3. Não haverá discussão se concordarmos. Não é nenhum sinal de fraqueza usar as seguintes frases: “Este é um bom ponto”, “Eu não havia pensado sobre isto” ou “Você tem toda a razão”!
Enfatizar onde podemos concordar, não onde diferenciar.
4. Admitamos quando estivermos errados. Ninguém está sempre totalmente certo. Encontre algo pelo que se desculpar, pelo que se responsabilizar. A outra pessoa se sentirá melhor e poderá até admitir e assumir alguns erros da sua parte.
5. Não acuse ou ataque. Não diga: “Disseste isso!” ou “fizeste aquilo!” Façamos perguntas, não declarações. E façamo-las com sinceridade, com a intenção de achar a verdade, e não como uma espada afiada, pronta a cortar a cabeça do oponente.
6. Lembremo-nos da nossa meta! No caso do casamento, queremos harmonia, paz, uma boa atmosfera e amor. Argumentações geram tensão e ansiedade, nunca paz e tranqüilidade. Diga a si mesmo: “Eu amo a minha esposa, amo os meus filhos e amo o meu dinheiro (divórcios custammontes de dinheiro!)”
7. Não seja tolo em demonstrar falta de respeito ao seu amado(a) e a si mesmo, dizendo coisas que causam mágoas, coisas sem sentido ou sem validade. Você escolheu esta pessoa para ser o seu cônjuge. Esta é a pessoa, acima de qualquer outra, que possui as qualidades para ser o seu escolhido/escolhida ente os bilhões de seres humanos pelo planeta.
8. Transforme a disputa em um debate. Não defenda uma posição e sim exponha uma idéia ou problema que precisa ser esclarecido. Pessoas de boa fé, que raciocinam juntas, podem chegar a um denominador comum. Ouça com a mente aberta. Seja um juiz, não um advogado!
9. Pergunte a si mesmo: “Será que esta discussão realmente vale a pena?” No final, tudo aquilo sobre o que estamos discutindo talvez seja algo trivial. Pode ser que a forma de comunicação que estamos a utilizar é que esteja gerando a angústia, a raiva e as demais razões pelas quais estamos a discutir ao invés de debater.
10. O Rabino Issachar Frand, de Baltimore (EUA), numa de suas palestras sobre este tema, salientou um ponto muito importante para refletirmos: Quando uma pessoa envolvida numa discussão, principalmente sobre assuntos financeiros, grita “Isto é uma questão de princípios!”, muitas vezes o que ela quer dizer é: “Isto é uma questão de dinheiro!”. Não deixemos que o dinheiro se intrometa e destrua amizades, casamentos e os nossos relacionamentos.

15.6.07

Pensamento da Semana

“Envelhecer naturalmente é obrigatório. Envelhecer sabiamente é opcional!”

14.6.07

Porção Semanal: Côrach


A Parashá Côrach começa com a infame rebelião liderada por Côrach contra os seus primos, Moshê e Aharon, alegando que os dois haviam usurpado o poder do restante do povo judeu.
Após tentar convencer os rebeldes a uma retirada, Moshê diz aos dissidentes e a Aharon que cada um deve oferecer incenso a D'us. A oferenda do verdadeiro líder seria aceite por D'us, enquanto que o restante do povo teria uma morte não natural. A um pedido de Moshê, D'us faz com que a terra miraculosamente se abra e engula Côrach, enquanto o restante dos líderes da rebelião são consumidos por uma chama enviada por D'us. Quando os sobreviventes reclamam sobre a morte em massa, D'us ameaça destruí-los também, e irrompe uma peste.
Mais uma vez, Moshê e Aharon intervêm, oferecendo incenso para impedir a extinção do resto do povo. Deste modo, e com o miraculoso brotar do cajado de Aharon dentre aqueles dos outros líderes das tribos, Moshê e Aharon provam ser os líderes escolhidos. O papel de Aharon como Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) é reiterado, e a Torá descreve os dons a serem concedidos aos Cohanim como recompensa por seu serviço no Mishcan (Tabernáculo), incluindo o direito de comer determinadas porções dos Corbanot (Sacrifícios). Os Levitas devem também ser sustentados pela sua dedicação recebendo ma'asser, ou a décima parte de todas as colheitas produzidas pelo povo judeu na Terra de Israel.

Mensagem da Parashá
"Os líderes da rebelião ficaram perante Moshê com duzentos e cinqüenta homens dos Filhos de Israel, líderes da congregação, aqueles convocados para a reunião, varões de renome" (Bamidbar 16:2).
Finja que você é um dos duzentos e cinqüenta homens que estavam a lutar por "direitos iguais" sob o comando de Côrach. Como estes homens eram líderes judeus, pode-se presumir que eram pessoas inteligentes; a maioria dos líderes da história o foi. Portanto, coloque-se no lugar deles. Côrach vem até si e o convida a juntar-se a uma rebelião contra Moshê e os Cohanim. Você provavelmente perguntaria: "Estamos a lutar contra o quê?" A resposta seria: "Não é justo que os Cohanim sejam os únicos a realizar o serviço de D'us no Mishcan. Creio que todos deveriam ter permissão de participar."
Caso eu fosse um daqueles homens inteligentes, diria: "Côrach, você teve uma idéia brilhante, mas creio que o deixarei rebelar-se e, se e quando você vencer, ficarei feliz em realizar o serviço junto com os outros. Afinal, D'us disse que qualquer não-cohanim que realize o serviço morrerá, portanto, por que eu deveria arriscar-me?"
De forma notável, todos eles concordaram em participar da rebelião e realizar o serviço proibido, e todos morreram. O que levou pessoas tão inteligentes a fazer algo tão insensato?
Além disso, parece que a porção desta semana da Torá sai um pouco do seu rumo para enfatizar a importância daquelas pessoas que se rebelaram contra Moshê. Se eles tivessem sido homens de reputação duvidosa, seria razoável a Torá nos dizer quem eram eles, num esforço para demonstrar que apenas os membros inferiores da nação ousavam rebelar-se. Entretanto, seria uma publicidade muito negativa para os judeus mencionarem eternamente que foram alguns de seus maiores líderes que pecaram. Por que a Torá passa ao mundo esta informação pejorativa sobre os nossos ancestrais?
Para encontrar uma resposta à nossa pergunta, devemos primeiro entender a situação dos líderes do passado. Imagine que além de ter um altíssimo Q.I., você é extremamente rico. Após adquirir tudo aquilo que o seu coração deseja, ainda lhe sobra uma soma respeitável. Você tem tudo que o dinheiro pode comprar, mas não tem nenhum poder verdadeiro, então adquire uma companhia influente. Sente-se no topo do mundo, até que um dia liga a televisão e lá está, algo que você não tem - a presidência.
O sentimento de inveja começa a roê-lo lentamente por dentro, e se torna terrivelmente deprimido. Apercebendo-se, de que não está bem, um dos seus melhores amigos sugere que se candidate a presidente. Uma grande idéia, mas após alguns meses de campanha, percebe que embora possa ter o dinheiro para comprar alguns votos, não os terá em número suficiente para elegê-lo, portanto é forçado a desistir.
É exactamente contra este cenário que a Torá nos adverte. Côrach e o seu grupo tinham tudo que poderiam desejar - riqueza, honra, prestígio - tudo excepto o direito de participar no serviço do Templo. Isso estava reservado para os Cohanim, e ninguém podia comprar aquele cargo.
Os rabinos em Pirkê Avot (Ética dos Pais 4:28) ensinam que "inveja, desejo e honra removem uma pessoa deste mundo." Faz sentido que estes líderes sentissem inveja dos Cohanim. Imagine como deve ter sido difícil verem os Cohanim fazendo o serviço no Templo, enquanto eles tinham de estar longe da área sagrada.
"Sinto muito, mas nenhum não-Cohanim pode passar deste ponto," o guarda sempre dizia. O desejo de fazer o trabalho do Cohen e ter a honra reservada somente aos Cohanim certamente alimentou esta inveja. Assim, como o infeliz candidato à presidência, os seguidores de Côrach também tentaram conseguir o inatingível.
Agora podemos avaliar por que eles agiram, mas ainda não sabemos o que motivou pessoas tão inteligentes a ignorarem a verdade óbvia, que podiam estar jogando fora suas vidas, aparentemente sem muita reflexão. Talvez estes homens estivessem cegos. Não a perda física da visão, mas sim uma involuntária cegueira auto infligida. Muitas coisas podem cegar uma pessoa, mas precisa ser algo muito forte, como por exemplo a inveja, para impedir uma pessoa de ao menos perceber que foi cegada. A inveja é muitas vezes comparada a uma chama que queima as entranhas de alguém. Como uma pequena chama, a inveja devora a pessoa e rapidamente cresce até um fogo furiosamente incontrolável. É claro que estes homens não eram tolos. Na verdade, alguns eram até brilhantes, mas estavam cegos.
Com esta idéia em mente, podemos entender por que a Torá sai um pouco de seu rumo para contar-nos como eles eram notáveis. A Torá deseja enfatizar que mesmo pessoas notáveis podem ficar cegas pelos seus desejos. A Torá está nos adverte a todos, mesmo os nossos maiores líderes, a não nos deixarmos enganar pensando que somos melhores que o grupo de Côrach, que sucumbiu ao pecado da inveja. Se eles puderam ignorar o óbvio, também nós podemos.
Então, o que podemos fazer para proteger-nos? O Talmud (Tratado Sanhedrin 109b) conta-nos uma história interessante sobre um dos rebelados de Côrach, On ben Pelet (mencionado no primeiro versículo da Porção da Torá) que havia planejado participar da rebelião com o restante dos líderes. Entretanto, sua sábia e justa mulher persuadiu-o a não participar, argumentando que mesmo que a rebelião fosse bem sucedida, Côrach seria aquele a dominar, e On permaneceria submisso a ele, assim como já era a Moshê. Isso trouxe juízo a On, e com a ajuda da esposa, sua vida foi salva.
Como seres humanos, frequentemente somos presas do dilema: "Onde estão meus óculos?" Quase sempre procuramos por eles desesperadamente sem achá-los, apenas para mais tarde descobrir que estavam o tempo todo em cima de nossa cabeça. Algo que leva a outra pessoa apenas uma fracção de segundo para encontrar causa-nos tanto problema por tanto tempo. Poderia parecer que a maneira de nos proteger é ter outras pessoas que possam dizer-nos se nossas idéias são boas.
Procurar conselho antes de agir, trocar idéias com alguém mais, pedir conselhos. Ao interiorizar a lição que nos foi ensinada pelos notáveis, embora desafortunados, homens do grupo de Côrach, estaremos mais preparados para enfrentar os grandes desafios da vida - e poderemos até ter mais sorte procurando nossos óculos desaparecidos.

SHABAT SHALOM

13.6.07

Curiosidades


"As empresas de tecnologia Microsoft e Cisco desenvolveram muitos de seus produtos em Israel. O Windows NT foi desenvolvido pela Microsoft em Israel e o chip de computadores Pentium MMX da Intel foi criado também no Estado Judeu."

"Numa época, Berlim, a capital da Alemanha, era a cidade européia com o maior número de sinagogas. A organização “Kaiser Wilhelm Society for the Advancement of the Sciences” incluía muitos cientistas judeus; alguns deles – Albert Einstein, Richard Willstaetter e Fritz Haber -posteriormente ganharam o Prêmio Nobel. Mais de 20,000 judeus de Berlim lutaram pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial e muitos deles morreram pelo país".

"Pouco antes de sua morte, o ditador Joseph Stalin planeava exilar todos os judeus da União Soviética. Nos notórios “Julgamentos dos Médicos”, médicos judeus foram acusados de conspirarem contra Stalin. Essas acusações falsas tinham o propósito de fomentar a ira da população contra os judeus, facilitando a expulsão de todos eles do país."

"Haifa é o maior porto do Estado de Israel, mas Jaffa é o mais velho, tendo servido como porto há mais de 4000 anos."

7.6.07

Porção Semanal: Shelach


Bamidbar 13:1 - 15:41

Shelach começa com o incidente principal do mau relatório dos espiões sobre a Terra de Israel. Enquanto o povo judeu se prepara para entrar na Terra de Israel, doze importantes líderes são enviados para pesquisar a Terra Prometida, dos quais dez retornam e fazem um relatório negativo ao povo, dizendo que seria impossível ao povo judeu conquistar as poderosas nações que lá viviam.

Recusando-se a dar ouvidos ao relatório positivo de Caleb e Yeoshua, a nação inteira chora e reclama por toda uma noite de total histeria. D'us ameaça o povo judeu de extermínio, quando então Moshê suplica com sucesso para que não sejam totalmente aniquilados. Mesmo assim, D'us declara que serão punidos com quarenta anos vagando pelo deserto, e durante este tempo toda aquela geração morrerá. Percebendo seu grave erro, um grupo insiste em avançar imediatamente na direcção do país, contra a vontade de D'us, sendo completamente aniquilado pelas famosas nações de Amalec e Canaã.

A Torá então muda para a descrição das libações de vinho que acompanhavam muitas das oferendas levadas ao Mishcan (Tabernáculo). Após ensinar os detalhes da chalá - (não confundir com o pão que comemos no Shabat), esta refere-se à porção a ser separada de cada fornada de massa e doada a um Cohen - a Torá menciona várias leis tratando da proibição de adoração de ídolos, e o infeliz caso do homem que recebeu a pena de morte por profanar o Shabat.

A Parashá Shelach termina com o terceiro parágrafo da prece do Shemá, contendo a mitsvá de colocar tsitsit, que serve como um constante lembrete para nós, de D'us e Seus mandamentos.

Mensagem da Parashá
O caso trágico dos espiões é um dos mais frustrantes e intrigantes eventos dos registros da Torá. Frustrante, porque como observadores casuais, sentamos com nossas mãos atadas enquanto a história dolorosamente se desenvolve, trazendo com ela resultados tão desastrosos que as ondas de choque continuam a assombrar-nos até hoje. Intrigante, porque é quase inimaginável que uma nação que testemunhou coletivamente a glória e o poder do braço estendido de D'us quando ele os libertou do cativeiro do Egito pudesse questionar Sua capacidade de colocá-los na Terra Prometida. Como justificamos sua perda de fé e qual a conseqüência que isso tem para nós hoje?

A Porção da Torá encerra-se com o mandamento de adornar todas as vestes de quatro cantos com os cordões de tsitsit. Rabi Mordechai Gifter faz uma fascinante observação sobre a descrição da Torá explicando a função dos tsitsit. Somos ordenados a meditar sobre os tsitsit, que nos lembram do restante das mitsvot, para que não nos deixemos levar pelas paixões de nosso coração ou pelos desejos de nossos olhos (Bamidbar 15:39).

Rashi explica que o coração e os olhos necessitam proteção especial, pois são naturalmente inclinados a levar a pessoa ao pecado. O processo do pecado, continua Rashi, primeiro envolve os olhos percebendo um objeto de desejo. O coração então se inflama com uma ânsia pelo objeto, e juntos, o coração e os olhos impelem o corpo à ação.

Rabi Gifter pergunta: "Se a armadilha do pecado é primeiro armada pelos olhos e depois pelo coração, como afirma Rashi, por que então a Torá os escreve na ordem oposta, declarando que os tsitsit são uma prescrição contra seguir o coração e depois os olhos?"

De forma clássica, entendemos a posição hierárquica do homem como o último a ser criado, como sendo um símbolo do papel dominante que o gênero humano representa face a face com o universo. O palco está montado: todas as matérias primas estão em ordem, e o homem é jogado em cena para domar a força bruta, elevando-a quando a coloca a seu serviço. Entretanto, num sentido mais metafísico, talvez a colocação do homem seja para indicar que toda a criação em si não tem qualquer finalidade, é um estado totalmente incompleto até que o homem seja por fim criado.

Nós, seres humanos, somos peculiares. Já aconteceu de você comentar com alguém um evento ou experiência e, ao comparar suas impressões, descobrir que vocês dois têm interpretações completamente diferentes do fato? Você sentiu-se esclarecido, estimulado, e interessou-se completamente na ocasião, ao passo que seu amigo ficou "ligado" nas falhas dos detalhes e achou tudo aquilo trivial e desinteressante. A realidade é, de fato, bastante elástica. Toma a forma de seja qual for a interpretação que desejamos lhe dar. Nossa atitude e conceito próprio ditam a maneira pela qual nos relacionamos com os estímulos externos, e que tipo de valor ou significado lhes atribuímos.

Em um sentido mais alto, o Homem é um parceiro de D'us na criação porque cada um de nós, segundo nossa personalidade única e formação do caráter, "criamos" nosso próprio mundo no qual vivemos.

Rabi Gifter explica: "É verdade que os olhos são os primeiros a induzir a pessoa a pecar; entretanto, os olhos verão apenas aquilo que o coração quiser ver!" Tsitsit exige que façamos uma reflexão sobre nossos deveres do coração, que questionemos e desafiemos nossos valores, esclarecendo o modo de ver a nós mesmos. Colocar tsitsit ajuda-nos a definirmos, ao identificar a causa que abraçamos. Assim como o mensageiro do elegante hotel da cidade é identificado como pertencendo ao quadro de empregados (e de facto tem um grande senso de dignidade e honra) pelo uniforme e insígnia que veste, o tsitsit serve para marcar-nos como leais servos do Todo Poderoso Criador do universo. São vestes da realeza.

Falando por si mesmos, os espiões revelaram a decadência que precipitou este acontecimento desastroso. Em seu relatório para o povo, incluíram um gracejo auto-depreciativo que parecia um tanto desafinado com o tom e andamento de sua história. Em meio à descrição da Terra de Israel como um país cujo clima produz nações de proporções gigantescas, acrescentaram: "Éramos como gafanhotos a nossos próprios olhos e também aos olhos deles" (Bamidbar 13:33).

O fato de os habitantes considerarem os judeus insignificantes como insectos certamente provocou sentimentos de apreensão e pavor. Entretanto, e quanto a seus sentimentos de inferioridade? O que achavam que esta declaração conseguiria?

A resposta é clara como água: o povo judeu não perdeu a fé em D'us; perdeu a fé em si mesmo! Perderam a saudável perspectiva correta sobre qual era seu verdadeiro valor, ou de quem eram realmente. Se tivessem compreendido o imenso amor que D'us lhes devotava, teriam acreditado ser beneficiários merecedores do mais precioso dos presentes, a Terra de Israel. Em vez de olhar para si mesmos como gigantes que sem esforço poderiam esmagar as tribos canaanitas, viram uma nação de miseráveis e desanimados gafanhotos, que não mereciam o amor que lhes era concedido.

A verdade é que D'us nos ama mais do que jamais saberemos. Como um pai compassivo, Ele nos deseja apenas o melhor. É nosso trabalho sermos Seus filhos; temos de acreditar apenas em nós mesmos e reflectir sobre a nobre identidade da qual os tsitsit servem como um constante lembrete. Enquanto usarmos Seu "emblema real", orgulhosamente denominando-nos Seus filhos fiéis, então somos Seus filhos e Ele abrirá para nós Seu amor ilimitado.

O amor de D'us com certeza vem com cordões amarrados!

3.6.07

Jerusalem - A Cidade


Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se não me lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria." (Salmos 137:5-6)

Jerusalém capital de Israel e sede de seu governo, é a maior cidade do país. Seus 634.000 habitantes (dos quais 14.000 são cristãos) constituem um mosaico de diversas comunidades nacionais, religiosas e étnicas. Jerusalém é uma cidade com sítios históricos cuidadosamente preservados e restaurados e modernos edifícios, bairros em constante expansão, zonas comerciais, centros comerciais, parques industriais de alta technologia e áreas verdes bem cuidadas. É uma cidade antiga e moderna ao mesmo tempo, com tesouros do passado e planos para o futuro.
A santidade de Jerusalém é reconhecida pela três grandes religiões monoteístas - o judaísmo, o cristianismo e o islã - mas a natureza desta santidade difere nas três crenças.
Para o povo judeu, a própria cidade é santa. Escolhida por Deus em sua aliança com David, Jerusalém é a essência e o centro da existência e continuidade espiritual e nacional judaicas. Durante 3.000 anos, desde o tempo do Rei David e da construção do Primeiro Templo por seu filho, o Rei Salomão, Jerusalém tem sido o foco da prece e da devoção judaicas. Há quase 2.000 anos os judeus se viram na direção de Jerusalém e do Monte do Templo quando rezam, onde quer que estejam.
Para os cristãos, Jerusalém é uma cidade de Lugares Santos associados a eventos da vida e ministério de Jesus e ao início da igreja apostólica. Estes são locais de peregrinação, prece e devoção. As tradições que identificam alguns destes sítios datam dos primeiros séculos do cristianismo.
Na tradição muçulmana, o Monte do Templo é identificado como "o mais remoto santuário" (em árabe: masjid al-aksa), de onde o profeta Maomé, acompanhado pelo Anjo Gabriel, fez a Jornada Noturna ao Trono de Deus (Alcorão, Surata 17:1, Al-Isra).
A Lei de Proteção dos Lugares Santos (5727-1967) garante a liberdade de acesso aos locais sagrados para os membros das diferentes religiões.
A soberania judaica sobre a cidade terminou no ano 135, com a repressão da Segunda Revolta Judaica contra Roma; e só foi restaurada em 1948, quando o Estado de Israel foi estabelecido. Durante todos aqueles séculos, Jerusalém esteve sob o domínio de poderes estrangeiros. Contudo, através dos tempos, sempre houve judeus vivendo em Jerusalém, e desde 1870 eles constituem a maioria da população da cidade.
Em conseqüência dos combates durante a Guerra da Independência, em 1948, e a subseqüente divisão de Jerusalém, as sinagogas e academias religiosas históricas no Quarteirão Judaico da Cidade Velha foram destruídas ou seriamente danificadas. Com a reunificação da cidade após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, elas foram restauradas e o Quarteirão Judaico reconstruído.
Hoje em dia, Jerusalém é uma cidade movimentada e vibrante. É um centro cultural de renome internacional, que oferece festivais de cinema e artes dramáticas, concertos, museus singulares, grandes bibliotecas e convenções profissionais.
"Três mil anos de história nos contemplam hoje, na cidade de cujas pedras a antiga nação judaica se ergueu; e deste ar puro da montanha, três religiões absorveram sua essência espiritual e sua força...
"Três mil anos de história nos contemplam hoje, na cidade onde as bênçãos dos sacerdotes judeus misturam-se aos chamados dos muezins muçulmanos e aos sinos das igrejas cristãs; onde em cada alameda e em cada casa de pedra foram ouvidas as admoestações dos profetas; cujas torres viram nações se erguerem e cairem - e Jerusalém permanece para sempre...
"Três mil anos de Jerusalém são para nós, agora e eternamente, uma mensagem de tolerância entre religiões, de amor entre os povos, de entendimento entre as nações..." (Yitzhak Rabin, setembro de 1995).
No correr dos séculos, Jerusalém foi conhecida por muitos nomes que expressam admiração e reverência. O mais adequado é "Cidade da Paz".