16.6.07

COMO NÃO DISCUTIR


Esta porção semanal, Kôrach, relata as disputas e intrigas criadas por um indivíduo para o seu ganho pessoal, disfarçadas sob um manto filosófico e de valores aparentemente sublimes e elevados. Meus amigos: As disputas destroem relacionamentos e são particularmente devastadoras em casamentos. Debates são produtivos! Pensei que seria de ajuda compartilhar consigo, querido leitor, algumas maneiras de evitar disputas e palavras amargas, especialmente com o seu cônjuge!


COMO EVITAR
1. São necessários dois para discutir. Se não respondermos, não haverá discussão.
Simplesmente diga: “Prefiro não conversar sobre isso agora” e, se necessário, repita esta frase com suavidade mais uma vez. Programe, então, um tempo para falar sobre o assunto no futuro.
2. As discussões agravam -se com o volume da voz dos intervenientes. O Rei Salomão já nos ensinou no seu livro Mishlei (Provérbios 15:1): “Uma resposta gentil dispersa a raiva”. Quanto mais violentamente o outro discute, mais serena a nossa resposta deve ser. Assim, o tom de voz dele/dela diminui em resposta.
3. Não haverá discussão se concordarmos. Não é nenhum sinal de fraqueza usar as seguintes frases: “Este é um bom ponto”, “Eu não havia pensado sobre isto” ou “Você tem toda a razão”!
Enfatizar onde podemos concordar, não onde diferenciar.
4. Admitamos quando estivermos errados. Ninguém está sempre totalmente certo. Encontre algo pelo que se desculpar, pelo que se responsabilizar. A outra pessoa se sentirá melhor e poderá até admitir e assumir alguns erros da sua parte.
5. Não acuse ou ataque. Não diga: “Disseste isso!” ou “fizeste aquilo!” Façamos perguntas, não declarações. E façamo-las com sinceridade, com a intenção de achar a verdade, e não como uma espada afiada, pronta a cortar a cabeça do oponente.
6. Lembremo-nos da nossa meta! No caso do casamento, queremos harmonia, paz, uma boa atmosfera e amor. Argumentações geram tensão e ansiedade, nunca paz e tranqüilidade. Diga a si mesmo: “Eu amo a minha esposa, amo os meus filhos e amo o meu dinheiro (divórcios custammontes de dinheiro!)”
7. Não seja tolo em demonstrar falta de respeito ao seu amado(a) e a si mesmo, dizendo coisas que causam mágoas, coisas sem sentido ou sem validade. Você escolheu esta pessoa para ser o seu cônjuge. Esta é a pessoa, acima de qualquer outra, que possui as qualidades para ser o seu escolhido/escolhida ente os bilhões de seres humanos pelo planeta.
8. Transforme a disputa em um debate. Não defenda uma posição e sim exponha uma idéia ou problema que precisa ser esclarecido. Pessoas de boa fé, que raciocinam juntas, podem chegar a um denominador comum. Ouça com a mente aberta. Seja um juiz, não um advogado!
9. Pergunte a si mesmo: “Será que esta discussão realmente vale a pena?” No final, tudo aquilo sobre o que estamos discutindo talvez seja algo trivial. Pode ser que a forma de comunicação que estamos a utilizar é que esteja gerando a angústia, a raiva e as demais razões pelas quais estamos a discutir ao invés de debater.
10. O Rabino Issachar Frand, de Baltimore (EUA), numa de suas palestras sobre este tema, salientou um ponto muito importante para refletirmos: Quando uma pessoa envolvida numa discussão, principalmente sobre assuntos financeiros, grita “Isto é uma questão de princípios!”, muitas vezes o que ela quer dizer é: “Isto é uma questão de dinheiro!”. Não deixemos que o dinheiro se intrometa e destrua amizades, casamentos e os nossos relacionamentos.