Porção Semanal da Torá: Mishpatim
Shemót (Êxodus) 21:01 -24:18Esta porção semanal contém 23 mandamentos positivos (Faça ! ) e 30 negativos (Não Faça ! ). Estão incluídas aí as leis referentes a escravos e escravas, assassinato, ferir o pai ou a mãe, seqüestro, amaldiçoar os pais, prejuízos pessoais, ferimentos pessoais, tipos de prejuízos e as suas indenizações, sedução, idolatria, mal trato de crianças, órfãos e viúvas.
A porção continua com as leis sobre empréstimo de dinheiro, não amaldiçoar juizes ou líderes, dízimo, primogênitos, devolução de animais perdidos, ajudar a descarregar um animal, o ano Sabático, o Shabat e as Três Grandes Festas (Pessach, Shavuót e Sucót).
Mishpatim conclui com a promessa do Criador de nos guiar na Terra de Israel, proteger a nossa jornada, garantir o fim dos nossos inimigos e a nossa segurança na Terra de Israel – ao cumprirmos a Torá e as suas Mitsvót. Moshe conclui os seus preparativos e os do Povo, e sobe ao Monte Sinai para receber os Dez Mandamentos.
Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin
A Torá declara:“Se uma pessoa abrir ou cavar um buraco e não cobri-lo, e um boi ou burro cair dentro, o dono do buraco deve pagar o prejuízo. (Shemót 21:33-34)”.
A Torá relata-nos nesta Porção Semanal as leis relacionadas aos prejuízos causados pelo animal de uma pessoa e as leis sobre os danos causados por se abrir um buraco no chão. O Rabino Yeruhem Levovitz (Polônia, 1874-1936) costumava dizer que é muito fácil olhar para estas leis em termos de obrigações financeiras: em algumas instâncias, a pessoa é legalmente obrigada a pagar pelos prejuízos e em outras, está livre de qualquer pagamento.
Entretanto, o caminho correcto de encararmos as leis sobre prejuízos é através da perspectiva que o livro Sefer HaChinuch (um livro que elucida todas as Mitsvót da Torá) trouxe no Mandamento no. 243:“O fundamento e a base das leis relacionadas a perdas e danos é a Mitsvá (o mandamento) de se amar o próximo. Quando realmente nos importamos com os demais, tomaremos cuidados em não fazer nada que lhes cause prejuízos ou sofrimentos”.
Quando pessoas boas e que manifestam compaixão estudam estas leis, elas não pensam em termos de quanto dinheiro terão que pagar, mas sim no que podem fazer para evitar causar danos ou dor ao próximo. Estudar esta parte da Torá é o caminho apropriado para aumentarmos a nossa sensibilidade às possibilidades de prejudicar ou ofender os demais, bem como de beneficiá-los.
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