Porção Semanal da Torá: Vaishlah
Bereshit (Gênesis) 32:04 -36:43Factos desta porção: Na sua viagem de volta a Canaã, Yaácov encontra o seu irmão Essáv; Yaácov luta com o anjo; Eles chegam a Shehêm; Shehêm, o filho de Hamór, o Hivita, violenta Diná, a filha de Yaácov; Os irmãos de Diná, Shimón e Levy, massacram todos os homens de Shehêm; Rivka morre; D’us dá a Yaácov um nome adicional, ‘Israel’, e reafirma a bênção dada a Avraham (que a Terra de Canaã (Israel) será dada aos seus descendentes); Raquel morre após dar à luz Biniamin (Benjamim); Os filhos de Yaácov são relacionados; Ytschák morre; por fim, a sucessão dos Reis de Edóm é relatada.
Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin
Quando Yaácov soube que o seu irmão Essáv estava tentando encontrá-lo, ele orou ao Criador para salvá-lo: “Salve-me da mão do meu irmão, da mão de Essáv” (Bereshit 32:12). Por que a expressão “da mão” está repetida? A Torá não desperdiça palavras. Uma vez seria o suficiente!
A razão pela qual as palavras “da mão” são repetidas é para nos ensinar que quando um irmão se torna o seu inimigo, ele torna-se um inimigo muito mais perigoso que qualquer outro estranho. Tosfot, um dos comentaristas do Talmud, no Tratado Taanit (20a), acrescenta que da mesma forma que um ex-amigo muito querido se torna o pior dos inimigos, quando dois inimigos que se tornam amigos, esta se torna a mais forte das amizades.
Quando se tem dificuldades em se relacionar com alguém, não pense que só porque agora vocês não se gostam, isto será para sempre. Pelo contrário, se for capaz de superar a animosidade entre vocês, os antigos sentimentos negativos podem ser transformados em sentimentos extremamente positivos. No cenário internacional temos visto países que lutaram guerras violentas entre si, para depois fazerem as pazes e se tornarem fortes aliados. Isto deveria servir de lição para nós fazermos as pazes com pessoas que discutiram connosco no passado. O perdoar e a humildade.
O Rabino Meir Yehiel de Ostrowiec (Polônia, 1851-1928) salvou os Judeus da sua cidade de um pogrom durante a Primeira Guerra Mundial. O exército Austro-Germânico deixou a cidade e o exército russo entrou. Noutros lugares os Judeus sofreram terrivelmente com a chegada do exército russo. O Rabino Meir Yehiel convocou uma reunião com as pessoas importantes da cidade e contou-lhes o seu plano de saudar os soldados russos como libertadores. Dariam comida e cigarros aos soldados e desenvolveriam uma relação amistosa com eles. Isto foi o que fizeram e os soldados reagiram de forma muito amigável em relação à população Judaica da cidade.
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