26.9.08

Porção Semanal da Torá: Netzavím


Devarim 29:09-30:20


No dia de sua morte, Moshe reuniu todo o Povo Judeu e ractificou o Pacto Divino, confirmando o Povo de Israel como o Povo Escolhido por D’us por todas as gerações futuras, com os seus direitos e responsabilidades.
Moshe deixou claras as conseqüências da rejeição a D’us e a Sua Torá, bem como a possibilidade do arrependimento. Reiterou que a Torá está à disposição de todas as pessoas interessadas.
Netzavím conclui com talvez a mais poderosa e clara declaração em toda a Torá sobre o objectivo da vida e a existência do livre-arbítrio: “Coloquei, hoje, diante de vocês, a vida e o bem, a morte e o mal ... a benção e a maldição. Portanto, escolham a vida para que possam viver, vocês e os vossos descendentes”.


Dvar Torá: Um Pensamento Especial para Rosh Hashaná...
Há um Midrash (um comentário sobre a Torá em forma de parábola) sobre um homem de negócios bem-sucedido que encontrou um antigo colega que estava a passar por um período economicamente muito difícil. O antigo colega implorou ao homem de negócios por um empréstimo substancial para poder ‘dar a volta
por cima’. No final, o homem de negócios concordou com um empréstimo por 6 meses e deu ao seu antigo colega o dinheiro. Ao final dos 6 meses, o homem de negócios foi buscar o dinheiro. O seu antigo colega entregou-lhe toda a soma, até ao último centavo. Entretanto, o homem de negócios percebeu que eram exactamente as mesmas moedas que havia emprestado ao colega. Ficou furioso! “Como se atreveu a pedir emprestado um soma tão grande e nem utilizá-la? Eu emprestei-lhe o dinheiro para melhorar a sua vida!”
O antigo colega ficou emudecido. De modo similar, o Todo-Poderoso dá a cada um de nós uma alma. Ele não quer que a devolvamos ao final dos nossos dias nas mesmas condições que a recebemos. Ele quer que melhoremos, que
aprimoremos as nossas almas ao cumprir as Mitsvót (os 613 mandamentos da Torá). Está nas nossas mãos sentarmos antes de Rosh Hashaná e fazermos uma lista do que precisamos corrigir nas nossas vidas, entre nós e os nossos semelhantes, nós e D'us e nós e nós mesmos!
Um antigo sábio, chamado Rabino Zússia, estava deitado no seu leito de morte, rodeado pelos seus alunos e discípulos. Chorava e ninguém conseguia confortá-lo.
Um aluno perguntou-lhe: “Rebe, porque chora? O senhor é quase tão inteligente como Moshe e tão bondoso quanto Abraão!”
O Rabino Zússia respondeu: “Quando partir deste mundo e comparecer ante o Tribunal Celestial, não irão me questionar: ‘ Zússia, porque não foi inteligente como Moshe ou bondoso como Abraão? ’. Pelo contrário, irão perguntar-me: ‘ Zússia, porque não foi como Zússia?’ Porque não exerceu o seu potencial,
porque não seguiu a trajectória que era a sua própria?”
Em Rosh HaShaná confrontamos o nosso potencial como seres humanos, mas, igualmente, como Judeus. Permitamo-nos, cada um de nós, usar esta oportunidade para reavaliar as nossas vidas, os nossos potenciais e o nosso compromisso com D'us, com a nossa Torá, o nosso Povo e nós mesmos!
Gostaria de desejar a si e toda a sua família um belo e doce Ano Novo, repleto de bênçãos Divinas de saúde, alegria e sucesso. Que o seu Rosh HaShaná seja significativo, importante e inspirador, e que possamos escutar apenas boas notícias!


SHABAT SHALOM & SHANA TOVA