9.3.09

PURIM = fraternidade


Uma historia sobre PURIM

Sendo Purim uma época de alegria e contentamento, um período para desenvolver o amor e a boa vontade dentro do nosso Povo, creio que chegou a hora de compartilhar com vocês a minha piada favorita: Um homem entrou no bar, conversou com alguns amigos, dirigiu-se ao balcão e pediu uma Coca-Cola. Falou então para o dono do bar: “Uns amigos meus disseram-me que você gosta de apostar”. Ele respondeu: “Eu sou conhecido por fazer uma aposta aqui, outra ali...”
O homem sorriu e disse: “Eu aposto com você $50,00 que consigo morder o meu próprio olho!” O dono do bar achou que o individuo estava louco e que havia surgido uma maneira fácil de ganhar os $50,00... e aceitou a aposta. O homem tirou o seu olho de vidro e o mordeu! O dono do bar começou a ‘fumegar’, mas o homem o acalmou: “Olhe, não fique chateado. Vou lhe fazer uma proposta: Aposto consigo o dobro, em como consigo morder o meu outro olho!” O dono do bar calculou que agora iria ganhar facilmente os $100,00: com certeza o homem não tinha dois olhos postiços! E aceitou a aposta.
O homem tirou a dentadura e mordeu o seu outro olho! Agora o dono do bar realmente estava ‘espumando’, mas o homem o acalmou de novo: “Você está a ver este copo? Eu aposto $100,00 que eu o coloco lá no fim do balcão, abano várias vezes esta garrafa de Coca-Cola e faço com que todas as gotas caiam dentro do copo”. “Fechado!”, disse o dono do bar, com exultação na voz.
O homem abanou a garrafa, tirou o dedo da abertura e ficou espalhando a Coca-Cola, num movimento circular, por todo o bar, no espelho atrás do balcão, em cima do dono do bar e... nenhuma gota caiu dentro do copo! O dono do bar ria sem parar enquanto pegava a nota de $100,00 e a guardava no bolso. De repente, ele começou a pensar: “O homem definitivamente não é louco. Era impossível que ganhasse aquela aposta. O que se passa aqui?”
Enquanto o homem ia voltando para a mesa dos seus amigos, o dono do bar o chamou: “Espere um minuto! Não estou a entender nada. Não havia maneira de que pudesse ganhar esta aposta. O que se passa?” O homem respondeu: “Está a ver aqueles meus amigos? Eles não só me disseram que você gosta de apostar, mas também que é um sujeito de pavio curto. Eu apostei $500,00 que conseguiria espalhar Coca-Cola por todo o seu bar e que você não ficaria chateado e mais $1.000,00 em como também se ria sem entendimento, enquanto eu fazia isto!”
Adoro esta piada porque ela é inteligente e demonstra que temos a capacidade de controlar as nossas reacções às coisas que nos acontecem. Na próxima vez que ficar nervoso(a), pare e pergunte: “Quem será que está a apostar contra mim?” E se você interromper este seu momento de raiva, o que acontecerá? Você ganhou a aposta!

COMO ENCONTRAMOS D’US QUANDO A SUA FACE ESTÁ ESCONDIDA?

Purim ensina-nos como nos relacionar com D’us numa época onde os mares não se abrem, onde os arbustos não queimam, onde as pragas não caem sobre os nossos inimigos. A história de Purim ocorreu depois da destruição do Primeiro Templo Sagrado de Jerusalém, quando a era das profecias estava a chegar ao seu final. As pessoas não mais viam milagres revelados e abertos. Era uma época de encobrimento da presença Divina.
Cada evento descrito na Meguilát Ester é natural e possível de acontecer, e parecem estar sendo orquestrados completamente pelos seres humanos envolvidos no relato:
1) Um rei fica bêbedo e decide chamar a rainha para desfilar para os seus convidados. Isto pode acontecer.
2) Vashti, a rainha, recusa-se a comparecer perante o rei. Este, então, decide matá-la. Ester é escolhida rainha. Isto é possível.
3) Hamán resolve matar Mordehai e pede permissão ao rei. Pode ser.
4) O rei fica com insónia certa noite e relembra um antigo favor que estava a dever a Mordehai. Possível.
Mas quando TODOS estes incidentes coincidem, quando TODAS as peças do quebra-cabeças vêm ordenadas, formando uma ‘gigantesca’ coincidência, isto já está próximo de um milagre. Pode ser oculto, mas uma força a dirigir todos os eventos acaba por ser óbvio.
Cada ocorrência que Hamán pensava estar a controlar virou-se contra ele, trazendo a sua derrocada. A sua sugestão de matar a rainha Vashti causou o posicionamento de Ester como salvadora do seu Povo. A sua sugestão de utilizar as roupas e o cavalo reais – nascida do seu próprio desejo de honrar a si mesmo, desfilando com os apetrechos reais – tornou-se a recompensa perfeita para Mordehai. E a forca gigante que ele preparou com as suas próprias mãos para pendurar Mordehai foi utilizada contra ele mesmo.
Por Toda a história da Meguilá, D’us dirigiu os eventos e usou as escolhas de cada pessoa para formar um quadro com propósito e destino certos: a salvação do Povo Judeu. Era uma época em que D’us escondia a sua face, mas mais do que nunca ficou claro como Ele estava a dirigir o ‘show’. Há simplesmente ‘coincidências’ demais, os elos encaixaram-se perfeitamente.
A palavra em hebraico ‘olám’, mundo, vem da raiz ‘neelam’, escondido. O nome de D’us não aparece, mas quando tudo está dito e acaba de ocorrer, a Sua presença é reconhecida em todos os lugares e por todos. Ele não mais está escondido, apenas parece estar. Está nas nossas mãos encontrá-Lo em cada evento da nossa vida!