Porção Semanal: Êkev
Bereshit 47:28 - 49:26
Êkev (Devarim 7:12 - 11:25) começa com Moshê a encorajar os filhos de Israel a confiar em D’us e nas maravilhosas recompensas que Ele lhes dará se guardarem a Torá. Moshê assegura-lhes que derrotarão com êxito as nações de Canaã, quando removerem todo e qualquer vestígio de idolatria remanescente na Terra Santa.
Moshê relembra-lhes sobre o miraculoso maná e as outras maravilhas com que D’us os presenteou durante os quarenta anos passados (deserto), e adverte o povo judeu para estar consciente das armadilhas da sua futura prosperidade e orgulho das façanhas militares, o que pode fazê-los esquecerem-se de D’us. Relembra ainda das suas transgressões no deserto, recontando toda a história do bezerro de ouro, e descrevendo a abundante misericórdia de D’us.
Moshê enfatiza que a geração do deserto tinha uma responsabilidade especial de permanecer leal às mitsvot, preceitos da Torá, por causa dos muitos milagres que viveram pessoalmente. Após detalhar as numerosas virtudes da Terra Prometida, Moshê ensina ao povo o segundo parágrafo do Shemá, que enfatiza a doutrina fundamental de recompensa e punição, baseada no nosso cumprimento das mitsvot.
Esta Porção da Torá conclui com a promessa de D’us, uma vez mais, de que Ele protegerá o povo judeu se eles cumprirem as Leis da Torá.
De pernas para o ar
por Rabi Lee Jay Lowenstein
Rashi cita um Midrash que oferece uma leitura alternativa do versículo. O Midrash declara que se você for cuidadoso em observar os mandamentos que as pessoas normalmente esmagam sob os calcanhares, então o Todo Poderoso cumprirá as Suas promessas para consigo.
À primeira vista, a pessoa poderia dizer instintivamente que o Midrash significa que se for tão cuidadoso em cumprir até mesmo as minúcias da Torá, então as recompensas ilimitadas de D'us serão suas. Entretanto, um escrutínio mais cuidadoso revela o que isso quer dizer: A recompensa vem por cumprir as "menores" mitsvot e por não fazer distinção entre elas e aquelas consideradas mais "sérias". Isso levanta várias dificuldades. Por que não deveríamos distinguir entre elas? É justo determinar que a recompensa vem por realizar as "menores" mitsvot da mesma forma que ocorre com o cumprimento das mais 'sérias"? Além disso, qual é a definição de uma mitsvá que alguém "esmagaria sob o calcanhar"? Finalmente, por que os nossos sábios selecionam o calcanhar como oposto a nomear todo o pé como o culpado que tão impiedosamente pisa a palavra de D'us?
De volta ao Jardim do Éden, o homem falhou no maior teste de todos os tempos. O problema de comer da Árvore do Conhecimento não foi meramente uma questão do homem procurar o alimento mais exótico para agradar as suas papilas gustativas. Foi sobre a própria existência, e sobre quem comanda o espectáculo.
SHABAT SHALOM
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