A OPERAÇÃO "CHUVA DE VERÃO" EM GAZA
O SEQUESTRO DO SOLDADO GILAD SHALITOS ATAQUES DIÁRIOS COM MÍSSEIS QASSAM CONTRA ISRAEL
A OPERAÇÃO "CHUVA DE VERÃO" EM GAZA
Pergunta: Se o soldado Gilad Shalit for libertado, Israel sairá de Gaza?
Resposta: Se o soldado Gilad Shalit - raptado em território Israelita - for libertado, com a sua integridade física preservada, as Forças de Defesa de Israel não terão de continuar a efectuar uma missão de resgate.
P.: Se os mísseis Qassam pararem de atingir Israel, Israel sairá de Gaza?
R.:Se os grupos terroristas palestinianos cessarem o lançamento de mísseis Qassam contra a população civil israelita, Israel não terá mais necessidade de agir em auto-defesa para evitar o lançamento desses mísseis.
P.: A forte resposta de Israel não é desproporcional?
R.: A resposta de Israel foi planeada com o intuito de evitar atingir civis, mas também de pressionar o governo da Autoridade Palestiniana dirigido pelo Hamas, no sentido de conseguir a libertação de Gilad Shalit e cessar o lançamento de mísseis Qassam contra cidades israelitas. As Forças de Defesa Israelitas não utilizam sequer uma ínfima parte da sua capacidade militar, por forma a limitar ao máximo baixas civis mas a prioridade para Israel é a protecção dos seus cidadãos e soldados.
P.: Se Israel deseja realmente salvar a vida de Gilad Shalit, por que não concorda com uma troca de prisioneiros?
R.: O soldado Gilad Shalit foi raptado enquanto prestava serviço militar obrigatório em território israelita. Os prisioneiros cuja libertação é exigida pelos sequestradores terroristas são companheiros de terrorismo, devidamente condenados e sentenciados em tribunais israelitas por crimes contra civis israelitas. Muitos desses prisioneiros são assassinos condenados. Não existe uma equação moral na troca de um grande número de assassinos terroristas por um militar israelita. Ceder à extorsão terrorista encoraja a utilizar esta prática no futuro.
P.: O sequestro de um soldado justifica a reacção de Israel?
R.: O sequestro é o sintoma, não a causa desta reacção. A região está em crise devido à recusa contínua dos palestinianos em cumprir a sua obrigação frente à comunidade internacional para acabar com o terrorismo e do próprio governo eleito pelo povo palestiniano – Hamas – reconhecido pela comunidade internacional como organização terrorista. Os soldados israelitas sabem que não serão deixados para trás no campo de batalha se estiverem feridos ou mortos – este é o princípio básico das Forças de Defesa de Israel, consideradas como uma das mais éticas do mundo. De facto, Israel já trocou centenas de prisioneiros terroristas para recuperar os corpos de alguns soldados mortos quando não havia outros meios para garantir seu retorno, mas a realidade mostra que isso funciona como um encorajamento para perpetrar actos terroristas e, na verdade, quase todos os que foram libertados voltaram imediatamente a cometê-los.
P.: Por que Israel está a criar uma crise humanitária na Faixa de Gaza?
R.: Desde o início da operação militar "Chuva de Verão" que Israel tenta que a normalidade da vida dos civis palestinianos seja minimamente prejudicada, apesar de tal não ser fácil dadas as circunstâncias. Desde dia 2 de Julho que a passagem de Karni tem estado aberta à circulação de camiões com gasolina para os geradores hospitalares e demais equipamentos médicos, géneros alimentares, cloro para purificar água, etc. Passam igualmente os camiões da Cruz Vermelha Internacional e outras ONG's com medicamentos. Devido a um alerta de segurança, esta passagem foi fechada na passada Sexta-Feira, dia 7 de Julho, tendo-se compensado este facto com a abertura das passagens de Nahal-Oz e Sufa. A passagem de Karni será reaberta, provavelmente nos próximos dias e a de Erez, apesar de funcionar apenas para pessoas, está neste momento a permitir a passagem de camiões abastecedores. Só nos últimos dias, mais de 2 milhões de litros de combustível, 100 toneladas de farinha, 50 de óleo, açucar e produtos lácteos da empresa israelita Tnuva, chegaram a Gaza.
P.: Por que todo o povo palestiniano deve sofrer?
R.:Os terroristas palestinianos fabricam, armazenam e, tendo como alvo civis israelitas, disparam mísseis do meio da sua própria população. São eles mesmos que trazem sofrimento ao seu próprio povo, usando-o como escudos nos seus actos terroristas. Entretanto, lembramos mais uma vez que foi o próprio povo palestiniano que elegeu um governo dirigido pelo Hamas, uma organização terrorista assassina que assumiu cumplicidade tanto nos ataques com mísseis como no rapto de Gilad Shalit. Logicamente, se Israel precisa defender-se da violência do Hamas, o povo palestiniano também tem um certo grau de responsabilidade pela sua escolha.
P.: Por que é que Israel envolveu a Síria na sua resposta ao terrorismo palestiniano?
R.: O regime sírio apadrinha a campanha terrorista palestiniana contínua contra Israel, hospedando o quartel-general do Hamas e outras organizações terroristas na sua capital, Damasco. É a partir daí que o líder do Hamas, Khaled Meshaal, formula e dirige as operações terroristas do Hamas (incluindo o rapto de Gilad Shalit), e mantém contacto directo com a infraestrutura terrorista do Hamas em Gaza. O Presidente sírio Assad lançou também uma campanha internacional para conseguir financiamento para o Hamas, organizando uma rede de "comités populares" para arrecadar fundos. Numa conferência de imprensa em Damasco, Meshaal falou sobre a possibilidade de libertação do soldado Gilad Shalit, o que nos leva a colocar duas questões retóricas:
1) Será o governo do Hamas na Autoridade Palestiniana, um "fantoche" nas mãos do seu líder terrorista, a partir de Damasco?
2) Estará a Síria, neste exacto momento, a mostrar à comunidade internacional a sua verdadeira face no apoio ao terrorismo?
P.: Por que é que Israel regressou a Gaza aproximadamente um ano após a retirada?
R.: Israel saiu da Faixa de Gaza no ano passado na esperança de que isso serviria como abertura para a paz e segurança para ambos os povos, sem qualquer intenção de lá voltar. Foi criada uma oportunidade genuína para atender as aspirações declaradas dos palestinianos por um governo autónomo e uma economia florescente. Entretanto, a reacção dos palestinianos ao Plano de Retirada foi aumentar o terrorismo e agravar o conflito. Além de ser responsável pelo lançamento de mais de 600 mísseis Qassam em centros populacionais israelitas desde a retirada, o Hamas foi responsável por uma série de ataques terroristas, que culminaram com a incursão perto do Kibbutz Kerem Shalom, na qual dois soldados foram mortos, e outro, o soldado Gilad Shalit, foi sequestrado e continua mantido refém. Visto que o governo do Hamas falhou em libertar Gilad Shalit e em cessar o lançamento de mísseis, Israel não teve outra alternativa a não ser tentar resgatar seu soldado e silenciar o fogo dos mísseis para defender e proteger os seus cidadãos.
Info da Embaixada de Israel em Portugal
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