16.10.08

Porção Semanal da Torá - Shemót


Êxodus 33:12-34:26

Neste Shabat há uma leitura especial por ser o Shabat de Sucót. Esta porção inclui o pedido de Moshe a D’us para entender como Ele interage com o mundo, e o recebimento das segundas Tábuas com os Dez Mandamentos. D’us revela os 13 Atributos de Misericórdia, os quais sempre invocarão a Sua misericórdia e depois relata ao Povo Judeu quais as transgressões específicas são especialmente prejudiciais ao crescimento espiritual e quais mitsvót preservam e aumentam a nossa grandeza espiritual.
Também lemos a Meguilá de Kohelet (Eclesiastes) neste Shabat. Ela relata incríveis enfoques em relação à natureza e ao propósito da vida. Foi escrita pelo Rei Salomão, que é considerado o homem mais sábio que já existiu no mundo. É necessário, para compreendê-la correctamente e extrair os seus profundos significados, acompanhá-la com algum comentarista clássico da Torá. É lida no Shabat de Sucót, para contrabalançar qualquer excesso de indulgência, ou seja, para colocar a vida na correcta perspectiva: a futilidade dos prazeres materiais e a eternidade dos prazeres espirituais.
Em Simhát Torá lemos a porção semanal de Vezót HaBerachá para completar o livro Devarim, e assim, toda a Torá. Esta porção inicia-se com a benção de Moshe, logo antes da sua morte, para o Povo Judeu e cada Tribo em particular. Depois Moshe sobe ao Monte Nevó, onde o Todo-Poderoso lhe mostra a terra que o Povo Judeu iria herdar. Moshe falece e é enterrado num lugar desconhecido. O Povo Judeu fica de luto por 30 dias. A Torá conclui com as seguintes palavras: “Nunca mais aparecerá para Israel um profeta como Moshe, que conversava com D'us face a face”.
Ao final da leitura de cada livro da Torá, a congregação declama, alto e em uma só voz, “Hazák, Hazák, V'nithazek”, que significa “Seja forte, seja forte, e fortaleçamo-nos!“ Este é o eterno ‘grito de esperança’ Judaico. Depois começamos a leitura do livro Bereshit (Gênesis), simbolizando que a Torá, realmente, não tem começo nem fim, é eterna e assim é o nosso envolvimento com Ela.

Dvar Torá: O Significado dos Arbaát Haminím
Uma das mitsvót (mandamentos) especiais de Sucót são os Arbaát Haminím, as Quatro Espécies (etróg, luláv, hadassím e aravót), bem como agitá-las para os 4 pontos cardeais, para cima e para baixo. Um dos significados destes movimentos é que D’us está em todo o lugar. Entretanto, porque estas 4 espécies foram designadas para esta mitsvá?
Os nossos Rabinos ensinam-nos, que estas 4 espécies simbolizam 4 tipos de Judeus: o etróg tem fragrância e gosto, representando aqueles Judeus que estudam Torá e praticam as boas acções. O luláv (ramo de palmeira) tem sabor mas não tem cheiro, representando aqueles Judeus que estudam Torá mas não fazem bons actos. Os hadassím (ramos de mirta) têm cheiro mas não têm sabor, simbolizando aqueles Judeus que fazem boas acções mas não estudam a Torá. Finalmente, as aravót (ramos de salgueiro) não têm nem sabor nem cheiro, representando os Judeus que não estudam Torá e nem praticam boas acções.
Que fazemos em Sucót? Unimos estas 4 espécies, ou seja, unimos e reconhecemos cada Judeu como parte integral e importante do Povo Judeu. Se apenas um estiver a faltar, a mitsvá estará incompleta. O nosso Povo é um. Precisamos de fazer tudo o que pudermos para unir o Povo Judeu e para fortalecer o futuro Judaico!

Shabat Shalom